ANDANDO NA CHUVA
Hoje, vendo a chuva se armar acima do meu telhado, e de paciência curta como eu estava, sem novidades, sem emoções, me propus a tomar banho naquele temporal que prometia ser de muita água. Então, quem sabe na espera de um milagre imaginei que a água vinda do céu poderia ser mais “santa” do que a que sai do meu chuveiro, e aí, eu poderia me sentir “outra” depois da lavança.
Quando vi pela vidraça que a chuva estava forte e caía sem piedade, saí para a rua, e deixei então a água ir encharcando cada peça de roupa. Era muita água, e achei ótimo, assim, não ficaria molhada pelas metades. No princípio achei estranho, mas depois fui me entregando à água que logo tomou conta.
E os pingos vieram fortes, machucavam minha pele cansada. E caminhei pelas ruas debaixo daquele “toró” e, quando a água chegou as minhas partes intimas, pensei comigo: agora vai começar o processo de expurgação, mas sei que era apenas a vontade, na realidade, o que estava abrigado e quentinho por baixo das minhas roupas, foi recebendo aquela água gélida e me deixando em arrepios.
Era tanta água que mal eu abria os olhos, e pensei: “seria ótimo se pelos bueiros da rua a água pudesse levar minhas tantas contas, desavenças, rugas e até minha celulite cruel...”
Tinha esquecido que estava com meus tênis novos, e meu Deus! Quanta lama! Eles só poderiam ir pelo bueiro abaixo também...
Mas, não me deixei levar pelo aspecto em que me encontrava, tentava eu ser poética, romântica, despreocupada... E lá ia a água caindo...
Queria lavar bem, até meu íntimo, mesmo sentindo frio. Tinha me esquecido do cabelo ora arrumado no dia anterior, e me custado uma pequena fortuna no cabeleireiro, desmanchado estava, agora não adiantava chorar. E lá fui eu pelas ruas, cruzei com alguns garotos debaixo de seus guarda chuvas que me olharam espantados, e certamente pensaram com eles, que eu era mais uma doida.
Que mania feia as pessoas tem de achar que você tem que ser assim ou assado. Tomar banho de chuva pode ser incomum, mas a ilusão que fica é a melhor parte, porque pelo menos é de graça!
Quando os pingos foram raleando, o frio começou a tomar conta do meu corpo, e trêmula, corri pra casa, e abri a porta, passando pelo espelho do corredor, me vi, e me achei ridícula, sem falar da molhadura que deixei pelo corredor...
Fui para o banheiro tirei correndo a roupa molhada, liguei meu chuveiro bem no quentinho, e deixando a água cair, passei a sentir o calor reconfortante me molhando, me envolvendo, e assim eu disse extasiada pelo calor delicioso daquela água: santo chuveirinho!!!!
Banho de chuva só fica bonito no cinema...
Quando vi pela vidraça que a chuva estava forte e caía sem piedade, saí para a rua, e deixei então a água ir encharcando cada peça de roupa. Era muita água, e achei ótimo, assim, não ficaria molhada pelas metades. No princípio achei estranho, mas depois fui me entregando à água que logo tomou conta.
E os pingos vieram fortes, machucavam minha pele cansada. E caminhei pelas ruas debaixo daquele “toró” e, quando a água chegou as minhas partes intimas, pensei comigo: agora vai começar o processo de expurgação, mas sei que era apenas a vontade, na realidade, o que estava abrigado e quentinho por baixo das minhas roupas, foi recebendo aquela água gélida e me deixando em arrepios.
Era tanta água que mal eu abria os olhos, e pensei: “seria ótimo se pelos bueiros da rua a água pudesse levar minhas tantas contas, desavenças, rugas e até minha celulite cruel...”
Tinha esquecido que estava com meus tênis novos, e meu Deus! Quanta lama! Eles só poderiam ir pelo bueiro abaixo também...
Mas, não me deixei levar pelo aspecto em que me encontrava, tentava eu ser poética, romântica, despreocupada... E lá ia a água caindo...
Queria lavar bem, até meu íntimo, mesmo sentindo frio. Tinha me esquecido do cabelo ora arrumado no dia anterior, e me custado uma pequena fortuna no cabeleireiro, desmanchado estava, agora não adiantava chorar. E lá fui eu pelas ruas, cruzei com alguns garotos debaixo de seus guarda chuvas que me olharam espantados, e certamente pensaram com eles, que eu era mais uma doida.
Que mania feia as pessoas tem de achar que você tem que ser assim ou assado. Tomar banho de chuva pode ser incomum, mas a ilusão que fica é a melhor parte, porque pelo menos é de graça!
Quando os pingos foram raleando, o frio começou a tomar conta do meu corpo, e trêmula, corri pra casa, e abri a porta, passando pelo espelho do corredor, me vi, e me achei ridícula, sem falar da molhadura que deixei pelo corredor...
Fui para o banheiro tirei correndo a roupa molhada, liguei meu chuveiro bem no quentinho, e deixando a água cair, passei a sentir o calor reconfortante me molhando, me envolvendo, e assim eu disse extasiada pelo calor delicioso daquela água: santo chuveirinho!!!!
Banho de chuva só fica bonito no cinema...
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