terça-feira, 18 de agosto de 2015



Continuação dos versos anterior

24 A mulher do vizinho tem belos seios,  um apetitoso dum recheio e uma linda cobertura, é sensual e caliente e olhando por detrás e pela frente, ela é uma loucura, queria a língua nela passar, mesmo que fosse só pra provar, o gosto daquela gostosura. - Edson Amorim 
 
23 Safado eu não sou não, assanhado é meu olhar, não resiste à tentação, quando vê  uma boa bunda passar, e vez até o coração, fica enveredado de paixão,  desejando aquela linda morena beijar. - Edson Amorim  
 
22 Quando eu montava o potro ventania, alto ele pulava que a arena toda tremia, e entre o publico presente, a morena mais bonita e sorridente, o meu beijo desejava e queria,  e quando a montaria acabava, ela na porta me esperava, e a noite toda nos meus braços ela gemia. - Edson Amorim  
 
21Amanhã antes de ir embora, pra rodeios mundo afora, meu coração vou obedecer, e pra morena mais linda, que vou amar mais ainda, uma linda flor, com todo o meu amor, pra ela vou oferecer, e no meu coração vou tatuar, seu nome pra relembrar, seus doces e quentes beijos, que pra mim é uma delícia,  melhor que goiabada com queijo. - Edson Amorim  
 
20 Sempre me dei bem com as namoradas, e até  com a sogra mal falada, pois pra mim fazia boa comida, e sempre me elogiava, me achava um bom moço e era louca pra ver a filha casada, pois a vela do santo casamenteiro, num canto lá no terreiro, nunca ficava apagada, mas minha reza era forte, e como sempre um cara de sorte, o santo errava a laçada. - Edson Amorim 
 
19Na vida boa ou profana, já assoviei e chupei cana,  e duro eu trabalhei pra ganhar a minha grana, nunca ofendi só perdoei e a ninguém eu enganei,  sempre fui um cara bacana e nas horas difíceis sempre fiz, minha reza soberana.- Edson Amorim    
 
18 Na agitação do momento, com emoções esparramadas ao vento, poderia levar tudo a perder, mas no meu canto sozinho, repensei bem direitinho, e que te ama, e que de nada reclama, meu coração pediu pra te dizer. - Edson Amorim    
 
17 Uma morena de enlouquecer, um verdadeiro anjo negro, quando me disse venha meu nego, abrasou todo meu ser, e no destino me fez crer, pois  pra casa ela levei, e se tornou o meu amor, o meu chamego. Edson Amorim 
 
16Não tenho dinheiro pra tomar uísque, então só tomo pinguinhas, tem mulher que é uma onça, mas transando é uma gatinha. - Edson Amorim  
 
15 Vi minha mulher se arrumando, e toda se penteando e não parava de se perfumá, logo perguntei onde ela ia, e a cabeça já comecei a coçá, ela me disse venha cá, quando foi que você me disse, quando e onde ia zuá,  pois eu vou ali ligeiro, comprar uns temperos, pra amanhã eu cozinhá, saiu e chegou sorridente, e logo foi me dando um presente, pensei será um amansa corno, ou eu estou meio morno e preciso melhorá, vou deixar das saidinhas, pra cuidá dessa rainha, senão outro vai me tomá. - Edson Amorim
 
14 Saudades eu sinto da comitiva estradeira, e de toda peonada amiga e campeira, que minha vida muito marcou, sinto o cheiro da poeira e da boiada marchando, e até pareço ouvir o som do berrante tocando, e o encanto dos toques que ele repicou, à frente ia um ligeiro Peão, com um pano vermelho acenando, e avisando que grande boiada vinha no estradão. Edson Amorim

 
13 Boiadeiro errante desse Brasil afora, tocar boiada é o que mais adora, leva sua vida montado num burrão, com lindo arreio muito bem encilhado, na garupa leva um laço de couro de boi trançado, seu grande chapéu com abas dobradas, botas com esporas rosetadas, goiaca na cintura e com calça de couro vestido, chicote trançado na mão estalando e o seu encantado berrante tocando, pra ele tudo é demais divertido. Edson Amorim 
 
12 O rodeio é uma festa coroada de alegria, a atração é a montaria  e o peão é o artista principal, onde o locutor oficial num picadeiro que contagia, faz versos engraçados enquanto narra as montarias, e também artistas renomados, cantam seus sucessos consagrados, onde a moçada agita, dança e canta, completando a folia.  Edson Amorim
 
11 Na festa de rodeio, o oficial locutor assim pede, abre o brete e solta o bicho pra pular, e vendo o Peão sobre o cavalo saltando, a galera na arena chega até se arrepiar, se a montaria é em touro com chifre, pede aos céus pro peão não se machucar.  Edson Amorim
 
10 Viajando por esse imenso chão brasileiro, montado em seu burrão estradeiro, em meio à bela e admirável natureza, reino encantado de tantas belezas, entoando o toque de seu encantado berrante,  que ecoa ao longe vibrante,  pela longa estrada vai o Boiadeiro errante. Edson Amorim 
 
09 Fui um boiadeiro do estradão, esta foi minha querida profissão, levava e trazia grandes boiadas, cortando lugarejos do antigo sertão, era uma vida sofrida, porém animada, montado em meu cavalo alazão.  Edson Amorim
 
08Em ser um bom boiadeiro, desde menino tive inclinação, ainda pequeno,  lidar com o gado era  minha paixão, e assim durante toda minha mocidade, busquei e levei boiadas pelo sertão.  Edson Amorim
 
 
07 Nos tempos das Comitivas, lembro que no acampamento da pousada, depois da comida jantada, ao redor da fogueira os peões reunidos, uma viola afinada um dos nossos peões tocava, acalentava os ouvidos, mas as canções acirravam ainda mais a saudade, da amada que ficou na cidade, que ansiosa com os olhos no estradão, esperava.  Edson Amorim
 
06 Lembrando-me dos tempos das Comitivas estradeiras,  e a saudade como brasa no peito vai queimando, e logo uma lágrimas vem rolando, e me vejo com aquele chapéu de abas quebradas, e na cintura uma bonita goiaca, e presa a ela um jogo embainhado de facas, calçado com botas e com esporas rosetadas, vestido com a calça de couro, montado no meu cavalo alazão de ouro, no estradão, atrás do poeirão da boiada.  Edson Amorim 
 
05No estradão vai o gado, e na frente vão os sinueiros e o ponteiro chamando ao toque do berrante repicado, enquanto peões cuidam pra não ter estourada, outros na culatra, a manada vão tocando, com chicotes na mão estalando, e ao descansar nas incertas pousadas, rezam pra viagem seguir abençoada e o peão cansado adormece pensando na amada e quando o sol anuncia a alvorada, a prazerosa, mais dura rotina, é recomeçada.  Edson Amorim 
 
04 Quando fui boiadeiro estradeiro, tinha coragem, arrojo e valentia, respeitava a todos que meu amigo se dizia, da boiada do patrão eu zelava, era vigilante de nada eu descuidava, tinha dele toda a confiança, e sua filha foi minha herança, hoje em dia sou grande fazendeiro, dono da Fazenda Esperança.  Edson Amorim 
 
03 Viajando nas Comitivas, nas estradas sem fim que andei,  rastros de saudade deixei,  relembro as mocinhas com lenço acenando  nos vilarejos onde a comitiva ia passando,  e com uma daquelas um dia me casei, e de cada viagem restou uma recordação,  o tempo da mocidade rapidamente passou, o boiadeiro estradeiro envelheceu, se cansou, mas conheceu a glória dos dias de luta e vitórias no estradão. 
 
02 Velho e cansado, em sua rede deitado, o Carreiro relembra e sente saudade, dos tempos que ia a frente do carro de boi, ele guiando, ainda com pouca idade, no seu ombro levava a vara de ferrão, chacoalhando as argolas, era só felicidade, e gritava,  vai malhado, vem bordado, força trovão, subindo e descendo serras e serrados, em meio ao antigo sertão.  Edson Amorim 
 
01 O Velho Carreiro conta com detalhes, histórias de uma vida que ficou no passado, mais propriamente do velho Carro de boi, sob uma frondosa árvore abandonado,  que  dele não existe mais a querida boiada, restaram apenas e tão somente lembranças, no gancho da memoria penduradas.  Edson Amorim
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário