Fábulas
A GALINHA DOS OVOS DE OURO
Na manhã seguinte, a
gansa tinha posto outro ovo de ouro, que o fazendeiro vendeu a melhor preço. E
assim aconteceu durante muitos dias. Mas, quanto mais rico ficava o fazendeiro,
mais dinheiro queria. E pensou:
"Se esta gansa
põe ovos de ouro, dentro dela deve haver um tesouro!"
Uma raposa faminta
entrou num terreno onde havia uma parreira, cheia de uvas maduras, cujos cachos
se penduravam, muito alto, em cima de sua cabeça. A raposa não podia resistir à
tentação de chupar aquelas uvas mas, por mais que pulasse, não conseguia abocanhá-las.
Cansada de pular, olhou mais uma vez os apetitosos cachos e disse:
É fácil desdenhar daquilo que não se alcança.
♥♥♥
- Obrigada, querida
amiga.
♥♥♥
A LEITEIRA E O BALDE
- Comprarei umas galinhas. As galinhas botarão ovos todos os
dias. Venderei os ovos a bom preço. Com o dinheiro dos ovos, comprarei uma saia
e um chapéu novos. De que cor?
Verde, tudo verde,
que é a cor que me assenta bem. Irei ao mercado de vestido novo. Os rapazes me
admirarão, me acompanharão, me dirão galanteios, e eu sacudirei a cabeça ...
assim! . . .
E sacudiu a cabeça. O
balde caiu no chão e o leite todo espalhou-se. A leiteira voltou com o balde
vazio.
Não se deve contar hoje com o lucros de amanhã!
♥♥♥
Num belo dia de
verão, um cervo chegou até junto a um regato, para beber. Quando inclinou a
cabeça, viu na água a própria imagem e exclamou, orgulhoso:
- Oh, como eu sou bonito e que bonitos são meus chifres!
Aproximou-se mais e
viu o reflexo das próprias pernas dentro da água:
- Ai de mim! - gemeu
o cervo. - Senti orgulho de meus chifres e desprezei minhas pernas . . . no
entanto, estas me salvariam e estes causaram minha perda . . .
"Muitas vezes desdenhamos do que temos de melhor."
Um corvo morria de
sede e se aproximou de um jarro, que uma vez vira cheio d'água. Mas,
desapontado, verificou que a água estava tão baixa que ele não podia alcançá-la
com o bico. Tentou derramar o jarro mas era impossível: o jarro era pesado
demais.
♥♥♥
O PESCADOR E O PEIXE
O pescador respondeu:
O CONSELHO DOS CAMUNDONGOS
Um dia os camundongos
se reuniram para decidir a melhor maneira de lutar contra o inimigo comum, o
gato. Discutiram horas seguidas, sem encontrar um bom plano.
Afinal, um ratinho
pediu a palavra e falou:
- Sabemos que o grande perigo é quando o gato se aproxima
tão mansamente que não percebemos sua presença. Proponho que se coloque um
guizo no pescoço do gato. raças ao barulho do guizo, saberemos da aproximação
do gato, e teremos tempo para fugir.
- A idéia é muito boa. Mas que vai pendurar o guizo no
pescoço do gato?
♥♥♥
Um galo estava
ciscando no terreiro e, no meio da suja poeira, encontrou uma jóia.
- Ah - disse, triste, o galo - como ficaria feliz o meu dono
se encontrasse esta jóia! Para mim, porém, ela é completamente inútil; eu
preferiria ter achado um sabugo de milho...
- Um lobo! Um lobo!
E, vendo que a
brincadeira realmente assustava os aldeões, gritou no dia seguinte:
- Um lobo!
E novamente os
moradores da aldeia trataram de apanhar suas armas de madeira.
Tantas vezes o fez
que a gente da aldeia não prestava mais atenção aos seus gritos. Mais uns dias
e ele volta a gritar:
- Um lobo! Um lobo!
Socorram-me!
E era de fato um
lobo, que dizimou todo o rebanho do pastorzinho.
A lebre, muito
gabola, vivia contando para todos que era o animal mais veloz do mundo. Por
isso gostava da apostar corridas.
Dona Lebre já tinha
nas corridas um casaco de peles da onça malhada e um pote de mel do amigo urso.
- Olhem só! Outro dia fiz uma corrida com o Sol e ganhei
fácil. Ele até se escondeu, todo envergonhado, atrás de uma nuvem - disse a
lebre.
O corredores dariam a
volta ao redor da Floresta Encantada, voltando ao ponto de partida.
Partiram. A lebre
correu como o vento e a tartaruga saiu lentamente.
Roncou... Roncou...
Roncou...
tartaruga muito
lentamente passou e ganhou a corrida.
Dizem que até hoje
Dona Lebre corre muito porque tem medo de que a tartaruga corte suas orelhas.
AS LEBRES E AS RÃS
As lebres, animais
tímidos por natureza, se sentiam oprimidas por causa da sua excessiva timidez,
e cansadas de viverem em constante alerta, temendo a tudo e a todos, o tempo
todo.
Ao ver o desespero
rãs em fuga, uma das lebres, rogou aos seus companheiros:
- Fiquem meus amigos, não façam isso que estão pretendendo,
vimos agora que existem criaturas que vivem mais aterrorizadas que nós.
É uma grande ilusão e egoísmo, acharmos que nossos problemas
são os maiores do mundo e que, apenas nós os temos.
♥♥♥
A cigarra é uma
grande cantora e passou o verão todo cantando lindas canções no alto de uma
árvore.
Ficava o dia inteiro
cantando e olhando as formigas trabalharem sem parar.
A cigarra, com frio,
fome e tossindo muito, um dia bateu na porta da casa da formiga.
A formiga olhou por
uma fresta e perguntou:
A cigarra ia saindo
entristecida, quando a formiga chamou.
- Então está bem, fique morando aqui até o tempo ficar bom.
Deve-se prever sempre o dia de amanhã.
A OSTRA E O CARANGUEJO
Certo dia um
caranguejo percebeu que a ostra se abria durante a lua cheia e pensou em
comê-la. A noite seguinte, quando a ostra se abriu, o malvado caranguejo jogou
uma pedra dentro dela.
Nesse momento, a
ostra tentou se fechar, mas a pedra a impediu.
Então o astuto
caranguejo saiu de seu esconderijo, abriu suas pinças afiadas e quase comeu a
ostra inocente, se não fosse um tubarão que apareceu das profundezas para
assustá-lo.
Pois é exatamente isso o que acontece com quem abre muito a
boca para divulgar seus segredos. Sempre existe algum ouvido querendo se
apoderar deles.
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