sábado, 17 de outubro de 2015




TRABALHANDO OS DESCRITORES DA LÍNGUA PORTUGUESA
PROFESSORA ELENILDA - COLÉGIO ESTADUAL OTACÍLIO MOTA

01. (D - 19) “Fiquei sabendo que mais da metade da população mundial somos crianças.” Ocorre, neste fragmento, um exemplo de:

a) inversão na mudança da ordem natural dos termos no enunciado.
b) omissão de um termo que já apareceu antes.
c) concordância não com o que vem expresso, mas com o que se entende, com a ideia que está implícita.
d) aproximação de termos contrários, que se opõem pelo sentido.
e) exagero na colocação da idéia com finalidade expressiva.


02. (D - 17) “Mas daqui a trinta anos nós é que vamos fazer coisas e ocupar cargos.” Das alterações processadas abaixo, aquela em que NÃO ocorre substancial mudança de sentido é:

a) Por isso daqui a trinta anos nós é que vamos fazer coisas inclusive ocupar cargos. b) Além disso, daqui a trinta anos nós é que vamos fazer coisas sem ocupar cargos.
c) Tanto que daqui a trinta anos nós é que vamos fazer coisas e ocupar cargos.
d) No entanto daqui a trinta anos nós é que vamos fazer coisas além de ocupar cargos. e) Portanto daqui a trinta anos nós é que vamos fazer coisas assim como ocupar cargos.

03. (D - 03) “Que mania de amargurar a vida dos outros!”
A alternativa abaixo que melhor traduz o sentido do verbo “amargurar” é:

a) Que mania de prejudicar a vida dos outros!
b) Que mania de atrapalhar a vida dos outros!
c) Que mania de angustiar a vida dos outros!
d) Que mania de comentar a vida dos outros!
e) Que mania de ameaçar a vida dos outros!


04. (D - 19) “Fiquei sabendo que mais da metade da população mundial somos crianças.”

Ocorre, neste fragmento, um exemplo de:
a) inversão na mudança da ordem natural dos termos no enunciado.
b) omissão de um termo que já apareceu antes.
c) concordância não com o que vem expresso, mas com o que se entende, com a ideia que está implícita.
d) aproximação de termos contrários, que se opõem pelo sentido.
e) exagero na colocação da idéia com finalidade expressiva.


05. D – 02) Leia o texto.
Professora Etelvina e suas pílulas de sabedoria instantâneaNos primórdios da linguagem escrita, um texto era uma longa sequência de caracteres. Sem espaços entre as palavras e sem nenhum sinal que indicasse pausa, ênfase ou pronúncia. Com o surgimento da imprensa, no século XV, o povo passou a ter acesso à leitura e foram, então, aparecendo símbolos variados, como os parênteses que vêm do grego e significam “ação de intercalar”. [...] E quando parecia que nada mais faltava para ser inventado surgiram os emotions, símbolos criados a partir de outros símbolos, para dar mais vida à comunicação via internet. O mais famoso deles é o “sorriso deitado”... [: )]
ÉPOCA. São Paulo: Globo, 31 jul. 2006, p. 18. [Adaptado].

Com base nas dicas da professora Etelvina, é possível dizer que os símbolos gráficos, como parênteses e emotions, têm como função :

a) garantir a interlocução, tornando a interação mais efetiva.
b) recuperar sentidos convencionalizados desde o surgimento da escrita.
c) evidenciar a interferência da oralidade na organização do sistema escrito das línguas.
d) perturbar a interação nos meios de comunicação instantânea.
e) desviar a atenção do leitor para informações secundárias contidas no texto.

Leia o texto de Paul Horowitz, físico da Universidade de Harvard.
Existe vida inteligente fora da terra? “No Universo? Garantido. Na nossa galáxia? Extremamente provável. Por que não encontramos aliens ainda? Talvez nossos equipamentos não tenham sensibilidade suficiente. Ou não sintonizamos o sinal de rádio correto”.

SUPERINTERESSANTE. São Paulo: Editora Abril, n. 224, mar. 2006, p. 42.

06. (D – 16) Tendo em vista os argumentos utilizados por Paul Horowitz, pode-se inferir que ele :
a) garante a existência de aliens apoiando-se em comprovações científicas.
b) prova que nosso encontro com extraterrestre é apenas uma questão de tempo.
c) sustenta seu ponto de vista com base em resultados verificados por equipamentos adequados.
d) revela suas idéias em uma escala que varia em diferentes graus de certeza.
e) reconhece a existência de vida alienígena em nossa galáxia.


Leia o texto.
Qual é o animal mais estranho do planeta? Existem animais estranhíssimos na natureza, mas poucos são mais bizarros do que o ornitorrinco. Trata-se de um mamífero, mas possui bico de pato e põe ovos! É tão estranho que, em 1798, quando o primeiro exemplar empalhado chegou à Inglaterra, os zoólogos o denunciaram como falso. Até as combinações cromossômicas dos ornitorrincos são estranhas. Enquanto aos outros mamíferos bastam dois cromossomos sexuais (XX ou XY) para que se determine se são machos ou fêmeas, os ornitorrincos precisam de dez. XXXXXXXXXX para uma fêmea e XYXYXYXYXY para um macho.

PLANETA. São Paulo: Editora Três, n. 400, jan. 2006, p. 17.

07. (D – 01) De acordo com o texto, revela-se determinante para comprovar a estranheza do ornitorrinco, um mamífero que possui bico de pato e põe ovos, o fato de que:
a) poucos animais na natureza são mais bizarros do que ele.
b) machos e fêmeas da espécie são determinados geneticamente por dez cromossomos.
c) um exemplar empalhado foi denunciado como um animal falso.
d) mamíferos apresentam uma combinação mínima de células sexuais.
e) a constituição física desse animal é motivo de discussão desde o século XVIII.

As questões 08 e 09 referem-se ao texto que segue.
A química do amorEsqueça a velha máxima que diz que os opostos se atraem. O conceito, afirmam cientistas, só vale para a física e não passa de mito em matéria de relacionamentos. Para os biólogos Peter Buston e Stephen Emlen, da Universidade de Cornell, em Nova York, a escolha de um parceiro é baseada na preferência por pessoas que se assemelham a nós mesmos. “Quem busca um companheiro com valores parecidos com os seus acaba enfrentando menos conflitos no relacionamento. Por isso, tem mais chances de estabelecer laços duradouros e criar filhos com sucesso”, explica Emlen. O estudo contradiz algumas noções que temos sobre as diferentes estratégias de acasalamento praticadas por machos e fêmeas, derivadas da teoria do naturalista inglês Charles Darwin (1809-1882) e defendidas, hoje, pela psicologia evolutiva. Hoje, a ciência já interpreta a formação de casais à luz dos elementos culturais e começa a abrir espaço para contestações. Afinal, existe a fórmula do amor? Os especialistas afirmam que não.

ARTONI, Camila. A química do amor. Galileu. Rio de Janeiro: Globo, n. 146, set. 2003, p. 63. [Adaptado].

10. (D – 16) Destaca-se no texto o recurso argumentativo de
a) desqualificação do oponente.
b) formação de consenso.
c) reunião de provas concretas.
d) exposição de vocabulário técnico.
e) citação de autoridade.

11. (D – 14) A expressão “os opostos se atraem” é retomada, de forma mais ampla e abstrata, por :
a) estratégias de acasalamento.
b) fórmula do amor.
c) conflitos no relacionamento.
d) laços duradouros.
e) elementos culturais.

Com base no Texto Entrevista, responda às questões de 12 a 13.
EntrevistaEntrevista realizada por e-mail no mês de setembro de 2005, com a aluna Jéssica Lima Magalhães, que cursava o 3º ano do Ensino Médio em um colégio na cidade de Porto Velho, Rondônia.
1. As aulas destinadas ao ensino da literatura contribuem para construir o seu gosto pela leitura de livros literários? Sim ou não? Diga por quê. Não. Meu gosto por livros literários veio da minha família. Na escola, só recebia livrinhos sem graça e nunca era motivada a ir atrás de outros livros que fossem bons, como clássicos, lançamentos ou até mesmo um livro de que a professora gostasse.
2. Nas discussões em sala de aula, seus professores comentam bem os livros de literatura que recomendam? Eles sempre montam debates feitos pelos alunos sobre os livros que recebíamos na escola ou, então, teatro; ou seja, não comentavam nem bem nem mal, não exprimiam a opinião deles, apenas faziam os resumos dos livros.
3. Quais os livros que você leu por causa das aulas de Língua Portuguesa? De quais mais gostou? Livros de que gostei de 5ª a 8ª: A Hora da Verdade, de Pedro Bandeira, O Príncipe e o Mendigo e O Mistério do Apartamento Sorriso. Os que menos gostei não me lembro.
4. Quais livros estão entre os seus preferidos? Você soube deles nas aulas destinadas ao ensino de literatura? Livro preferidos: Ensaio sobre a Cegueira, de José Saramago, Crime e Castigo, de Fiódor Dostoievski, e a trilogia Fronteira do Universo, de Philip Puliman. Não soube de nenhum deles pela escola. Todos quem indicou foi minha tia, ou a Rose, livreira que tinha aqui na cidade.
5. Dá para ler clássicos na 8ª série? Depende de como foi antes a educação do aluno. Se sempre foi motivado a ler livros bons, com certeza vai querer ler um clássico na 8ª série; mas, se é colocado, de repente, um grande livro na sua frente, não vai ter vontade de lê-lo. Tem gente que, no último ano da escola, não agüenta ler um livro de cem páginas, por mais que seja um livro importante, um clássico. (Ensino de Língua Portuguesa)

14. (UECE) ( D – 09) O texto tem como objetivo principal :
a) fazer uma relação entre a leitura e o ensino de literatura.
b) provar a capacidade de leitura do estudante brasileiro.
c) revelar os principais livros da literatura universal.
d) mostrar que os estudantes têm preguiça de ler.
e) demonstrar o gosto pela leitura dos jovens no 3º ano do Ensino Médio.

15. (UECE) (D- 17) A palavra “como”, na resposta a primeira pergunta, transmite idéia de :
a) exemplificação, ou seja, equivale a por exemplo.
b) comparação, ou seja, equivale a por exemplo.
c) exemplificação, ou seja, corresponde a assim como.
d) comparação, ou seja, corresponde a assim como.
e) Interrogação, ou seja, corresponde a qual.


16. (UECE) (D- 19) A palavra “apenas”, na resposta a segunda pergunta, expressa idéia de:
a) afastamento.
b) inclusão.
c) aproximação.
d) conclusão.
e) exclusão
.

APRECIO A PERSPECTIVA DE DELEITAR-ME NA OBSCURIDADE Poucos chefes de Estado podem, sem parecer falsos, se dizer profundamente honrados em receber um visitante anônimo. Muito menos seriam capazes de interromper uma reunião de gabinete para perguntar sobre a saúde de uma jornalista grávida, como Mandela fez em certa ocasião, dando tapinhas no ventre arredondado da futura mãe com suas imensas mãos de pugilista. Raros também são aqueles que se atrevem a rir de si mesmos, como quando Mandela confidenciou, com sua voz lenta e rouca, que deveria retirar-se da política enquanto existiam uma ou duas pessoas que o admiravam. “Ele é capaz de se abrir, de dizer coisas que outros não poderiam dizer e, ao mesmo tempo,guardar sua dignidade”, disse sobre Mandela sua segunda mulher, Graça Machel. De fato, o chefe de Estado, quando tinha 80 anos, criou um certo constrangimento quando, em visita à Líbia de seu amigo Muammar Khadaffy, evocou seu amor por Graça Machel ao encerrar uma entrevista em que acabara de falar sobre a República do Congo, a criminalidade e os direitos humanos. “Estar apaixonado é uma experiência que todo homem deve experimentar. É tão maravilhoso para mim... seu amor fez com que eu me abrisse como uma flor”, afirmou. Ao afastar-se dos assuntos políticos cotidianos, Mandela foi proclamado avô da nação e ícone de reconciliação, como definiu o arcebispo Desmond Tutu. “Gostaria de descansar. Aprecio a perspectiva de deleitar-me na obscuridade”, disse Mandela ao deixar o cargo. O Povo, Fortaleza-Ce, domingo – 6 de julho de 2008.

17.( D – 02) Do texto, depreende-se que:
a) os chefes de governo costumam ser falsos.
b) o estado de gravidez de uma mulher é um fato comum, portanto não merece nenhuma deferência.
c) os políticos são pródigos em gestos de carinho a mulheres grávidas.
d) os políticos costumam permanecer em cena, mesmo ante a desaprovação do povo. e) Nelson Mandela pretende voltar à cena política, porquanto permanece na mídia.

18.(D - 03) O trecho “... rir de si mesmos” (segundo parágrafo) aponta para um sentimento de :
a) fracasso.
b) desgosto.
c) vergonha.
d) revolta.
e) auto-aceitação.

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