UMA AULA INESQUECÍVEL
Se alguém me perguntasse o que é ser um bom professor eu diria que é aquele capaz de dar uma aula inesquecível.
Uma aula inesquecível é uma aula teatral (aula magistral se for teatral), uma aula em que o professor é mais do que um professor — é um professor-ator.
Chega de ser o professor que entra em sala de aula disposto a “dar a matéria”. O professor-ator compreende que, por trás das aparências de uma sala de aula na qual os alunos estão “sedentos de conhecimento”, esconde-se uma outra verdade. Os alunos estão é sedentos de vida, e, se o conhecimento não for vital, os alunos manifestarão seu desagrado na forma de dispersão, de conversas paralelas e até mesmo de sono. Neste caso, o comportamento rotineiro do professor “ofendido” com a falta de respeito dos alunos será uma reação ineficaz e estéril.
O professor-ator renuncia a reações ineficazes porque já renunciou à idéia de uma aula organizada, tranqüila, com começo, meio e fim, cada passo previsto, cada tema devidamente abordado; já renunciou à idéia de um curso sem acidentes e incidentes, surpresas e impasses. Sabe que eram idealizações honestas, mas puras idealizações.
O realismo recomenda-lhe outra voz. E a aula inesquecível é justamente a ocasião propícia para se ouvir a outra voz.
Se alguém me perguntasse o que é ser um bom professor eu diria que é aquele capaz de dar uma aula inesquecível.
Uma aula inesquecível é uma aula teatral (aula magistral se for teatral), uma aula em que o professor é mais do que um professor — é um professor-ator.
Chega de ser o professor que entra em sala de aula disposto a “dar a matéria”. O professor-ator compreende que, por trás das aparências de uma sala de aula na qual os alunos estão “sedentos de conhecimento”, esconde-se uma outra verdade. Os alunos estão é sedentos de vida, e, se o conhecimento não for vital, os alunos manifestarão seu desagrado na forma de dispersão, de conversas paralelas e até mesmo de sono. Neste caso, o comportamento rotineiro do professor “ofendido” com a falta de respeito dos alunos será uma reação ineficaz e estéril.
O professor-ator renuncia a reações ineficazes porque já renunciou à idéia de uma aula organizada, tranqüila, com começo, meio e fim, cada passo previsto, cada tema devidamente abordado; já renunciou à idéia de um curso sem acidentes e incidentes, surpresas e impasses. Sabe que eram idealizações honestas, mas puras idealizações.
O realismo recomenda-lhe outra voz. E a aula inesquecível é justamente a ocasião propícia para se ouvir a outra voz.
Gabriel Perissé
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