terça-feira, 19 de maio de 2015




É probido ou É proibida?


É papel da escola instruir nossos falantes a conhecer os níveis da linguagem e prepará-los para os vestibulares e concursos, pois ao contrário do que os linguísticos falam, quando afirmam que ninguém fala errado, não admite-se erros da língua nas redações e questões que encontramos numa prova de português.
Sempre passo em frente a uma escola quando vou à universidade. Uma vez vi escrito na entrada da escola: "Proibido a entrada de carros no pátio da escola." De cara, percebi o erro, pois confusões assim são facilmente eliminadas quando nossa memória consegue entender o que é certo ou errado.
Então pensei comigo: "A escola não está cumprido com sua função, porque o certo é "É proibida a entrada de carros no pátio da escola." Então você pode perguntar: "Por quê?"

Veja bem:
Você diria "A entrada de carros no pátio da escola é proibido?" Óbvio que não, certo? Você perceberia que proibido deve concordar com o sujeito. E como o sujeito vem precedido pelo artigo "a", então dever ser "proibida" e não "proibido".

Exemplos:
É proibido entrada de animais.
É proibida a entrada de animais.
Entendeu?
Expressões como é proibido, é preciso, é necessário, é bom, etc. ficam invariáveis (=masculino singular) quando o sujeito não vier determinado por artigo ou por certos pronomes.



Conheci que Madalena era boa em demasia, mas não conheci tudo de uma vez. Ela se revelou pouco a pouco, e nunca se revelou inteiramente. A culpa foi minha, ou antes, a culpa foi desta vida agreste, que me deu uma alma agreste.
E, falando assim, compreendo que perco o tempo. Com efeito, se me escapa o retrato moral de minha mulher, para que serve esta narrativa? Para nada, mas sou forçado a escrever.
Quando os grilos cantam, sento-me aqui à mesa da sala de jantar, bebo café, acendo o cachimbo. Às vezes as idéias não vêm, ou vêm muito numerosas e a folha permanece meio escrita, como estava na véspera. Releio algumas linhas, que me desagradam. Não vale a pena tentar corrigi-las. Afasto o papel.
Emoções indefiníveis me agitam inquietação terrível, desejo doido de voltar, tagarelar novamente com Madalena, como fazíamos todos os dias, a esta hora. Saudade? Não, não é isto: é desespero, raiva, um peso enorme no coração.
Procuro recordar o que dizíamos. Impossível. As minhas palavras eram apenas palavras, reprodução imperfeita de fatos exteriores, e os dela tinham alguma coisa que não consigo exprimir. Para senti-las melhor, eu apagava as luzes, deixava que a sombra nos envolvesse até ficarmos dois vultos indistintos na escuridão.
Lá fora os sapos arengavam, o vento gemia, as árvores do pomar tornavam-se massas negras.
- Casimiro!
Casimiro Lopes estava no jardim, acocorado ao pé da janela, vigiando.
- Casimiro!
A figura de Casimiro Lopes aparece à janela, os sapos gritam, o vento sacode as árvores, apenas visíveis na treva. Maria das Dores entra e vai abrir o comutador. Detenho-a: não quero luz.
O tique-taque do relógio diminui, os grilos começam a cantar. E Madalena surge no lado de lá da mesa. Digo baixinho:
- Madalena!
A voz dela me chega aos ouvidos. Não, não é aos ouvidos. Também já não a vejo com os olhos .
Estou encostado à mesa, as mãos cruzadas. Os objetos fundiram-se, e não enxergo se quer a toalha branca.
- Madalena...
A voz de Madalena continua a acariciar-me. Que diz ela? Pede-me naturalmente que mande algum dinheiro a mestre Caetano. Isto me irrita, mas a irritação é diferente das outras, é uma irritação antiga, que me deixa inteiramente calmo. Loucura estar uma pessoa ao mesmo tempo zangada e tranqüila. Mas estou assim. Irritado contra quem? Contra mestre Caetano. Não obstante ele ter morrido, acho bom que vá trabalhar. Mandrião!
A toalha reaparece, mais não sei se é esta toalha sobre que tenho as mãos cruzadas ou a que estava aqui há cinco anos.
Rumor do vento, dos sapos, dos grilos. A porta do escritório abre-se de manso, os passos de seu Ribeiro afastam-se. Uma coruja pia na torre da igreja. Terá realmente piado a coruja? Será a mesma que piada a dois anos? Talvez seja até o mesmo pio daquele tempo.
Agora seu Ribeiro está conversando com d.Glória no salão. Esqueço que eles me deixaram e que esta casa está quase deserta.
- Casimiro!
Penso que chamei Casimiro Lopes. A cabeça dele, com chapéu de couro de sertanejo, assoma de quando em quando à janela, mas ignoro se a visão que me dá é atual ou remota.
Agitam-se em mim sentimentos inconciliáveis: encolerizo-me e enterneço-me, bato na mesa e tenho vontade de chorar.
Aparentemente estou sossegado: as mãos continuam cruzadas sobre a toalha e os dedos parecem de pedra. Entretanto ameaço Madalena com o punho. Esquisito.
Distingo no ramerrão da fazenda as mais insignificantes minudências. Maria das Dores, na cozinha, dá lições ao papagaio. Tubarão rosna acolá no jardim. O gado muge no estábulo.
O salão fica longe: para irmos lá temos de atravessar um corredor comprido. Apesar disso a palestra de seu Ribeiro e d.Glória é bastante clara. A dificuldade seria reproduzir o que eles dizem. É preciso admitir que estão conversando sem palavras.
Padilha assobia no alpendre. Onde andará Padilha?
Se eu convencesse Madalena de que ela não tem razão...Se lhe explicasse que é necessário vivermos em paz...Não me entende. Não nos entendemos. O que vai acontecer será muito diferente do que esperamos. Absurdo.
Há grande silêncio. Estamos em julho. O nordeste não sopra e os sapos dormem. Quanto às corujas, Marciano subiu ao forro da igreja e acabou com elas a pau. E foram tapados os buracos de grilos.
Repito que tudo isso continua a azucrinar-me.
O que não percebo é o tique-taque do relógio. Que horas são? Não posso ver o mostrador assim às escuras. Quando me sentei aqui, ouviam-se as pancadas do pêndulo, ouviam-se muito bem. Seria conveniente dar corda ao relógio, mas não consigo mexer-me.
(Ramos, Graciliano, São Bernardo, Rio de Janeiro, Record, 1989)

1)  Escolha a alternativa que explica melhor o que está se passando com a personagem-narrador, Paulo Honório.
a) Abandonado há pouco pela amada, encontra-se numa fase transitória de solidão.
b) Preocupado em compreender o que se passou, busca recompor a imagem difusa da amada.
c) Trata-se apenas de um sado-masoquista a escarafunchar sentimentos idos e vividos.
d) Percebe-se a existência de um homem de extrema sensibilidade, esmagado por um golpe da fatalidade.
e) Entre ele e a amada havia quantidade de problemas que a convivência se tornou impossível.

2)  A leitura do texto mostra uma interpenetração de pessoas, fatos, objetos e atos que se misturam, enquanto se revelam uma escrita dificultosa na apreensão de uma realidade difusa. Dentre as respostas abaixo, qual seria a mais adequada para dar conta dessa aparência de caos?
a) Visando ao refinamento da escrita, o romancista embaralha intencionalmente os acontecimentos.
b) Trata-se de técnica modernista, empregada para traduzir confusão e embaralhamento.
c) A dificuldade decorre da natureza do assunto e do estado psicológico do narrador.
d) A interpenetração é provocada pela complexidade do assunto e distanciamentos dos fatos.
e) Homem rude e agreste, afeito ao trabalho bruto, o narrador não é capaz de ordenar acontecimentos.

3)  Escolha a alternativa que retrata melhor, à luz do texto e do próprio romance, o sentido da expressão “sou forçado” , presente no segundo parágrafo.
a) É uma obrigação moral de reparar erro cometido no passado.
b) Há uma imposição externa que obriga o narrador a revelar seu
c) Existe uma vontade de autopunir-se para livrar-se do remorso pelo mal cometido.
d) O narrador tem necessidade de escrever para provar sua capacidade.
e) Trata-se de um impulso interior, que leva o narrador a escrever para autoconhecer-se.


4)  A partir daqui os verbos, que estavam no imperfeito do indicativo, passam para o presente. Esta mudança de tempos verbais pode ser explicada como um recurso de estilo que:
a) revela um escritor vacilante no domínio dos tempos verbais.
b) visa a confundir o leitor com a mistura indiscriminada dos tempos verbais.
c) mostra que a língua portuguesa tem fronteiras temporais muito fluidas.
d) Procura superar a ideia de tempo, mostrando a arbitrária distinção de seu uso.
e) Apaga as fronteiras temporais e aproxima passado e presente.

5)  “Agitam-se em mim sentimentos inconciliáveis: encolerizo-me e enterneço-me; bato na mesa e tenho vontade de chorar.“
Momento central do texto em questão, ajuda a compreender a personalidade de Paulo Honório, personagem-narrador do romance.
Podemos dizer que se trata de:
a) personalidade fraca, abatida pelas circunstâncias.
b) personalidade rica de humanidade, que se perturba diante da adversidade.
c) personalidade complexa, perturbada diante dos acontecimentos.
d) homem forte, revoltado contra tudo e contra todos.
e) homem sentimental e lírico, incapaz de conciliar os próprios sentimentos.

6)  “A voz dela me chega aos ouvidos. Não, não é aos ouvidos. Também já não a vejo com os olhos.“
A leitura atenta do texto permite dizer que:
a) em virtude da sua perturbação psicológica, o narrador não consegue recortar com nitidez os acontecimentos.
b) É puro jogo de palavras sem outra intenção que a de confundir os acontecimentos.
c) A confusão provocada pelo estado de choque do narrador possibilita a recuperação da consciência.
d) Fragilizada, a personagem não consegue operar a distinção entre real e imaginário.
e) Tudo é possível no estado de convulsão em que se encontra o mundo do narrador.

7)  “Maria das Dores entra e vai abrir o comutador. Detenho-a: não quero luz.“
Os dois pontos ( : ) usados acima estabelecem uma relação de subordinação entre as orações. Que tipo de subordinação?
a) Temporal.
b) Final.
c) Causal.
d) Concessiva.
e) Conclusiva.

 
8)  Conheci que ( 1 ) Madalena era boa em demasia...
A culpa foi desta vida agreste que ( 2 ) me deu uma alma agreste.
Procuro recordar o que ( 3 ) dizíamos.
Terá realmente piado a coruja? Será a mesma que ( 4 ) piava a dois anos?
Esqueço que ( 5 ) eles me deixaram e que ( 6 ) esta casa está quase deserta.
Nas frases acima o “que” aparece seis vezes; em três delas é pronome relativo. Quais?
a) 1 2 4
b) 2 4 6
c) 3 4 5
d) 2 3 4
e) 2 3 5

9)  “Se eu convencesse de que ela não tem razão...Se lhe explicasse que é necessário vivermos em paz...Não me entende. Não nos entendemos. O que vai acontecer será muito diferente do que esperamos.“
No trecho acima a personagem reflete sobre fatos presentes. Se ela os colocasse ao passado, como ficariam os verbos sublinhados?
a) tivesse convencido foi entendeu seria esperaríamos
b) convencesse seria entendia será esperássemos
c) convencesse era entenderia seria esperávamos
d) convencia era entendia seria esperaríamos
e) tivesse convencido era entendia seria esperávamos

10)  Assinale a alternativa em que o texto está acentuado corretamente.
a) A princípio, metia-me grandes sustos. Achava que Virgília era a perfeição mesma, um conjunto de qualidades sólidas e finas, amorável, elegante, austera, um modêlo.
b) A princípio, metia-me grandes sustos. Achava que Virgília era a perfeição mesma, um conjunto de qualidades sólidas e finas, amorável, elegante, austera, um modelo.
c) A princípio, metia-me grandes sustos. Achava que Virgília era a perfeição mesma, um conjunto de qualidades solidas e finas, amoravel, elegante, austera, um modêlo.
d) A principio, metia-me grandes sustos. Achava que Virgilia era a perfeição mesma, um conjunto de qualidades sólidas e finas, amorável, elegante, austera, um modelo.
e) A princípio, metia-me grandes sustos. Achava que Virgília era a perfeição mesma, um conjunto de qualidades sólidas e finas, amoravel, elegante, austera, um modelo.

11)  Preencha os claros da frase transformada com as formas adequadas dos verbos assinalados na frase original.
Original:
Para você vir para a Cidade Universitária é preciso virar à direita ao ver a ponte da Alvarenga.
Transformada:
Para tu__________à Cidade Universitária é preciso que__________à direita quando_________a ponte da Alvarenga.
a) vir vire ver
b) vires vires veres
c) venhas vires vejas
d) vir virar ver
e) vires vires – vires

12)  Assinale a alternativa que está com a pontuação correta.
a) Citando o dito da rainha de Navarra, ocorre-me que entre o nosso povo, quando uma pessoa vê outra pessoa arrufada, costuma perguntar-lhe: “Gentes, quem matou seus cachorrinhos?”
b) Citando o dito, da rainha de Navarra, ocorre-me que entre o nosso povo quando, uma pessoa vê outra pessoa arrufada costuma perguntar-lhe: “Gentes, quem matou seus cachorrinhos?”
c) Citando, o dito da rainha de Navarra, ocorre-me que entre o nosso povo, quando uma pessoa vê outra arrufada costuma perguntar-lhe: “Gentes quem matou seus cachorrinhos?”
d) Citando o dito da rainha de Navarra, ocorre-me que entre o nosso povo, quando uma pessoa vê outra pessoa arrufada, costuma perguntar-lhe: Gentes quem matou seus cachorrinhos?
e) Citando o dito, da rainha de Navarra, ocorre-me, que, entre o nosso povo, quando uma pessoa vê outra pessoa arrufada, costuma perguntar-lhe “Gentes, quem matou seus cachorrinhos?”

13)  Leia as frases abaixo e assinale a que está correta.
a) A jovem que eu lhe falei à pouco vai ser entrevistada.
b) A jovem que há pouco foi entrevistada é aquela que eu lhe falei.
c) A jovem de cuja eu lhe falei há pouco é aquela que foi entrevistada.
d) A jovem que há pouco foi entrevistada é aquela de que eu lhe falei.
e) A jovem que há pouco foi entrevistada é aquela que eu lhe falei.

14)  “João gostoso era carregador de feira-livre e morava no Morro da Babilônia num barracão sem número
Uma noite ele chegou no bar Vinte de Novembro
Bebeu
Cantou
Dançou
Depois se atirou na Lagoa Rodrigo de Freitas e morreu afogado.”
Poema de recorte social marcante, foi entretanto traço quase acidental de seu autor, mais afeito ao tratamento lírico dos sentimentos. Em qual dos movimentos literários abaixo se enquadra o poema? 
a) Surrealismo
b) Pós-modernismo
c) Modernismo
d) Romantismo
e) Pré-modernismo

15)  A Leitura de Mensagem, de Fernando Pessoa, permite a identificação de certas linhas de força que guiam e, a até certo ponto, singularizam o espírito do homem português, dando-lhe marca muito especial.
Dentre as alternativas abaixo, em qual se enquadra melhor essa idéia?
a) Preocupação com os destinos de Portugal do século vinte
b) Preocupação com a história político social de Portugal
c) Recorrência de certas constantes culturais portuguesas, como o messianismo
d) Reordenação da história portuguesa desde Dom Sebastião
e) A marca da religião católica na alma portuguesa como força determinante
16)  “Amor é um fogo que arde sem se ver,
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente,
É dor que desatina sem doer.”
De poeta muito conhecido, esta é a primeira estrofe de um poema que parece comprazer-se com o paradoxo, enfeitando sensações contraditórias do sentimento humano, se examinadas sob o prisma da razão.
Indique na relação abaixo o nome do autor.
a) Bocage
b) Camilo Pessanha
c) Gil Vicente
d) Luís de Camões
e) Manuel Bandeira

17)  “Saímos à varanda, dali à chácara, e foi então que notei uma circunstância. Eugênia coxeava um pouco, tão pouco, que eu cheguei a perguntar-lhe se machucava o pé. A mãe calou-se; a filha respondeu sem titubear:
- Não, Senhor, sou coxa de nascença.”
Trecho fundamental do romance, não só dá título a um capítulo, como serve para definir, com bastante nitidez, o caráter da personagem central.
De que obra se trata? 
a) Amor de Perdição.
b) Fogo Morto.
c) São Bernardo.
d) Memórias Póstumas de Brás Cubas.
e) O primo Basílio.


18)  Empenhado em diagnosticar problemas da sociedade, o romance realista-naturalista os toma como peças de demonstração de tese. Com O Primo Basílio, Eça de Queirós trata o adultério na sociedade lisboeta, buscando as causas que teriam levado Luísa, a personagem principal, a cometê-lo.
Escolha dentre as alternativas seguintes a que mais se aproxima das causas que abriram a Luísa o caminho do adultério.
a) Personalidade forte, Luísa conduz a ação de acordo com suas ambições pessoais.
b) Frívola e em disponibilidade, ela fica à mercê de circunstâncias propícias.
c) Doentiamente apaixonada pelo primo, deixa-se conduzir sem opor resistência.
d) Insatisfeita com o marido, burguês insensível, busca na aventura sua satisfação.
e) Conhecedora dos casos extra-conjugais do marido, procura uma forma de vingança.

19)  Numa espécie de projeção utópica, sua personagem, um tipo de idealista bobo e desacreditado, alude a mudanças na estrutura social do Nordeste com o advento de outra ordem em que o privilégio ceda ao princípio da justiça. Daí a crítica falar inclusive em figura quixotesca.
Dentre as personagens de Fogo Morto, qual se enquadra melhor nessa definição? 
a) Lula de Holanda.
b) Coronel Zé Paulino.
c) Antônio Silvino.
d) Mestre Zé Amaro.
e) Vitorino Carneiro da Cunha.

20)  Dentre os contos de Sagarana existe um em que o narrador sustenta um duelo literário com outro poeta, chamado Quem será, e no qual se fazem várias considerações sobre a natureza da poesia. Numa metáfora do condicionamento do homem, resistente a aceitação do novo e diferente, o autor leva a personagem a passar por um período de cegueira. A partir daí a personagem descobre a mutilação dos sentidos, que agora se abrem a outras vertentes da realidade.
Em qual dos contos abaixo se discute essa questão?
a) A hora e a vez de Augusto Matraga
b) Duelo
c) Conversa de Bois
d) São Marcos
e) Corpo fechado



GABARITO DOS EXERCÍCIOS



1 B ,2 C ,3 E ,4 E ,5 C

6 A ,7 C ,8 D ,9 E ,10 B 

11 E ,12 A ,13 D ,14 C ,15 C

16 D ,17 D ,18 B ,19 E ,20 D



dicas a respeito de ortografia, significação de palavras, acentuação. São erros comuns entre as pessoas que se propões a escrever. Erros gramaticais e ortográficos devem, por princípio, ser evitados. Alguns, no entanto, como ocorrem com maior frequência, merecem atenção redobrada. Veja os cem mais comuns do idioma e use esta relação como um roteiro para fugir deles e para produzir textos melhores no vestibular.
1. "Mal cheiro", "mau-humorado". Mal opõe-se a bem e mau, a bom. Assim: mau cheiro (bom cheiro), mal-humorado (bem-humorado). Igualmente: mau humor, mal-intencionado, mau jeito, mal-estar.


2. "Fazem" cinco anos. Fazer, quando exprime tempo, é impessoal: Faz cinco anos. / Fazia dois séculos. / Fez 15 dias.


3. "Houveram" muitos acidentes. Haver, como existir, também é invariável: Houve muitos acidentes. / Havia muitas pessoas. / Deve haver muitos casos iguais.


4. "Existe" muitas esperanças. Existir, bastar, faltar, restar e sobrar admitem normalmente o plural: Existem muitas esperanças. / Bastariam dois dias. / Faltavam poucas peças. / Restaram alguns objetos. / Sobravam ideias.


5. Para "mim" fazer. Mim não faz, porque não pode ser sujeito. Assim: Para eu fazer, para eu dizer, para eu trazer.


6. Entre "eu" e você. Depois de preposição, usa-se mim ou ti: Entre mim e você. / Entre eles e ti.


7. "Há" dez anos "atrás". Há e atrás indicam passado na frase. Use apenas há dez anos ou dez anos atrás.


8. "Entrar dentro". O certo: entrar em. Veja outras redundâncias: Sair fora ou para fora, elo de ligação, monopólio exclusivo, já não há mais, ganhar grátis, viúva do falecido.


9. "Venda à prazo". Não existe crase antes de palavra masculina, a menos que esteja subentendida a palavra moda: Salto à (moda de) Luís XV. Nos demais casos: A salvo, a bordo, a pé, a esmo, a cavalo, a caráter.


10. "Porque" você foi? Sempre que estiver clara ou implícita a palavra razão, use por que separado: Por que (razão) você foi? / Não sei por que (razão) ele faltou. / Explique por que razão você se atrasou. Porque é usado nas respostas: Ele se atrasou porque o trânsito estava congestionado.


11. Vai assistir "o" jogo hoje. Assistir como presenciar exige a: Vai assistir ao jogo, à missa, à sessão. Outros verbos com a: A medida não agradou (desagradou) à população. / Eles obedeceram (desobedeceram) aos avisos. / Aspirava ao cargo de diretor. / Pagou ao amigo. / Respondeu à carta. / Sucedeu ao pai. / Visava aos estudantes.


12. Preferia ir "do que" ficar. Prefere-se sempre uma coisa a outra: Preferia ir a ficar. É preferível segue a mesma norma: É preferível lutar a morrer sem glória.


13. O resultado do jogo, não o abateu. Não se separa com vírgula o sujeito do predicado. Assim: O resultado do jogo não o abateu. Outro erro: O prefeito prometeu, novas denúncias. Não existe o sinal entre o predicado e o complemento: O prefeito prometeu novas denúncias.


14. Não há regra sem "excessão". O certo é exceção. Veja outras grafias erradas e, entre parênteses, a forma correta: "paralizar" (paralisar), "beneficiente" (beneficente), "xuxu" (chuchu), "previlégio" (privilégio), "vultuoso" (vultoso), "cincoenta" (cinqüenta), "zuar" (zoar), "frustado" (frustrado), "calcáreo" (calcário), "advinhar" (adivinhar), "benvindo" (bem-vindo), "ascenção" (ascensão), "pixar" (pichar), "impecilho" (empecilho), "envólucro" (invólucro).


15. Quebrou "o" óculos. Concordância no plural: os óculos, meus óculos. Da mesma forma: Meus parabéns, meus pêsames, seus ciúmes, nossas férias, felizes núpcias.


16. Comprei "ele" para você. Eu, tu, ele, nós, vós e eles não podem ser objeto direto. Assim: Comprei-o para você. Também: Deixe-os sair, mandou-nos entrar, viu-a, mandou-me.


17. Nunca "lhe" vi. Lhe substitui a ele, a eles, a você e a vocês e por isso não pode ser usado com objeto direto: Nunca o vi. / Não o convidei. / A mulher o deixou. / Ela o ama.


18. "Aluga-se" casas. O verbo concorda com o sujeito: Alugam-se casas. / Fazem-se consertos. / É assim que se evitam acidentes. / Compram-se terrenos. / Procuram-se empregados.


19. "Tratam-se" de. O verbo seguido de preposição não varia nesses casos: Trata-se dos melhores profissionais. / Precisa-se de empregados. / Apela-se para todos. / Conta-se com os amigos.

20. Chegou "em" São Paulo. Verbos de movimento exigem a, e não em: Chegou a São Paulo. / Vai amanhã ao cinema. / Levou os filhos ao circo.


21. Atraso implicará "em" punição. Implicar é direto no sentido de acarretar, pressupor: Atraso implicará punição. / Promoção implica responsabilidade.


22. Vive "às custas" do pai. O certo: Vive à custa do pai. Use também em via de, e não "em vias de": Espécie em via de extinção. / Trabalho em via de conclusão.


23. Todos somos "cidadões". O plural de cidadão é cidadãos. Veja outros: caracteres (de caráter), juniores, seniores, escrivães, tabeliães, gângsteres.


24. O ingresso é "gratuíto". A pronúncia correta é gratúito, assim como circúito, intúito e fortúito (o acento não existe e só indica a letra tônica). Da mesma forma: flúido, condôr, recórde, aváro, ibéro, pólipo.


25. A última "seção" de cinema. Seção significa divisão, repartição, e sessão equivale a tempo de uma reunião, função: Seção Eleitoral, Seção de Esportes, seção de brinquedos; sessão de cinema, sessão de pancadas, sessão do Congresso.


26. Vendeu "uma" grama de ouro. Grama, peso, é palavra masculina: um grama de ouro, vitamina C de dois gramas. Femininas, por exemplo, são a agravante, a atenuante, a alface, a cal, etc.


27. "Porisso". Duas palavras, por isso, como de repente e a partir de.


28. Não viu "qualquer" risco. É nenhum, e não "qualquer", que se emprega depois de negativas: Não viu nenhum risco. / Ninguém lhe fez nenhum reparo. / Nunca promoveu nenhuma confusão.


29. A feira "inicia" amanhã. Alguma coisa se inicia, se inaugura: A feira inicia-se (inaugura-se) amanhã.

Veja quais os 10 erros mortais na redação do Enem


30. Soube que os homens "feriram-se". O que atrai o pronome: Soube que os homens se feriram. / A festa que se realizou... O mesmo ocorre com as negativas, as conjunções subordinativas e os advérbios: Não lhe diga nada. / Nenhum dos presentes se pronunciou. / Quando se falava no assunto... / Como as pessoas lhe haviam dito... / Aqui se faz, aqui se paga. / Depois o procuro.

31. O peixe tem muito "espinho". Peixe tem espinha. Veja outras confusões desse tipo: O "fuzil" (fusível) queimou. / Casa "germinada" (geminada), "ciclo" (círculo) vicioso, "cabeçário" (cabeçalho).


32. Não sabiam "aonde" ele estava. O certo: Não sabiam onde ele estava. Aonde se usa com verbos de movimento, apenas: Não sei aonde ele quer chegar. / Aonde vamos?


33. "Obrigado", disse a moça. Obrigado concorda com a pessoa: "Obrigada", disse a moça. / Obrigado pela atenção. / Muito obrigados por tudo.


34. O governo "interviu". Intervir conjuga-se como vir. Assim: O governo interveio. Da mesma forma: intervinha, intervim, interviemos, intervieram. Outros verbos derivados: entretinha, mantivesse, reteve, pressupusesse, predisse, conviesse, perfizera, entrevimos, condisser, etc.


35. Ela era "meia" louca. Meio, advérbio, não varia: meio louca, meio esperta, meio amiga.


36. "Fica" você comigo. Fica é imperativo do pronome tu. Para a 3.ª pessoa, o certo é fique: Fique você comigo. / Venha pra Caixa você também. / Chegue aqui.


37. A questão não tem nada "haver" com você. A questão, na verdade, não tem nada a ver ou nada que ver. Da mesma forma: Tem tudo a ver com você.


38. A corrida custa 5 "real". A moeda tem plural, e regular: A corrida custa 5 reais.


39. Vou "emprestar" dele. Emprestar é ceder, e não tomar por empréstimo: Vou pegar o livro emprestado. Ou: Vou emprestar o livro (ceder) ao meu irmão. Repare nesta concordância: Pediu emprestadas duas malas.


40. Foi "taxado" de ladrão. Tachar é que significa acusar de: Foi tachado de ladrão. / Foi tachado de leviano.


41. Ele foi um dos que "chegou" antes. Um dos que faz a concordância no plural: Ele foi um dos que chegaram antes (dos que chegaram antes, ele foi um). / Era um dos que sempre vibravam com a vitória.


42. "Cerca de 18" pessoas o saudaram. Cerca de indica arredondamento e não pode aparecer com números exatos: Cerca de 20 pessoas o saudaram.


43. Ministro nega que "é" negligente. Negar que introduz subjuntivo, assim como embora e talvez: Ministro nega que seja negligente. / O jogador negou que tivesse cometido a falta. / Ele talvez o convide para a festa. / Embora tente negar, vai deixar a empresa.

44. Tinha "chego" atrasado. "Chego" não existe. O certo: Tinha chegado atrasado.


45. Tons "pastéis" predominam. Nome de cor, quando expresso por substantivo, não varia: Tons pastel, blusas rosa, gravatas cinza, camisas creme. No caso de adjetivo, o plural é o normal: Ternos azuis, canetas pretas, fitas amarelas.


46. Lute pelo "meio-ambiente". Meio ambiente não tem hífen, nem hora extra, ponto de vista, mala direta, pronta entrega, etc. O sinal aparece, porém, em mão-de-obra, matéria-prima, infra-estrutura, primeira-dama, vale-refeição, meio-de-campo, etc.


47. Queria namorar "com" o colega. O com não existe: Queria namorar o colega.


48. O processo deu entrada "junto ao" STF. Processo dá entrada no STF. Igualmente: O jogador foi contratado do (e não "junto ao") Guarani. / Cresceu muito o prestígio do jornal entre os (e não "junto aos") leitores. / Era grande a sua dívida com o (e não "junto ao") banco. / A reclamação foi apresentada ao (e não "junto ao") Procon.


49. As pessoas "esperavam-o". Quando o verbo termina em m, ão ou õe, os pronomes o, a, os e as tomam a forma no, na, nos e nas: As pessoas esperavam-no. / Dão-nos, convidam-na, põe-nos, impõem-nos.


50. Vocês "fariam-lhe" um favor? Não se usa pronome átono (me, te, se, lhe, nos, vos, lhes) depois de futuro do presente, futuro do pretérito (antigo condicional) ou particípio. Assim: Vocês lhe fariam (ou far-lhe- iam) um favor? / Ele se imporá pelos conhecimentos (e nunca "imporá- se"). / Os amigos nos darão (e não "darão-nos") um presente. / Tendo- me formado (e nunca tendo "formado-me").


 

Continuação ...




51. Chegou "a" duas horas e partirá daqui "há" cinco minutos. Há indica passado e equivale a faz, enquanto a exprime distância ou tempo futuro (não pode ser substituído por faz): Chegou há (faz) duas horas e partirá daqui a (tempo futuro) cinco minutos. / O atirador estava a (distância) pouco menos de 12 metros. / Ele partiu há (faz) pouco menos de dez dias.


52. Blusa "em" seda. Usa-se de, e não em, para definir o material de que alguma coisa é feita: Blusa de seda, casa de alvenaria, medalha de prata, estátua de madeira.


53. A artista "deu à luz a" gêmeos. A expressão é dar à luz, apenas: A artista deu à luz quíntuplos. Também é errado dizer: Deu "a luz a" gêmeos.


54. Estávamos "em" quatro à mesa. O em não existe: Estávamos quatro à mesa. / Éramos seis. / Ficamos cinco na sala.


55. Sentou "na" mesa para comer. Sentar-se (ou sentar) em é sentar-se em cima de. Veja o certo: Sentou-se à mesa para comer. / Sentou ao piano, à máquina, ao computador.


56. Ficou contente "por causa que" ninguém se feriu. Embora popular, a locução não existe. Use porque: Ficou contente porque ninguém se feriu.


57. O time empatou "em" 2 a 2. A preposição é por: O time empatou por 2 a 2. Repare que ele ganha por e perde por. Da mesma forma: empate por.


58. À medida "em" que a epidemia se espalhava... O certo é: À medida que a epidemia se espalhava... Existe ainda na medida em que (tendo em vista que): É preciso cumprir as leis, na medida em que elas existem.


59. Não queria que "receiassem" a sua companhia. O i não existe: Não queria que receassem a sua companhia. Da mesma forma: passeemos, enfearam, ceaste, receeis (só existe i quando o acento cai no e que precede a terminação ear: receiem, passeias, enfeiam).


60. Eles "tem" razão. No plural, têm é assim, com acento. Tem é a forma do singular. O mesmo ocorre com vem e vêm e põe e põem: Ele tem, eles têm; ele vem, eles vêm; ele põe, eles põem.


61. A moça estava ali "há" muito tempo. Haver concorda com estava. Portanto: A moça estava ali havia (fazia) muito tempo. / Ele doara sangue ao filho havia (fazia) poucos meses. / Estava sem dormir havia (fazia) três meses. (O havia se impõe quando o verbo está no imperfeito e no mais-que-perfeito do indicativo.)

62. Não "se o" diz. É errado juntar o se com os pronomes o, a, os e as. Assim, nunca use: Fazendo-se-os, não se o diz (não se diz isso), vê-se-a, etc.


63. Acordos "políticos-partidários". Nos adjetivos compostos, só o último elemento varia: acordos político-partidários. Outros exemplos: Bandeiras verde-amarelas, medidas econômico-financeiras, partidos social-democratas.


64. Fique "tranquilo". O u pronunciável depois de q e g e antes de e e i, segundo a nova ortografia, não exige trema, mas a pronúncia continua a mesma: Tranquilo, consequência, linguiça, aguentar, Birigui.


65. Andou por "todo" país. Todo o (ou a) é que significa inteiro: Andou por todo o país (pelo país inteiro). / Toda a tripulação (a tripulação inteira) foi demitida. Sem o, todo quer dizer cada, qualquer: Todo homem (cada homem) é mortal. / Toda nação (qualquer nação) tem inimigos.


66. "Todos" amigos o elogiavam. No plural, todos exige os: Todos os amigos o elogiavam. / Era difícil apontar todas as contradições do texto.


67. Favoreceu "ao" time da casa. Favorecer, nesse sentido, rejeita a: Favoreceu o time da casa. / A decisão favoreceu os jogadores.


68. Ela "mesmo" arrumou a sala. Mesmo, quanto equivale a próprio, é variável: Ela mesma (própria) arrumou a sala. / As vítimas mesmas recorreram à polícia.


69. Chamei-o e "o mesmo" não atendeu. Não se pode empregar o mesmo no lugar de pronome ou substantivo: Chamei-o e ele não atendeu. / Os funcionários públicos reuniram-se hoje: amanhã o país conhecerá a decisão dos servidores (e não "dos mesmos").


70. Vou sair "essa" noite. É este que designa o tempo no qual se está ou objeto próximo: Esta noite, esta semana (a semana em que se está), este dia, este jornal (o jornal que estou lendo), este século (o século 20).


71. A temperatura chegou a 0 "graus". Zero indica singular sempre: Zero grau, zero-quilômetro, zero hora.


72. A promoção veio "de encontro aos" seus desejos. Ao encontro de é que expressa uma situação favorável: A promoção veio ao encontro dos seus desejos. De encontro a significa condição contrária: A queda do nível dos salários foi de encontro às (foi contra) expectativas da categoria.


73. Comeu frango "ao invés de" peixe. Em vez de indica substituição: Comeu frango em vez de peixe. Ao invés de significa apenas ao contrário: Ao invés de entrar, saiu.


74. Se eu "ver" você por aí... O certo é: Se eu vir, revir, previr. Da mesma forma: Se eu vier (de vir), convier; se eu tiver (de ter), mantiver; se ele puser (de pôr), impuser; se ele fizer (de fazer), desfizer; se nós dissermos (de dizer), predissermos.


75. Ele "intermedia" a negociação. Mediar e intermediar conjugam-se como odiar: Ele intermedeia (ou medeia) a negociação. Remediar, ansiar e incendiar também seguem essa norma: Remedeiam, que eles anseiem, incendeio.


76. Ninguém se "adequa". Não existem as formas "adequa", "adeque", etc., mas apenas aquelas em que o acento cai no a ou o: adequaram, adequou, adequasse, etc.


77. Evite que a bomba "expluda". Explodir só tem as pessoas em que depois do d vêm e e i: Explode, explodiram, etc. Portanto, não escreva nem fale "exploda" ou "expluda", substituindo essas formas por rebente, por exemplo. Precaver-se também não se conjuga em todas as pessoas. Assim, não existem as formas "precavejo", "precavês", "precavém", "precavenho", "precavenha", "precaveja", etc.


78. Governo "reavê" confiança. Equivalente: Governo recupera confiança. Reaver segue haver, mas apenas nos casos em que este tem a letra v: Reavemos, reouve, reaverá, reouvesse. Por isso, não existem "reavejo", "reavê", etc.


79. Disse o que "quiz". Não existe z, mas apenas s, nas pessoas de querer e pôr: Quis, quisesse, quiseram, quiséssemos; pôs, pus, pusesse, puseram, puséssemos.


80. O homem "possue" muitos bens. O certo: O homem possui muitos bens. Verbos em uir só têm a terminação ui: Inclui, atribui, polui. Verbos em uar é que admitem ue: Continue, recue, atue, atenue.


81. A tese "onde"... Onde só pode ser usado para lugar: A casa onde ele mora. / Veja o jardim onde as crianças brincam. Nos demais casos, use em que: A tese em que ele defende essa ideia. / O livro em que... / A faixa em que ele canta... / Na entrevista em que...


82. Já "foi comunicado" da decisão. Uma decisão é comunicada, mas ninguém "é comunicado" de alguma coisa. Assim: Já foi informado (cientificado, avisado) da decisão. Outra forma errada: A diretoria "comunicou" os empregados da decisão. Opções corretas: A diretoria comunicou a decisão aos empregados. / A decisão foi comunicada aos empregados.


83. Venha "por" a roupa. Pôr, verbo, tem acento diferencial: Venha pôr a roupa. O mesmo ocorre com pôde (passado): Não pôde vir. Já outras palavras que, antes tinham acento, com a nova ortografia mudaram. É o caso de pelo e pelos (cabelo, cabelos), para (verbo parar), pela (bola ou verbo pelar), pelo (verbo pelar), polo e polos.


84. "Inflingiu" o regulamento. Infringir é que significa transgredir: Infringiu o regulamento. Infligir (e não "inflingir") significa impor: Infligiu séria punição ao réu.


85. A modelo "pousou" o dia todo. Modelo posa (de pose). Quem pousa é ave, avião, viajante, etc. Não confunda também iminente (prestes a acontecer) com eminente (ilustre). Nem tráfico (contrabando) com tráfego (trânsito).


86. Espero que "viagem" hoje. Viagem, com g, é o substantivo: Minha viagem. A forma verbal é viajem (de viajar): Espero que viajem hoje. Evite também "comprimentar" alguém: de cumprimento (saudação), só pode resultar cumprimentar. Comprimento é extensão. Igualmente: Comprido (extenso) e cumprido (concretizado).


87. O pai "sequer" foi avisado. Sequer deve ser usado com negativa: O pai nem sequer foi avisado. / Não disse sequer o que pretendia. / Partiu sem sequer nos avisar.


88. Comprou uma TV "a cores". Veja o correto: Comprou uma TV em cores (não se diz TV "a" preto e branco). Da mesma forma: Transmissão em cores, desenho em cores.


89. "Causou-me" estranheza as palavras. Use o certo: Causaram-me estranheza as palavras. Cuidado, pois é comum o erro de concordância quando o verbo está antes do sujeito. Veja outro exemplo: Foram iniciadas esta noite as obras (e não "foi iniciado" esta noite as obras).


90. A realidade das pessoas "podem" mudar. Cuidado: palavra próxima ao verbo não deve influir na concordância. Por isso : A realidade das pessoas pode mudar. / A troca de agressões entre os funcionários foi punida (e não "foram punidas").


91. O fato passou "desapercebido". Na verdade, o fato passou despercebido, não foi notado. Desapercebido significa desprevenido.


92. "Haja visto" seu empenho... A expressão é haja vista e não varia: Haja vista seu empenho. / Haja vista seus esforços. / Haja vista suas críticas.


93. A moça "que ele gosta". Como se gosta de, o certo é: A moça de que ele gosta. Igualmente: O dinheiro de que dispõe, o filme a que assistiu (e não que assistiu), a prova de que participou, o amigo a que se referiu, etc.


94. É hora "dele" chegar. Não se deve fazer a contração da preposição com artigo ou pronome, nos casos seguidos de infinitivo: É hora de ele chegar. / Apesar de o amigo tê-lo convidado... / Depois de esses fatos terem ocorrido...


95. Vou "consigo". Consigo só tem valor reflexivo (pensou consigo mesmo) e não pode substituir com você, com o senhor. Portanto: Vou com você, vou com o senhor. Igualmente: Isto é para o senhor (e não "para si").


96. Já "é" 8 horas. Horas e as demais palavras que definem tempo variam: Já são 8 horas. / Já é (e não "são") 1 hora, já é meio-dia, já é meia-noite.


97. A festa começa às 8 "hrs.". As abreviaturas do sistema métrico decimal não têm plural nem ponto. Assim: 8 h, 2 km (e não "kms."), 5 m, 10 kg.


98. "Dado" os índices das pesquisas... A concordância é normal: Dados os índices das pesquisas... / Dado o resultado... / Dadas as suas ideias...


99. Ficou "sobre" a mira do assaltante. Sob é que significa debaixo de: Ficou sob a mira do assaltante. / Escondeu-se sob a cama. Sobre equivale a em cima de ou a respeito de: Estava sobre o telhado. / Falou sobre a inflação. E lembre-se: O animal ou o piano têm cauda e o doce, calda. Da mesma forma, alguém traz alguma coisa e alguém vai para trás.


100. "Ao meu ver". Não existe artigo nessas expressões: A meu ver, a seu ver, a nosso ver.



                                Amor de perdição
Simão Botelho amava. Aí está uma palavra única, explicando o que parecia absurda reforma aos dezessete anos.
Amava Simão uma sua vizinha, menina de quinze anos, rica herdeira, regularmente bonita e bem-nascida. Da janela de seu quarto é que ele a vira pela primeira vez, para amá-la sempre. Não ficara ela incólume da ferida que fizera no coração do vizinho: amou-o também, e com mais seriedade que o usual de seus anos. [...]
O magistrado e sua família eram odiosos ao pai de Teresa [de Albuquerque], por questões de litígios, em que Domingos Botelho lhes deu sentenças contra. [...] É, pois, evidente que o amor de Teresa, declinando de si o dever de obtemperar e sacrificar-se ao justo azedume de seu pai, era verdadeiro e forte.
E este amor era singularmente discreto e cauteloso. Viram-se e falaram-se três meses, sem darem rebate à vizinhança, e nem sequer suspeitas às duas famílias. O destino que ambos se prometiam era o mais honesto: ele ia formar-se para sustentá-la, se não tivessem outros recursos; ela esperava que seu velho pai falecesse para, senhora sua, lhe dar, com o coração, o seu grande patrimônio. [...]
Na véspera de sua ida para Coimbra, estava Simão Botelho despedindo-se da suspirosa menina, quando subitamente ela foi arrancada da janela. O alucinado moço ouviu gemidos daquela voz que, um momento antes, soluçava comovida por lágrimas de saudade. Ferveu-lhe o sangue na cabeça; contorceu-se no quarto como o tigre contra as grades inflexíveis da jaula. Teve tentações de se matar, na impotência de socorrê-la. As restantes horas daquela noite passou-as em raivas e projetos de vingança. Com o amanhecer esfriou-lhe o sangue, e renasceu a esperança com os cálculos.
Quando o chamaram para partir para Coimbra, lançou-se do leito de tal modo transfigurado, que sua mãe, avisada do rosto amargurado dele, foi ao quarto interrogá-lo e despersuadi-lo de ir enquanto assim estivesse febril. Simão, porém, entre mil projetos, achara melhor o de ir para Coimbra, esperar lá notícias de Teresa, e vir a ocultas a Viseu falar com ela. Ajuizadamente discorrera ele; que a sua demora agravaria a situação de Teresa.

BRANCO, Camilo Castelo. Amor de perdição. São Paulo: Ática, 1994. p. 26. (Fragmento).
  • Incólume: ilesa, inalterada.
  • Litígios: disputas legais.
  • Declinando: recusando, tirando (de si).
  • Obtemperar: concordar.
  • Sem dar rebate: sem se denunciar.
  • Despersuadi-lo: fazê-lo mudar de opinião, dissuadi-lo.
  • Viseu: cidade portuguesa.

1.   Nesse trecho, o narrador apresenta o nascimento do amor entre Teresa e Simão Botelho. Como surge esse sentimento?
►  O que, no trecho, revela que esse amor é um sentimento arrebatado, característico dos romances românticos? Justifique.
►  Há, no trecho, elementos típicos que fizeram esse modelo de narrativa cair no gosto do público. Quais são eles?
2.    O narrador descreve a jovem por quem Simão se apaixonou. Que características de Teresa ele destaca?
►  De que maneira algumas dessas características revelam a sociedade da época retratada nos romances românticos?
3.   No momento em que Simão e Teresa se despedem em razão da partida do jovem para Coimbra, a moça é "arrancada" da janela. Que sentimentos esse fato desperta em Simão?
►  O narrador descreve a reação do jovem diante desse fato. Como essa descrição revela a natureza arrebatada e passional do amor que ele sente por Teresa?
4.   Simão Botelho, antes de se apaixonar por Teresa, era um jovem de temperamento violento, cercado por más companhias e constantemente envolvido em brigas. Leia este outro trecho do romance.
No espaço de três meses fez-se maravilhosa mudança nos costumes de Simão. As companhias da ralé desprezou-as. Saía de casa raras vezes, ou só, ou com a irmã mais nova, sua predileta. [...] Em casa encerrava-se no seu quarto, e saía quando o chamavam para a mesa. [...]
Simão Botelho amava. Aí está uma palavra única, explicando o que parecia absurda reforma aos dezessete anos.

BRANCO, Camilo Castelo. Amor de perdição. São Paulo: Ática, 1994. p. 25-26. (Fragmento).
►  O narrador revela que o amor provoca em Simão uma grande transformação. Qual é ela?
►  Explique de que modo essa transformação confere a Simão as características que o definirão como um herói romântico.
5.  A transformação vivida por Simão é exigida por uma concepção de amor que define os romances românticos. Que concepção é essa? Explique.


Gabarito dos exercícios


1. Simão vê Teresa pela primeira vez da janela de seu quarto e por ela se apaixona "irremediavelmente", sendo correspondido em seu amor. Durante três meses, o contato dos jovens se dá dessa forma, revelando a pureza e a inocência desse sentimento: veem-se pelas respectivas janelas de seus quartos, trocam juras de amor e fazem promessas de um futuro juntos.
►  O fato de ambos se apaixonarem à primeira vista de maneira irremediável, como sugerem os trechos a seguir: "ele a vira pela primeira vez, para amá-la sempre"; "amou-o também, e com mais seriedade que o usual de seus anos". O arrebatamento desse amor pode ser identificado, ainda, no desespero de Simão diante da violência com que sua amada é retirada da janela através da qual os jovens se despediam.

►  O amor impossível entre um rapaz e uma moça pertencentes a famílias "inimigas"; a força do sentimento que leva Teresa e Simão a ignorarem as oposições familiares; a separação do casal e o sofrimento que isso gera nos dois jovens.

2. O narrador descreve Teresa como uma jovem de "quinze anos, rica herdeira, regularmente bonita" e pertencente a uma boa família ("bem-nascida").

►  A referência ao fato de Teresa ser uma rica herdeira e "bem-nascida" revela que a moça e sua família têm prestígio e pertencem à burguesia, grupo social geralmente retratado nos romances românticos.

3. Ao ver sua amada ser "arrancada" da janela, Simão é tomado por desespero, fúria e impotência, já que nada pode fazer para "resgatá-la". Nessa noite ele perde o sono, pensando em "projetos de vingança" contra quem impõe tal sofrimento a Teresa.

► O narrador descreve com exagero as reações de Simão por meio de adjetivos ("o alucinado moço") e comparações ("contorceu-se [...] como o tigre contra as grades"). Isso revela o desespero do jovem ao se ver separado de Teresa e, depois, no momento de partir ("lançou-se do leito [...] transfigurado"). Os gestos e pensamentos do rapaz, na cena, enfatizam a natureza arrebatada de seus sentimentos.

4. Simão passa a ter uma vida calma, abandona as más companhias e a vida desregrada, tornando-se quase um recluso.

► O amor por Teresa promove uma espécie de purificação em Simão, apagando os indícios do comportamento desregrado que teve antes de conhecer a jovem. Ao adotar uma vida tranquila, distante de brigas e de companhias inadequadas, o jovem passa a agir de acordo com os valores positivos que se associam ao herói romântico: recolhimento, caráter nobre, correção moral.

5. No trecho, o amor é apresentado como o meio para a transformação e redenção do indivíduo. É esse sentimento que regenera o ser humano quando a razão se mostra incapaz de fazê-lo. No caso de Simão, é o amor por Teresa que o torna uma pessoa melhor, merecedora do afeto de sua amada.
 



Atividades de Língua Portuguesa - 9º Ano com gabarito
1.Classifique as orações coordenadas segundo o código expresso abaixo:
(   ) Preparou-se muito bem para a avaliação, logo obterá um ótimo resultado.
(   ) Márcia é alegre e bastante extrovertida.
(   ) Não gosto de sua atitude, todavia não lhe trato mal.
(   ) Não fomos ao aniversário, porém trouxemos o presente.
(   ) Conseguimos obter um ótimo resultado, pois nos esforçamos bastante.
(   ) Ora estuda, ora trabalha na empresa comandada pela própria família.
(   ) Não pôde comparecer à festa, porque não estava se sentindo muito bem.
(   ) Viajamos muito e chegamos exaustos.
(   ) Não vejo importância neste tema, portanto encerraremos a reunião.
(   ) Não compareceu à reunião, porém tratou logo de enviar as devidas justificativas.
(   ) Ou tentas se qualificar melhor, ou serás demitido.
(1) Oração coordenada sindética adversativa
(2) Oração coordenada sindética aditiva
(3) Oração coordenada sindética explicativa
(4) Oração coordenada sindética alternativa
(5) Oração coordenada sindética conclusiva

2. Levando em conta os conhecimentos de que dispõe acerca das orações coordenadas, sublinhe a conjunção e classifique as orações em destaque que seguem:
a) Às vezes censuramos os defeitos das outras pessoas, mas nos esquecemos dos nossos.
_________________________________________________________________
b) Não pude comparecer à aula, porque hoje não me senti muito bem.
_________________________________________________________________
c) Não compareci à festa de aniversário, no entanto pedi que entregassem o presente.
_________________________________________________________________
d) Admiro bastante meu melhor amigo, pois ele é muito generoso com as pessoas.
________________________________________________________________
e)      Ora viajava com a família, ora viajava a trabalho.
_________________________________________________________________

3.       Una os elementos usando o hífen quando necessário:
a) pseudo + herói _____________________________________________
b) auto + aprovação ___________________________________________
c) ultra + radical ______________________________________________
d) super + atleta ______________________________________________
e) anti + higiênico _____________________________________________
f) ante + sala _________________________________________________
g) ultra + som________________________________________________
h) ex + aluno__________________________________________
i)  anti + hemorrágico___________________________________________
j)  anti + inflamatório__________________________________________
k)anti + vírus________________________________________________
l)  super + mercado___________________________________________
mmega + computador_________________________________________
n) auto + retrato______________________________________________
o) contra + regra______________________________________________
p) micro + ondas______________________________________________
q) auto + análise________________________________________________
r) super + homem______________________________________________
s) contra + cheque______________________________________________
t) extra + classe________________________________________________
u)i nter + classe________________________________________________
v) inter + regional___________________________________________


3. Em relação às orações subordinadas substantivas, enumere a 2ª coluna de acordo com a 1ª:
(1 ) Subjetiva
(2 ) Objetiva direta
(3 ) Objetiva indireta
(4 ) Completiva Nominal
(5) Predicativa
(6 ) Apositiva

a)(   ) O importante é que todos estejam aqui bem cedo
b)(   ) É importante que todos estejam aqui bem cedo.
c)(   ) Todos nos pediram que trouxéssemos as crianças também.
d)(   ) Nunca me esqueci de que você me traíra.
e)(   ) Tenho aversão a que me critiquem.
f)(   ) O jovem advogado persuadiu o acusado de que a causa ainda não estava perdida.
g)(   ) Começou a parecer-me que a primeira impressão não tinha sido justa.
h)(   ) Confesso-lhe que me detive alguns minutos olhando-o fascinado.
i)(   )Parece que vai chover hoje à noite.
j)(   )Por favor, Cláudio, necessito de que me faças um favor.
k)(   ) Vou lhe contar uma coisa: você está com as calças rasgadas
l)(   )  É necessário que você me ajude.
m)(   )  Logo notei que estavas triste.
n)(   )  Comentava se que ela o traía.
o)(   ) Informo você de que está demitido.
p)(   )  Bastaria que você dissesse a verdade.q)(   )  A verdade é que você mentiu para a professora.
r)(   )  Ela estava ansiosa para que você chegasse.
s)(   )  Quero saber apenas uma coisa: se você é feliz
t)(   )  Esse comentário nos trouxe a impressão de que ela não é confiável.
u)(   ) Convém que você se apresse.
v)(   )  O fato é que você deixou de estudar


Atividades de Língua Portuguesa - múltipla escolha: 7º ano

 
O Coveiro
Millôr Fernandes

Ele foi cavando, cavando, cavando, pois sua profissão - coveiro - era cavar. Mas, de repente, na distração do ofício que amava, percebeu que cavara demais. Tentou sair da cova e não conseguiu. Levantou o olhar para cima e viu que sozinho não conseguiria sair. Gritou. Ninguém atendeu. Gritou mais forte. Ninguém veio. Enrouqueceu de gritar, cansou de esbravejar, desistiu com a noite. Sentou-se no fundo da cova, desesperado. A noite chegou, subiu, fez-se o silêncio das horas tardias. Bateu o frio da madrugada e, na noite escura, não se ouviu um som humano, embora o cemitério estivesse cheio de pipilos e coaxares naturais dos matos. Só pouco depois da meia-noite é que vieram uns passos. Deitado no fundo da cova o coveiro gritou. Os passos se aproximaram. Uma cabeça ébria apareceu lá em cima, perguntou o que havia: O que é que há?
O coveiro então gritou, desesperado: Tire-me daqui, por favor. Estou com um frio terrível! Mas, coitado! - condoeu-se o bêbado - Tem toda razão de estar com frio. Alguém tirou a terra de cima de você, meu pobre mortinho! E, pegando a pá, encheu-a e pôs-se a cobri-lo cuidadosamente.

1. Não é considerado personagem da história:
a) (   ) O coveiro
b) (   ) Millôr Fernandes
c)(   ) O bêbado

2. A história acontece:
(   ) Num buraco cavado pelo coveiro
(   ) No portão do cemitério
(   ) No Cemitério

3. O tipo de narrador da história é:
a) (   ) Narrador-observador
b) (   ) Narrador-personagem
c) (   ) Narrador-intruso

4. O momento em que o coveiro começou a cavar e, distraído, percebera que cavara demais e não conseguir sair do buraco é considerado:
a) (   ) Situação inicial
b) (   ) Conflito (desenvolvimento ou complicação)
c) (   ) Clímax do conflito
d) (   ) desfecho

 5. Em outro momento, o coveiro se desespera por não conseguir sair do buraco, grita, mas não aparece ninguém para tirá-lo dali. Esse momento é considerado:
a) (   ) Desfecho
b) (   ) Situação inicial 
c) (   ) Clímax do conflito
d) (   ) Conflito (desenvolvimento ou complicação)

6. Já de madrugada, o coveiro ouve uns passos e, percebendo a presença de alguém (o bêbado), pede-o que o tire da cova. Que elemento do enredo é esse?
a) (   ) Conflito (desenvolvimento ou complicação)
b) (   ) Clímax do conflito
c) (   ) Situação inicial
d) (   ) Desfecho

7. O bêbado, pensado tratar-se de um morto desenterrado, fica com pena do coveiro e o cobre de terra. Esse elemento do enredo é chamado de:
a) (   ) Situação inicial
b) (   ) Conflito (desenvolvimento ou complicação)
c) (   ) Clímax do conflito
d) (   ) desfecho

8. Na oração “Papai gosta de futebol.”, o tempo verbal é:
a) (   ) presente
b) (   ) pretérito perfeito
c) (   ) futuro do presente

9. Na oração “José ganhou uma bola.”, o tempo verbal é:
a) (   ) presente
b) (   ) pretérito perfeito
c) (   ) futuro do presente

10. Na oração “ João Vítor estudará a lição.”, o tempo verbal é:
a) (   ) presente
b) (   ) pretérito perfeito
c) (   ) futuro do presente

11. Na oração “Os meninos jogarão basquete.”, o tempo verbal é:
a) (   ) presente
b) (   ) pretérito perfeito
c) (   ) futuro do presente

12. Na oração “Sandra mora em Boa Vista.”, o tempo verbal é:
a) (   ) presente
b) (   ) pretérito perfeito
c) (   ) futuro do presente

13. Na oração “Eu vendi minha bicicleta.”, o tempo verbal é:
a) (   ) presente
b) (   ) pretérito perfeito
c) (   ) futuro do presente

14. Na oração “Amanhã, nós viajaremos para a Venezuela.”, o tempo verbal é:
a) (   ) presente
b) (   ) pretérito perfeito
c) (   ) futuro do presente

15. Na oração “Precisa-se de vendedores.”, o sujeito é:
a) (   ) Simples
b) (   ) Composto
c) (   ) Oculto
d) (   ) Indeterminado

16. Na oração “A caverna anoitecia aos poucos.”, o sujeito é:
a) (   ) Simples
b) (   ) Composto
c) (   ) Oculto
d) (   ) Indeterminado

17. Na oração “Meus amigos e eu organizamos a festa de despedida.”, o sujeito é:
a) (   ) Simples
b) (   ) Composto
c) (   ) Oculto
d) (   ) Indeterminado

18. Na oração “Preciso do dinheiro para pagar o lanche.”, o sujeito é:
a) (   ) Simples
b) (   ) Composto
c) (   ) Oculto
d) (   ) Indeterminado

19. Na oração “Greves e passeatas são formas de luta dos trabalhadores.”, o sujeito é:
a) (   ) simples
b) (   ) Composto
c) (   ) Oculto
d) (   ) Indeterminado

20. Na oração “Construíram aquele shopping muito rápido.”, o sujeito é:
a) (   ) Simples
b) (   ) Composto
c) (   ) Oculto
d) (   ) Indeterminado

Gabarito: 
1. b
2. c
3. a
4. a
5. d
6. b
7. d
8. a
9. b
10. c
11. c
12. a
13. b
14. c
15. d
16. a
17. b
18. c
19. b
20. d

 


Atividades de Língua Portuguesa - 7º ano com gabarito
1.Coloque ( 1 ) para linguagem objetiva e ( 2 ) para linguagem subjetiva:
a) (   ) A noite está clara, com lua cheia. É possível enxergar o que está na rua mesmo sem a luz de lâmpadas.
b)(   ) A noite está clara, com a lua sugerindo mistério e aventura. Gosto da inspiração que a noite de lua cheia traz: ela convida ao amor, à arte, à reflexão.
c)(   ) “Passei por baixo do viaduto, onde costumam nascer filhos do vento, e reinava uma paz de latas enferrujadas e gramas sem problemas.”
d)(   ) “Telefonei para a maternidade indagando se havia nascido o bebê nº 100.000.000, e não souberam me informar.”

2.Assinale com um (X) as frases com a presença de metáfora:
a)(   ) Este anel deve ter custado os olhos da cara.
b)(   ) Carla estava apaixonada por seu namorado.
c)(   ) O pavão é um arco-íris de plumas
d)(   ) Seus olhos são dois oceanos.
e)(   ) José limpou a boca suja na manga da camisa
f)(   ) O amor é fogo que arde sem se ver, é ferida que dói e não se sente.

3.Enumere a 2ª coluna de acordo com a 1ª:
( 1 ) Sujeito Simples
( 2 ) Sujeito Composto
( 3 ) Sujeito Indeterminado
( 4 ) Sujeito Desinencial ou Oculto
( 5 ) Oração sem sujeito

(   ) Dispensamos todos os funcionários.
(   ) A rua estava deserta.
(   ) Falaram mal de você na reunião
(  ) Precisa-se de funcionários competentes naquela empresa.
(   ) Já é meio-dia!
(   ) Pedro e Paulo são irmãos inseparáveis.
(   ) O dia está ensolarado.
(   ) Tênis e natação são ótimos exercícios físicos.
(   ) Fez muito calor depois da aula de educação física.
(   ) Cheguei atrasado para o evento.

4.       Separe o sujeito do predicado nas orações abaixo:
a) Marina viajará brevemente.
Sujeito: __________________________________________
Predicado: _______________________________________
b)Luís e Fábio chegaram depressa.
Sujeito: __________________________________________
Predicado: _______________________________________
c) À noite, a lua apareceu maravilhosa.
Sujeito: __________________________________________
Predicado: _______________________________________
d)O professor e os alunos participaram da competição.
Sujeito: __________________________________________

Predicado: _______________________________________

Gabarito: 
1: a (1); b (2); c (2); d (1)
2: São metáforas apenas as aternativas c, d, f
3: Na ordem: 4, 1, 3, 3, 5, 2, 1, 2, 5, 4
4: a) Sujeito: Marina  Predicado: viajará brevemente.
b) Sujeito: Luís e Fábio Predicado: chegaram depressa
c) Sujeito: A lua  Predicado: à noite, apareceu maravilhosa.
d) Sujeito: O professor e os alunos  Predicado: participaram da competição