terça-feira, 27 de outubro de 2015


 A tese e seus argumentos: Sequência Didática


SEQUÊNCIA DIDÁTICA – A TESE E SEUS ARGUMENTOS
Objetivos
Identificar e analisar os diferentes tipos de argumentos que sustentam uma argumentação textual.
Refletir sobre a temática Bullying a fim de que os alunos argumentem por que não praticá-lo.
Conteúdos
Argumentação e linguagem: a tese e seus argumentos
Bullying

Ano
EF II (9º ANO), EM (1º ANO)
Tempo estimado
14 aulas
Material necessário
Cópia de textos, mídia (data show, notebook ou PC), laboratório de informática, internet

Introdução
Comentar inicialmente com a turma que todo texto é produzido com uma finalidade comunicativa. Ele tem por trás de si um autor que procura convencer o leitor/ouvinte acerca de alguma ideia. Essa ideia constitui a tese de um texto argumentativo.
Informar a turma de que a direção da aula será para os diferentes argumentos de que um autor se vale para comprovar a tese ao organizar uma argumentação sem distinguir entre o ato de convencer e o ato de persuadir.
Desenvolvimento
1ª etapa
Explicar que uma das maneiras de que um autor se vale para comprovar sua tese é a argumentação por exemplo. Nela, usa-se, inicialmente, um exemplo ou um caso específico, para, em seguida, generalizar e extrair uma conclusão geral. Projetar o seguinte quadrinho e observar com os alunos esse tipo de argumentação.

A partir da leitura do quadrinho, perguntar e discutir:
a)                 Qual é a ideia principal para a qual o quadrinho pretende o convencimento do leitor?
b)                 Como esse texto procura fazer isso?
c)                  Como estão organizadas, em termos de estrutura linguística, de tempos verbais, as “recomendações”?
d)                 Que comportamento se espera do leitor convencido da ideia do quadrinho?
e)                 Você percebe nesse exemplo um caso de bullying?
Em seguida, perguntar quem já foi alvo de implicâncias e perseguições de colegas na escola. Houve algum tipo de agressão física ou as ações se deram mais no campo moral, com a escolha de apelidos politicamente incorretos? Os jovens percebiam risadinhas, empurrões, fofocas ou a propagação de termos pejorativos como bola, rolha de poço, baleia, nerd, quatro-olhos etc.? Quem já recebeu mensagens difamatórias ou ameaçadoras no celular, no Orkut ou nos blogs pessoais? Provavelmente muitos dirão que já testemunharam "brincadeirinhas" do gênero, mas dificilmente admitirão que já as promoveram. 
Levar os alunos ao laboratório de informática para pesquisaram conceitos e exemplos de “Bullying e Cyberbullying”. Em grupos, fazer a pesquisa e socializar para todos o que encontraram. De preferência, que permitam aos colegas a visualização em data show, apresentando primeiramente o exemplo selecionado pelo grupo e a partir daí apresentar uma ideia geral com base nos conceitos pesquisados sobre o tema em questão. Após as apresentações, levar os alunos a perceberem que fizeram o uso da argumentação por exemplo, ou seja, partiram de uma situação particular para uma geral.
Sugestão de sites e blogs para os alunos:
·                     www.revistaescola.abril.com.br
·                     www.wikipedia.org
·                     www.youtube.com
·                     http://bullyingestresse.blogspot.com
·                     http://bullyingvirtual.wordpress.com
·                    http://juntoscontraobullying.webnode.com.br
·                    http://www.bullying.com.br/
·                    http://www.diganaoaobullying.com.br/
·                    http://www.assediomoral.org/
·                    http://nomorebullying.blig.ig.com.br/
·                    http://www.denunciar.org.br/
·                    http://www.bullying.pro.br/
Observação: Dependendo do planejamento do professor, essa atividade pode também ser feita através de uma webquest. Nela, o professor explicará o passo a passo de cada grupo, as fontes de informação a serem utilizadas e o papel de cada grupo a ser desempenhado nessa tarefa. O seguinte endereço apresenta slides com o passo a passo na construção de uma webquest: http://www.slideboom.com/presentations/166181/Como-criar-uma-WebQuest.
2ª etapa
Uma outra maneira de que um autor se vale para comprovar sua tese é a argumentação por ilustração. Nessa argumentação, há uma situação genérica e em seguida, como comprovação, uma singularização dessa situação. Apresentar aos alunos três casos específicos de bullying contra professores na internet. Pode ser o que está na reportagem do site www.revistaescola.abril.com.br, intitulada “Agressões contra professores na internet”. Utilizar o seguinte trecho:
Mais sobre bullying
[...]
O professor de Química George Lopes, de Silvânia, a 80 quilômetros de Goiânia, diz não se importar com a comunidade em que é citado (veja imagem acima), que existe há três anos. Quando foi publicada, ele apenas quis saber o teor dos comentários. Descobriu frases como Dar uma pedrada nele é o meu sonho e outras ainda mais ofensivas. Todo educador é visto como chato pelos jovens. Eu sempre fui rígido, por isso os estudantes criaram essa forma de protesto. Além disso, sei que alguns adolescentes se sentem bem humilhando os outros. Mas não ligo, não me atinge, afirma.
Inconformismo e atitude
Outros, como Sidnei Raimundo de Melo, que leciona Matemática em Manaus, não escondem a indignação. Ele não quis ser fotografado, mas declarou que até pensou em abandonar a carreira ao ler na internet  O professor Raimundo é bisonho. Fiquei triste, tive insônia e perdi a vontade de trabalhar. Sem o apoio da direção da escola, ele procurou o responsável pela publicação para conscientizá-lo do caráter agressivo de sua atitude. O jovem pediu desculpas e deletou tudo.  É meu dever ajudar a construir valores éticos na sala de aula, afirma Sidnei. Ele estava disposto a prestar uma queixa formal caso a conversa não surtisse efeito: Os jovens precisam aprender que não dá para desrespeitar impunemente.
"Perdi a vontade de dar aulas quando li que eles me achavam 'bisonho'. Nem consegui dormir." Sidnei Raimundo de Melo, professor de Matemática em Manaus, que não quis ser fotografado
Chocada também ficou Maria Aparecida de Carvalho, que dá aulas de Física no Rio de Janeiro, ao descobrir que uma de suas aulas fora gravada em vídeo e estava num site com o título Maria recebendo um santo. Ela costumava fazer paródias de músicas e adaptar as letras com conteúdos da disciplina para cantá-las com as turmas. Os comentários diziam que ela era ridícula e adorava aparecer. O vídeo foi deletado após a professora avisar que tomaria providências legais.
[...]
Após a apresentação, em grupos, os alunos vão produzir teses/ideias principais que apresentem de forma geral a situação do bullying contra professores na internet, fazendo uma relação com os casos acima ilustrados a fim de que percebam como se dá a construção da argumentação por ilustração, partindo da situação genérica para a particular e socializar para os demais colegas.
Chamar a atenção dos alunos para a seguinte fala: As tecnologias da informação e comunicação, os computadores e os celulares tornaram-se meios facilitadores para publicar imagens e comentários depreciativos. Em blogs, fotologs e redes sociais, alunos ofendem e fazem chacota de seus professores ou demais funcionários da escola, com discursos de ódio que muitas vezes incidem em crimes de injúria, calúnia e difamação. Essa “nova moda” tem nome e chama-se ciberbullying, uma violência virtual que se multiplica de maneira inimaginável na internet. 
Nos softwares sociais, como o Facebook, Bebo, MySpace, Linkedin, Hi5 e Orkut, esse  último  preferido entre crianças e adolescentes e que mantém hegemonia no País com 26,6 milhões de perfis. Comunidades são criadas para expor críticas e rejeição a um determinado professor. Assim, alunos buscam ofender e ridicularizar a figura do docente, usando imagens de animais (burro, macaco), bruxas, caveiras ou até mesmo com algum desenho pornográfico. (http://www.cartacapital.com.br/carta-na-escola/na-mira-dos-alunos)
3ª etapa
Apresentar a próxima forma de construção da argumentação: argumentação baseada em prova concreta. É a que traz para o texto informações que resultam de pesquisa, estatística e similares. Exemplificar com a pesquisa feita pela ABRAPIA - Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e Adolescência se dedica a estudar, pesquisar e divulgar o bullying desde 2001, tendo a partir de 2003 implantado um programa de redução do comportamento agressivo entre estudantes, em escolas do Rio. Essa pesquisa foi utilizada como fonte de informação no livro “Diga Não ao Bullying”, editado pela ABRAPIA em 2003 e de autoria de Aramis Lopes Neto e Lucia Helena Saavedra.
A pesquisa foi intitulada “Diga não ao bullying”, feita com o apoio financeiro da Petrobras e em parceria com o IBGE (Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística) e a Secretaria de Educação do Município do Rio de Janeiro, no período de novembro e dezembro de 2002 e março de 2003, através de questionários distribuídos a alunos de 5ª a 8ª série, de 11 escolas, sendo 9 públicas e 2 particulares. Alguns resultados dessa pesquisa destacaram: população alvo, participantes do bullying, tipos de bullying identificados, locais onde ocorreram o bullying, reações dos alunos alvos de bullying, sentimentos admitidos pelos alunos testemunhas diante de situações de bullying na sua escola, sentimentos admitidos pelos alunos autores de bullying.
Dividir a turma em duplas ou grupos, conforme a quantidade de alunos e distribuir cada um dos sete aspectos da pesquisa divulgado em gráficos e disponível em:    http://www.observatoriodainfancia.com.br/IMG/pdf/doc-100.pdf. Cada grupo fará para o grupo maior a interpretação do gráfico em questão, apontando a importância para a argumentação desse resultado. Também deve expressar sua opinião sobre o impacto e a veracidade dessa informação para a realidade dele.
4ª etapa
Apontar para os alunos outra forma de argumentar num texto: a argumentação de autoridade. Esse tipo de argumento recorre a informações renomadas, como autores, livros, revistas especializadas, para demonstrar a veracidade da tese. É o tipo de argumento mais encontrado em livros didáticos ou em textos científicos. Dizer aos alunos que o site da nova escola para respaldar a discussão sobre o tema bullying postou em sua página reportagens, artigos e um vídeo. O vídeo apresenta entrevista dada por Aramis Lopes Neto, médico especialista em bullying e presidente do Departamento Científico de Segurança da Criança e do Adolescente e especialista em cyberbylling, e nele, o médico fala do assunto com base no filme “As melhores coisas do mundo”, que mostra as transformações e os relacionamentos da adolescência em meio a uma overdose de tecnologia que envolve os jovens e potencializa os efeitos do bullying na internet. Apontar que o entrevistado é um exemplo de argumento de autoridade para o site. A partir da entrevista com o especialista, os alunos anotarão e apontarão elementos que fortalecem a sua posição como alguém renomado. Discutir o que anotaram e reforçar a importância desse recurso na construção de uma ideia. Os alunos, em grupos, irão ao laboratório de informática e trarão um vídeo, justificando por que o utilizariam como fonte para construir um argumento de autoridade a partir da temática em questão.
5ª etapa
Outro tipo de argumento a trabalhar com os alunos é o argumento por raciocínio lógico (resultam de relações lógicas). Os alunos irão construir esse tipo de argumento e após a prática devem definir em sala de aula com suas palavras o que entenderem sobre o argumento por raciocínio lógico.
Primeiramente, vão assisitir ao vídeo “Bullying e o mal que causa”, disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=NLp0z9ZtjWk. Em seguida, responder as perguntas:
a)                 Para que assunto o vídeo quer chamar a atenção do leitor?
b)                 De que ideia o vídeo pretende convencer o leitor?
c)                  Que argumentos Daniele Vuoto utiliza para falar sobre a situação-problema?
d)                 Que argumentos você pode exemplificar de que são consequências do bullying?
Os adolescentes deverão elaborar uma lista de ações/soluções para evitar o bullying na escola. As sugestões de cada equipe serão organizadas e apresentadas por meio de um grande painel para toda escola.
Depois, assistir ao filme “As melhores coisas do mundo”, drama com duração de 107 minutos, na direção de Laís Bondazky, (ficha e sinopse do filme disponíveis em: http://www.filmesdecinema.com.br/filme-melhores-coisas-mundo-6283/).  Debater sobre as situações-problema direcionadas ao bullying que surgem durante a narrativa. A partir dele, cada aluno deve postar um argumento respondendo a seguinte pergunta no Twitter (a sugestão aqui é de que a escola construa um perfil para discutir a temática e o professor, através dessa atividade, estimular a participação dos alunos): “Bullying: Por que dizer não?”. Cada colega tem o direito de contra-argumentar a posição do outro desde que seja aceitável pelo grupo, se não o argumento será reformulado ou deletado. É claro que o professor deve acompanhar a escrita e a reescrita do argumento para só depois ser postado no Twitter.
Avaliação
Utilização adequada nas atividades do tipo de argumento solicitado;
Participação nas discussões e reflexões a partir das questões norteadoras (oralidade);
Capricho, criatividade e ligação com os conceitos trabalhos durante a aula para elaboração dos textos;
Trabalho colaborativo na criação dos cartazes, produção de parágrafos argumentativos no Twitter, sugestão de ideias, criatividade e integração com o grupo;
Participação efetiva na construção das atividades.
Fonte
Programa Gestão da Aprendizagem Escolar – Gestar II. Língua Portuguesa: Caderno de Teoria e Prática 6 – TP6: leitura e processos de escrita II. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2008.
https://fbcdn-sphotos-g-a.akamaihd.net/hphotos-ak-xaf1/v/t1.0-9/11903877_923977987676050_8039853611633578173_n.jpg?oh=6e1e892b3b606ff2af66d242cce44f39&oe=5685233D&__gda__=1456590732_3bbaa14fcc402dbaa2b98cb4b00fd41e

TENTAÇÃO
   Ela estava com soluço. E como se não bastasse a claridade das duas horas, ela era ruiva.
   Na rua vazia as pedras vibravam de calor - a cabeça da menina flamejava. Sentada nos degraus de sua casa, ela suportava. Ninguém na rua, só uma pessoa esperando inutilmente no ponto do bonde. E como se não bastasse seu olhar submisso e paciente, o soluço a interrompia de momento a momento, abalando o queixo que se apoiava conformado na mão. Que fazer de uma menina ruiva com soluço? Olhamo-nos sem palavras, desalento contra desalento. Na rua deserta nenhum sinal de bonde. Numa terra de morenos, ser ruivo era uma revolta involuntária. Que importava se num dia futuro sua marca ia fazê-la erguer insolente uma cabeça de mulher? Por enquanto ela estava sentada num degrau faiscante da porta, às duas horas. O que a salvava era uma bolsa velha de senhora, com alça partida. Segurava-a com um amor conjugal já habituado, apertando-a contra os joelhos.
   Foi quando se aproximou a sua outra metade neste mundo, um irmão em Grajaú. A possibilidade de comunicação surgiu no ângulo quente da esquina, acompanhando uma senhora, e encarnada na figura de um cão. Era um basset lindo e miserável, doce sob a sua fatalidade. Era um basset ruivo.
   Lá vinha ele trotando, à frente de sua dona, arrastando seu comprimento. Desprevenido, acostumado, cachorro.
   A menina abriu os olhos pasmada. Suavemente avisado, o cachorro estacou diante dela. Sua língua vibrava. Ambos se olhavam.


 Entre tantos seres que estão prontos para se tornarem donos de outro ser, lá estava a menina que viera ao mundo para ter aquele cachorro. Ele fremia suavemente, sem latir. Ela olhava-o sob os cabelos, fascinada, séria. Quanto tempo se passava? Um grande soluço sacudiu-a desafinado. Ele nem sequer tremeu. Também ela passou por cima do soluço e continuou a fitá-lo.
   Os pêlos de ambos eram curtos, vermelhos.
   Que foi que se disseram? Não se sabe. Sabe-se apenas que se comunicaram rapidamente, pois não havia tempo. Sabe-se também que sem falar eles se pediam. Pediam-se com urgência, com encabulamento, surpreendidos.
   No meio de tanta vaga impossibilidade e de tanto sol, ali estava a solução para a criança vermelha. E no meio de tantas ruas a serem trotadas, de tantos cães maiores, de tantos esgotos secos - lá estava uma menina, como se fora carne de sua ruiva carne. Eles se fitavam profundos, entregues, ausentes de Grajaú. Mais um instante e o suspenso sonho se quebraria, cedendo talvez à gravidade com que se pediam.
   Mas ambos eram comprometidos.
   Ela com sua infância impossível, o centro da inocência que só se abriria quando ela fosse uma mulher. Ele, com sua natureza aprisionada.
   A dona esperava impaciente sob o guarda-sol. O basset ruivo afinal despregou-se da menina e saiu sonâmbulo. Ela ficou espantada, com o acontecimento nas mãos, numa mudez que nem pai nem mãe compreenderiam. Acompanhou-o com olhos pretos que mal acreditavam, debruçada sobre a bolsa e os joelhos, até vê-la dobrar a outra esquina.

   Mas ele foi mais forte que ela. Nem uma só vez olhou para trás
__________________
Conto extraído de LISPECTOR, Clarice. Felicidade clandestina. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1981.
Após ler o texto, responda:
1 Quem são as personagens principais? O que elas têm em comum?

2. O que a menina fazia sentada na porta de casa, às duas horas da tarde?

3. Onde se passa a história? Retire do texto uma frase que apresenta uma característica marcante do cenário.

4.De acordo com o texto, como a menina se sentia em relação a outras pessoas? Retire do texto uma frase para justificar sua resposta.

5. “Sentada nos degraus de sua casa, ela suportava.” O que a menina suportava?
Indique a alternativa que melhor responde a questão:
(a) a pessoa que esperava o bonde   (b)  a bolsa velha        (c) o calor e a solidão              (d) sua mãe

6. “O que a salvava era uma bolsa velha de senhora, com alça partida.” Do que a bolsa a salvava?
(a) do calor excessivo                               (b) da solidão, já que a bolsa era sua companhia
(c) das brigas com a mãe                         (d)  do homem que esperava o bonde

7) No texto, quem é o narrador?
( a ) a mãe                                                                                 (c) alguém que não presente na história
(b ) alguém presente na história, mas sem participar muito      (d) a menina ruiva

8) Retire  do texto um trecho em que se percebe a presença do narrador como personagem.

9) O que o narrador fazia naquele lugar ?

10)Pode-se dizer que o narrador se identifica com a menina? Por quê?


11) O cão basset provoca uma mudança na cena inicial. Qual a reação da menina e do cão quando se veem ?

12) “Mas ambos eram comprometidos.” Segundo o texto, com o que eles eram comprometidos ? O que isso pode significar?

13) Por que o cachorro não olhou para trás?

14) Considerando a reação da menina e do cão quando se encontram e a resposta à questão 12, o que o título TENTAÇÃO pode indicar?

15) Qual é o tema central do texto?

Questões para debater:
No texto, a menina se sente diferente dos outros, o que intensifica a solidão dela. Ser diferente dos demais gera solidão? Você já se sentiu excluído ou sozinho por ser diferente dos outros? Qual é sua opinião sobre isso?




RESPOSTAS:

1.    A menina e o basset. Ambos são ruivos.
2.    Resposta pessoal - Ela olhava o movimento...tomava sol... esperava passar o soluço etc.
3.    No bairro Grajaú, Rio de Janeiro. “ Na rua vazia as pedras vibravam de calor”
4.    Se sentia diferente, discriminada, provavelmente porque era ruiva. “Numa terra de morenos, ser ruivo era uma revolta involuntária.”
5.    Resposta C
6.    Resposta B
7.    Resposta B
8.    “Olhamo-nos sem palavras...”
9.    Provavelmente espera o bonde. Em certo trecho ele diz ele diz “Na rua deserta nenhum sinal de bonde.”
10.  Sim. Resposta pessoal. Talvez o narrador  se sentisse assim porque o calor era insuportável e o bonde não vinha logo; vendo a menina ruiva “numa terra de morenos”, sozinha, sem nada de interessante para fazer, naquele calor insuportável.
11.  Resposta pessoal. Sugestão: Se identificaram um com o outro: ambos eram ruivos e solitários, poderia nascer daí uma grande amizade.
12.  Ela estava comprometida com sua infância e o cão, com sua natureza aprisionada. Isso significa que eles não podem ficar juntos,  pois têm naturezas diferentes, não podem fazer companhia um ao outro.
13. Ele deveria seguir sua dona, não tinha outra escolha.
14.  Pode se referir ao impulso de ficarem juntos ( a menina ruiva e o basset ruivo), uma tentação de se pertencerem.


15.  O tema central é a solidão.





DESAFIO - ortografia e gramática




 A partir das letras que formam a palavra PERNAMBUCO, forme o maior número possível de substantivos (comuns, próprios...), SEM REPETIR LETRA na mesma palavra, podendo usar acentos, se necessário, mas  lembre-se que TIL (~) não é acento) e que só vale palavra escrita corretamente.
Vamos começar?
    
            1. PERNA

     2.   PERA

     3.   RENA
      ...
Ganha o desafio quem conseguir mais palavras.



Confusão entre o “Há”, “ AH”, “ À” e “A”.



Não é incomum ver nos textos dos alunos confusão entre o “h”, “á”, “ ah”, “ à” e  “a”. Foneticamente não há diferença entre um e outro, mas gramaticalmente são classes de palavras diferentes:
1."" - Verbo HAVER) pode ser empregado como verbo impessoal, sem sujeito, assumindo a 3ª pessoa do singular: sentido de existir; sentido de passar-se, ter ocorrido - equivalente a  faz.

2.” A” – Artigo ou preposição
Não é incomum ver nos textos dos alunos a confusão entre o há”, “á”, “ ah”, “ à” e  “a”. Foneticamente não há diferença entre um e outro, mas gramaticalmente são classes de palavras diferentes.
3. “À” - Fusão dessas duas vogais iguais, ocorrendo, dessa forma, o fenômeno da crase: fusão de:  a (preposição) + a (artigo).
4.” Ah” - Interjeição - palavra que exprime nossos estados emotivos.


Atividade 1:

Complete as lacunas do texto com há, ah, à ou a. Preste atenção ao contexto.
__ cidade de Manaus está __  margem esquerda do rio Negro, __ apenas 18 km da confluência desse rio com o rio Amazonas. __ nessa cidade pelo menos uma jóia que não vem direto da natureza; foi construída pelo homem. __  125 anos foi lançada, ali na cidade de Manaus, __  pedra fundamental de um dos mais lindos teatros brasileiros de todos os tempos: o Teatro Amazonas. __  natureza, por si, já é a grande beleza da região, mas não se pode negar que esse teatro também seja uma das belas riquezas de toda __ Amazônia. __, quase me esqueci: já passaram pelo seu palco nomes que vão de Margot Fonteyn (bailariana clássica inglesa)  __ Roger Waters (músico fundador da banda de rock inglesa Pink Floyd).




O CONTO DA MENTIRA



Todo dia Felipe inventava uma mentira. “Mãe, a vovó tá no telefone!”. A mãe largava a louça na pia e corria até a sala. Encontrava o telefone mudo.
O garoto havia inventado morte do cachorro, nota dez em matemática, gol de cabeça em campeonato de rua. A mãe tentava assustá-lo: “Seu nariz vai ficar igual ao do Pinóquio!”. Felipe ria na cara dela: “Quem tá mentindo é você! Não existe ninguém de madeira!”.
O pai de Felipe também conversava com ele: “Um dia você contará uma verdade e ninguém acreditará!”. Felipe ficava pensativo. Mas no dia seguinte...
Então aconteceu o que seu pai alertara. Felipe assistia a um programa na TV. A apresentadora ligou para o número do telefone da casa dele. Felipe tinha sido sorteado. O prêmio era uma bicicleta: “É verdade, mãe! A moça quer falar com você no telefone pra combinar a entrega da bicicleta. É verdade!”
A mãe de Felipe fingiu não ouvir. Continuou preparando o jantar em silêncio. Resultado: Felipe deixou de ganhar o prêmio. Então ele começou a reduzir suas mentiras. Até que um dia deixou de contá-las. Bem, Felipe cresceu e tornou-se um escritor. Voltou a criar histórias. Agora sem culpa e sem medo. No momento está escrevendo um conto. É a história de um menino que deixa de ganhar uma bicicleta porque mentia...

                                                    Rogério Augusto
                                            Folha de São Paulo, 14 de jun. 2003 Suplemento Folhinha

Após ler o texto, responda:


1.No início, o texto já conta o problema de Felipe. Qual era?

2. Que mentiras Felipe já havia contado?

3.Como a mãe tentava assustá-lo?

4.Qual foi o alerta do pai para convencer Felipe a parar de mentir?

5.Por que a mãe não deu atenção ao filho quando ele foi sorteado para ganhar a bicicleta?

6. Releia o trecho:  "Resultado: Felipe deixou de ganhar o prêmio. [...]"
       a) Por que isso aconteceu?
           
       b) Que mudança o fato provocou?
   
      
Questões 7 a 9, assinalar a alternativa correta.

7.Felipe começou a reduzir suas mentiras porque:
(A) começou a escrever um conto.                                 
(B) deixou de ganhar uma bicicleta. 
(C) inventou ter sido sorteado por um programa de TV. 
(D) seu pai alertou sobre as consequências da mentira.

8. No trecho “A mãe tentava assustá-lo.”, o termo sublinhado substitui:
(A) pai de Felipe.  (B) Pinóquio.   (C) cachorro.     (D) Felipe.

9. No desfecho do conto, ficamos sabendo que Felipe
(A) continua contando mentira para seus pais.        
(B) decide ler todos os livros sobre o Pinóquio.
(C) torna-se um escritor e volta a criar histórias.
(D) escreve um livro de normas para o campeonato de rua.

10. A que conclusão podemos chegar com base na história?






CAÇA - PALAVRAS DE VERBOS


Atividade: 

Para descobrir os verbos que estão no caça-palavras, tente completar as
as frases. Depois não esqueça de preencher a tabela.
B
I
C
C
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R
Z
E
A
S


   1.    Você _________meu livro de inglês? 


      2.____________ seu livro amanhã. 
      3.Eu sempre ___________ música num volume baixo.
            4.   O grupo não ________ o trabalho de português porque não _________ a pesquisa.
            5.  Ana ___________do acidente no noticiário da TV.
            6.   _____________aula hoje.
            7.José sempre ____________ ser um ator famoso, mas nunca ____________ talento para tanto.
            8.   Se você __________ o professor hoje, entregue-lhe o atestado. 
           9.    O time da escola _________________ do campeonato estudantil.
          10.Devido às fortes chuvas, o rio ________________ e  ________________ o bairro
próximo.
          11.  Falta de atenção, ___________ o coração.
          12. Não sei onde _______meu livro novo.
                    
    
               Agora, preencha a tabela abaixo de acordo com a pessoa gramatical da frase em que se o verbo se encontra:

                        
Infinitivo
Pretérito
Presente
Futuro
trouxe  
ouvi
pôr
faz
achar
acharão
sabe
quererá
tem
ver
participou
transbordar
inundará
machucou