Política é coisa séria
Resolvi não ser candidato nestas eleições. Sou muito grato aos milhares de eleitores que confiaram em mim e posso dizer que desempenhei meu papel. Tive a honra de presidir a Comissão de Educação quando da votação do PNE – Plano Nacional de Educação. Estabelecemos metas que podem, se cumpridas, mudar a face de nossa educação. Presidi a Frente Parlamentar em defesa da Adoção e as mudanças do código de ciência, tecnologia e inovação, entre outros.
A educação sempre foi minha paixão. A educação e a literatura. Já escrevi 70 livros entre romances, peças de teatro, ensaios de filosofia e pedagogia, literatura infanto juvenil, contos, biografias, poesia etc. Vivo agora a alegria de ver esses livros sendo lançados em outros países. Espanha e América Latina, Itália, Inglaterra, Líbano e China. Vou dar palestra, em outubro, no maior evento literário do mundo, a Feira de Frankfurt. Essas são as razões de não me candidatar. Não conseguiria dar a atenção devida ao parlamento. Entretanto, sou um entusiasta da política, da boa política. Nesse meio, conheci pessoas valorosas, que exercem a militância correta de fazer da vida um serviço aos cidadãos. E também conheci gente perversa, que age no subsolo tentando, de forma criminosa, destruir biografias e iludir o povo. É preciso separar o joio do trigo. Há muito joio. Mas há muito trigo. Preocupo-me ao ver que essas pessoas estão por aí, tentando angariar votos. E há, também, os que não sabem o que farão se eleitos. Política é coisa séria. O voto é um exercício de poder. Olhar com cuidado, desconfiar de promessas mirabolantes, refletir, eis as ações necessárias para que o futuro nos agradeça.
Continuo trabalhando pelo país que tanto amo. Nas salas de aula, onde professo minha crença no ser humano, e nos livros, onde conto histórias e partilho sentimentos, faço minha parte. Façamos nossa parte. É isso que nos realiza. A consciência de que não estamos aqui por acaso.
Por: Gabriel Chalita (fonte: Diário de S. Paulo) | Data: 29/08/2014
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