Todos pela Paz
É inacreditável pensar que para muitas pessoas a palavra paz seja algo abstrato, meramente discursivo. Conquistar a paz é um ideal de todos os seres humanos, mas ela não se resume apenas na ausência de guerras e conflitos.
É algo muito mais pessoal e subjetivo do que podemos imaginar, e sem sua manifestação individual, a paz coletiva se torna cada vez mais difícil. Como alcançar um estado de paz quando vivemos rodeados de notícias alarmantes e tragédias cotidianas que são, aliás, a demonstração mais evidente da ausência de paz nos corações?
De fato, nos dias em que vivemos não é fácil obter silêncio, recolhimento e quietude para experimentar a paz. Mas ela pode, sim, ser alcançada com determinação e vontade.
Se estivermos plenamente conscientes de que a paz não é uma dádiva, mas uma conquista, poderemos então acessar um novo estado de consciência, uma atenção permanente sobre nossos próprios humores e sentimentos, que pode nos levar a vivenciar cada vez mais esta energia.
Quanto mais precocemente iniciarmos essa tarefa, maiores serão as chances de que as novas gerações desenvolvam o cultivo da paz. Mas de nada adiantam belos discursos sem uma demonstração prática, em todas as situações de nosso cotidiano, de que somos defensores da paz. O exemplo ainda continua sendo o método mais eficaz de educação que podemos utilizar.
Precisamos decidir, a cada momento, se reagiremos a uma provocação com violência ou nos manteremos centrados e em sintonia com nosso verdadeiro eu, aquele que não se importa em ter sempre razão ou com a opinião que outros possam ter a seu respeito.
A auto-observação permanente é a única forma de combater a reação emocional instintiva, que nos impele para os atos inconscientes de violência, dos quais certamente iremos nos arrepender.
A paz social deve nascer primeiro no indivíduo, do amadurecimento da personalidade humana e também da tolerância e da capacidade de amar a si mesmo, aos outros e ao que lhe é diferente.
E vejam bem, amar o diferente não quer dizer necessariamente concordar com ele, e quando ele está em erro não quer dizer também ser cúmplice dos erros dele.
Você pode não concordar e não escolher para você a atitude ou as idéias de um certo alguém, achar até mesmo que do seu ponto de vista ele está errado, mas não precisa escolher não gostar dessa pessoa, por não concordar com ela.
Ressaltando que aquele que erra, principalmente contra o bem estar da sociedade, precisa ser reeducado, mas não pelo ódio social, que não tem poder educador.
Podemos pensar em alguns instrumentos do bem para essa re-educação: como o trabalho, a arte, a espiritualização, os esportes e o contato com a natureza. E também uma reeducação social, onde as bases sejam os valores éticos.
Seja você a paz que deseja encontrar no mundo.
Compartilhe da sua gentileza, boa vontade, tolerância, paciência, amabilidade e respeito com as pessoas com quem convive.
A paz é o resultado de um exercício diário de quem ousa amar.
Texto de "Elisabeth Cavalcante", site "Somos Todos Um"
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