Sinopse do filme
Agressões, xingamentos,
humilhações, exposição forçada, todas essas coisas entre tantas outras são
definidas como bullying, uma palavra estrangeira que acabou sendo incorporada ao
nosso vocabulário. Ela ganhou destaque nos últimos anos devido ao número elevado
de ocorrências de violências verbais e físicas em ambiente escolar. Esse tema
polêmico e assustador, além de ganhar as manchetes de jornais, agora também tem
um registro digno na história do cinema. Bullying - Provocações Sem
Limites é uma produção espanhola que apresenta um retrato cruel de uma
geração cujos representantes estão cada vez mais arredios.
O filme conquista o espectador
pelo excelente roteiro que mete o dedo nessa ferida sem ter medo que ela sangre, mostrando até
as últimas e tristes consequências que esse problema pode levar. A história
mostra o jovem Jordi (Albert Carró) começando a estudar em uma nova escola e por
ser a novidade da turma e muito quieto os valentões aproveitam para agredir,
humilhar, enganar e se aproveitar do rapaz. O líder da gangue é Nacho (Joan
Carles Suau), um mau caráter que chega ao cúmulo de conquistar a simpatia da mãe
da vítima só para poder ter passe livre em sua casa, assim dando continuidade a
tortura iniciada no ambiente escolar
O estudante também tem contato
com um vizinho, Bruno (Carlos Fuentes), que mesmo recebendo apenas desprezo por
parte de Jordi está sempre por perto nos momentos em que o rapaz precisa e
parece compreendê-lo. Porém, tudo que o jovem engole de mágoas provocadas pela
gangue acaba descarregando justamente no seu "anjo da guarda", pois sabe que ele
só quer ajudá-lo e não vai revidar.
As humilhações e agressões
exibidas são revoltantes. Dá até vontade de entrar no filme para dar um jeito
nos valentões, que na verdade morrem de medo de serem denunciados. Eles
conseguem sempre se safar do pente fino dos professores e da diretora do
colégio, aliás, ela é um exemplo de má administração. E mesmo a mãe de Jordi
percebe tardiamente tudo o que está acontecendo.
Bullying - Provocações
Sem Limites deveria se tornar um filme obrigatório para as escolas e
universidades apresentarem aos alunos e depois promoverem debates, inclusive com
os pais. É preciso dedicar atenção especial ao tema e tentar identificar os perfis de possíveis
agressores e vítimas a fim de evitar grandes problemas no futuro, até mesmo
mortes. Infelizmente, o longa não abre espaço para discutir como a justiça lida
nesses casos em relação a responsabilidade de alunos e da própria escola perante
denúncias que, no mínimo, renderiam penas por danos morais. Faltou pouco para
ser uma obra nota dez.
Vale apena assistir com a família. Você estará mostrando o realmente acontece com um indivíduo...
Nenhum comentário:
Postar um comentário