quarta-feira, 30 de abril de 2014

Copa do Mundo 2014 no contexto escolar






por Pamella Indaiá, do Blog Educação


futebol Copa do Mundo 2014 no contexto escolar
Foto: Divulgaçãp/ Internet
Após 64 anos, o Brasil receberá pela segunda vez, em junho, a Copa do Mundo de Futebol – FIFA, competição que movimenta diversas nações desde a sua primeira edição, realizada no Uruguai, em 1930. Durante um mês, doze cidades brasileiras sediarão jogos do mundial, tendo sua rotina completamente alterada. Os efeitos do evento no dia a dia do brasileiro vêm provocando uma série de debates em esferas diversas. No campo da Educação, a pauta versa sobre como fomentar a reflexão sobre o campeonato na comunidade escolar e como utilizá-lo como base para ampliar o processo de aprendizagem em sala de aula.
Segundo Diana Mendes Machado da Silva, pesquisadora do Grupo Interdisciplinar de Estudos sobre Futebol – GIEF e do Núcleo Interdisciplinar de Pesquisas sobre Futebol e Modalidades Lúdicas – Ludens, ambos da Universidade de São Paulo – USP, “o futebol é tema de interesse nacional há muitos anos e não pode estar fora da escola, pois se trata de uma prática cultural e histórica”. A especialista, que também já atuou como professora da rede pública de ensino, acredita que esta é uma oportunidade para que as escolas pensem em uma pequena reformulação do currículo, sem alterar as diretrizes básicas da educação. “Os temas futebol e Copa do Mundo abrem um leque variado para os mais diversos trabalhos, para além das atividades realizadas em sala de aula, por meio de datas específicas, temas transversais e projetos especiais. É possível incluir a temática do futebol no currículo convencional”, explica.
Segundo Silva, a temática poderia ser abordada não só nas aulas de Educação Física, mas também por professores de História, Geografia e Português. “A trajetória do futebol está arraigada na história do século 20. Ao mesmo tempo, este momento histórico permite trabalhar o processo de reurbanização de cidades como São Paulo e Rio de Janeiro a partir da perspectiva do futebol. Nas aulas de Português, o professor pode abordar o momento em que a imprensa passa a ter um papel preponderante para a opinião pública, também no início do século 20, utilizando crônicas jornalísticas de escritores como Coelho Neto, Lima Barreto, Nelson Rodrigues, Mario Filho e José Lins do Rego”, exemplifica a pesquisadora.
Entre outros importantes temas transversais passíveis de abordagem pelo educador, Silva cita a diversidade cultural e o racismo. “No momento em que todos os olhos estão voltados para o futebol, o jogo em si passa ser um modelo de prática social e política. Em um encontro de nações, a diversidade cultural é um ponto central e o racismo não é tomado como uma prática possível. Isto é exemplar porque ensina valores para crianças e adultos. O futebol tem essa noção de isonomia e igualdade, os jogadores entram em campo e o desempenho mostra quem é o melhor naquele momento. Isso independe da cor, da idade, se o país é rico ou pobre”, elucida.
Ainda de acordo com Silva, o trabalho de pesquisa inicial pode ser árduo, mas, após se aprofundar no tema, o professor poderá analisar como as dimensões do futebol se relacionam com as disciplinas e o seu cotidiano. “Não é preciso que o educador saia, necessariamente, do seu dia a dia de trabalho para abordar o tema da Copa, embora também seja possível mobilizar a escola em projetos transversais e paralelos, como o de uma minicopa do mundo, em que as turmas possam representar seleções e, nessa medida, países, desenvolvendo pesquisas sobre as nações envolvidas. Afinal, esse é um encontro de troca cultural muito rico”,

A amizade é


Érico Veríssimo

A amizade é um amor que nunca morre. A amizade é uma virtude que muitos sabem que existe, alguns descobrem, mas poucos reconhecem. A amizade quando é sincera o esquecimento é impossível A confiança, tal como a arte, não deriva de termos resposta para tudo, mas, de estarmos abertos a todas as perguntas. A dor alimenta a coragem. Você não pode ser corajoso se só aconteceram coisas maravilhosas com você. A esperança é um empréstimo pedido à felicidade. A felicidade não é um prêmio, e sim uma conseqüência, a solidão não é um castigo, e sim um resultado. A felicidade não está no fim da jornada, e sim em cada curva do caminho que percorremos para encontrá-la. A gente tropeça sempre nas pedras pequenas, porque as grandes a gente logo enxerga. A glória da amizade não é a mão estendida, nem o sorriso carinhoso, nem mesmo a delicia da companhia. É a inspiração espiritual que vem quando você descobre que alguém acredita e confia em você. A infelicidade tem isto de bom: faz-nos conhecer os verdadeiros amigos. A inteligência é o farol que nos guia, mas é a vontade que nos faz caminhar. A maior fraqueza de uma pessoa é trocar aquilo que ela mais deseja na vida, por aquilo que ele deseja no momento. A persistência é o caminho do êxito. A pior solidão é aquela que se sente na companhia de outros. A SOLIDÃO É UMA GOTA NO OCEANO QUE SÓ OLHA PARA SI MESMA... UMA GOTA QUE NÃO SABE QUE É OCEANO... Amigos são a outra parte do oceano que a gota procura... A tua única obrigação durante toda a tua existência é seres verdadeiro para contigo próprio. A verdadeira amizade deixa marcas positivas que o tempo jamais poderá apagar. A verdadeira amizade é aquela que não pede nada em troca, a não ser a própria amiga. A verdadeira generosidade é fazer alguma coisa de bom por alguém que nunca vai descobrir. A verdadeira liberdade é poder tudo sobre si. Algumas pessoas acham-se cultas porque comparam sua ignorância com as dos outros. Amigo de verdade é aquele que transforma um pequeno momento em um grande instante. Amigo é a luz que não deixa a vida escurecer. Amigo é aquele que conhece todos os seus segredos e mesmo assim gosta de você! Amigo é aquele que nos faz sentir melhor e sobre tudo nos faz sentir amados... Amigo é aquele que, a cada vez, nos faz entrever a meta e que percorre conosco um trecho do caminho Amigos são como flores cada um tem o seu encanto por isso cultive-os. Amizade é como música: duas cordas afinadas no mesmo tom, vibram juntas... Amizade, palavra que designa vários sentimentos, que não pode ser trocada por meras coisas materiais... Deve ser guardada e conservada no coração!!! As pessoas entram em nossas vidas por acaso, mas não é por acaso que elas permanecem. Celebrar a vida é somar amigos, experiências e conquistas, dando-lhes sempre algum significado. Diante de um obstáculo não cruzes os braços, pois o maior homem do mundo morreu de braços abertos. Elogie os amigos em público, critique em particular. Errar é humano, perdoar é divino. Evitar a felicidade com medo que ela acabe; é o melhor meio de ser infeliz. Faça amizade com a bondade das pessoas, nunca com seus bens! Felicidade é a certeza de que a nossa vida não está se passando inutilmente.

terça-feira, 29 de abril de 2014

                                                     O peso de ser
   


Construir o momento, recriando a vida retocando o sonho, são alternativas para o controle mecânico das emoções, num mundo impregnado de peso e pesares.
O poeta não é um sujeito com idéias dispersas, desligado da realidade. É um profeta, sintonizado com o futuro, que flutua nos véus da coerência. Tudo vê, tudo sente! Nos braços da poesia se abriga. Não se esconde, todavia, sofre na lágrima das palavras e contém seu choro nos versos.
A responsabilidade de ser, como essência que transcende, coroa de conseqüências todas as metas mal traçadas, e transborda o cálice de amargura nas decisões equivocadas. A crucificação da vida, nos calvários de cada dia, vai fortalecendo o amor, acordando a fé e restabelecendo o caminho, ressuscitando o amor.
Convém que se conduza e esperança no andor de todos os propósitos e nos fervores da prece. O Autor da vida investe condições para a sabedoria da existência. Viver é um dom!
A ressurreição das manhãs e das pessoas embala o fortalecimento de ser. É preciso entender o significado da origem e a finalidade das transformações.Sem a metamorfose da morte e a perplexidade do juízo final, todas as coisas perderiam a importância. Uma vida se confessa no arrebatamento!
A essência do ser não tem medida nem conta. Nos olhos da vida, a tecnologia dos pontos de vista dispara, sem retorno; permanece o “taipe” da prestação de contas do não ser.

Ivone Boechat
PAULO COELHO

Biografia do autor
O escritor brasileiro Paulo Coelho nasceu em 1947, na cidade do Rio de Janeiro. Antes de dedicar-se inteiramente à literatura, trabalhou com diretor e autor de teatro, compositor, e jornalista.
PAULO COELHO escreveu letras de música para alguns dos nomes mais famosos da musica brasileira, como Elis Regina e Rita Lee. Seu trabalho mais conhecido, porém, foram as parcerias musicais com Raul Seixas, que resultou em sucessos como ''Eu nasci há dez mil anos atrás'', ''Gita'', ''Al Capone'', entre outras 60 composições com o grande mito do rock no Brasil.
Seu fascínio pela busca espiritual, que data da época em que, como hippie, viajava pelo mundo, resultou numa série de experiências em sociedades secretas, religiões orientais, etc.
Em 1982, editou ele mesmo seu primeiro livro, Arquivos do Inferno, que não teve qualquer repercussão. Em 1985, participou do livro O Manual Prático do Vampirismo, que mais tarde mandou recolher, por considerar, segundo suas próprias palavras, ''de má qualidade''.
Em 1986, PAULO COELHO fez a peregrinação pelo Caminho de Santiago, cuja experiência seria descrita em O diário de um mago. No ano seguinte (1988), publicou O Alquimista, que - apesar de sua lenta vendagem inicial, o que provocou a desistência do seu primeiro editor - se transformaria no livro brasileiro mais vendido em todos os tempos. Outros títulos incluem Brida (1990), As Valkírias (1992), Na margem do rio Piedra eu sentei e chorei (1994), a coletânea das melhores colunas publicadas na Folha de São Paulo, Maktub (1994), uma compilação de textos seus em Frases (1995), O Monte Cinco (1996), O manual do guerreiro da luz (1997), Veronika decide morrer (1998), O demônio e a Srta. Prym (2000), a coletânea de contos tradicionais em "Histórias para pais, filhos e netos" (2001) e o Livro Onze Minutos (2003).
Fez também a adaptação de O dom supremo (Henry Drummond) e Cartas de Amor de um profeta (Khalil Gibran).
PAULO COELHO vendeu, até dezembro 2002, um total de 54 milhões de exemplares e, de acordo com a revista francesa especializada em literatura, "Lire", foi o segundo escritor mais vendido do mundo em 1998. Autor de um trabalho polêmico, tem críticos apaixonados - a favor e contra. Em março de 2002, a revista britânica "Publishing Trends" colocou "O demônio e a Srta. Prym"como um dos dez livros mais vendidos do ano 2001, apesar do título ainda não ter sido lançado nos EUA e Ásia.
O alquimista é um dos mais importantes fenômenos literários do século XX. Chegou ao primeiro lugar da lista dos mais vendidos em 18 países, e vendeu, até o momento, 11 milhões de exemplares.
Tem sido elogiado por pessoas tão diferentes como o premio Nobel Kenzaburo Oe e a cantora Madonna, que o considera seu livro favorito. Já foi fonte de inspiração de vários projetos - como um musical no Japão, peças de teatro na França, Bélgica, USA, Turquia, Itália, Suíça. Agora é tema de duas sinfonias (Itália e USA), e teve seu texto ilustrado pelo famoso desenhista Moebius (autor, entre outros, dos cenários de O Quinto Elemento e Alien).
Seu trabalho está traduzido para 56 línguas, e editado em mais de 150 países.
PAULO COELHO é:
* membro do Board do Instituto Shimon Peres Para a Paz
* Conselheiro Especial da UNESCO para "Diálogos Interculturais e convergências espirituais"
* membro da diretoria da Schwab Foundation for Social Entrepreneurship
* membro da Academia Brasileira de Letras
Nota: Extraído da página oficial do autor.

Copa do Mundo 2014 no contexto escolar           

                                                                                      
 
Após 64 anos, o Brasil receberá pela segunda vez, em junho, a Copa do Mundo de Futebol – FIFA, competição que movimenta diversas nações desde a sua primeira edição, realizada no Uruguai, em 1930. Durante um mês, doze cidades brasileiras sediarão jogos do mundial, tendo sua rotina completamente alterada. Os efeitos do evento no dia a dia do brasileiro vêm provocando uma série de debates em esferas diversas. No campo da Educação, a pauta versa sobre como fomentar a reflexão sobre o campeonato na comunidade escolar e como utilizá-lo como base para ampliar o processo de aprendizagem em sala de aula.
Segundo Diana Mendes Machado da Silva, pesquisadora do Grupo Interdisciplinar de Estudos sobre Futebol – GIEF e do Núcleo Interdisciplinar de Pesquisas sobre Futebol e Modalidades Lúdicas – Ludens, ambos da Universidade de São Paulo – USP, “o futebol é tema de interesse nacional há muitos anos e não pode estar fora da escola, pois se trata de uma prática cultural e histórica”. A especialista, que também já atuou como professora da rede pública de ensino, acredita que esta é uma oportunidade para que as escolas pensem em uma pequena reformulação do currículo, sem alterar as diretrizes básicas da educação. “Os temas futebol e Copa do Mundo abrem um leque variado para os mais diversos trabalhos, para além das atividades realizadas em sala de aula, por meio de datas específicas, temas transversais e projetos especiais. É possível incluir a temática do futebol no currículo convencional”, explica.
Segundo Silva, a temática poderia ser abordada não só nas aulas de Educação Física, mas também por professores de História, Geografia e Português. “A trajetória do futebol está arraigada na história do século 20. Ao mesmo tempo, este momento histórico permite trabalhar o processo de reurbanização de cidades como São Paulo e Rio de Janeiro a partir da perspectiva do futebol. Nas aulas de Português, o professor pode abordar o momento em que a imprensa passa a ter um papel preponderante para a opinião pública, também no início do século 20, utilizando crônicas jornalísticas de escritores como Coelho Neto, Lima Barreto, Nelson Rodrigues, Mario Filho e José Lins do Rego”, exemplifica a pesquisadora.
Entre outros importantes temas transversais passíveis de abordagem pelo educador, Silva cita a diversidade cultural e o racismo. “No momento em que todos os olhos estão voltados para o futebol, o jogo em si passa ser um modelo de prática social e política. Em um encontro de nações, a diversidade cultural é um ponto central e o racismo não é tomado como uma prática possível. Isto é exemplar porque ensina valores para crianças e adultos. O futebol tem essa noção de isonomia e igualdade, os jogadores entram em campo e o desempenho mostra quem é o melhor naquele momento. Isso independe da cor, da idade, se o país é rico ou pobre”, elucida.
Ainda de acordo com Silva, o trabalho de pesquisa inicial pode ser árduo, mas, após se aprofundar no tema, o professor poderá analisar como as dimensões do futebol se relacionam com as disciplinas e o seu cotidiano. “Não é preciso que o educador saia, necessariamente, do seu dia a dia de trabalho para abordar o tema da Copa, embora também seja possível mobilizar a escola em projetos transversais e paralelos, como o de uma minicopa do mundo, em que as turmas possam representar seleções e, nessa medida, países, desenvolvendo pesquisas sobre as nações envolvidas. Afinal, esse é um encontro de troca cultural muito rico”,
                                                                                Pamella Indaiá, do Blog Educação              
 

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Bom mesmo

Tem uma crônica do Paulo Mendes Campos em que ele conta de um amigo que sofria de pressão alta e era obrigado a fazer uma dieta rigorosa. Certa vez, no meio de uma conversa animada de um grupo, durante a qual mantivera um silêncio triste, ele suspirou fundo e declarou:
- Vocês ficam ai dizendo que bom mesmo é mulher. Bom mesmo é sal!
O que realmente diferencia os estágios da experiência humana nesta Terra é o que o homem, a cada idade, considera bom mesmo. Não apenas bom. Melhor do que tudo. Bom MESMO.
Um recém-nascido, se pudesse participar articuladamente de uma conversa com homens de outras idades, ouviria pacientemente a opinião de cada um sobre as melhores coisas do mundo e no fim decretaria:
- Conversa. Bom mesmo é mãe.
Depois de uma certa idade, a escolha do melhor de tudo passa a ser mais difícil. A infância é um viveiro de prazeres. Como comparar, por exemplo, o orgulho de um pião bem lançado, o volume voluptuoso de uma bola de gude daquelas boas entre os dedos, o cheiro da terra úmida e o cheiro de caderno novo?
- Bom mesmo é o cheiro de Vick VapoRub.
Mas acho que, tirando-se uma média das opiniões de pré-adolescentes normais brasileiros, se chegaria fatalmente à conclusão de que nesta fase bom mesmo, melhor do que tudo, melhor até do que fazer xixi na piscina, é passe de calcanhar que dá certo.
Mais tarde a gente se sente na obrigação de pensar que bom mesmo é mulher (ou prima, que é parecido com mulher), mas no fundo ainda acha que bom mesmo é acordar na segunda-feira com febre e não precisar ir à aula.
Depois, sim, vem a fase em que não tem conversa. Bom mesmo é sexo!
Esta fase dura geralmente até o fim da vida, mesmo quando o sexo precisa disputar a preferência com outras coisas boas (“Pra mim é sexo em primeiro e romance policial em segundo, mas longe”). Quando alguém diz que bom mesmo é outra coisa, está sendo exemplarmente honesto ou desconcertantemente original.
- Bom mesmo é figada com queijo.
- Melhor do que sexo?
- Bom...Cada coisa na sua hora.
Com a chamada idade madura, embora persista o consenso de que nada se iguala ao prazer, mesmo teórico, do sexo, as necessidades do conforto e os pequenos prazeres da vida prática vão se impondo.
- Meu filho, eu sei que você aí, tão cheio de vida e de entusiasmo, não vai compreender isto. Mas tome nota do que eu digo porque um dia você concordará comigo: bom mesmo é escada rolante.
E esta é a trajetória do homem e seu gosto inconstante sobre a Terra, do colo da mãe, que parece que nada, jamais, substituirá, à descoberta final de que uma boa poltrona reclinável, se não é igual, é parecido. E que bom, mas bom MESMO, é nunca mais ser obrigado a ir a lugar nenhum, mesmo sem febre.
Luiz Fernando Veríssimo

sexta-feira, 25 de abril de 2014

ontem e hoje. Mas, se prestarmos atenção, vamos nos dar conta de que nenhum dia é igual a outro. Cada manhã traz uma benção escondida; uma benção que só serve para esse dia e que não se pode guardar nem desaproveitar.
Se não usamos este milagre hoje, ele vai se perder.
Este milagre está nos detalhes do cotidiano; é preciso viver cada minuto porque ali encontramos a saída de nossas confusões, a alegria de nossos bons momentos, a pista correta para a decisão que tomaremos.
Nunca podemos deixar que cada dia pareça igual ao anterior porque todos os dias são diferentes, porque estamos em constante processo de mudança.
Paulo Coelho

quinta-feira, 24 de abril de 2014


GRAMATICAIS E EXERCICIO DE APRENDIZAGEM
 

Preposição 

PREPOSIÇÃO "classe gramatical" Definição: Preposição é a palavra invariável que liga dois termos da oração, subordinando um ao outro.

Exemplo:

  • Gostava de flores.
  • Moravam em Paris.
  • É um problema fácil de resolver.
  • É um filme impróprio para menores.

Classificação das preposições: As preposições se classificam em essenciais e acidentais.

Acidentais

São palavras que, embora não sejam efetivamente preposições, podem funcionar como tal. 

Podemos destacar dentre elas:

  • afora,
  • consoante,
  • salvo,
  • conforme,
  • exceto,
  • durante...

Essenciais

São aquelas que sempre funcionam como preposição:

  • a,
  • após,
  • ante,
  • até,
  • com,
  • contra,
  • de,
  • desde,
  • em,
  • entre,
  • para,
  • per,
  • perante,
  • por,
  • sem,
  • sob,
  • sobre,
  • trás.

Locução prepositiva

Definição: damos o nome de locução prepositiva ao conjunto de duas ou mais palavras 

com o conjunto de preposição:

  • abaixo de,
  • acerca de,
  • a fim de,
  • ao lado de,
  • apesar de,
  • através de,
  • de acordo com,
  • embaixo de,
  • em frente a,
  • em vez de,
  • junto de,
  • para com,
  • perto de,
  • por entre.

Exemplos:

  • Eram afáveis para com os amigos.
  • a proposta estava de acordo com o pedido.

Emprego das preposições

As preposições podem estabelecer variadas relações entre os termos que ligam.

Exemplos:

  • Chegou de ônibus. (meio)
  • Voltou de Pernambuco. (origem)
  • Saiu com os amigos. (companhia)
  • Vivia sem dinheiro. (falta ou ausência)
  • Discursava para convencer. (finalidade)
  • Morava em uma praia distante. (lugar)
  • Morreu de fome. (modo)
  • Usava um chapéu de palha. (matéria)
  • O carro de Paulo é antigo. (posse)
  • Conversavam sobre futebol. (assunto)

Interjeição

 

As interjeições são palavras invariáveis que exprimem estados emocionais, ou mais abrangente: sensações e estados de espírito; ou até mesmo servem como auxiliadoras expressivas para o interlocutor, já que, lhe permitem a adoção de um comportamento que pode dispensar estruturas linguísticas mais elaboradas.

As interjeições podem ser classificadas de acordo com o sentimento que traduzem. Segue alguns exemplos para cada emoção:

  • Alegria: oba!, eba!, viva!, oh!, ah!, uhu!, eh! , gol!, que bom!, iupi!
  • Saudação: oi!, olá!, salve!, adeus!, viva!, alô!
  • Alívio: ufa!, uf!, ah!, ainda bem!, arre!
  • Animação, estímulo: coragem!, avante!, firme!, vamos!, eia!
  • Aprovação: bravo!, bis!, viva!, muito bem!
  • Desejo: tomara!, oxalá!, queira deus!, oh!, pudera!
  • Dor: ai! ui!
  • admiração: ah!, chi!, ih!, oh!, uh!, ué!, puxa!, uau!, caramba!, caraca!, putz!, gente!, céus!, uai!, horra!, nossa! (francês: oh lala)
  • Impaciência: hum!, hem!, raios!, diabo!, puxa!, pô!
  • Invocação: alô!, olá!, psiu!, socorro!, ei!, eh!, ô!
  • Medo: credo!, cruzes! uh!, ui!, socorro!

Outros exemplos que não representam emoções:

  • Ordem: silêncio! alto! basta! chega! quietos!
  • Derivados do inglês: yes! ok!

Os principais tipos de interjeição são aqueles que exprimem:

  • a) afugentamento: arreda!, fora!, passa!, sai!, roda!, rua!, toca!, xô!, xô pra lá!
  • b) alegria ou admiração: oh!, ah!, olá!, olé!, eta!, eia!
  • c) advertência: alerta!, cuidado!, alto lá!, calma!, olha!, Fogo!
  • d) admiração: puxa!
  • e) alívio: ufa!, arre!, também!
  • f) animação: coragem!, eia!, avante!, upa!, vamos!
  • g) apelo: alô!, olá!, ó!
  • h) aplauso: bis!, bem!, bravo!, viva!, apoiado!, fiufiu!, hup!, hurra!, isso!, muito bem!, parabéns!
  • i) agradecimento: graças a Deus!, obrigado!, obrigada!, agradecido!
  • j) chamamento: Alô!, hei!, olá!, psiu!, pst!, socorro!
  • k) estímulo: ânimo!, adiante!, avante!, eia!, coragem!, firme!, força!, toca!, upa!, vamos!
  • l) desculpa: perdão!
  • m) desejo: oh!, xalá head xala não importa o que aconteça tenha a força com você!, tomara!, pudera!, queira Deus!, quem me dera!,
  • n) despedida: adeus!, até logo!, bai-bai!, tchau!
  • o) dor: ai!, ui!, ai de mim!
  • p) dúvida: hum! Hem!
  • q) cessação: basta!, para!
  • r) invocação: alô!, ô, olá!
  • s) espanto: uai!, hi!, ali!, ué!, ih!, oh!, poxa!, quê!, caramba!, nossa!, opa!, Virgem!, xi!, terremoto!, barrabás!, barbaridade!, meu Deus!, menino Jesus!
  • t) impaciência: arre!, hum!, puxa!, raios!
  • u) saudação: ave!, olá!, ora viva!, salve!, viva!, adeus!,
  • v) saudade: ah!, oh!
  • w) silêncio: psiu!, silêncio!, calada!, psiu! (bem demorado), psit!
  • x) suspensão: alto!, alto lá!
  • y) terror: credo!, cruzes!, Jesus!, que medo!, uh!, ui!, fogo!, barbaridade!
  • z) interrogação: hei!…
    desapontamento: puxa
A GUERRA DE TROIA
Helena, de Tróia

 O ESTOPIM da GUERRA
        Não se pode afirmar categoricamente se a Guerra de Troia foi um fato histórico ou se foi um mito; porém, segundo consta, ocorreu por volta de 1200 a.C. no período micênico. A Guerra de Troia eclodiu quando os aqueus (povo que hoje conhecemos como gregos) atacaram a cidade de Troia, buscando vingar o rapto de Helena, esposa de Menelau, rei de Esparta. Menelau é irmão de Agamémnom (rei de Micenas, ou Argos).
     Os aqueus compartilhavam uma cultura e língua comuns, mas na época se definiam como vários reinos, e não como um povo e Estado unificado tal qual hoje o conhecemos. É um mito (ou será história?) que data mais ou menos no ano de 1.200 a.C.  Troia,  cercada durante dez anos pelo rei de Micenas, é finalmente tomada mediante uma ideia espetacular de Ulisses: a introdução, na cidade de Troia, de um cavalo de madeira, oco, recheado por dentro de guerreiros, à guisa de presente, como se quisessem fazer as pazes.
    A Ilíada e a Odisseia estão intrinsecamente amarradas e correlacionadas com a Guerra de Troia, sendo um dos episódios que compõem o chamado Ciclo Troiano, de Homero.  Em Troia, notadamente no Helesponto, mitologia e história se mesclam, amarradas se confudem, narradas em uma Odisseia dão uma veracidade ao mito.
    Narradas e dramatizadas nos dias de hoje, essas obras seriam uma verdadeira novela com um enredo muito complexo, riqueza de detalhes, mesclado de vários mitos e personagens entrelaçados entre si.  Essa grande quantidade de personagens da mitologia grega, poderia causar confusão mental ao leitor moderno, mas não aos ouvintes gregos de então,  que estavam acostumados à mitologia grega e aos relatos orais.  
     Consta que a nereida e deusa do mar Tétis era desejada e cortejada como esposa por Zeus e por seu irmão Poseidon, além de vários outros deuses. Porém, Prometeu, primo de Zeus,  um dos pretendentes, rechaçado, aquele que havia dado o fogo aos homens, profetizou que o filho da deusa Tétis, que iria nascer, seria maior que seu pai, vaticínio esse que arrefeceu a pretensão de muitos; então os deuses resolveram dá-la como esposa a Peleu, um mortal já idoso, intencionando enfraquecer-lhe o filho, que seria apenas um reles humano. O filho de ambos que viria a nascer seria Aquiles, um semideus, herói e o mais poderoso dos guerreiros; porém, era era mortal.
    Nascido Aquiles, sua mãe Tétis, visando fortalecer a natureza mortal do filho, mergulhou-o, ainda bebê, nas águas do mitológico rio Estige, rio subterrâneo que corria no Hades (inferno), segurando-o, porém, pelos calcanhares. As águas tornaram o herói invulnerável, de corpo fechado, exceto no calcanhar, por onde a mãe o segurara para o mergulhar no rio (daí a famosa expressão “calcanhar de Aquiles”, significando ponto vulnerável).
     Mais tarde, sua mãe profetiza que ele poderá escolher entre dois destinos: lutar em Troia e alcançar a glória eterna e morrer jovem, ou permanecer em sua terra natal e ter uma longa vida, mas sendo logo esquecido.  Ele escolheu lutar em Troia.
      Abandonado por Tétis, encolerizada com a interferência do pai na educação do filho, Peleu levou então o filho ao centauro Quíron para que o educasse. Com o sábio centauro o jovem Aquiles aprendeu, além das artes guerreiras, a medicina.
 
    Para o casamento de Peleu e Tétis, celebrado no alto do monte Pélion, todos os deuses e deusas do Olimpo foram convidados por Zeus, exceto Éris (deusa da discórdia). Os noivos receberam vários presentes. Poseidon presenteou os noivos com dois cavalos imortais, Bálio e Xanto, capazes também de falar.  Na cerimônia de casamento entre Tétis e Peleu, compareceu ofendida, de forma invisível, a deusa Éris a qual deixou à mesa um pomo de ouro (uma fruta de ouro) com a inscrição “à mais bela”. As deusas Hera, Atena e Afrodite disputaram o pomo e o título de “a mais bela mulher do universo”. Para resolver a disputa e o título de "a mais bela", Zeus (o deus chefe do Monte Olimpo) elegeu o príncipe troiano Páris, à época sendo criado ali perto como um pastor e protetor de ovelhas; o deus mensageiro HERMES foi incumbido de levá-las ao monte Ido,
.
Hermes, o deus mensageiro
 (o deus correspondente ao Mercúrio romano, e também era mensageiro, ou intérprete da vontade dos deuses, daí o termo hermenêutica),  ali perto de Tróia, onde estava Páris, também conhecido como Alexandre, para que este fizesse o julgamento. Para ganhar o título de “a mais bela”, Atena ofereceu a Páris a sabedoria; para ganhar o título de “a mais bela” Hera ofereceu a Páris o poder na batalha e o domínio de toda a Ásia, e Afrodite, para ganhar o título, ofereceu o amor da mulher mais bela do mundo. Páris, também conhecido como Alexandre, deu o pomo e o título a Afrodite, objetivando assim ganhar o amor da mulher mais bela do mundo; assim agindo, ganhou sua proteção, porém atraiu o ódio das outras duas deusas contra si e contra sua cidade, Troia.
 
HELENA
 
      E a mulher mais bela do mundo era Helena, filha de Zeus e Leda. Helena possuía diversos pretendentes, que incluiam muitos dos maiores heróis da Hélade. Seu pai adotivo, Tíndaro, hesitava tomar uma decisão em favor de um deles temendo enfurecer os preteridos. Finalmente um dos pretendentes, Odisseu (cujo nome latino era Ulisses), rei de Ítaca, resolveu o impasse propondo que todos os pretendentes jurassem proteger Helena e sua escolha, qualquer que fosse o escolhido. Aquiles apelou aos antigos pretendentes de Helena, lembrando o juramento que haviam feito em face da decisão desta.     
        Helena então casou-se com Menelau, que se tornou o rei de Esparta.  Consta que Helena, quando mocinha, e devido à extraordinária beleza, fora raptada pelo herói Teseu e levada para Atenas; foi resgatada, porém, por Castor e Pólux, seus irmãos. Castor e Pólux eram gêmeos, filhos de Zeus e Leda.  Ainda: Helena e Menelau já tinham uma filha de nove anos, de nome Hermione, na época da questão entre as três deusas Hera, Atena e Afrodite.  
     Quando Páris, príncipe de Troia, foi a Esparta em missão diplomática o rei Menelau o acolheu em sua casa; aconteceu que o rei Menelau teve de viajar até Creta, para participar dos funerais de Catreu, filho de Minos e Pasífae, seu avô por parte de mãe, deixando o hóspede Páris aos cuidados da esposa Helena. Páris enamorou-se de Helena, e vice-versa, tiveram um affair uma paixão avassaladora, e ambos fugiram para Troia, tendo Helena deixado a filha Hermíone para trás. Esse colóquio enfureceu o rei Menelau. Esse rapto e fuga foram a causa da guerra de Troia. 
     Cumpriu-se a profecia de Afrodite de que Páris teria o amor da mulher mais bela do mundo.  Para ir em resgate de sua cunhada Helena, Agamémnom  assumiu o comando de um exército de mil barcos e atravessou o Mar Egeu para atacar Troia. As naus gregas desembarcaram na praia próxima a Troia e iniciaram um cerco que duraria 10 anos, custando a vida de muitos heróis, de ambos os lados.
    Finalmente, seguindo um estratagema proposto por Odisseu, episódio conhecido como O Cavalo de Troia, os gregos conseguiram invadir a cidade governada por Príamo e terminar a guerra. No final, a flecha de Páris matará Aquiles, acertando-o no calcanhar.
 
PERSONAGENS
 
            Os deuses e heróis gregos e troianos
    
  A miríade de deuses gregos toma parte ativa na trama, envolvendo-se na batalha e ajudando ambos os lados. Notadamente temos Tétis (mãe de Aquiles) Apolo, Zeus, Hera, Atena, Poséidon, Afrodite, Éris.
 
do lado dos gregos
 
·         Zeus (deus chefe do Olimpo)
·         Helena (filha de Zeus e Leda)
·         Tíndaro (pai adotivo de Helena)
·         Menelau (rei de Esparta) toma Helena como esposa.
·        Agamenon (irmão mais velho de Menelau - Rei de Micenas e comandante supremo dos aqueus na guerra de Troia; sua atitude de tomar a escrava Briseide de Aquiles será o estopim do desentendimento entre eles, narrado n'A Ilíada).
·         Poseidon (ou Posídon, deus dos mares)
·         Tétis (deusa do mar, e cortejada como esposa por Poseidon e Zeus)
·         Prometeu (profetizou que o filho que Tétis viria a ter seria maior que seu pai)
·         Aquiles - príncipe de Ftia e líder dos mirmidões; herói e melhor de todos os guerreiros, filho da deusa marinha Tétis e do mortal rei Peleu. Sua ira é o tema central da Ilíada. Vinga a morte do amigo Pátroclo matando Heitor em um duelo um a um.
·         Pátroclo – Amigo de Aquiles na Guerra de Troia. Alguns argumentam que há envolvimento íntimo entre Aquiles e Pátroclo, (homossexualismo) o que foi, no entanto, refutado por Sócrates no Diálogo Fedro, citando passagens da Ilíada que dizem que Aquiles e Pátroclo dormiam em leitos separados, cada um com sua respectiva concubina. Pátroclo foi morto por Heitor enquanto fingia ser Aquiles.
·         Odisseu – (Ulisses, em latim) Rei de Ítaca, considerado “astuto”, ou “ardiloso”. Freqüentemente faz o papel de embaixador entre Aquiles e Agamémnom. Foi ele que teve a idéia de fazer uma armadilha aos troianos. É o personagem principal de "Odisséia", também atribuído a Homero em que é narrada a volta de Ulisses à Ítaca.  
·         Calcas Testorídes – Poderoso vidente que guia os aqueus. Foi ele que predisse que a guerra duraria 10 anos, que era preciso devolver Criseida ao pai e muitas outras coisas.
·         Ájax, Nestor, Idomeneu – Reis e heróis gregos que comandavam exercitos de seus reinos sob a supervisão de Agamenon.
·         Diomedes – Príncipe de Argos, comandava a frota de navios de seu reino. Herói valente que participou ativamente do cerco, pilhagem e do saque a Troia.
 
do lado dos troianos
 
·         Príamo - rei de Troia, já é idoso, portanto quem comanda a guerra é seu filho Heitor.
·         Heitor – Príncipe de Troia, filho de Príamo e irmão de Páris. É o melhor guerreiro troiano, herói valoroso que combate para defender sua cidade e sua família. Líder dos exércitos troianos. Mata Pátroclo em uma batalha achando que ele era Aquiles porque usava a armadura, escudo e espada deste, sem mencionar a semelhança física entre os dois. Aquiles, em um duelo, matará Heitor.
·         Páris - Príncipe de Troia, sua fuga com Helena é a causa da guerra. É sua a flecha que finalmente matará Aquiles, acertando-o no calcanhar.
·         Enéias – Primo de Heitor e seu principal tenente.
·         Helena – Esposa de Páris, antes casada com Menelau e pivô da Guerra de Troia. Com a queda de Troia e a vitória dos gregos, volta a Esparta e para Menelau.
·         Andrômaca – Esposa de Heitor, de quem tinha um filho bebê, Astíanax.
·         Briseida – Prima de Heitor e Páris, capturada pelos aqueus (gregos), torna-se escrava de Ulisses e acaba se apaixonando por ele, e vice-versa.
  
 
AS BATALHAS
 
     No décimo ano do cerco a Troia, portanto, antes do final da guerra, houve um pequeno desentendimento entre as forças dos aqueus (gregos), comandadas por Agamémnom. Ao dividirem os espólios de uma conquista, o comandante aqueu fica, entre outros prêmios, com uma moça chamada Criseida, enquanto que a Aquiles cabe outra bela jovem, Briseida, prima de Heitor e Páris. Criseida era filha de Crises, sacerdote do deus Apolo, e este pede a Agamémnom lhe restitua a filha em troca de um resgate. O chefe aqueu recusa a troca, e o pai ofendido pede ajuda a seu deus. Apolo passa então a castigar os aqueus com a peste. Quando forçado a devolver Criseida ao pai para aplacar o castigo divino, Agamémnom rouba a Aquiles sua Briseida, como forma de compensação. Isso é uma afronta a Aquiles. Este, ofendido, se retira da guerra junto com seus comandados, os valentes Mirmidões. Aquiles pede então a sua divina mãe Tétis que interceda junto a Zeus, rogando-lhe para que favoreça aos troianos, como castigo pela ofensa de Agamémnom. Tétis consegue a promessa de Zeus de que ajudará os troianos, a despeito da preferência de sua esposa, Hera, pelo lado aqueu (lado dos gregos).
    Então Zeus manda a Agamémnom, através de Oneiros, (deus dos sonhos) um sonho incitando-o a atacar Tróia sem as forças e ajuda de Aquiles. Agamémnom resolve testar a disposição de seu exército. A tentativa por pouco não termina em revolta generalizada, incitada pelo insolente Tersites. A rebelião só é evitada graças à decisiva intervenção de Odisseu (Ulisses, em latim), que fustiga e castiga Tersites e lembra a profecia de Calcas Testorides de que Tróia cairia apenas  no décimo ano do cerco.
    Os dois exércitos perfilam-se no campo de batalha, diante de Tróia. Páris, príncipe de Tróia, se adianta, mas logo recua ao ver Menelau, de quem roubara a esposa, episódio esse que veio a causar a guerra. Menelau o insulta e xinga, e Páris responde propondo um duelo entre ambos. Os aqueus respondem com agressões, porém seu irmão Heitor, o maior e mais bravo herói troiano, reitera o desafio, propondo que o destino da guerra seja decidido numa luta entre Menelau (lado dos gregos) e Páris (lado dos troianos). Menelau aceita, exigindo juramento de sangue sobre o pacto de respeitar o resultado do duelo. Enquanto os preparativos são feitos, Helena se junta ao sogro Príamo, rei de Tróia, no alto de uma torre para observar a contenda. Ela apresenta a Príamo os maiores comandantes aqueus, apontando-os.
     O duelo tem início e Menelau leva vantagem. Quando está para derrotar Páris, Afrodite intervém e o retira da batalha envolto em névoa, levando-o ao encontro de Helena. Agamémnom declara então que Menelau venceu a disputa e exige a entrega de Helena e pagamento do resgate. Porém Hera e Atena protestam junto a Zeus, pedindo a continuidade da guerra até a destruição de Tróia. Zeus cede em troca da não-intervenção de Hera caso deseje destruir uma cidade protegida por ela. Atena então desce entre as tropas troianas e convence Pândaro, arqueiro troiano, a disparar contra Menelau, ferindo-o e rompendo o pacto com os gregos. O exército troiano avança, e Agamémnom incita os aqueus ao combate. Tem lugar então uma luta violenta, na qual os gregos começam a levar vantagem. Porém Apolo incita aos troianos, lembrando-os que Aquiles não participa da peleja.
    Os troianos então avançam, retomando a vantagem sobre os gregos, a despeito dos grandiosos esforços de Diomedes, que, insuflado pela deusa Palas Atena, chega a ferir as deusas Afrodite e Ares, que defendem os troianos. Os gregos por sua vez parecem retomar a vantagem, o que faz com que Heitor então retorne à cidade para pedir a sua mãe que tente acalmar Palas Atenas com oferendas. Após falar com a mãe, encontra-se com sua esposa Andrômaca e seu filho Astiánax em uma torre. O encontro, em que Heitor fala com a esposa e o filho sobre o futuro de ambos é bastante triste, pois Heitor pressente que Tróia cairá. A seguir, convoca  seu irmão Páris e voltam à batalha.
    Apolo combina com Atena uma trégua na batalha e para consegui-la incitam Heitor a desafiar um herói grego ao duelo. Ajax é o escolhido num sorteio e avança para o combate. O duelo é renhido e prossegue até a noite, quando é interrompido. Os aqueus então aproveitam para recolher seus mortos e preparar um baluarte.
    Rompendo a aurora o combate recomeça, porém Zeus proíbe os outros deuses de interferir, enquanto que ele dispara raios dos céus, prejudicando os aqueus. O combate prossegue desastroso para os gregos, que acabam por se recolher ao baluarte ao final do dia. Os troianos acampam por perto, ameaçadores.
   Durante a noite Agamémnom se desespera, percebendo que havia sido enganado por Zeus. Porém Diomedes garante que os aqueus têm fibra e ficarão para lutar. Agamémnom acaba por ouvir os conselhos de Nestor, e envia a Aquiles uma embaixada composta por Odisseu, Ajax, dois arautos, além do veterano Fênix presidindo a embaixada, para oferecer presentes e pedir ao herói aqueu que retorne à batalha. Aquiles, porém, ainda irado, não cede.
    Agamémnom então envia Odisseu (Ulisses) e Diomedes ao acampamento troiano numa missão de espionagem. Heitor, por sua vez, envia Dólon espionar acampamento aqueu. Dólon é capturado por Odisseu e Diomedes, que extraem informações e o matam. A seguir invadem o acampamento troiano e massacram o rei Reso e doze guerreiros que dormiam, retirando-se de volta para o lado aqueu, onde são recebidos com festa.
   Durante o dia o combate é retomado, e os troianos, empurados por Zeus, novamente são superiores. Heitor manda uma grande pedra de encontro a um dos portões e invade o baluarte grego, expulsando-os e os empurrando até as naus, de onde não haveria mais para onde recuar a não ser para o oceano. Há amargo combate, com os aqueus recebendo apoio agora de Poséidon (rei dos mares) enquanto Zeus favorece os troianos, com heróis realizando grandes feitos de ambos os lados.
   Hera, então, consegue convencer Hipnos (deus do sono) a adormecer Zeus. Os gregos, acuados terrivelmente, se aproveitam desse momento para recuperar alguma vantagem, e Ajax fere a Heitor. Porém Zeus acorda e, vendo os troianos dispersos e a momentânea vitória grega, reconhece a obra de Hera e a repreende. Hera diz que Poséidon é o único culpado, e Zeus a manda falar com Apolo e Íris para que estes instiguem os troianos novamente à luta. Então Zeus impede Poséidon de continuar interferindo, e os troianos retomam a vantagem. Os maiores heróis aqueus estão feridos.
   Pátroclo, vendo o desastre dos aqueus, vai implorar a Aquiles, seu amigo, que o deixe comandar os Mirmidões e se juntar à batalha. Aquiles lhe empresta as armas e armadura e consente que lidere os Mirmidões, mas recomenda que apenas expulse os troianos da frente das naus, e não os persiga. Pátroclo então sai com as armas de Aquiles (incluindo a armadura, o que faz com que aqueus e troianos achassem que Aquiles havia voltado à batalha) e combate os troianos junto às naus. Ao ver fugindo os troianos, Pátroclo desobedece a recomendação de Aquiles e os persegue até diante da cidade. Lá, Heitor, percebendo que é Pátroclo e não Aquiles, o confronta em duelo e acaba por matá-lo.
   Há uma disputa pelas armas de Aquiles, e Heitor as ganha, porém Ajax fica com o corpo de Pátroclo. Os troianos então repelem os gregos, que fogem, acossados. Aquiles, ao saber da morte do companheiro, fica terrivelmente abalado, e relata o acontecido a Tétis. Sua mãe promete novas armas para o dia seguinte e vai ao monte Olimpo encomendá-las a Hefestos. Enquanto isso Aquiles vai ao encontro dos troianos que perseguem os aqueus e os detém com seus gritos, permitindo que os gregos cheguem a salvo com o cadáver. A noite interrompe o combate.
   Na manhã seguinte Aquiles, de posse das novas armas e reconciliado com Agamémnom, que lhe restituíra Briseida, acossa ferozmente os troianos numa batalha em que Zeus permite que tomem parte todos os deuses. Trucidando diversos heróis, Aquiles termina por empurrar o combate até os portões de Tróia. Lá Heitor, aterrorizado, tenta fugir de Aquiles, que o persegue ao redor da cidade.  Há uma disputa pelas armas de Aquiles, e Heitor as ganha, porém Ajax fica com o corpo de Pátroclo. Os troianos então repelem os gregos, que fogem, acossados. Aquiles, ao saber da morte do companheiro, fica terrivelmente abalado, e relata o acontecido a Tétis. Sua mãe promete novas armas para o dia seguinte e vai ao monte Olimpo encomendá-las a Hefestos. Enquanto isso Aquiles vai ao encontro dos troianos que perseguem os aqueus e os detém com seus gritos, permitindo que os gregos cheguem a salvo com o cadáver. A noite interrompe o combate.
   Na manhã seguinte Aquiles, de posse das novas armas e reconciliado com Agamémnom, que lhe restituíra Briseida, acossa ferozmente os troianos numa batalha em que Zeus permite que tomem parte todos os deuses. Trucidando diversos heróis, Aquiles termina por empurrar o combate até os portões de Tróia. Lá Heitor, aterrorizado, tenta fugir de Aquiles, que o persegue ao redor da cidade. Por fim Heitor é enganado por Atena, que o convence a se deter e enfrentar o maior herói aqueu. Prevendo a derrota, Heitor pede a Aquiles que seja feito um trato, com o vencedor respeitando o cadáver do vencido, permitindo ao derrotado um enterro digno e funerais adequados. Aquiles, enlouquecido de raiva, grita que não há pacto possível entre presa e predador. O terrível duelo acontece e Aquiles fere mortalmente Heitor na garganta, única parte desprotegida pela armadura. Morrendo, e já moribundo diante de seus entes queridos, que assistiam de dentro das muralhas, Heitor volta a implorar a Aquiles que permita que seu corpo seja devolvido a Tróia para ser devidamente velado. Aquiles, implacável, nega e diz que o corpo de Heitor será pasto de abutres enquanto o de Pátroclo será honrado.     
      Aquiles amarra o corpo de Heitor pelos pés à sua biga e o arrasta diante da família e depois o traz até o acampamento grego. São feitos os jogos funerais de Pátroclo. Durante a noite, o idoso Príamo vem escondido ao acampamento grego implorrar e suplicar a Aquiles pelo corpo do filho. O seu apelo é tão comovente que Aquiles cede, chorando, com a ira algo arrefecida. Aquiles promete trégua pelo tempo necessário para o adequado funeral de Heitor. Príamo leva o cadáver de seu filho de volta para a cidade, onde são prestadas as honras fúnebres ao príncipe e maior herói de Tróia.
O Cavalo de Tróia,  "presente" de gregos.
   Prossegue a guerra.