terça-feira, 30 de setembro de 2014

O Burro Sabido

O Burro Sabido

 Narrador
o burro sabido
Era uma vez um burro preguiçoso. Um dia, o dono carregou-o com uns sacos de sal. Pesavam como chumbo. O burro gemia, vergado ao peso da carga.
Ao atravessar lentamente um rio, sentiu que a carga estava a tornar-se cada vez mais leve. De facto, o sal começava a derreter-se e a carga ficava cada vez mais ligeira. Então, o burro preguiçoso ficou na água e esperou que todo o sal se derretesse.
Quando se sentiu leve, saiu da água e continuou o seu caminho.
E evidente que o dono não gostou nada da brincadeira do animal.
Dias depois, carregou-o com uma grande carga
enorme de algodão. Era uma carga leve, mas incómoda. Era preciso ir muito direitinho para o algodão
não cair.
O burro preguiçoso lembrou-se da carga de sal e, para se libertar também dessa carga, decidiu atravessar outra vez lentamente o rio.
Porém, quando mais mergulhava mais o algodão se embebia em água, ficando cada vez mais pesado.
Quando saiu do rio, levava uma carga imensamente pesada.
Continuou o caminho a gemer, arrependido da sua esperteza de preguiçoso.
Admiramos os burros, apesar da sua má fama, mas somos contra a preguiça. Vivendo numa sociedade hedonista, comodista e individualista, é andar contra a corrente falar de sacrifício. Sem ele, porém, nada se consegue de belo.

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