quinta-feira, 11 de abril de 2019





Armandinho, o juiz


Foi quando o Armandinho marcou uma falta do Edil.
     Eu nem sei contar direito como foi, só sei que saiu uma briga daquelas!
     A torcida entrou na briga e todo mundo apanhou.
     Mas quem mais apanhou foi o Armandinho, que saiu todo machucado. Precisou passar iodo e botar esparadrapo.
     Aí o Armandinho enfezou:
-         Sabe do que mais? Não quero mais ser juiz. Agora eu quero é jogar, me divirto muito mais e ninguém me chama de ladrão.
      Pra falar a verdade, a turma já estava meio enjoada daquele negócio de juiz, apitando toda hora, interrompendo o jogo.
      O segundo tempo já começou sem juiz.
      Logo de saída já houve uma dificuldade.
      Olha só! Duas bolas em campo. Enquanto o nosso time, o Estrela-d’Alva, atacava pra um lado, o Passa-por-Cima atacava pro outro, com outra bola.
      Foram dois gols de uma vez.
      E pra resolver qual das duas bolas é que valia?
     
Mais de meia hora de discussão!
      Depois de jogar um tempinho, nós começamos a achar que tinha muito jogador em campo.
      Parou o jogo pra contar.
      Nós estávamos jogando com sete e o Passa-por-Cima com nove.
      Essa não!
      Pra encurtar a história, sabe quantas vezes nós paramos o jogo?
      Oito vezes! Uma vez porque tinha duas bolas.
      Uma vez porque tinha gente demais.                      
      Uma vez porque o Caloca pegou a bola com a mão e disse que não tinha pegado.
      Uma vez porque o Edil e o Barriga esqueceram que eram do mesmo time e resolveram brigar no meio do campo.
       E cada vez que o jogo parava levava um tempão para resolver o caso.
       Cada um achava que tinha razão, não queria saber de nada:
  - Não fui eu, foi o Barriga!
  - Ninguém viu, é mentira dele!
        - Foi ele que começou!
       E o jogo não ia, nem pra frente, nem pra trás.
  Foi aí que o Beto gritou:
  Também, essa droga de jogo nem tem juiz....
  Todo mundo olhou pro Armandinho.
       Armandinho fingiu que não entendeu.
 O Xande insinuou, meio sem jeito.
       É, o juiz está fazendo uma bruta falta.
       Armandinho não deu sinal de ter entendido.

(Armandinho, o juiz. Ruth Rocha. Ed. FDT)



As questões podem ser respondidas oralmente. Na última, ir anotando as respostas na lousa, para posteriormente, junto com os alunos fazer um quadro das regras para a escola ou até mesmo para a classe.

1.Por que Armandinho não queria mais ser o juiz?
2.Por que o segundo tempo já começou com confusão?Por que não conseguiam continuar o jogo?
3.Qual foi a conclusão de Xande?
4.No futebol, qual é  função de um juiz? ( Aqui é importante que o aluno perceba que a função principal é
fazer cumprir as regras)
5.Além dos esportes, em que setores da vida as regras estão presentes? Cite alguns. (Geralmente os alunos citam: casa, escola, trânsito, trabalho...)
6.Qual a importância das regras no trânsito?
7.Na sua casa, seus pais ou responsáveis determinaram alguma regra? Cite algumas delas.
8.Você acha que na escola é importante seguir as regras? Por quê?
9.Cite 3 regras que você acha ser muito importante para o bom funcionamento da NOSSA ESCOLA?

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