segunda-feira, 29 de agosto de 2016




Vícios de linguagem

Você que está se preparando para o Enem confira os principais vícios de linguagem que podem povoar o seu texto. Logo após entendê-los desenvolva as atividades propostas.


BARBARISMO
É o desvio relativo à palavra. É quando grafamos ou pronunciamos uma palavra que não está de acordo com a norma culta.
ex:Pronúncia
- Pograma (o certo seria programa)
- Rúbrica (o certo seria rubrica)

Grafia
- Etmologia (o certo seria etimologia)
- Advinhar (o certo seria adivinhar)
SOLECISMO É o desvio em relação à sintaxe. Pode ser:
De concordância
- Haviam pessoas. (o certo seria havia)
- Fazem dois meses. (o certo seria faz)
- Faltou muitos alunos. (o certo seria faltaram)
De regência
- Obedeça o chefe. (o certo seria ao chefe)
- Assisti o filme. (o certo seria ao filme)
De colocação
- Tinha ausentado-me.
- Não espere-me.
CACÓFATO É o som desagradável, obsceno.
- Hilca ganhou.
- Vou-me já.
-- Boca dela.
COLISÃO Aproximação de sons consonantais idênticos ou semelhantes.
- Sua saia saiu suja da máquina.
AMBIGUIDADE É o duplo sentido.
- O cachorro do seu irmão avançou sobre o amigo. (o irmão ou o animal é cachorro)
ARCAISMOS
Uso de expressões que caíram em desuso.
poer- por
pharmácia- farmácia
PLEONASMO (vicioso)
Repetição desnecessária de uma expressão.
- Criar novos…
- Hemorragia de sangue
- Subir para cima
- Panorama geral
- Antecipar para antes


                                     Resolva as questões:

Item 1. Diante dos enunciados que seguem, analise-os, apontando qual o vício de linguagem predominante nestes:
a – Peguei o ônibus correndo.
b – Aquele ambiente é bastante aconchegante, que tal fazermos um happy-hour, ou talvez um breakfast?
c – Na geladeira há sanduiches de mortandela, coloque-os na bandeija e sirva aos convidados.
d – Durante o evento, não vi ela nem um instante.
e – Suba lá em cima e pegue as encomendas para mim.

Item 2.Sobre os vícios de linguagem, relacione a segunda coluna com a primeira:
(A) barbarismo;
(B) solecismo;
(C) cacófato;
(D) redundância;
(E) ambigüidade.
(  ) É admirável a fé de meu tio;
(  ) Não teve dó: decapitou a cabeça do condenado;
(  ) Faziam anos que não morriam pessoas;
(  ) Coitado do burro do meu irmão! Morreu.
 ) Intervi na briga por que sou intimerato.


Item 3. – Não há ambiguidade na  frase:a) Estivemos na escola da cidade que foi destruída pelo incêndio.
b) Câmara torna crime porte ilegal de armas.
c) Vi  o acidente do barco.
d) O policial prendeu o ladrão em sua casa.


Item 4.– Indique a ambiguidade das frases a seguir.
a) João e Maria vão casar-se .

b) Eu e ela viemos de carro.
c) O juiz declarou ter julgado o réu errado.
d) Comi um churrasco num restaurante que era gostoso.

**************************************************************************


Crônicas - modelo para olimpíadas

DOIS MODELOS DE CRÔNICAS SOBRE O LUGAR ONDE VIVO

!º Ano do Ensino Médio- Olimpíadas de Língua Portuguesa


1ª O lugar onde vivo
O lugar onde vivo não é dos melhores, mas sem querer ser dedo duro ou bajulador, confesso que já foi bem pior. É uma cidade localizada no semiárido baiano e tem, aproximadamente, 68 mil habitantes. Seu nome é Euclides da Cunha em homenagem ao escritor do livro “OS SERTÕES”. É um lugarzinho acolhedor e os moradores são hospitaleiros o que faz com que os visitantes sintam-se à vontade e com o desejo de retornarem outras vezes.
            Aqui não existe qualquer tipo de poluição industrial nem chuva ácida. E como poderia existir já que não há fábricas e nem chove? Já a poluição sonora é de estourar os tímpanos. Mas onde não há? Faz parte do chamado “mundo das propagandas” porque inventaram que ela é “amiga do negócio”. E aquelas caixas de som potentes instaladas nos carros, bares e lanchonetes? Durma com uma zoada dessas! Mesmo assim, ainda temos a oportunidade de admirar o jardim, as praças e avenidas a qualquer momento. Crianças, jovens e idosos utilizam esses espaços com segurança, conforto e comodidade desde que o som seja ambiente. As praças são importantes para a criançada brincar, e também para jovens e adultos praticarem esportes.
 Eu e meus amigos, por exemplo, sempre frequentamos o ginásio de esportes ou o campinho do bairro para jogarmos um baba. Mas só tem jogo, no dia em que o meu amigo leva a bola dele.  Nesses lugares ocorrem os encontros e reencontros onde todos compartilham o direito de serem livres e, assim, saírem da rotina e desfrutarem dos tão sonhados dias melhores.
Quanto aos festejos juninos, fazem parte da nossa cultura há várias décadas. Nesse período a cidade fica toda colorida com bandeirolas, fogos de artifícios e outras ornamentações; a maioria da população acende fogueiras (porque fazem parte da tradição) para comemorar o Dia de São João e tudo isso atrai multidões vindas das cidades vizinhas, da capital e de outros estados. A culinária, além de ser variada, é uma delícia. O povo dança no forródromo, nas ruas, bares e onde tiver um som, mesmo que seja mecânico e, ainda que exausto, continua nesse movimento frenético que dura até o sol raiar. É nesse período onde rico e pobre se misturam assumindo a condição de sertanejo “caipira”.
Mas há algum tempo atrás, a cidade não era bonita e a vida dos moradores era muito sofrida. Cresci ouvindo meus pais e meus avós falando como se formou a cidade, o modo de vida da população, as dificuldades enfrentadas quando alguém precisava se locomover para outras localidades, os meios de transportes que eram utilizados na época, energia e distribuição de água que eram fornecidas somente para os moradores do centro da cidade. Através desses relatos percebo que as coisas estão mudando e que todos estão mais felizes.
Em minha memória estão registradas também algumas lembranças de um passado não muito distante, quando eu andava pelas ruas e via a cidade abandonada. Hoje, vejo canteiros de obras por todas as partes, inclusive na periferia, o que torna o ambiente mais harmonioso e com uma qualidade de vida mais saudável para os moradores. Onde antes eu só via “lixo”, hoje eu vejo “luxo”. Esse é o lugar onde vivo.
O lugar onde vivo
            O lugar onde vivo chama-se Euclides da Cunha e fica localizado no interior da Bahia. É uma cidade pequena, mas está passando por grandes transformações. Em todos os lugares vemos canteiros de obras o que faz com que os moradores sintam-se mais felizes.
            Nos terrenos que antes eram abandonados, foram construídas lindas praças, onde jovens e adultos utilizam para se encontrarem, fazerem caminhadas, praticarem esportes. Nos parquinhos infantis as crianças brincam à vontade.
            Tem várias escolas públicas e particulares como também faculdades. O comércio é bastante diversificado. A feira livre, que acontece aos sábados, é dividida em duas partes: no Centro de Abastecimento os feirantes vendem alimentação; nas ruas próximas são vendidas outras mercadorias como: calçados, bijuterias, materiais confeccionados com couro, barro e roupas para todos os gostos e idade. É ali onde as mulheres disputam espaço para fazerem compras. Elas até apelidaram as barracas das roupas de “shopingchão” porque é tudo barato. Eu acho engraçado porque elas se divertem com isso. Parece um formigueiro.
            Aqui também são comemorados os festejos juninos. Mas é no período de São João que o povo fica mais animado. Vem gente de outras cidades e estados para participarem dessa tradição. As atrações se concentram no forródromo. Lá são armados o palco, onde os artistas se apresentam, barracas com bebidas e comidas típicas. A cidade fica toda enfeitada. As luzes se misturam com os fogos de artifício deixando tudo colorido e bem mais bonito. 
            Mas nem tudo é festa porque esse é um lugar castigado pela seca. Quando chove os agricultores plantam feijão e milho, porém não é todo ano que se colhe o que é plantado. Isso acontece porque às vezes chove demais ou falta chuva prejudicando as plantações e causando prejuízos. Até os animais sofrem com a seca e muitos não resistem e morrem. É comum serem alimentados com ração extraída da caatinga como, por exemplo, cacto, mandacaru, sisal palma e semente de algaroba. É possível ver ainda pequenos rebanhos espalhados ao longo das estradas “roendo” alguma plantação como uma tentativa de sobrevivência.
            No subsolo encontra-se o calcário que era extraído por uma grande indústria. Após o seu fechamento, foram instaladas outras duas empresas que exploram essa atividade, como também transformam rochas em britas. Mesmo assim há um equilíbrio entre o homem e a natureza. Esse fenômeno da seca não acontece por causa da não preservação do meio ambiente. Ele se dá devido à localização em que se encontra o município. Mesmo não havendo jazidas de pedras preciosas, o lugar onde vivo é, para mim, uma joia.
Após ler atentamente as duas crônicas pense e registre suas primeiras ideias:
A) O que chama atenção no lugar onde você vive?
B) Precisa colocar ironia na sua crônica?
C) Pesquise: Campo Grande - Culturas - festas e lugares turísticos que podem ser citados em uma crônica

Nenhum comentário:

Postar um comentário