terça-feira, 18 de agosto de 2015




Lendas do Folclore

As lendas folclóricas representam o conjunto de estórias e contos narradas pelo povo, as quais são transmitidas de geração em geração por meio da oralidade.
Conheça as principais lendas do folclore brasileiro:

Saci-pererê

Nome de origem tupi-guarani, o Saci-pererê é uma das lendas brasileiras mais conhecidas. É representada por um menino negro que possui uma perna só, fuma cachimbo e usa uma carapuça vermelha, a qual lhe dá poderes mágicos. Muito brincalhão e travesso, o Saci se manifesta tal qual um redemoinho e gosta de assustar as pessoas. Embora o Saci-pererê seja o mais conhecido, existem três tipos de saci: O Pererê, o Trique e o Saçurá.

Curupira

Personagem travesso do folclore brasileiro, o Curupira é a representação de um menino com cabelos vermelhos, dentes verdes e pés virados para trás. A origem do nome é do tupi-guarani que significa "corpo de menino". Considerado o protetor da fauna e da flora, o Curupira assobia e deixa pegadas com seus pés virados com o objetivo principal de enganar os exploradores e destruidores da natureza.

Mula sem Cabeça

Segundo a lenda, a mula sem cabeça é um monstro do folclore brasileiro que se manifesta quando uma mulher namora um padre que, por maldição, é transformada em mula. Bastante conhecida em todo o Brasil, esta personagem folclórica é representada, literalmente, por uma mula sem cabeça, que solta fogo pelo pescoço e tem como finalidade assustar pessoas e animais. Além disso, apresenta muitas versões que variam de região para região do país.

Lobisomem

De origem europeia, a lenda do Lobisomem retrata um mostro violento com formas humanas e de lobo, que se alimenta de sangue. Acredita-se que quando uma mulher tem sete filhas e o oitavo filho é homem, esse último provavelmente será um Lobisomem. Noutras regiões, a lenda apresenta outras características, visto que o Lobisomem manifesta-se em crianças não batizadas. A transformação ocorre nas encruzilhadas em noites de lua cheia por volta da meia noite. Entretanto, ao amanhecer, torna-se novamente humano.

Boitatá

O Boitatá é uma lenda folclórica conhecida em outras regiões do Brasil pelos nomes Baitatá, Biatatá, Bitatá e Batatão. Significa na língua indígena Tupi-Guarani cobra (boi) de fogo (tata). Assim, esse personagem folclórico é representado por uma grande serpente de fogo que protege os animais e as matas. Sua origem encontra-se num texto do século XVI do Jesuíta José de Anchieta e sua narrativa sofreu muitas modificações ao longo do tempo, apresentando diversas versões conforme a região.

Boto

A lenda do Boto é originária da região amazônica sendo também conhecida pela denominação "boto cor-de-rosa" ou "Uauiará". Reza a lenda que o boto, animal que habita os rios da Amazônia, nas noites de realização das Festas Juninas, sai dos rios e transforma-se num homem muito atraente. Neste caso, seu objetivo é atrair e seduzir as mulheres para levá-las ao fundo dos rios a fim de acasalar. Por este motivo, a cultura amazônica costuma afirmar que o boto é o pai de todos os filhos de origem desconhecida.

Cuca

De origem portuguesa, a lenda da Cuca está associada muitas vezes com o “bicho papão”, ou seja, ela é uma personagem muito temida pelas crianças, pois reza a lenda que ela é uma velha feia e malvada com cara de jacaré que raramente dorme. Assim, sua personagem está associada ao rapto de crianças desobedientes e que apresentam resistência para dormir. Por isso, a tradicional cantiga de ninar crianças expõe o seguinte trecho: “Nana neném que a Cuca vem pegar”.

Negrinho do Pastoreio

De origem afro-cristã e pertencente ao folclore do sul do país, o Negrinho do Pastoreio representa a história de um menino escravo que foi muito violentado pelo seu patrão. Assim, quando foi pastorear os cavalos, acabou por perder um cavalo baio. No entanto, depois de ter sido violentado pelo fazendeiro e jogado num formigueiro, o Negrinho do pastoreio aparece sem marcas nenhuma no corpo, ao lado da Virgem Maria e montado no cavalo baio. Curioso notar que muitas vezes, as pessoas que perderam algum objeto, acendem uma vela e pedem para o Negrinho ajudá-los a recuperá-lo.

Mãe-D'água

Conhecida como "Iara" ou "Uiara", a lenda da mãe d’água é de origem tupi e significa a “Senhora das Águas”. Esta personagem representa uma sereia belíssima que atrai os pescadores com suas doces canções a fim de matá-los. Antes de ser uma sereia, Iara era uma índia bela e inteligente que despertava muita inveja, inclusive de seus irmãos. Assim, com o intuito de acabarem com o problema, os irmãos resolvem matá-la, entretanto, ela que os mata. Como punição, lançam Iara no encontro do Rio negro e Solimões e, a partir daí, torna-se uma sereia com objetivo de matar os homens.

Outras lendas

Outras lendas folclóricas brasileiras menos conhecidas incluem: Mãe de Ouro, Bicho papão, Vitória Régia, Caipora, Papa Figo, Cobra Grande, Barba Ruiva, Bradador, Jurupari, Acutipupu, Ahó Ahó e Alamoa.

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