segunda-feira, 16 de junho de 2014

 
 
Somos todos seres humanos!

http://veja.abril.com.br/blog/rodrigo-constantino/cultura/somos-todos-seres-humanos/

A campanha contra o racismo, que ganhou incrível proporção após o jogador Daniel Alves ter a genial sacada de pegar a banana que arremessaram em sua direção e comê-la, acabou colocando a ala esquerdista defensora das cotas raciais em uma sinuca de bico. 
Ficou viral no Facebook o seguinte “meme”, com singelas variações: 

Eu mesmo coloquei a pergunta no ar: se somos todos macacos, por que apenas alguns têm cotas? A pergunta retórica é um duro golpe naqueles que dizem que somos todos iguais, mas agem como se uns fossem mais iguais que os outros. A bandeira liberal é justamente a igualdade de todos perante as leis, ou seja, abolir todo tipo de privilégio. 
Não faz sentido repetir que “somos todos macacos”, querendo dar ênfase a esta igualdade entre todos os seres humanos, para logo depois pleitear tratamento diferenciado com base na “raça”. 
É uma clara contradição lógica, que remete ao excelente livro de George Orwell, A Revolução dos Bichos, em que os porcos tomam o poder na fazenda sustentando que todos os animais são iguais, mas com o tempo vão alterando a máxima até concluir que todos são iguais, mas uns mais iguais que os outros. Estava instaurada a era dos privilégios suínos! 
Certa vez participei de um debate na rádio Band em Porto Alegre com Frei David Santos, da ONG Educafro. Ele defendia as cotas raciais, e me chamava o tempo todo de “irmãozinho Constantino”. Até a hora em que eu perguntei: “Caro Frei David, o senhor me chama o tempo todo de irmão, e logo depois vem defender uma divisão legal entre nós com base na cor da pele? Somos irmãos ou não somos?” Ele ficou um tanto sem graça… 
E com razão! Como é que se pode alegar que somos todos iguais, mas logo depois defender diferenças com base na “raça”? Por isso eu sempre digo: as cotas raciais são a estratégia errada para um fim nobre, o instrumento inadequado para combater o racismo, que deve ser combatido. Sim, nós somos iguais, no sentido de que somos todos de uma só “raça”, a humana. Então vamos parar de segregar a população com base justamente no critério absurdo de raça! 
Mas de alguma forma o Facebook achou minha simples pergunta “ofensiva”, talvez por ter recebido uma chuva de mensagens de denúncia coordenadas pelo MAV. O fato é que retirou do ar a pergunta, e eu publiquei um aviso, no dia seguinte, do ocorrido. Hoje recebo a mensagem de que tive novamente o conteúdo retirado e estou bloqueado por 24 horas na rede social: 

A esquerda defensora das cotas raciais está num impasse e tanto. Somos ou não todos “macacos”? Eu digo que sim! Eu digo que somos todos da mesma espécie, todos seres humanos, parentes dos símios, e que a cor da pele, assim como os olhos puxados dos asiáticos, é apenas uma diferença ligada à adaptação em locais com climas e condições diferentes. 

Daniel Alves é mais moreno e tem olhos verdes. Existem inúmeras gradações de cor de pele, tipo de cabelo, cor dos olhos, etc. Alguém realmente quer sustentar que devemos pegar 7 bilhões de seres humanos, ou mesmo 200 milhões de brasileiros, e passar uma linha divisória entre dois grupos, negros e brancos? Isso mesmo em um país em que 40% se declara pardo, ou seja, misturado? 

Geneticamente não faz sentido falar em raças humanas. O que pode variar, e muito, é a cultura. Mas esta jamais será inata. Defendamos, portanto, uma cultura liberal que trate cada um como um indivíduo, uma finalidade em si, merecedor de tratamento igualitário perante as leis. A cor da pele, o formato dos olhos, a textura do cabelo, a altura, todas são características individuais, mas não definem o indivíduo em sua essência, formado por uma gama enorme de características. 

O coletivista é aquele que seleciona uma única característica – a “raça”, a nacionalidade, o sexo, a classe – e a toma como a única relevante. O indivíduo, com toda a sua complexidade, desaparece, imerso em um grupo que fala em seu nome. Ele é “o negro”, “o proletário”, “o brasileiro”, “o homossexual”, e deixa de ser o José da Silva, que pode ser negro, trabalhador, brasileiro e gay, e mesmo assim pensar por conta própria e rejeitar rótulos coletivistas e cotas. Pode ser, enfim, um liberal, o que para esses coletivistas defensores das “minorias” faria dele um “traidor”. 

Somos todos seres humanos! Então vamos logo de uma vez agir levando esse fato em conta… 
Rodrigo Constantino

VOCABULÁRIO
1) ENCONTRE, NO TEXTO, SINÔNIMOS PARA AS PALAVRAS ABAIXO:
a) Argumentar, defender:
b) Implantada:
c) Reivindicar, solicitar:
d) Destaque: 
e) Inerente, natural: 
f) Separar:
g) Importante:


INTERPRETAÇÃO TEXTUAL
1) ANALISE AS AFIRMAÇÕES ABAIXO E ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA:

I – O autor concorda que, para defender a bandeira de que somos todos iguais, deve-se abolir todo e qualquer tipo de privilégio que beneficie apenas uma parcela da população.
II – O autor condena as diferenciações feitas com base na cor de pele e/ou na cultura do ser humano.
III – Para o autor, as cotas são um instrumento eficaz para combater o racismo.
a) Todas as alternativas estão corretas.
b) Nenhuma alternativa está correta.
c) As alternativas II e III estão incorretas.
d) As alternativas I e III estão corretas.
e) Apenas a alternativa I está incorreta.

ATIVIDADES GRAMATICAIS

1) IDENTIFIQUE E CLASSIFIQUE O SUJEITO DO VERBO “FICOU” (2º PARÁGRAFO).

2) TRANSCREVA, DO TEXTO, UMA FRASE NOMINAL.

3) ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA EM RELAÇÃO AO NÚMERO DE ORAÇÕES PRESENTES, NOS PERÍODOS ABAIXO, CLASSIFICANDO-OS, EM SEGUIDA, EM SIMPLES OU COMPOSTOS:
a) “Ele defendia as cotas raciais, e me chamava o tempo todo de “irmãozinho Constantino”. “
(     ) 1       (    ) 2       (     ) 3      (     ) 4         (      ) 5
(     ) Período Simples                (      ) Período Composto

b) “Então vamos agir logo de uma vez, levando esse fato em conta….”
(     ) 1       (    ) 2       (     ) 3      (     ) 4         (      ) 5
(     ) Período Simples                (      ) Período Composto

c) “Somos todos seres humanos!”
(     ) 1       (    ) 2       (     ) 3      (     ) 4         (      ) 5
(     ) Período Simples                (      ) Período Composto

d) "A bandeira liberal é justamente a igualdade de todos perante as leis, ou seja, abolir todo tipo de privilégio.”
(     ) 1       (    ) 2       (     ) 3      (     ) 4         (      ) 5
(     ) Período Simples                (      ) Período Composto

e) “Geneticamente não faz sentido falar em raças humanas. “
(     ) 1       (    ) 2       (     ) 3      (     ) 4         (      ) 5
(     ) Período Simples                (      ) Período Composto

f) “Então vamos parar de segregar a população com base justamente no critério absurdo de raça!”
(     ) 1       (    ) 2       (     ) 3      (     ) 4         (      ) 5
(     ) Período Simples                (      ) Período Composto

g) “Eu mesmo coloquei a pergunta no ar: se somos todos macacos, por que apenas alguns têm cotas? “
(     ) 1       (    ) 2       (     ) 3      (     ) 4         (      ) 5
(     ) Período Simples                (      ) Período Composto

h) “Estava instaurada a era dos privilégios suínos!”
(     ) 1       (    ) 2       (     ) 3      (     ) 4         (      ) 5
(     ) Período Simples                (      ) Período Composto

i) “O fato é que retirou do ar a pergunta, e eu publiquei um aviso, no dia seguinte, do ocorrido.”
(     ) 1       (    ) 2       (     ) 3      (     ) 4         (      ) 5
(     ) Período Simples                (      ) Período Composto

4) TRANSCREVA, DO 9º PARÁGRAFO, UM SUBSTANTIVO COMUM-DE-DOIS GÊNEROS.

5) TRANSCREVA, DO 12º PARÁGRAFO, UM SUBSTANTIVO COMUM-DE-DOIS GÊNEROS.

6) TRANSCREVA, DO 11º PARÁGRAFO, UM SUBSTANTIVO SOBRECOMUM. 

7) TRANSCREVA, DO TEXTO, OS ADJETIVOS UTILIZADOS PARA CARACTERIZAR OS SUBSTANTIVOS ABAIXO:
a) Ala (1º parágrafo): ______________________ 

b) Proporção (1º parágrafo):______________________
c) Sacada (1º parágrafo): ______________________
d) Variações (2º parágrafo): ______________________
e) Pergunta (3º parágrafo): ______________________ 
f) Golpe (3º parágrafo): ______________________
g) Bandeira (3º parágrafo): ______________________
h) Tratamento (4º parágrafo): _____________________ 
i) Animais (5º parágrafo): ______________________ 
j) Contradição (5º parágrafo): _____________________
k) Livro (5º parágrafo): ______________________
l) Cotas (6º parágrafo): ______________________ 
m) Estratégia (7º parágrafo): ______________________
n) Fim (7º parágrafo): ______________________ 
o) Critério (7º parágrafo): ______________________
p) Pergunta (8º parágrafo): ______________________
q) Olhos (9º parágrafo): ______________________
r) Daniel Alves (10º parágrafo): ___________________
s) Olhos (10º parágrafo): ______________________
t) Características (11º parágrafo): _________________
u) Gama (11º parágrafo): ______________________ 
v) Cultura (11º parágrafo): ______________________
w)Tratamento (11º parágrafo):__________________

8) EM RELAÇÃO À IMAGEM ABAIXO, RESPONDA ÀS QUESTÕES:
a) Qual é e como se classifica o sujeito da oração “Somos todos iguais?”

b) Qual é e como se classifica o predicado da oração “Então vamos acabar com as cotas raciais?”


c) O último período do “meme” é simples ou composto? Justifique:

d) O adjetivo “raciais” é derivado de qual substantivo?

e) Classifique o substantivo “cotas”:


f) O adjetivo “iguais” é derivado de qual substantivo?


9) EM RELAÇÃO À TIRINHA ABAIXO, RESPONDA ÀS QUESTÕES: 

a)  Qual é e como se classifica o predicado do primeiro quadrinho?

b) A tirinha traz implícita uma crítica a qual comportamento social, bastante em voga na atualidade?

c) O primeiro balão traz um período simples ou composto? Explique:

d) Qual é e como se classifica o sujeito do verbo “demonstra” em ambos os quadrinhos?


e) O substantivo abstrato “sensibilidade” dá origem a qual adjetivo?

f) Retire, do primeiro quadrinho, um substantivo composto.

g) Retire, do primeiro quadrinho, um substantivo abstrato.


h) Retire, do segundo quadrinho, um substantivo abstrato.

i) Retire da tirinha ao lado, um substantivo sobrecomum

j) Classifique o substantivo “intolerância”.
 

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