Pixinguinha
23 de abril. aniversário de nascimento
Coração bate infeliz por não te ver
Pizindin”
(em idioma banto significa “menino bom”) foi o apelido dado pela avó
africana, Dona Edwirges, ao neto tranquilo, chamado Alfredo da Rocha
Vianna Filho.
E o menino continuou bom e tranquilo pelo resto dos 72 anos de sua bela
vida. Não há quem o tenha conhecido que não afirme que ele foi um homem
maravilhoso. E generoso. E otimista. E humilde, sem nenhuma pose, sempre
sorrindo, ajudando os semelhantes.
Não é só por ser carioca que usei seis adjetivos num só parágrafo para descrever um conterrâneo.
O alto astral de Pixinguinha era lendário, assim como seu bom caráter.
Maior que isso, só o talento de compositor e arranjador. Foi também
flautista, saxofonista e regente.
Nasceu no dia 23 de abril de 1897, no bairro da Piedade, subúrbio do
Rio, filho de Alfredo da Rocha Vianna, funcionário dos Correios e músico
amador e Raimunda da Rocha Vianna. Eram 13 irmãos, sendo 4 do primeiro
casamento de sua mãe.
O pai reunia músicos em casa e Pixinguinha cresceu ouvindo o grande
Irineu Batina ( Irineu de Almeida), Candinho Trombone e tantos mais.
Aprendeu as primeiras letras com um professor particular, depois foi
para o Liceu Santa Tereza e para o São Bento (certamente como bolsista)
colégio da classe alta do Rio, primeiro colocado na lista nacional do
ENEM 2011 e que até hoje recebe a fina flor dos filhos de famílias aqui
da terra.
Iniciou os estudos de música com os irmãos Léo e Henrique, que lhe ensinaram a tocar cavaquinho.
Logo passou a acompanhar o pai, que se apresentava em bailes. A família
mudou-se para o bairro do Catumbi - próximo do atual sambódromo - e os
meninos passaram a receber aulas de Borges Leitão, grande músico na
época.
Em 1908, com 11 anos, compôs o choro "Lata de leite".
Os oito batutas
O pai, impressionado com a sensibilidade de Pixinguinha, mandou trazer
da Itália uma flauta de prata e a direção da “Sociedade Dançante
Carnavalesca Filhas da Jardineira” o convidou para tocar na sua
orquestra.
Pixinguinha, na flauta, formou, com Pedro Sá ao piano e Francisco de
Assis no violão, o "Trio Suburbano".A fama como flautista logo se
espalhou e ele continuou a compor suas valsas, polcas e choros e formou o
Grupo do Pixinguinha, mais tarde conhecido como “Os oito batutas”(na
foto Pixinguinha é o 1º à direita)
Os “Batutas” fizeram uma famosa excursão à Europa na década de 20 do
século passado - primeira tentativa de divulgar nossa música no
exterior.
1927 foi o ano do casamento com Albertina da Rocha (Betty), estrela da Companhia Negra de Revista.
O casal passou a residir em uma casa alugada no subúrbio de Ramos.
Em 1933, Pixinguinha obteve o diploma de Teoria Musical no Instituto
Nacional de Música - que hoje é parte da Universidade Federal do Rio de
Janeiro ( UFRJ ).
Foi nomeado pelo então Prefeito do Rio, Pedro Ernesto, Fiscal de Limpeza
Pública com a condição de reunir colegas de repartição e fundar a Banda
Municipal, que faria sua estréia na posse do próprio Pedro Ernesto.
Em 1928, formou a “Orquestra Típica Pixinguinha-Donga” (outro compositor
e sambista conhecido de qualquer carioca com mais de 40 anos) que
gravou os primeiros discos comercializados. Foi, então, um pioneiro da
indústria fonográfica nacional.
Em 1935, Betty e Pixinguinha, adotaram um menino, que recebeu o nome de Alfredo da Rocha Vianna Neto, o Alfredinho.
Sérios problemas cardiológicos, durante décadas, fizeram com que nosso
músico se afastasse da cena artística. Também gostava de beber, o que
piorava sua saúde. Mas, conseguiu retomar a carreira.
Em maio de 1956, o então prefeito Negrão de Lima mudou o nome da rua em
que ele morava, no bairro de Olaria, para Rua Pixinguinha,
Dois anos depois, recebeu o Prêmio da Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, diploma concedido ao melhor arranjador do ano.
Mérito
Em 1967, recebeu a Ordem de Comendador do Clube de Jazz e Bossa,
dirigido por Ricardo Cravo Albim e Jorge Guinle, e o Diploma da Ordem do
Mérito do Trabalho, conferido pelo Presidente da República.
Ao completar 70 anos, foi homenageado com uma exposição no Museu da
Imagem e do Som e com um concerto no Teatro Municipal do Rio de
Janeiro
A morte da esposa Betty o abalou profundamente.
No sábado de carnaval de 1973, ao comparecer à Igreja Nossa Senhora da
Paz, em Ipanema, para batizar o filho de um amigo, sofreu um enfarte
fulminante e ali morreu, enquanto passava a Banda de Ipanema.
Em 1974, sua vida foi enredo da Escola de Samba Portela: "O mundo melhor de Pixinguinha", de Jair Amorim e Evaldo Gouveia.
A Portela não ganhou o concurso, mas o samba-enredo entrou para o cancioneiro carioca.
Mais um tributo foi prestado: O Ministério da Cultura e a FUNARTE
retomaram, em 2004, o “Projeto Pixinguinha” que envia elencos de
cantores e músicos para que se apresentem em todo o Brasil.
Carinhoso
“Carinhoso” - de 1917 - está em qualquer lista dos clássicos da nossa
música popular. O parceiro que compôs a letra foi Braguinha (Antonio
Carlos Braga) por Yamandú Costa (e a platéia do Teatro Municipal de Niterói-RJ-2005)
Para o amigo Marco,ele também violonista clássico.
Com Marisa Monte e Paulinho da Viola
http://youtu.be/C-Gg8HH1UzM
23 de abril. aniversário de nascimento
Coração bate infeliz por não te ver
Pizindin”
(em idioma banto significa “menino bom”) foi o apelido dado pela avó
africana, Dona Edwirges, ao neto tranquilo, chamado Alfredo da Rocha
Vianna Filho.
E o menino continuou bom e tranquilo pelo resto dos 72 anos de sua bela
vida. Não há quem o tenha conhecido que não afirme que ele foi um homem
maravilhoso. E generoso. E otimista. E humilde, sem nenhuma pose, sempre
sorrindo, ajudando os semelhantes.
Não é só por ser carioca que usei seis adjetivos num só parágrafo para descrever um conterrâneo.
O alto astral de Pixinguinha era lendário, assim como seu bom caráter.
Maior que isso, só o talento de compositor e arranjador. Foi também
flautista, saxofonista e regente.
Nasceu no dia 23 de abril de 1897, no bairro da Piedade, subúrbio do
Rio, filho de Alfredo da Rocha Vianna, funcionário dos Correios e músico
amador e Raimunda da Rocha Vianna. Eram 13 irmãos, sendo 4 do primeiro
casamento de sua mãe.
O pai reunia músicos em casa e Pixinguinha cresceu ouvindo o grande
Irineu Batina ( Irineu de Almeida), Candinho Trombone e tantos mais.
Aprendeu as primeiras letras com um professor particular, depois foi
para o Liceu Santa Tereza e para o São Bento (certamente como bolsista)
colégio da classe alta do Rio, primeiro colocado na lista nacional do
ENEM 2011 e que até hoje recebe a fina flor dos filhos de famílias aqui
da terra.
Iniciou os estudos de música com os irmãos Léo e Henrique, que lhe ensinaram a tocar cavaquinho.
Logo passou a acompanhar o pai, que se apresentava em bailes. A família
mudou-se para o bairro do Catumbi - próximo do atual sambódromo - e os
meninos passaram a receber aulas de Borges Leitão, grande músico na
época.
Em 1908, com 11 anos, compôs o choro "Lata de leite".
Os oito batutas
O pai, impressionado com a sensibilidade de Pixinguinha, mandou trazer
da Itália uma flauta de prata e a direção da “Sociedade Dançante
Carnavalesca Filhas da Jardineira” o convidou para tocar na sua
orquestra.
Pixinguinha, na flauta, formou, com Pedro Sá ao piano e Francisco de
Assis no violão, o "Trio Suburbano".A fama como flautista logo se
espalhou e ele continuou a compor suas valsas, polcas e choros e formou o
Grupo do Pixinguinha, mais tarde conhecido como “Os oito batutas”(na
foto Pixinguinha é o 1º à direita)
Os “Batutas” fizeram uma famosa excursão à Europa na década de 20 do
século passado - primeira tentativa de divulgar nossa música no
exterior.
1927 foi o ano do casamento com Albertina da Rocha (Betty), estrela da Companhia Negra de Revista.
O casal passou a residir em uma casa alugada no subúrbio de Ramos.
Em 1933, Pixinguinha obteve o diploma de Teoria Musical no Instituto
Nacional de Música - que hoje é parte da Universidade Federal do Rio de
Janeiro ( UFRJ ).
Foi nomeado pelo então Prefeito do Rio, Pedro Ernesto, Fiscal de Limpeza
Pública com a condição de reunir colegas de repartição e fundar a Banda
Municipal, que faria sua estréia na posse do próprio Pedro Ernesto.
Em 1928, formou a “Orquestra Típica Pixinguinha-Donga” (outro compositor
e sambista conhecido de qualquer carioca com mais de 40 anos) que
gravou os primeiros discos comercializados. Foi, então, um pioneiro da
indústria fonográfica nacional.
Em 1935, Betty e Pixinguinha, adotaram um menino, que recebeu o nome de Alfredo da Rocha Vianna Neto, o Alfredinho.
Sérios problemas cardiológicos, durante décadas, fizeram com que nosso
músico se afastasse da cena artística. Também gostava de beber, o que
piorava sua saúde. Mas, conseguiu retomar a carreira.
Em maio de 1956, o então prefeito Negrão de Lima mudou o nome da rua em
que ele morava, no bairro de Olaria, para Rua Pixinguinha,
Dois anos depois, recebeu o Prêmio da Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, diploma concedido ao melhor arranjador do ano.
Mérito
Em 1967, recebeu a Ordem de Comendador do Clube de Jazz e Bossa,
dirigido por Ricardo Cravo Albim e Jorge Guinle, e o Diploma da Ordem do
Mérito do Trabalho, conferido pelo Presidente da República.
Ao completar 70 anos, foi homenageado com uma exposição no Museu da
Imagem e do Som e com um concerto no Teatro Municipal do Rio de
Janeiro
A morte da esposa Betty o abalou profundamente.
No sábado de carnaval de 1973, ao comparecer à Igreja Nossa Senhora da
Paz, em Ipanema, para batizar o filho de um amigo, sofreu um enfarte
fulminante e ali morreu, enquanto passava a Banda de Ipanema.
Em 1974, sua vida foi enredo da Escola de Samba Portela: "O mundo melhor de Pixinguinha", de Jair Amorim e Evaldo Gouveia.
A Portela não ganhou o concurso, mas o samba-enredo entrou para o cancioneiro carioca.
Mais um tributo foi prestado: O Ministério da Cultura e a FUNARTE
retomaram, em 2004, o “Projeto Pixinguinha” que envia elencos de
cantores e músicos para que se apresentem em todo o Brasil.
Carinhoso
“Carinhoso” - de 1917 - está em qualquer lista dos clássicos da nossa
música popular. O parceiro que compôs a letra foi Braguinha (Antonio
Carlos Braga) por Yamandú Costa (e a platéia do Teatro Municipal de Niterói-RJ-2005)
Para o amigo Marco,ele também violonista clássico.
Com Marisa Monte e Paulinho da Viola
Para o amigo Marco,ele também violonista clássico.
Com Marisa Monte e Paulinho da Viola
http://youtu.be/C-Gg8HH1UzM
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