quinta-feira, 26 de junho de 2014

 
 
VIOLÊNCIA E ABUSO SEXUAL - CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES
O abuso sexual de menores corresponde a qualquer ato sexual abusivo praticado contra uma criança ou adolescente. É uma forma de abuso infantil. Embora geralmente o abusador seja uma pessoa adulta, pode acontecer também de um adolescente abusar sexualmente de uma criança.
Num sentido estrito, o termo "abuso sexual" corresponde ao ato sexual obtido por meio de violência, coação irresistível, chantagem, ou como resultado de alguma condição debilitante ou que prejudique razoavelmente a consciência e o discernimento, tal como o estado de sono, de excessiva sonolência.
Num sentido mais amplo, embora de menor exatidão, o termo "abuso sexual de menores" pode designar, também, qualquer forma de exploração sexual de crianças e adolescentes, incluindo o incentivo à prostituição, a escravidão sexual, a migração forçada para fins sexuais, o turismo sexual, o rufianismo e a pornografia infantil.
A violência não se restringe apenas no abuso, mas na violência física, verbal, doméstica, psicológica.
Formas de violências e abusos:
Existem duas formas de abuso sexual que os adultos podem praticar contra as crianças e os adolescentes: com contato físico ou sem contato físico. Nos dois casos, o adulto abusa da criança e do adolescente para conseguir algum tipo de prazer ou satisfação interior.
Violência sexual: forçar relações sexuais, usando violência física ou fazendo ameaças verbais.
Exploração sexual de menores: pedir ou obrigar a criança ou o jovem a participar de atos sexuais em troca de dinheiro ou outra forma de pagamento.
Assédio: falar sobre sexo de forma exageradamente vulgar.
Exibicionismo (ato obsceno): mostrar as partes sexuais com intenção erótica.
Pornografia infantil: tirar fotos ou filmar poses pornográficas ou de sexo explícito.
Consequências:
As consequências de uma violência sexual praticada contra crianças e adolescentes podem ser físicas, psicológicas ou de comportamento.

Físicas:
• Dor constante na vagina ou no ânus.
• Corrimento vaginal.
• Inflamações e hemorragias.
• Gravidez precoce, colocando em risco a vida da criança ou adolescente.
• Doenças sexualmente transmissíveis, como AIDS, hepatite B, etc.

Psicológicas:
• Sentimento de culpa
• Sentimento de isolamento de ser diferente.
• Sentimento de estar "marcado" para o resto da vida.
• Depressão.
• Falta de amor próprio (baixa autoestima).
• Medo indefinido permanente.
• Tentativa de suicídio.
• Medo de sair na rua.
• Baixo rendimento escolar.

Comportamental:
• Dificuldade de expressar o sentimento de raiva.
• Queda no rendimento escolar
• Atitudes autodestrutivas: uso excessivo de álcool, de drogas, por adolescentes etc.
• Tendência ao abuso das relações sexuais.
• Regressão da linguagem e do comportamento.
• Agressividade contra a família.

Pessoas que cometem violência sexual:
Na maioria das vezes que acontece um abuso sexual, o abusador é uma pessoa que a criança confia, conhece e muitas vezes ama. Existe uma tendência das pessoas acharem que o molestador se enquadra na descrição de alguém que sofre de distúrbios psicológicos (será pedófilo somente se possuir uma preferência sexual por crianças pré-púberes), um psicótico portanto, ou então num homossexual em geral; nada mais enganoso. Pesquisas demostram que o perfil da grande maioria dos abusadores são homens heterossexuais e as vítimas são meninas. Os agressores sexuais de crianças e adolescentes que sofrem distúrbios psiquiátricos são uma minoria. São pessoas aparentemente "normais", com laços estreitos com a vítima. Pode ser uma pessoa da família, como pai, padrasto, avô, primos, tios, alguém conhecido e supostamente de confiança, como vizinhos, amigos dos pais, ou mesmo alguém com estatuto de confiança social (educadores, padres, pastores, etc.)
O adulto que comete violência sexual sempre pede para a criança guardar segredo sobre o que aconteceu usando diversas formas de pressão. É muito comum a criança se sentir culpada e até merecedora da violência em si, haja vista ela não ter estrutura mental suficiente para explicar tal ato cometido contra si. Aliado ao sentimento de culpa, a pressão psicológica exercida pelo perpetrador, o próprio laço de afeição entre estes (não se esqueçam que normalmente o abuso ocorre entre familiares).
Ao notar algo diferente no comportamento da criança ou adolescente que você conheça denuncie imediatamente.

Regina Gregório

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