DROGAS: É Possível prevenir na Infância!!!
Como introdução às reflexões, sugiro que volte no tempo, retornando à sua infância: que recordações dela ficaram mais gravadas, levando-o a experimentar as mais gratas sensações ao só trazê-las de volta do passado para revivê-las no presente?
Não duvidaria se, entre suas mais gratas recordações, estivessem pequenos fatos como um aniversário comemorado em família, o dia da volta do papai de uma viagem, a casa da vovó, seus carinhos em forma de balas, bolos ou biscoitos, uma palavra de sua mãe, uma noite num sítio com os primos, um momento com seus brinquedos, etc, etc.
Não é difícil advinhar o que tenha feito ou faça uma criança feliz. São coisas simples, quase corriqueiras, fatos aparentemente sem a menor importância, mas que tiveram ou têm o poder de ficar indelevelmente marcados em cada um de nós.Nada complicado: simplesmente, a presença do amor, substância divina calcada no coração humano.
A recordação desses fatos é da maior importância porque permite ver que não é difícil fazer uma criança feliz. Não se fazem necessários presentes caros,. Longas viagens, grandesreuniões de amigos...nada disso! O que realmente, deixa uma criança feliz é a presença do amor em sua vida. Amor. Não disse mimo, não disse atender seus caprichos nem tampouco fingir não ver seus erros...AMOR. Amor que, inclusive, muitas vezes se pode manifestar sob a forma de uma palavra enérgica. Por que não?
O mundo globalizado no qual vivemos, em que o materialismo toma formas cada vez mais ostensivas, absorvendo as mais importantes energias do ser humano, muitas vezes, nos envolve e nos distrai em coisas e valores que nada têm a ver com a verdadeira felicidade. Quantas vezes é comum presenciar o sofrimento de alguém pelo fato de não poder comprar para o filho o que um amigo comprou, por não poder fazer a festa de aniversário tão maravilhosa quanto foi a do filhinho da amiga. É justo entregar nossa felicidade a fatores externos quando ela pode ser construída com base em pequenos e simples fatos que permeiam a vida?
Gonzáles Pecotche, afirma que i>“a felicidade é algo que a vida nos outorga através de pequenas porções de bem”. Quanta verdade em tão poucas palavras!
Não podemos esquecer de que a criança que tem sua vida pautada nos valores materiais, participando muitas vezes competições variadas (o carro mais novo, a casa mais bonita, a etiqueta mais famosa, a viagem mais cara...), torna-se um canditado a subordinar a própria felicidade a fatores externos, ao contrário do que, me parece mais lógico e mais sensato, aprender a construir a vida com base em valores reais, permanentes, sólidos, irrefutáveis.
Quando se encara a vida sob outro prisma, há coisas cuja evocação enternecem sobremaneira a alma: não posso me esquecer do sabor da merenda que costumava levar à escola quase diariamente: uma banana e uma garrafinha de Toddy. Quantas vezes, ao abrir aquela merendeira e encontrar aquela merendinha posta por meu pai ou minha mãe, sentia uma onda de ternura, de gratidão, pelos pais que eu tinha e pelo amor que me dedicavam. Que bem me fazia pensar em meus pais! Eles mesmos me ensinavam que eu devia ser grata a tudo que tinha. Nunca mais me permiti misturar esses dois sabores para não perder o mistério daquela reminiscência...
Existe relação de tudo isso que refletimos até agora, com a prevenção na infância contra o uso da droga??
SIM. Você já viu alguém que seja muito feliz e que seja consciente dessa felicidade, buscar refúgio e apoio nas drogas?
Dediquemo-nos, pois, a despertar nas novas gerações os valores reais da vida e veremos os problemas da adolescência diminuírem sensivelmente.
Maria Lúcia da Silveira
Nenhum comentário:
Postar um comentário