terça-feira, 16 de agosto de 2016


 ATIVIDADES DO 6º AO 9º ANO



Revisão substantivos

Substantivo comum é aquele que dá nome a todos os seres da mesma espécie, de forma genérica.
Substantivo próprio é aquele que dá nome a um ser específico da espécie.
1      Leia a contracapa de Balança coração, de Walcyr Carrasco, prestando atenção ao uso dos substantivos comuns e próprios.
Malu, vegetariana e militante ecológica radical, apaixona-se por João, um garoto que adora carne. A bem-humorda história da paixão entre dois jovens que descobrem que o amor vence qualquer barreira.
Balança coração. São Paulo: Ática, 2005.
  Identifique os substantivos próprios. O que eles nomeiam?
  Identifique os substantivos comuns.
Substantivo coletivo é aquele que, no singular, representa um conjunto de elementos de uma mesma espécie.
     Usando o dicionário, faça uma tabela em seu caderno com os elementos apresentados abaixo de um lado e seus coletivos do outro.
flores – roupas – borboletas – lenha – mapas – obras de arte – palavras – cães – animais – ilhas – navios ou veículos – estrelas – frutas – filhotes – marginais – atores – pássaros – gado – pessoas
cacho – ninhada – arquipélago – constelação – quadrilha – rebanho – manada – revoada – feixe – multidão – acervo – elenco – vocabulário – matilha – frota – ramalhete – panapaná – enxoval – atlas
Substantivo primitivo é aquele que não deriva de outra palavra na língua portuguesa.
Substantivo derivado é aquele que se forma a partir de outra palavra na língua portuguesa.
     Forme substantivos derivados das palavras abaixo:
trabalho – casa – barba – chapéu – reza – chave – planta
Substantivos simples são formados por apenas uma palavra.
Substantivos compostos são formados pela união de duas ou mais palavras.
   Forme substantivos compostos a partir das palavras abaixo:
cultura – passar – circuito – arder – assinar – chuva – virar – homem – água – flor – beira – lata – guardar – tempo – abaixo – curto – água – lobo – beijar – marinha – mar
O substantivo concreto é aquele que indica seres (reais ou não) que não dependem de outros seres para existir.
O substantivo abstrato é aquele que indica seres com existência dependente de outro seres.
      Leia a contracapa da Odisseia, uma das obras mais importantes da literatura ocidental, prestando atenção nos substantivos.
Odisseia
Guerra, naufrágio, honra, lealdade, vingança, fúria, coragem, perdão , amizade, amor.
A Odisseia é uma das mais inspiradas aventuras jamais criadas pelo espírito humano.
A longa jornada de Odisseu, uma década passada do fim do cerco a Troia, no propósito de retornar a casa e reencontrar o amor de Penélope, continua encantado e influenciando geração após geração.
É o que faz do poema épico de Homero um clássico da literatura ocidental, atravessando vinte séculos sem perder sua beleza ímpar e o frescor original.
Odisseia. Rio de janeiro: Ediouro, 2001.
    Como você classifica os substantivos da primeira frase, eles são concretos ou abstratos? Justifique.
     “Aventura” é um substantivo abstrato ou concreto? Quais substantivos da primeira frase se relaciona com ele?
      Além da ação propriamente dita, a Odisseia trata de valores e sentimentos humanos. Quais substantivos da primeira frase indicam isso?
      Indique os substantivos próprios presentes o texto que nomeiam o autor, a obra, as localidades e as personagens.
     Leia o poema abaixo, de Carlos Drummond de Andrade.
Família
Três meninos e duas meninas
sendo uma ainda de colo.
A cozinheira preta, a copeira mulata,
o papagaio, o gato o cachorro,
as galinhas gordas no palmo de horta
e a mulher que trata de tudo.
A espreguiçadeira, a cama, a gangorra,
o cigarro, o trabalho, a reza,
a goiabada na sobremesa de domingo,
o palito nos dentes contentes,
o gramofone rouco toda noite
e a mulher que trata de tudo.
O agiota, o leiteiro, o turco,
o médico uma vez por mês,
o bilhete todas as semanas
branco! mas a esperança sempre verde.
A mulher que trata de tudo
e a felicidade.
CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE. In: O sentimento do mundo. 7.ed. são Paulo: Record, 1999.p.58
a)      Identifique e classifique os substantivos em concretos e abstratos. Qual tipo prevalece no poema?
b)      Qual a função dos substantivos concretos no poema?
c)      Qual a função dos substantivos abstratos?
d)      Qual o substantivo abstrato que resume a concepção do poema sobre a família?
e)      Cozinheira, capoeira, goiabada, leiteiro são derivados de que palavras?
f)        O substantivo abstrato preguiça dá origem a um substantivo concreto presente no poema. Qual é ele?
7)      As palavras abaixo correspondem aos chamados “sete pecados capitais”.
gula – luxúria – avareza – ira – soberba – vaidade – preguiça
a)      Procure no dicionário o significado dessas palavras.
b)      Elas se classificam como substantivos concreto ou abstratos? Justifique.
8)      Reescreva em seu caderno as seguintes frases fazendo uso de coletivos:
a)      O grupo de jurados absolveu o criminoso.
b)      O grupo de jogadores da escola ganhou mais um jogo.
c)      Todos saíram correndo quando viram o grupo de abelhas.
d)      Os alunos farão a pesquisa no conjunto de livros da escola.
e)      Os pescadores encontraram um grande grupo de peixes.
Atividade avaliativa - Interpretação 7º ano
Atividade Avaliativa de Língua Portuguesa - Data: _____/_____/_____ Valor: ______
Aluno(a): ________________________________________Nº: ____ Turma: _______
Tatuagem
Enfermeira inglesa de 78 anos manda tatuar mensagem no peito pedindo para
não proceder a manobras de ressuscitação em caso de parada cardíaca.
(Mundo Online, 4, fev., 2003)
Ela não era enfermeira (era secretária), não era inglesa (era brasileira) e não tinha 78 anos, mas sim 42; bela mulher, muito conservada. Mesmo assim, decidiu fazer a mesma coisa. Foi procurar um  tatuador, com o recorte da notícia. O homem não comentou: perguntou apenas o que era para ser tatuado.
– É bom você anotar – disse ela – porque não será uma mensagem tão curta como essa da inglesa.
Ele apanhou um caderno e um lápis e dispôs-se a anotar.
– “Em caso de que eu tenha uma parada cardíaca” – ditou ela –, “favor não proceder à ressuscitação”.
Uma pausa, e ela continuou:
– “E não procedam à ressuscitação, porque não vale a pena. A vida é cruel, o mundo está cheio de ingratos.”
Ele continuou escrevendo, sem dizer nada. Era pago para tatuar, e quanto mais tatuasse, mais ganharia.
Ela continuou falando.(...). Àquela altura o tatuador, homem vivido, já tinha adivinhado como terminaria a história (...). E antes que ela contasse a sua tragédia resolveu interrompê-la.
– Desculpe, disse, mas para eu tatuar tudo o que a senhora me contou, eu precisaria de mais três ou quatro mulheres.
Ela começou a chorar. Ele consolou-a como pôde. Depois, convidou-a para tomar alguma coisa num bar ali perto.
Estão vivendo juntos há algum tempo. E se dão bem. (...). Ele fez uma tatuagem especialmente para ela, no seu próprio peito. Nada de muito artístico (...). Mas cada vez que ela vê essa tatuagem, ela se sente reconfortada. Como se tivesse sido ressuscitada, e como se tivesse vivendo uma nova, e muito melhor, existência.
(Moacyr Scliar, Folha de S. Paulo, 10/03/2003.)
1- O trecho da crônica que mostra que o cronista inspirou-se em um fato real é
(A) a notícia, retirada da Internet, que introduz a crônica.
(B) as manobras de ressuscitação praticadas pelos médicos.
(C) a reprodução da conversa entre a secretária e o tatuador.
(D) a história de amor entre a secretária e o tatuador.
2- O fato gerador do conflito que constrói a crônica é a secretária
(A) ser mais jovem que a enfermeira da notícia.          (B) concluir que a vida não vale a pena.
(C) achar romântica a história da enfermeira              (D) ter se envolvido com o tatuador.
3- Um trecho do texto que expressa uma opinião é
(A) “Mesmo assim, decidiu fazer a mesma coisa.”
(B) “O homem não comentou; perguntou apenas o que era para ser tatuado.”
(C) “A vida é cruel, o mundo está cheio de ingratos.”
(D) “Ela começou a chorar. Ele consolou-a como pôde.”
4- O trecho do texto que retrata a consequência após o encontro da secretária com o tatuador é
(A) “Foi procurar um tatuador, com o recorte da notícia”.
(B) “Ele apanhou um caderno e um lápis e dispôs-se a anotar”.
(C) “E antes que ela contasse a sua tragédia resolveu interrompê-la”.
(D)” Estão vivendo juntos há algum tempo. E se dão bem”.
É preciso se levantar cedo?
A partir do momento em que a lógica popular desenrola diante de nós sua sequência de surpresas, é inevitável que vejamos surgir a figura do grande contador de histórias turco, Nasreddin Hodja. Ele é o mestre nessa matéria. Aos seus olhos a vida é um despropósito coerente, ao qual é fundamental que nós nos acomodemos.
Deste modo, quando era jovem ainda, seu pai um dia lhe disse:
– Você devia se levantar cedo, meu filho.
– E por quê, pai?
– Porque é um hábito muito bom. Um dia eu me levantei ao amanhecer e encontrei um saco de ouro no meu caminho.
– Alguém o tinha perdido na véspera, à noite?
– Não, não – disse o pai. – Ele não estava lá na noite anterior. Senão eu teria percebido ao voltar para casa.
– Então – disse Nasreddin –, o homem que perdeu o ouro tinha se levantando ainda mais cedo. Você está vendo que esse negócio de levantar cedo não é bom para todo mundo.
(CARRIÈRE, Jean-Claude. O círculo dos mentirosos: contos filosóficos do mundo inteiro. São Paulo: Códex, 2004.)
5- O diálogo entre pai e filho permite entender que
(A) pai e filho não se dão bem.                             (B) pai e filho têm os mesmos hábitos.
(C) pai e filho encontraram um saco de ouro.        (D) pai e filho pensam de forma diferente.
6- O uso do vocábulo “então”, que abre a fala final de Nasreddin, serve para que apresente ao seu pai
(A) a conclusão que tirou da resposta.               (B) a hora de encerrarem aquela conversa.
(C) a justificativa para acordar mais tarde.      (D) a hipótese de que estava com a razão.
O silêncio do rouxinol
[...]
Na época de Salomão, o melhor dos reis, um homem comprou um rouxinol que possuía uma voz excepcional. Colocou-o numa gaiola em que nada faltava ao pássaro e na qual ele cantava, horas a fio, para encanto da vizinhança.
Certo dia, em que a gaiola havia sido transportada para uma varanda, outro pássaro se aproximou, disse qualquer coisa ao rouxinol e voou. A partir desse momento, o incomparável rouxinol emudeceu.
Desesperado, o homem levou seu pássaro à presença do profeta Salomão, que conhecia a linguagem dos animais, e lhe pediu que perguntasse ao pássaro o motivo de seu silêncio.
O rouxinol disse a Salomão:
– Antigamente eu não conhecia nem caçador, nem gaiola. Depois me apresentaram a uma armadilha, com uma isca bem apetitosa, e caí nela, levado pelo meu desejo. O caçador de pássaros levou-me, vendeu-me no mercado, longe da minha família, e fui parar na gaiola deste homem que aí está. Comecei a me lamentar noite e dia, lamentos que este homem tomava por cantos de gratidão e alegria. Até o dia em que outro pássaro veio me dizer: “Pare de chorar, porque é por causa dos seus gemidos que eles o mantêm nessa gaiola”. Então, decidi me calar.
Salomão traduziu essas poucas frases para o proprietário do pássaro. O homem se perguntou: “De que adianta manter preso um rouxinol, se ele não canta?”. E lhe devolveu a liberdade.
CARRIÈRE. Jean-Claude. O círculo dos mentirosos: contos filosóficos do mundo inteiro. São Paulo: Códex, 2004.
7- O fato que gera o conflito na história é o pássaro
(A) possuir uma voz excepcional.    (B) ter emudecido.   (C) ser um rouxinol.    (D) encantar a vizinhança.
8- No trecho “...cantava, horas a fio, para encanto da multidão.”, a expressão “horas a fio” tem o sentido de
(A) de vez em quando.   (B) durante muito tempo.
(C) pousado em um fio.  (D) sem cobrar por isso.
9- A decisão de não mais cantar, comunicada pelo rouxinol a Salomão, que a traduziu para o homem, teve, como consequência, o homem
(A) não entender a tradução.   (B) ficar desesperado.   (C) libertar o rouxinol.    (D) silenciar o rouxinol.
10- O trecho do texto que contém uma opinião é
(A) “Na época de Salomão, o melhor dos reis,...”  
(B) “Pediu que perguntasse ao pássaro o motivo de seu silêncio.”...
(C) “Comecei a me lamentar noite e dia,...”             
(D) “E lhe devolveu a liberdade.”

As questões dessa prova foram retiradas do site: http://www.rio.rj.gov.br/web/sme
1 - (A) a notícia, retirada da Internet, que introduz a crônica.

2 - (B) concluir que a vida não vale a pena.

3 - (C) “A vida é cruel, o mundo está cheio de ingratos.”

4 -(D)” Estão vivendo juntos há algum tempo. E se dão bem”.

5 - (D) pai e filho pensam de forma diferente.

6 - (A) a conclusão que tirou da resposta.

7 - (B) ter emudecido.

8 - (B) durante muito tempo.

9 - (C) libertar o rouxinol.

10 - (A) “Na época de Salomão, o melhor dos reis,...”
Linguagem figurada - 6º ano - com gabarito
1)      Imagine...
·         Carolina diz para a amiga: “Gustavo é uma gato”.
·         Gustavo comenta: “Carolina é uma gatinha”.
a)     O que cada um deles está querendo dizer?
b)     Gato gata, então, ganharam um novo sentido? Por quê?
2)     A) O vento cochichava segredos no seu ouvido.
B) o menino cochichava segredos no ouvido da menina.
Uma dessas duas frases apresenta uma associação inesperada, pouco comum. Identifique-a e explique o que ela tem de novo.
3)     A) Seu olhar queima.
B) o sol queima.
a)     O que há de comum entre o olhar e o sol?
b)     Em uma das frases, o verbo foi usado em sentido figurado, não é “queimar” de verdade. Identifique-a, justificando sua resposta.
4)     Joana tem olhos brilhantes. As estrelas brilham no céu.
·         Compare, numa frase, os olhos de Joana com as estrelas:
a)     Usando a palavra “como”;
b)     Eliminando a palavra “como”
CANÇÃO
Pus o meu sonho num navio
e o navio em cima do mar;
- depois, abri o mar com as mãos,
para o meu sonho naufragar

Minhas mãos ainda estão molhadas
do azul das ondas entreabertas,
e a cor que escorre de meus dedos
colore as areias desertas.

O vento vem vindo de longe,
a noite se curva de frio;
debaixo da água vai morrendo
meu sonho, dentro de um navio...

Chorarei quanto for preciso,
para fazer com que o mar cresça,
e o meu navio chegue ao fundo
e o meu sonho desapareça.

Depois, tudo estará perfeito;
praia lisa, águas ordenadas,
meus olhos secos como pedras
e as minhas duas mãos quebradas.
Cecília Meireles. Viagem. In: Obra poética. Rio de Janeiro: José Aguilar, 1967.
5)     “Pus o meu sonho num navio /e o navio em cima do mar; / - depois, abri o mar com as mãos, / para o meu sonho naufragar”.
a)     A palavra sonho não está usada no sentido comum, de imagens que acontecem enquanto dormimos. Quando estamos acordados, com o que sonhamos?
b)     Sonho, nesse sentido, então, tem um significado próximo ao de uma dessas palavras: falsidade, ilusão, realidade.escolha a melhor.
c)     O que aconteceu com o sonho do poeta?
6)     a) A quarta estrofe sugere que o poeta não quer o quê?
b) apóie-se no texto e justifique sua resposta.
GABARITO:
1)      a- Cada um está querendo dizer que o outro é bonito.
b- Sim, deixaram de significar o animal, para expressar um elogio
2)     A frase A apresenta um associação inesperada, porque cochichar é ação de pessoa, vento não cochicha.
3)     a- Ambos queimam.
b- Em A, o verbo foi usado em sentido figurado, porque o olhar não queima de verdade, como o sol.
4)     a- Os olhos de Joana brilham como estrelas. Ou: Os olhos de Joana são brilhantes como as estrelas.
b- Os olhos de Joana são estrelas
5)     a- Sonhamos com o que não temos, com as coisas que queríamos poder fazer...
b- Tem um significado próximo de ilusão.
c- O poeta afundou o próprio sonho.
6)     a- A quarta estrofe sugere que o poeta não quer que o sonho volte, pois tudo está perdido mesmo.
b- Ela quer que o navio chegue ao fundo e que o sonho desapareça. 
Avaliação para 5º e/ou 6º ano
Prova de Literatura – Professora: _________________ – Data: ____/_____/_____
Aluno(a): ____________________________________ nº: ______ Turma: ______
A causa da chuva
Não chovia há muitos e muitos meses, de modo que os animais ficaram inquietos. Uns diziam que ia chover logo, outros diziam que ainda ia demorar. Mas não chegavam a uma conclusão.
_ Chove só quando a água cai do telhado de meu galinheiro - esclareceu a galinha.
_ Ora, que bobagem! - disse o sapo de dentro da lagoa. - Chove quando a água da lagoa começa a borbulhar suas gotinhas.
_ Como assim? - disse a lebre. - Está visto que só chove quando as folhas das árvores começam a deixar cair as gotas d'água que têm dentro.
Nesse momento começou a chover.
_ Viram? - gritou a galinha. - O telhado de meu galinheiro está pingando. Isso é chuva!
_ Ora, não vê que a chuva é a água da lagoa borbulhando? - disse o sapo.
_ Mas, como assim? - tornou a lebre - Parecem cegos! Não vêem que a água cai das folhas das árvores?
                                                                                                                       Millôr Fernandes
1- O trecho do texto que indica um fato é
(A) “...começou a chover.” 
(B) “... diziam que ia demorar...”  
(C) “... que bobagem!”  
(D) “... diziam que ia chover...”
2- A ideia central do texto é apresentar uma discussão sobre
(A) o telhado do galinheiro.   (B) a chuva.   (C) a água da lagoa.   (D) as folhas das árvores.
3- A inquietação dos animais tem como causa
(A) a necessidade de águas nas árvores do lugar.  
(B) a expectativa de chuva no verão na lagoa.
(C) a ausência de água na lagoa onde moravam.      
(D) a falta de chuvas no lugar onde moravam.
Caverna
Houve um dia,
no começo do mundo
em que o homem
ainda não sabia
construir sua casa.
Então disputava
a caverna com bichos
e era aí sua morada.
Deixou para nós
seus sinais,
desenhos desse mundo
muito antigo.
Animais, caçadas, danças,
misteriosos rituais.
Que sinais
deixaremos nós
para o homem do futuro?
                     Roseana Murray. Casas. Belo Horizonte: Formato, 2004.
4- No último verso da segunda estrofe: ”e era aí sua morada”, a expressão em destaque pode ser substituída por:  (A) sua casa.   (B) o homem.   (C) do mundo.   (D) com bichos.
Chegou a festa junina!
(Fragmentos)
Antes da era cristã, alguns povos antigos - persas, egípcios, celtas, sírios, bascos, sardenhos, bretões e sumérios - faziam rituais para invocar a fertilidade de suas plantações. Eles acendiam fogueiras para espantar os maus espíritos e desejavam obter uma boa safra. Isso acontecia em junho, época em que se inicia o verão no hemisfério norte. Esses festejos e perpetuaram. Mais tarde, passaram a ser seguidos não só pelos camponeses, mas também pelos homens da cidade na Europa. No entanto, os rituais eram considerados pagãos pela Igreja Católica. Como não era possível dar fim a uma tradição tão antiga, a Igreja adaptou essa celebração a seu calendário de festividades no século 4. Estava iniciada a Festa Joanina, que recebeu este nome em homenagem a São João Batista, um dos santos mais importantes celebrados em junho - os outros são Santo Antônio (no dia 13) e São Pedro (no dia 29).
(http://www.cienciahoje.uol.com.br)
5- A igreja adaptou os rituais a seu calendário de festividades porque
(A) deveria espantar os bons espíritos.  (B) queria perpetuar os festejos na Europa.
(C) desejava manter os rituais no hemisfério norte. 
(D) seria muito difícil romper com as antigas tradições.
6- Em “Esses festejos se perpetuaram.” , o trecho que mantém o sentido da  expressão em destaque é
(A) ... “persas, egípcios, celtas, sírios, bascos, sardenhos, bretões e sumérios - faziam rituais para invocar a fertilidade de suas plantações.”
(B) “Mais tarde, passaram a ser seguidos não só pelos camponeses, mas também pelos homens da cidade na Europa.”
(C) “Isso acontecia em junho, época em que se inicia o verão no hemisfério norte.”
(D) “Estava iniciada a Festa Joanina, que recebeu este nome em homenagem a São João Batista, ...”
Viagem de Bonde
(Fragmentos)
Era o Bonde Engenho de Dentro, ali na Praça Quinze. Vinha cheio, mas como diz, empurrando sempre encaixa. O que provou ser otimismo, porque talvez encaixasse metade ou um quarto de pessoa magra, e a alentada senhora que se guindou ao alto estribo e enfrentou a plataforma traseira junto com um bombeiro e outros amáveis soldados, dela talvez coubesse um oitavo. Assim mesmo, e isso prova bem a favor da elasticidade dos corpos gordos, ela conseguiu se insinuar, ou antes, encaixar. E tratava de acomodar-se gingando os ombros e os quadris à direita e à esquerda, quando o bonde parou em outro poste, e o soldado repetiu o tal slogan do encaixe. E foi subindo − logo quem! − uma baiana dos seus noventa quilos ... E aquela baiana pesava seus noventa quilos mas era nua, com licença da palavra, pois com tanta saia engomada e mais os balangandãs, chegava mesmo era aos cem...
(O Melhor da crônica brasileira. Raquel de Queiroz/Viagem de Bonde.Editora Olympio.Rio de Janeiro/1980.p.53)
7- O trecho que apresenta característica de humor é
(A) “Era o Bonde Engenho de Dentro, ali na Praça Quinze. Vinha cheio, mas como diz, ... “
(B) “Assim mesmo, e isso prova bem a favor da elasticidade dos corpos gordos, ela conseguiu se insinuar, ou antes, encaixar. “
(C) “E aquela baiana pesava seus noventa quilos mas era nua, com licença da palavra, pois com tanta saia engomada e mais os balangandãs, chegava mesmo era aos cem... “
(D) “quando o bonde parou em outro poste, o soldado repetiu o tal slogan do encaixe. “
Prova de Português - 8º ano - Interpretação
Avaliação de Português – 8º ano – Data: __ /__ /__valor: __ – Nota:
Aluno(a): ______________________Nº: _____ Turma : ____
Não há dúvida que as línguas se aumentam e alteram com o tempo e as necessidades dos usos e costumes. Querer que a nossa pare no século de quinhentos é um erro igual ao de afirmar que a sua transplantação para a América não lhe inseriu riquezas novas. A este respeito a influência do povo é decisiva. Há, portanto, certos modos de dizer, locuções novas, que de força entram no domínio do estilo e ganham direito de cidade.
(MACHADO DE ASSIS. Apud Luft, Celso Pedro. Vestibular do português).
Vocabulário: Transplantação - transferir de um lugar ou contexto para outro.
1- Ao ler o texto, concluímos que
(A) as mudanças do português da Europa para o Brasil evitaram inserir ao idioma riquezas novas.
(B) as alterações da língua estão condicionadas às necessidades dos usos e costumes e ao tempo.
(C) o português do século XVI é o mesmo de hoje, não sendo necessário parar a língua no tempo.
(D) os falantes do campo usam expressões atuais da língua mesmo sem sofrerem influência européia.
Vamos imaginar que a indústria farmacêutica desenvolveu uma pílula que pudesse prevenir doenças do coração, obesidade, diabetes e reduzir o risco de câncer, osteoporose, hipertensão e depressão.
Já temos esse remédio. E não custa nada. Está a serviço de ricos e pobres, jovens e idosos. É a atividade física.
(Gro Harlem Brundtland, diretora geral da OMS – Organização Mundial da Saúde) Folha de São Paulo, 6 abr. 2002.
2- De acordo com o texto, o remédio que não custa nada e está a serviço de ricos e pobres, jovens e idosos:   
(A) é uma pílula fabricada pela indústria farmacêutica.
(B) só é encontrado nas farmácias.  
(C) é a atividade física.   
(D) ainda não existe.
O cachorro
As crianças sabiam que a presença daquele cachorro vira-lata em seu apartamento seria alvo da mais rigorosa censura de sua mãe. Não tinha qualquer cabimento: um apartamento tão pequeno que mal acolhia Álvaro, Alberto e Anita, além de seus pais, ainda tinha de dar abrigo a um cãozinho! Os meninos esconderam o animal em um armário próximo ao corredor e ficaram sentados na sala à espera dos acontecimentos. No fim da tarde a mãe chegou do trabalho. Não tardou em descobrir o intruso e a expulsá-lo, sob os olhares aflitos de seus filhos.
Granatic, Branca. Técnicas Básicas de Redação.
3- No texto, fica claro que haverá um conflito entre as crianças e a mãe, quando as crianças
(A) resolvem levar um cachorro para casa, mesmo sabendo que a mãe seria contra.
(B) levam para casa um cachorro vira-lata, e não um cachorro de raça.
(C) decidem esconder o animal dentro de um armário.   
(D) não deixam o animal ficar na sala.
Jéssica veio do céu
Jéssica é somente uma garota de 11 anos (...). Mas tem a coragem de uma leoa e a calma de um anjo da guarda. Na noite de domingo, a casa em que ela mora se transformou num inferno que ardia em chamas porque um de seus irmãos causou o acidente ao riscar um fósforo. Larissa, de 7 anos, Letícia, de 3, e o menino de 8, que involuntariamente provocou o incêndio, foram salvos porque Jéssica (apesar de seus 11 anos) se esqueceu de sentir medo. Mesmo com a casa queimando, a garganta sufocando com a fumaça e a porta da rua trancada por fora (a mãe saíra), a menina não se desesperou. Abriu a janela de um quarto e através dela colocou, um por um, todos os irmãos para fora. Enquanto fazia isso, rezava. Ninguém sofreu sequer um arranhão. Só então Jéssica pensou em si própria. E sentiu muito medo. Pulou a janela e disparou a correr.
Revista Veja. São Paulo: Abril, 18 de fevereiro de 2004.
4- No trecho “Larissa, de 7 anos, Letícia, de 3 anos, e o menino de 8, que involuntariamente provocou o incêndio, foram salvos porque Jéssica (apesar de seus 11 anos) se esqueceu de sentir medo”., o trecho destacado se refere a(ao):
(A) Larissa (de 7).  
(B) Letícia (de 3).  
(C) menino (de 8). 
(D) Jéssica (de 11).
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Tchau, tchau
Nunca foi tão fácil secar uma espinha
A gente acha que cuidar da pele dá trabalho. Que nada! Chato mesmo é encarar aquela espinha que insiste em aparecer na cara da gente nas horas mais impróprias: o primeiro dia de aula ou o encontro com o menino que a gente está a fim. Pele bem cuidada dá uma levantada incrível no visual, né? Então, mãos à obra com a linha Clearskin da Avon, que tem oito produtos que facilitam a nossa vida. Além de combaterem a acne (eles são feitos com ácido glicólico, um poderoso derivado da cana-de-açúcar), eles deixam a pele super-hidratada.
Borgatto, Ana; Bertin, Terezinha, Marchezi, Vera. Tudo é linguagem.
5- Encontramos o registro de linguagem formal em
(A) “A gente acha que cuidar da pele dá trabalho.”
(B) “Chato mesmo é encarar aquela espinha que insiste em aparecer na cara da gente (...)”
(C) “(...) o encontro com o menino que a gente está a fim.”
(D) “Além de combaterem a acne (eles são feitos com ácido glicólico, um poderoso derivado da cana-de-açúcar), eles deixam a pele super-hidratada.”
Dedé reconhece erro no clássico
Zagueiro vascaíno pede desculpas a Willians e aos torcedores pela expulsão
O zagueiro Dedé, do Vasco, pediu desculpas ontem ao volante Willians, do Flamengo, pela entrada violenta que deu no adversário no empate em 1 a 1 no clássico de domingo, no Engenhão, pelo Campeonato Brasileiro.
– (...) Peço desculpas ao companheiro de profissão e ao torcedor do Vasco, pois não queria ter deixado o time (...).
Mas o zagueiro seguiu a linha do técnico Paulo César Gusmão de culpar o juiz (...):
– Deixando de lado minha expulsão, o árbitro estava visivelmente nervoso e atrapalhado. Inverteu muitas faltas, irritando nosso time, me deu um cartão amarelo após eu ter levado o vermelho.
O Globo – 26/10/2010.
6- O trecho do texto que expressa uma opinião é
(A) “Peço desculpas ao companheiro de profissão...”. (l.4)
(B) “... o árbitro estava visivelmente nervoso e atrapalhado.” (l.7-8)
(C) “Deixando de lado minha expulsão...”.(l.7)
(D) “... me deu um cartão amarelo...” (l.8)
Ingenuidade
Na boca da caverna
Gritei, vibrando:
– TE AMO!
TE AMO!
TE AMO!
E o eco respondeu,
Lá de dentro da caverna:
– TE AMO!
TE AMO!
TE AMO!
E eu, ingênuo, acreditei...
Elias, José. Amor adolescente.
7- A repetição, pelo eu poético, da expressão “TE AMO!” , que ecoou dentro da caverna, reforça
(A) a intensidade da paixão do eu poético.  
(B) a ingenuidade do eu poético.
(C) a beleza do primeiro amor.                    
(D) o eco dentro da caverna.
O Último Computador
Luís Fernando Veríssimo
Um dia, todos os computadores do mundo estarão ligados num único e definitivo sistema, e o centro do sistema será na cidade de Duluth, nos Estados Unidos. Toda memória e toda informação da humanidade estarão no Último Computador. As pessoas não precisarão ter relógios individuais, calculadoras portáteis, livros etc. Tudo o que quiserem fazer – compras, contas, reservas – e tudo que desejarem saber estará ao alcance de um dedo. Todos os lares do mundo terão terminais do Último Computador. Haverá telas e botões do Último Computador em todos os lugares frequentados pelo homem, desde o mictório ao espaço. E um dia, um garoto perguntará a seu pai:
– Pai, quanto é dois mais dois?
– Não pergunte a mim, pergunte a Ele.
O garoto apertará o botão e, num milésimo de segundo, a resposta aparecerá na tela mais próxima. E, então, o garoto perguntará:
– Como é que eu sei que isso está certo?
– Ora, ele nunca erra.
– Mas se desta vez errou?
– Não errou. Conte nos dedos.
– Contar nos dedos?
– Uma coisa que os antigos faziam. Meu avô me contou. Levante dois dedos, depois mais dois... Olhe aí. Um, dois, três, quatro. Dois mais dois quatro. O computador está certo.
– Bacana. Mas, pai: e 366 mais 17? Não dá para contar nos dedos. Jamais vamos saber se a resposta do Computador está certa ou não.
– É...
– E se for mentira do Computador?
– Meu filho, uma mentira que não pode ser desmentida é a verdade.
Quer dizer, estaremos irremediavelmente dominados pela técnica, mas sobrará a filosofia.
8- No trecho: O garoto apertará o botão e, num milésimo de segundo, a resposta aparecerá
na tela mais próxima. A expressão destacada significa o mesmo que
(A) depois de muito tempo.  
(B) em um minuto.   
(C) muito rápido.   
(D) durante mil anos.
9- O Último Computador será criado porque
(A) “as pessoas não precisarão ter relógios individuais, calculadoras portáteis, livros etc”.
(B) “(...) tudo que desejarem saber estará ao alcance de um dedo”.
(C) “(...) jamais vamos saber se a resposta do Computador está certa ou errada”.
(D) “(...) estaremos irremediavelmente dominados pela técnica (...)”.
A Mulher no Brasil
A história da mulher no Brasil, tal como a das mulheres em vários outros países, ainda está por ser escrita. Os estudiosos têm dado muito pouca atenção à mulher nas diversas regiões do mundo, o que inclui a América Latina. Os estudos disponíveis sobre a mulher brasileira são quase todos meros registros de impressões, mais do que de fatos, autos-de-fé quanto à natureza das mulheres ou rápidas biografias de brasileiras notáveis, mais reveladoras sobre os preconceitos e a orientação dos autores do que sobre as mulheres propriamente ditas. As mudanças ocorridas no século XX reforçam a necessidade de uma perspectiva e de uma compreensão históricas do papel, da condição e das atividades da mulher no Brasil.
(fragmento) Hahner, June E.
10- Considerando o fragmento lido, podemos afirmar que
(A) quanto à existência de um estudo histórico sobre seu papel na sociedade, a mulher brasileira assemelha-se à de várias partes do mundo.
(B) excetuando-se as rápidas biografias de brasileiras notáveis, as demais obras sobre a mulher no Brasil estão impregnadas de informações sobre o seu valor na sociedade.
(C) as modificações de nosso século reforçam a necessidade de que se escreva uma verdadeira história da mulher no Brasil.
(D) os estudos disponíveis sobre a mulher brasileira são registros baseados em fatos inquestionáveis numa perspectiva histórica.
Cadernos de João
(…) Na última laje de cimento armado, os trabalhadores cantavam a nostalgia da terra ressecada.
De um lado era a cidade grande: de outro, o mar sem jangadas.
O mensageiro subiu e gritou:
- Verdejou, pessoal!
Num átimo, os trabalhadores largaram-se das redes, desceram em debandada, acertaram as contas e partiram.
Parada a obra.
Ao dia seguinte, o vigia solitário recolocou a tabuleta: “Precisa-se de operários”, enquanto o construtor, de braços cruzados, amaldiçoava a chuva que devia estar caindo no Nordeste.
(Anibal Machado, Cadernos de João )
11- De acordo com o texto, a palavra “Verdejou” significa
(A) a saudade dos trabalhadores.      
(B) o mar sem jangadas.
(C) a parada da obra.                         
(D) a chuva caindo no Nordeste.

Dica: Quando as provas ficam grandes, costumo imprimir duas páginas por folha. Basta clicar em propriedades, na bandeja da impressora, e escolher a opção duas páginas por folha, clicar em ok e pronto!


As questões dessa prova foram retiradas do site: http://www.rio.rj.gov.br/web/sme

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