quinta-feira, 26 de junho de 2014


                                                      SER PROFESSOR
Será que ser professor é ser mais um? Tenho presenciado algumas cenas tristes na educação e isso me levou a fazer a seguinte reflexão:
Ser professor é ser um “[...] grande agente do processo educacional.” (Ramos, 2007). Ele é um agente de transformação integral, capaz de abrir novos horizontes para os que atentam para as suas palavras com ouvidos aguçados, buscando instruções. Ele instiga diferentes públicos a se transformarem referenciais em tudo o que fazem.
Diante dessa “glória” e responsabilidade, o mestre precisa ter o cuidado de não ser mais um no cenário educacional. Por que mais um? Porque muitos, em alguma encruzilhada de sua caminhada deixaram um importante elemento à margem: paixão! Trocaram o ardor pelo seu dom por comodismo intelectual e interesses egoístas.
Para o docente não ser mais um, ele precisa com veemência inculcar na sua consciência a importância do que é ser professor. Ser professor é estar disposto sempre a querer reaprender. Sem essa condição o mesmo perecerá na jornada que lhe é proposta, pois, trocará sua fala temperada, sábia, persuasiva, afável, sua pedagogia estratégica e inclusiva, pelo totalitarismo que fluirá da cauterização de uma mente não renovada.
Há professores que esquece o que é ser professor, o que é ter paixão pela educação, seus valores, princípios, esquecem que estão lidando com vidas. Seu interesse maior, é o bolso cheio dinheiro. Cada vez mais observo professores esquecendo de reaprender. Tenho me “policiar” o tempo todo para não cair nessa armadilha DE SER MAIS na vida dos meus alunos, quero ser EDUCADORA. Leomar kieckhoelfel, diz o seguinte: “vocês como professores serão lembrados não por aquilo que ensinaram e sim pelo que vocês foram para cada educando”.
Com isso, é válido salientar que essas mentes feridas foram desestimuladas através do golpear dos que são mais um, o desencadeamento de gerações que foram frustradas e ainda o são com o seu potencial por causa da indisposição de docentes. Abortam-se sonhos. O fato de não terem um olhar mais apurado para as diferentes situações existentes em salas de aulas, para a singularidade de cada ser com suas necessidades especiais e, afirmo assim não somente os portadores dela, mas, sim para o discente em suas limitações, mostra quão grade desafio é fazer-se professor.
Para tanto, os que são mais um, precisam mergulhar de cabeça no entendimento e ação do que vem a ser uma educação diferenciada, do contrário, continuaram roubando dos discentes a dignidade que a essência de um professor pode lhe oferecer.
Precisa-se lembrar que o professor não quer ser conhecido como mais um e sim como aquele que tem uma “[...] identidade, vocação e significação daquilo que se busca oferecer à sociedade por meio da profissão”. (Kieckhoefel, 2007).
Gostaria que cada um de vocês refletisse que tipo de professor (a) está sendo, não seja mais um faça a diferença. Sejam EDUCADORES (AS) comprometidos com a paixão de ensinar.

Regina Gregório

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