CATA-VENTO
GIRA-GIRA
CATA-VENTO
AO SOPRO LEVE
DO VENTO...
GIRA NA MÃO
DO MENINO
SEM CUIDADO
SEM DESTINO
MENINO QUE
DESCE O MORRO
DE CATA-VENTO
NA MÃO
GIRA, GIRA
CATA-VENTO
FAZ O MENINO
SORRIR
É TÃO BREVE
SUA INFÂNCIA
TÃO POUCA SUA ILUSÃO
Ó VENTO
NÃO PÁRA, NÃO!
MARIA LUIZA ROCHA
AMORIM
Convite
(José
Paulo Paes)
Poesia
é brincar com palavras
como se brinca
com bola, papagaio, pião.
Só que
bola, papagaio, pião
de tanto brincar
se gastam.
As palavras não:
quanto mais se brinca
com elas
mais novas ficam.
Como a água do rio
que é água sempre nova.
Como cada dia
que é sempre um novo dia.
Vamos brincar de poesia?
Trecho
do livro poemas para brincar
Editora
ática
O PINGUIM
VINICIUS DE MORAES
BOM-DIA, PINGUIM
AONDE VAI ASSIM
COM AR APRESSADO?
EU NÃO SOU MALVADO
NÃO FIQUE ASSUSTADO
COM MEDO DE MIM.
EU SÓ GOSTARIA
DE DAR UM TAPINHA
NO SEU CHAPÉU DE JACA
OU BEM DE LEVINHO
PUXAR O RABINHO
DA SUA CASACA.
AONDE VAI ASSIM
COM AR APRESSADO?
EU NÃO SOU MALVADO
NÃO FIQUE ASSUSTADO
COM MEDO DE MIM.
EU SÓ GOSTARIA
DE DAR UM TAPINHA
NO SEU CHAPÉU DE JACA
OU BEM DE LEVINHO
PUXAR O RABINHO
DA SUA CASACA.
MEU AUTOMÓVEL
EU TENHO UM AUTOMÓVEL
DIFERENTE
QUE NÃO ASSUSTA BICHO
NEM ATROPELA GENTE.
UM AUTOMÓVEL
QUE ESPERA NA SUA
ATÉ A TARTARUGA
ATRAVESSAR A RUA.
UM AUTOMÓVEL
QUE NÃO GANHA CORRIDA
MAS NUNCA FEZ NINGUÉM
PERDER A VIDA.
UM AUTOMÓVEL
QUE NUNCA POLUI O AR.
SUBA NELE, CRIANÇAS:
VAMOS PASSEAR.
JOSÉ PAULO
PAES
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