O que é mesmo Mitologia?
Was ist eigentlich Mythologie ?
Was ist eigentlich Mythologie ?
Era uma vez... Es war einmal... Érase una vez... Esse intróito desperta o imaginário das crianças (e dos adultos também) e remete-as para um mundo de fantasias, eleva a imaginação e acalenta sonhos – São as fábulas e lendas, contos e mitos que compõem o folclore de um povo, enriquecendo e compondo a sua cultura. Mas a partir de uma certa idade, para as crianças, e para os adultos e entendidos também, as historinhas, fábulas, lendas e mitos começam a ser contados de um modo diferente para que comecem a entender e apreender a vida e o mundo. É por essa razão que elas têm medo do escuro, de assombração, de fantasmas, do trovão, medo de ficarem sozinhas, (fantasmas e assombração são criaturas míticas, isto é, que não existem, criadas apenas na nossa cabeça).
Um dos principais motivos que fazem da Mitologia grega a mais estudada das mitologias é a sua racionalidade e sua importância histórica como base da Civilização Ocidental. Diz-se que os gregos antigos possuíam um "gênio racional", uma mente lógica por excelência.
A mitologia, como fonte da formação do conhecimento humano, é o conjunto de relatos ou lendas, histórias de entidades divinas ou fantásticas criadas por um povo, passadas de geração a geração, creditadas como verdadeiras, simbólicas ou não. É a arte pela qual os povos tentam explicar a origem e o surgimento das coisas e os fenômenos naturais (raios, trovões, tempestades, fogo, amor, mortes, nascimentos) atribuindo-os a seres míticos (não visíveis), chamados deuses, semideuses, heróis etc. representam forças e fenômenos da natureza, impulsos e paixões humanas.
Para que possamos entender esse conjunto de historinhas fabulosas, tomemos uma máxima der Xenófanes, máxima essa que reflete melhor e sintetiza o que poderíamos chamar de mitologia: “Os deuses dos etíopes têm a pele escura, os deuses dos arianos são loiros e, se os burros soubessem pintar, com certeza seus deuses seriam asnos”.
Os animais, seres irracionais por excelência, têm vida instintiva e, por conseguinte, não abstraem da vida, das coisas e da natureza em si; os humanos, por outro lado, cientes da transitoriedade e finitude da vida, têm crença e fé, sentimentos não erradicáveis, motivo pelo qual, diferentemente dos animais e das plantas, dedicam uma parte do dia à oração, ao jejum, (ou melhor, deveriam) à reflexão e a uma consciência da transitoriedade de todas as coisas, isto é, mitificam. Assim, cada povo, cada cultura, cada religião, cada um de per si supõe e tenta explicar e entender, a seu modo, como se originou o mundo e a natureza e de acordo com sua visão de mundo associados a específicos aspectos da vida.
Dentre os povos que subsistiram do mundo antigo, podemos destacar os gregos, os romanos e os judeus (estes, capítulo à parte, visto que ainda estão em evidência). Vejamos os romanos e gregos pelo seu legado. Os deuses da mitologia grega são muito anteriores à mitologia romana, isto é, existiam muito antes de os romanos aparecerem em cena (753 antes de Cristo).
Um dos principais motivos que fazem da Mitologia grega a mais estudada das mitologias é a sua racionalidade e sua importância histórica como base da Civilização Ocidental. Diz-se que os gregos antigos possuíam um "gênio racional", uma mente lógica por excelência.
A mitologia, como fonte da formação do conhecimento humano, é o conjunto de relatos ou lendas, histórias de entidades divinas ou fantásticas criadas por um povo, passadas de geração a geração, creditadas como verdadeiras, simbólicas ou não. É a arte pela qual os povos tentam explicar a origem e o surgimento das coisas e os fenômenos naturais (raios, trovões, tempestades, fogo, amor, mortes, nascimentos) atribuindo-os a seres míticos (não visíveis), chamados deuses, semideuses, heróis etc. representam forças e fenômenos da natureza, impulsos e paixões humanas.
Para que possamos entender esse conjunto de historinhas fabulosas, tomemos uma máxima der Xenófanes, máxima essa que reflete melhor e sintetiza o que poderíamos chamar de mitologia: “Os deuses dos etíopes têm a pele escura, os deuses dos arianos são loiros e, se os burros soubessem pintar, com certeza seus deuses seriam asnos”.
Os animais, seres irracionais por excelência, têm vida instintiva e, por conseguinte, não abstraem da vida, das coisas e da natureza em si; os humanos, por outro lado, cientes da transitoriedade e finitude da vida, têm crença e fé, sentimentos não erradicáveis, motivo pelo qual, diferentemente dos animais e das plantas, dedicam uma parte do dia à oração, ao jejum, (ou melhor, deveriam) à reflexão e a uma consciência da transitoriedade de todas as coisas, isto é, mitificam. Assim, cada povo, cada cultura, cada religião, cada um de per si supõe e tenta explicar e entender, a seu modo, como se originou o mundo e a natureza e de acordo com sua visão de mundo associados a específicos aspectos da vida.
Dentre os povos que subsistiram do mundo antigo, podemos destacar os gregos, os romanos e os judeus (estes, capítulo à parte, visto que ainda estão em evidência). Vejamos os romanos e gregos pelo seu legado. Os deuses da mitologia grega são muito anteriores à mitologia romana, isto é, existiam muito antes de os romanos aparecerem em cena (753 antes de Cristo).
Vamos viajar ?
Embarque nessa nau. De posse da obra Teogonia, de Hesíodo, a qual nos traz a genealogia dos deuses míticos gregos, e também da Ilíada e Odisséia, de Homero, importantes documentos e fontes sobre a origem dos mitos e história dos deuses, semideuses, heróis, faunos, sátiros e uma infinidade de entidades mitológicas que explicavam por lendas todos os fenômenos da natureza, começaremos uma das mais fantásticas e geniais viagens.
Tomemos emprestada, inicialmente, a imaginação fértil de Machado de Assis em A Visita de Alcibíades, demos asas à imaginação e desembarquemos no ano 753 antes de Jesus Cristo, precisamente na época da fusão das mitologias micênica e dórica, primeiros povos a ocuparem a Grécia. E, ainda no bojo da imaginação e de carona no livro Operação Cavalo de Tróia, de J. J. Benitez ¹, logo de chofre nos deparamos com o Olimpo, na Tessália, montanha mística da Grécia que se estendia além da terra dos mortais onde os deuses passavam o tempo em maravilhosos palácios, eternamente em festas comendo a ambrósia e bebendo o néctar, alimentos exclusivamente divinos, ao som da lira de Apolo, do canto das Musas e da dança das Cárites.
MONTE OLIMPO a mais alta montanha da Grécia, com 2.919 metros
A Mitologia Helênica é uma das mais geniais concepções que a humanidade produziu. Os gregos, com sua fantasia, povoaram o céu e a terra, os mares e o mundo subterrâneo de Divindades Principais e Secundárias. Amantes que eram da ordem, instauraram uma precisa categoria intermediária para os Semideuses e Heróis. A mitologia grega apresenta-se como uma transposição da vida em zonas ideais. Superando o tempo, ela ainda se conserva com toda a sua serenidade, equilíbrio e alegria. A religião grega teve uma influência tão duradoura, ampla e incisiva, que vigorou da pré-história ao século IV e muitos dos seus elementos sobreviveram nos cultos cristãos e nas tradições locais. Complexo de crenças e práticas que constituíram as relações dos gregos antigos com seus deuses, a religião grega influenciou todo o Mediterrâneo e áreas adjacentes durante mais de um milênio. Os gregos antigos adotavam o politeísmo antropomórfico, ou seja, vários deuses, todos com formas e atributos humanos. Religião muito diversificada, acolhia entre seus fiéis desde os que alimentavam poucas esperanças em uma vida paradisíaca além-túmulo, como os heróis de Homero, até os que, como Platão, acreditavam no julgamento após a morte, quando os justos seriam separados dos ímpios. Abarcava assim entre seus fiéis desde a ingênua piedade dos camponeses até as requintadas especulações dos Filósofos, e tanto comportava os excessos orgiásticos do culto de Dionisio como a rigorosa ascese dos que buscavam a purificação. No período compreendido entre as primeiras incursões dos povos helênicos de origem Indo-européia na Grécia, no início do segundo milênio a. C., até o fechamento das escolas pagãs pelo imperador bizantino Justinianus, no ano 529 da era cristã, transcorreram cerca de 25 séculos de influências e transformações. Os primeiros dados existentes sobre a religião grega são as Lendas Homéricas, do século VIII a. C., mas é possível rastrear a evolução de crenças antecedentes. Quando os indo-europeus chegaram à Grécia, já traziam suas próprias crenças e deuses, entre eles Zeus, protetor dos clãs guerreiros e senhor dos estados atmosféricos. Também assimilaram cultos dos habitantes originais da península, os Pelasgos, como o oráculo de Dodona, os deuses dos rios e dos ventos e Deméter, a deusa de cabeça de cavalo que encarnava o ciclo da vegetação. Depois de se fixarem em Micenas, os gregos entraram em contato com a civilização cretense e com outras civilizações mediterrâneas, das quais herdaram principalmente as divindades femininas como Hera, que passou a ser a esposa de Zeus; Atena, sua filha; e Ártemis, irmã gêmea de Apolo. O início da filosofia grega, no século VI a.C., trouxe uma reflexão sobre as crenças e mitos do povo grego. Alguns pensadores, como Heráclito, os Sofistas e Aristófanes, encontraram na mitologia motivo de ironia e zombaria. Outros, como Platão e Aristóteles, prescindiram dos deuses do Olimpo para desenvolver uma idéia filosoficamente depurada sobre a divindade. Enquanto isso, o culto público, a religião oficial, alcançava seu momento mais glorioso, em que teve como símbolo o Pártenon ateniense, mandado construir por Péricles. A religiosidade popular evidenciava-se nos festejos tradicionais, em geral de origem camponesa, ainda que remoçada com novos nomes. Os camponeses cultuavam Pãn, deus dos rebanhos, cuja flauta mágica os pastores tentavam imitar; as ninfas, que protegiam suas casas; e as nereidas, divindades marinhas. As conquistas de Alexandre o Grande facilitaram o intercâmbio entre as respectivas mitologias, de vencedores e vencidos, ainda que fossem influências de caráter mais cultural que autenticamente religioso. Assim é que foram incorporadas à religião helênica a deusa frígia Cibele e os deuses egípcios Ísis e Serápis. Pode-se dizer que o sincretismo, ou fusão pacífica das diversas religiões, foi a característica dominante do período Helenístico.
O espectro da mitologia grega é enorme. Abrange desde os crimes mais cruéis dos primeiros deuses e as sangrentas guerras de Tróia e Tebas, à infância de Hermes e o sofrimento de Deméter por Perséfone.
Se o assunto for religião, para que possamos entender o culto cristão de hoje, notadamente o culto católico, seus ritos e suas imagens, antes de perambularmos vias romanas, é mister que façamos primeiramente um passeio pela Grécia antiga, que conheçamos todos os seus cantos e encantos, mistérios e mitos – sua mitologia. Localizemos a Grécia no globo terrestre e, logo a seguir, as cidades de Atenas, Esparta e Tróia. Imaginemo-las há três mil anos, século VIII a.C, século em que os romanos entram em contato com a cultura grega...
Apesar de a mitologia grega não envolver revelações espirituais, ensinamentos ou salvação pessoal (o que se verá mais tarde com o advento do cristianismo), ao contrário de religiões primárias como o judaísmo e hinduísmo, a mitologia grega, como em nenhuma outra civilização, legou ao culto cristão, notadamente o católico, muitas das suas imagens e alegorias, influenciando sobremaneira, na Idade Média, na suposição, concepção e percepção de mundo dos artistas, escultores e pintores do Renascimento. Muitas das formas dos santos e rituais católicos que hoje se conhecem são elementos greco-romanos que sobreviveram nos cultos cristãos.
Mercê dos castigos severos a que estavam sujeitas as cidades antigas da Grécia estas devotavam culto e estavam interligadas a um deus particular, cada cidade com seu deus, (veja a Diana dos Efésios) pois, de acordo com a concepção da época, deveriam sacrificar a um deus para que este minorasse os padecimentos dos reles mortais. E hoje não é muito diferente. Atualmente cada cidade do mundo cristão católico tem o seu padroeiro ou padroeira como sombra e resquício dos ídolos gregos para quem os cidadãos construíam templos de adoração. Aparecida, a assim autodenominada padroeira do Brasil é um exemplo. Mas quem é que a elegeu e disse que deveria ser assim ? Quem submeteu isso a voto ? A plebiscito ? E onde está a secularização da nação ? Seu voto não estava lá não. Onde está a ata ? Mesmo que tenha havido, hoje os tempos são outros, são tempos de Estado laico...
Na Antigüidade clássica grega e romana, da qual tivemos como legado a cultura, o ser humano não conseguia explicar a natureza, os acontecimentos e os fenômenos naturais (e parece-me que ainda hoje não compreende nem consegue explicá-los da mesma forma). Dava então nomes de deuses às coisas que não podia explicar e passava a considerar os fenômenos como "deuses". Por exemplo: na Grécia antiga o trovão inspirava um deus (chamado Zeus), a chuva outro; Possêidon, deus dos mares, era quem fazia os ventos e tempestades marítimas e, para acalmar as tempestades os antigos sacrificavam animais e os atiravam ao mar, para acalmar esta divindade; Hélio, deus do sol, era quem dava o sol e a luz; Aurora, era a deusa da manhã que trazia novo dia. O céu era um deus-pai, e a terra, fértil, era uma deusa-mãe, e os demais seres, seus filhos. Os antigos criavam, a partir do Inconsciente, histórias e aventuras, mitos e lendas para tentar explicar de forma poética e profunda o mundo que o rodeava. Estas "histórias divinas", chamadas mitologia ou folclore, eram passadas de geração a geração e adquiriam um aspecto religioso, tornando-se mitos ao assumirem um caráter atemporal e eterno, por dizerem respeito aos conflitos e anseios de qualquer ser humano de qualquer tempo ou local.
MONTE OLIMPO a mais alta montanha da Grécia, com 2.919 metros
A Mitologia Helênica é uma das mais geniais concepções que a humanidade produziu. Os gregos, com sua fantasia, povoaram o céu e a terra, os mares e o mundo subterrâneo de Divindades Principais e Secundárias. Amantes que eram da ordem, instauraram uma precisa categoria intermediária para os Semideuses e Heróis. A mitologia grega apresenta-se como uma transposição da vida em zonas ideais. Superando o tempo, ela ainda se conserva com toda a sua serenidade, equilíbrio e alegria. A religião grega teve uma influência tão duradoura, ampla e incisiva, que vigorou da pré-história ao século IV e muitos dos seus elementos sobreviveram nos cultos cristãos e nas tradições locais. Complexo de crenças e práticas que constituíram as relações dos gregos antigos com seus deuses, a religião grega influenciou todo o Mediterrâneo e áreas adjacentes durante mais de um milênio. Os gregos antigos adotavam o politeísmo antropomórfico, ou seja, vários deuses, todos com formas e atributos humanos. Religião muito diversificada, acolhia entre seus fiéis desde os que alimentavam poucas esperanças em uma vida paradisíaca além-túmulo, como os heróis de Homero, até os que, como Platão, acreditavam no julgamento após a morte, quando os justos seriam separados dos ímpios. Abarcava assim entre seus fiéis desde a ingênua piedade dos camponeses até as requintadas especulações dos Filósofos, e tanto comportava os excessos orgiásticos do culto de Dionisio como a rigorosa ascese dos que buscavam a purificação. No período compreendido entre as primeiras incursões dos povos helênicos de origem Indo-européia na Grécia, no início do segundo milênio a. C., até o fechamento das escolas pagãs pelo imperador bizantino Justinianus, no ano 529 da era cristã, transcorreram cerca de 25 séculos de influências e transformações. Os primeiros dados existentes sobre a religião grega são as Lendas Homéricas, do século VIII a. C., mas é possível rastrear a evolução de crenças antecedentes. Quando os indo-europeus chegaram à Grécia, já traziam suas próprias crenças e deuses, entre eles Zeus, protetor dos clãs guerreiros e senhor dos estados atmosféricos. Também assimilaram cultos dos habitantes originais da península, os Pelasgos, como o oráculo de Dodona, os deuses dos rios e dos ventos e Deméter, a deusa de cabeça de cavalo que encarnava o ciclo da vegetação. Depois de se fixarem em Micenas, os gregos entraram em contato com a civilização cretense e com outras civilizações mediterrâneas, das quais herdaram principalmente as divindades femininas como Hera, que passou a ser a esposa de Zeus; Atena, sua filha; e Ártemis, irmã gêmea de Apolo. O início da filosofia grega, no século VI a.C., trouxe uma reflexão sobre as crenças e mitos do povo grego. Alguns pensadores, como Heráclito, os Sofistas e Aristófanes, encontraram na mitologia motivo de ironia e zombaria. Outros, como Platão e Aristóteles, prescindiram dos deuses do Olimpo para desenvolver uma idéia filosoficamente depurada sobre a divindade. Enquanto isso, o culto público, a religião oficial, alcançava seu momento mais glorioso, em que teve como símbolo o Pártenon ateniense, mandado construir por Péricles. A religiosidade popular evidenciava-se nos festejos tradicionais, em geral de origem camponesa, ainda que remoçada com novos nomes. Os camponeses cultuavam Pãn, deus dos rebanhos, cuja flauta mágica os pastores tentavam imitar; as ninfas, que protegiam suas casas; e as nereidas, divindades marinhas. As conquistas de Alexandre o Grande facilitaram o intercâmbio entre as respectivas mitologias, de vencedores e vencidos, ainda que fossem influências de caráter mais cultural que autenticamente religioso. Assim é que foram incorporadas à religião helênica a deusa frígia Cibele e os deuses egípcios Ísis e Serápis. Pode-se dizer que o sincretismo, ou fusão pacífica das diversas religiões, foi a característica dominante do período Helenístico.
O espectro da mitologia grega é enorme. Abrange desde os crimes mais cruéis dos primeiros deuses e as sangrentas guerras de Tróia e Tebas, à infância de Hermes e o sofrimento de Deméter por Perséfone.
Se o assunto for religião, para que possamos entender o culto cristão de hoje, notadamente o culto católico, seus ritos e suas imagens, antes de perambularmos vias romanas, é mister que façamos primeiramente um passeio pela Grécia antiga, que conheçamos todos os seus cantos e encantos, mistérios e mitos – sua mitologia. Localizemos a Grécia no globo terrestre e, logo a seguir, as cidades de Atenas, Esparta e Tróia. Imaginemo-las há três mil anos, século VIII a.C, século em que os romanos entram em contato com a cultura grega...
Apesar de a mitologia grega não envolver revelações espirituais, ensinamentos ou salvação pessoal (o que se verá mais tarde com o advento do cristianismo), ao contrário de religiões primárias como o judaísmo e hinduísmo, a mitologia grega, como em nenhuma outra civilização, legou ao culto cristão, notadamente o católico, muitas das suas imagens e alegorias, influenciando sobremaneira, na Idade Média, na suposição, concepção e percepção de mundo dos artistas, escultores e pintores do Renascimento. Muitas das formas dos santos e rituais católicos que hoje se conhecem são elementos greco-romanos que sobreviveram nos cultos cristãos.
Mercê dos castigos severos a que estavam sujeitas as cidades antigas da Grécia estas devotavam culto e estavam interligadas a um deus particular, cada cidade com seu deus, (veja a Diana dos Efésios) pois, de acordo com a concepção da época, deveriam sacrificar a um deus para que este minorasse os padecimentos dos reles mortais. E hoje não é muito diferente. Atualmente cada cidade do mundo cristão católico tem o seu padroeiro ou padroeira como sombra e resquício dos ídolos gregos para quem os cidadãos construíam templos de adoração. Aparecida, a assim autodenominada padroeira do Brasil é um exemplo. Mas quem é que a elegeu e disse que deveria ser assim ? Quem submeteu isso a voto ? A plebiscito ? E onde está a secularização da nação ? Seu voto não estava lá não. Onde está a ata ? Mesmo que tenha havido, hoje os tempos são outros, são tempos de Estado laico...
Na Antigüidade clássica grega e romana, da qual tivemos como legado a cultura, o ser humano não conseguia explicar a natureza, os acontecimentos e os fenômenos naturais (e parece-me que ainda hoje não compreende nem consegue explicá-los da mesma forma). Dava então nomes de deuses às coisas que não podia explicar e passava a considerar os fenômenos como "deuses". Por exemplo: na Grécia antiga o trovão inspirava um deus (chamado Zeus), a chuva outro; Possêidon, deus dos mares, era quem fazia os ventos e tempestades marítimas e, para acalmar as tempestades os antigos sacrificavam animais e os atiravam ao mar, para acalmar esta divindade; Hélio, deus do sol, era quem dava o sol e a luz; Aurora, era a deusa da manhã que trazia novo dia. O céu era um deus-pai, e a terra, fértil, era uma deusa-mãe, e os demais seres, seus filhos. Os antigos criavam, a partir do Inconsciente, histórias e aventuras, mitos e lendas para tentar explicar de forma poética e profunda o mundo que o rodeava. Estas "histórias divinas", chamadas mitologia ou folclore, eram passadas de geração a geração e adquiriam um aspecto religioso, tornando-se mitos ao assumirem um caráter atemporal e eterno, por dizerem respeito aos conflitos e anseios de qualquer ser humano de qualquer tempo ou local.
HÉRCULES (os doze trabalhos)
Hércules era filho de Júpiter e Alcmena. Juno, irada, mandou duas serpentes ao seu berço. Hércules as estrangulou.
1. Afogou o leão de Neméia
2. Matou a hidra de Lerna
3. Capturou vivo o javali de Erimanto
4. Alcançou na carreira a corça dos pés de bronze
5. Matou a flechadas as aves do lago Estinfale
6. Subjugou o touro da ilha de Creta
7. Matou Diomedes, rei da Trácia, que alimentava seus cavalos com carne humana
8. Venceu as amazonas e Hipólita, sua rainha, filha de Ares e Otreras
9. Limpou as estrebarias de Áugias, passando por elas o Rio Alfeu
10. Combateu e matou Gerionte, de cujos rebanhos se apoderou
11. Roubou os pomos de ouro do Jardim das Hespérides
12. Livrou Teseu dos infernos
Ainda: soltou Prometeu acorrentado no cume do monte Cáucaso; separou os montes Calpe e Abela (Colunas de Hércules) e matou o centauro Nesso, que queria raptar Djanira sua mulher.
Na ODISSÉIA, Ulisses é a expressão das virtudes masculinas, do exemplo de homem e pai, da força masculina, da coragem e da pertinácia. Penélope, sua mulher, simboliza a mais heróica fidelidade conjugal aliada à beleza.
Valorizaram mais a criatura que o Criador – Assim como Gideão fez uma estola sacerdotal e a pôs em Ofra, sua cidade; os israelitas a adoram. Adoraram a coisa e não o feito.
A ERA DOS DEUSES
Assim como seus vizinhos, os gregos acreditavam num panteão de deuses e deusas que eram associados a específicos aspectos da vida. Afrodite, por exemplo, era a deusa do amor, enquanto Ares era o deus da guerra e Hades o dos mortos. Algumas deidades como Apolo e Dionísio revelavam personalidades complexas e uma variedade de funções, enquanto outros como Hestia (literalmente "lar") e Helios ("sol") eram pouco mais que personificações. Existiam também deidades de lugares específicos, como deuses de rios e ninfas de nascentes e cavernas. Tumbas de heróis e heroínas locais eram igualmente veneradas. Apesar de centenas de seres poderem ser considerados deuses ou heróis, alguns não representavam mais que folclore ou eram honrados somente em lugares (Trophonius) e/ou festivais específicos (Adonis).
Rituais de maior abrangência e os grandes templos eram dedicados, em sua maioria, a um seleto círculo de deuses, notadamente os doze do Olimpo, Heracles e Asclépio. Estas deidades eram o foco central dos cultos pan-Helênicos.
Muitas regiões e vilas tinham seus próprios cultos a ninfas, deuses menores ou ainda a heróis e heroínas desconhecidos em outros lugares. A maioria das cidades adoravam os deuses maiores com rituais peculiares e tinham para estes lendas igualmente próprias.
Hércules era filho de Júpiter e Alcmena. Juno, irada, mandou duas serpentes ao seu berço. Hércules as estrangulou.
1. Afogou o leão de Neméia
2. Matou a hidra de Lerna
3. Capturou vivo o javali de Erimanto
4. Alcançou na carreira a corça dos pés de bronze
5. Matou a flechadas as aves do lago Estinfale
6. Subjugou o touro da ilha de Creta
7. Matou Diomedes, rei da Trácia, que alimentava seus cavalos com carne humana
8. Venceu as amazonas e Hipólita, sua rainha, filha de Ares e Otreras
9. Limpou as estrebarias de Áugias, passando por elas o Rio Alfeu
10. Combateu e matou Gerionte, de cujos rebanhos se apoderou
11. Roubou os pomos de ouro do Jardim das Hespérides
12. Livrou Teseu dos infernos
Ainda: soltou Prometeu acorrentado no cume do monte Cáucaso; separou os montes Calpe e Abela (Colunas de Hércules) e matou o centauro Nesso, que queria raptar Djanira sua mulher.
Na ODISSÉIA, Ulisses é a expressão das virtudes masculinas, do exemplo de homem e pai, da força masculina, da coragem e da pertinácia. Penélope, sua mulher, simboliza a mais heróica fidelidade conjugal aliada à beleza.
Valorizaram mais a criatura que o Criador – Assim como Gideão fez uma estola sacerdotal e a pôs em Ofra, sua cidade; os israelitas a adoram. Adoraram a coisa e não o feito.
A ERA DOS DEUSES
Assim como seus vizinhos, os gregos acreditavam num panteão de deuses e deusas que eram associados a específicos aspectos da vida. Afrodite, por exemplo, era a deusa do amor, enquanto Ares era o deus da guerra e Hades o dos mortos. Algumas deidades como Apolo e Dionísio revelavam personalidades complexas e uma variedade de funções, enquanto outros como Hestia (literalmente "lar") e Helios ("sol") eram pouco mais que personificações. Existiam também deidades de lugares específicos, como deuses de rios e ninfas de nascentes e cavernas. Tumbas de heróis e heroínas locais eram igualmente veneradas. Apesar de centenas de seres poderem ser considerados deuses ou heróis, alguns não representavam mais que folclore ou eram honrados somente em lugares (Trophonius) e/ou festivais específicos (Adonis).
Rituais de maior abrangência e os grandes templos eram dedicados, em sua maioria, a um seleto círculo de deuses, notadamente os doze do Olimpo, Heracles e Asclépio. Estas deidades eram o foco central dos cultos pan-Helênicos.
Muitas regiões e vilas tinham seus próprios cultos a ninfas, deuses menores ou ainda a heróis e heroínas desconhecidos em outros lugares. A maioria das cidades adoravam os deuses maiores com rituais peculiares e tinham para estes lendas igualmente próprias.
O OLIMPO
Os deuses da mitologia grega representam forças e fenômenos da natureza e também impulsos e paixões humanas. No Olimpo, os deuses passavam o tempo em maravilhosos palácios, eternamente em festa. Com a vitória, Zeus se tornou o soberano dos deuses e passou a governar o universo desde o Monte Olimpo, uma montanha mistica que se estendia além da terra. Ao deus Poseidon ele concedeu o domínio sobre as águas e ao deus Hades ele concedeu o inferno de Tártaro. O novo soberano prendeu os titãs vencidos no Tártaro, eternamente vigiados pelos hecatônquiros, e condenou o poderoso Atlas a sustentar eternamente a abóbada celeste.
Os 12 principais deuses do Olimpo:
Dentre os principais deuses olímpicos, doze eram mais importantes e mais poderosos que os demais: seis filhos do titã Crono, seis filhos de Zeus e uma deusa, Afrodite, nascida do sêmen de Urano.
Atena, Apolo, Artêmis, Ares, Afrodite, Deméter, Hera, Hefestos, Héstia, Hermes, Posseidon.
O principal deus grego é Zeus, o pai e rei dos deuses e dos homens. Cultuado em toda a Grécia, é o guardião da ordem e dos juramentos, senhor dos raios e dos fenômenos atmosféricos. Hera, irmã e esposa de Zeus, preside os casamentos, os partos, protege a família e as mulheres. Atena, ou Palas Atena, nasce da cabeça de Zeus, já completamente armada. É a deusa da inteligência, das artes, da indústria e da guerra organizada. Apolo, filho de Zeus e da deusa Leto, é o deus da luz da juventude, da música, das artes, da adivinhação e da medicina. Dirige o "carro do Sol" e preside os oráculos. Artêmis, irmã gêmea de Apolo, é a deusa-virgem, símbolo da vida livre, das florestas e da caça. Afrodite, deusa da beleza, do amor e da volúpia sexual, é casada com Hefestos ou Hefaísto, filho de Zeus e de Hera, feio e disforme, protetor dos ferreiros e dos ofícios manuais. Hares (Ares), filho de Zeus e Hera, é o deus da guerra violenta. Poseidon ou Posídeon, irmão de Zeus, é o deus do mar. Hades, irmão de Zeus, governa a vida após a morte e a região das trevas – espécie de inferno grego. Héstia (literalmente “lar” – significa calor) deusa do fogo. Deméter é a deusa da agricultura. Possêidon Na mitologia grega, deus do mar. É filho dos titãs Chronos e Réia e irmão de Zeus e Hades. O deus equivalente na mitologia romana é Netuno. Hermes, filho de Zeus e da ninfa Maia, é o mensageiro dos deuses, protetor dos pastores, dos negociantes, dos ladrões e inspirador da eloqüência. O mito grego de Promete: Prometeu roubou o fogo dos deuses em benefício da humanidade. Prometeu é um deus grego, do Olimpo, comandado por Zeus. Ele fazia sacrifício de animais, isto é matava animais e os oferecia aos deuses. Certo dia, durante um sacrifício ele fala de forma áspera com Zeus, o rei dos deuses. Ele corta um touro e o divide em duas partes: uma contendo a carne e os intestinos, a parte boa, embrulhados na pele; e a outra consistindo apenas em ossos e gordura. Prometeu pede a Zeus que escolha sua parte; o restante deverá ser dado aos homens. Zeus pega os ossos e a gordura, o que o faz sentir raiva de Prometeu e da raça humana. Zeus pune os mortais tomando deles o dom do fogo. Prometeu o rouba de volta. Então, Prometeu – que tem o dom de ver o futuro – é ainda mais temerário com o grande deus Zeus, prevendo que um dos filhos de Zeus irá um dia derrubá-lo do trono, mas recusando-se a dizer qual deles. Zeus, furioso, pune Prometeu amarrando-o com correntes de aço a uma rocha no monte Cáucaso. Lá, todos os dias, por toda a eternidade, uma águia bica e come o fígado de Prometeu. E toda noite o fígado imortal do deus Prometeu se regenera, de modo que ele possa ser torturado novamente no dia seguinte. (Conforme sabemos, o fígado é o único órgão do corpo humano que, cortado, se regenera e volta a crescer).
1. Zeus
É o senhor do Olimpo. Destronou Chronos, o seu pai, para reinar no Olimpo. É ele quem distribui o bem e o mal e governa toda a humanidade. O seu símbolo é o trovão. Zeus devorou a sua primeira esposa, Métis, quando esta estava grávida de Atena, a deusa da sabedoria, com medo de que a criança viesse a ser um dia mais poderosa do que ele. No entanto, Atena acabou por irromper da cabeça de Zeus quando Hefesto lhe abriu ao meio com um machado. Hera foi a sua segunda esposa, apesar de Zeus ter gerado filhos de muitas deusas e mulheres. Entre os seus descendentes contam-se Apolo, Ártemis, Dionisio,Héracles, Hermes, Minos, Perseu, Perséfone, Castor e Pólux.
Hera
Equivalente, em Roma, a Juno, deusa protetora das mulheres e do casamento. É irmã e mulher de Zeus, e mãe dos deuses Hefesto e Ares.
3. Atena
Deusa da guerra, da sabedoria, das artes e ofícios, equivalente, em Roma, a Minerva. Atena era filha de Zeus, tendo nascido da sua cabeça, já completamente desenvolvida. Na Odisseia, de Homero, é a protetora de Ulisses e do seu filho Telea.
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