domingo, 15 de maio de 2016
Você pode ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes,mas não se esqueça de que sua vida é a maior empresa do mundo. E você pode evitar que ela vá a falência. Há muitas pessoas que precisam, admiram e torcem por você.
Gostaria que você sempre se lembrasse de que ser feliz não é ter um céu sem tempestade, caminhos sem acidentes, trabalhos sem fadigas, relacionamentos sem desilusões.
Ser feliz é encontrar força no perdão, esperança nas batalhas, segurança no palco do medo, amor nos desencontros.
Ser feliz não é apenas valorizar o sorriso, mas refletir sobre a tristeza. Não é apenas comemorar o sucesso, mas aprender lições nos fracassos. Não é apenas ter júbilo nos aplausos, mas encontrar alegria no anonimato.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história. É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma. É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um “não”. É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.
Ser feliz é deixar viver a criança livre, alegre e simples que mora dentro de cada um de nós. É ter maturidade para falar “eu errei”. É ter ousadia para dizer “me perdoe”. É ter sensibilidade para expressar “eu preciso de você”. É ter capacidade de dizer “eu te amo”. É ter humildade da receptividade.
Desejo que a vida se torne um canteiro de oportunidades para você ser feliz. E, quando você errar o caminho, recomece. Pois assim você descobrirá que ser feliz não é ter uma vida perfeita. Mas usar as lágrimas para irrigar a tolerância. Usar as perdas para refinar a paciência. Usar as falhas para lapidar o prazer. Usar os obstáculos para abrir as janelas da inteligência.
Jamais desista de si mesmo.
Jamais desista das pessoas que você ama.
Jamais desista de ser feliz, pois a vida é um espetáculo imperdível, ainda que se apresentem dezenas de fatores a demonstrarem o contrário.
Augusto Cury Gostaria que você sempre se lembrasse de que ser feliz não é ter um céu sem tempestade, caminhos sem acidentes, trabalhos sem fadigas, relacionamentos sem desilusões.
Ser feliz é encontrar força no perdão, esperança nas batalhas, segurança no palco do medo, amor nos desencontros.
Ser feliz não é apenas valorizar o sorriso, mas refletir sobre a tristeza. Não é apenas comemorar o sucesso, mas aprender lições nos fracassos. Não é apenas ter júbilo nos aplausos, mas encontrar alegria no anonimato.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história. É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma. É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um “não”. É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.
Ser feliz é deixar viver a criança livre, alegre e simples que mora dentro de cada um de nós. É ter maturidade para falar “eu errei”. É ter ousadia para dizer “me perdoe”. É ter sensibilidade para expressar “eu preciso de você”. É ter capacidade de dizer “eu te amo”. É ter humildade da receptividade.
Desejo que a vida se torne um canteiro de oportunidades para você ser feliz. E, quando você errar o caminho, recomece. Pois assim você descobrirá que ser feliz não é ter uma vida perfeita. Mas usar as lágrimas para irrigar a tolerância. Usar as perdas para refinar a paciência. Usar as falhas para lapidar o prazer. Usar os obstáculos para abrir as janelas da inteligência.
Jamais desista de si mesmo.
Jamais desista das pessoas que você ama.
Jamais desista de ser feliz, pois a vida é um espetáculo imperdível, ainda que se apresentem dezenas de fatores a demonstrarem o contrário.
Filhos brilhantes, alunos fascinantes
Bons filhos conhecem o prefácio da história dos seus pais. Filhos brilhantes vão muito mais longe, conhecem os capítulos mais importantes das suas vidas.
Bons jovens se preparam para o sucesso. Jovens brilhantes se preparam para as derrotas. Eles sabem que a vida é um contrato de risco e que não há caminhos sem acidentes.
Bons jovens têm sonhos ou disciplina. Jovens brilhantes têm sonhos e disciplina. Pois sonhos sem disciplina produzem pessoas frustradas, que nunca transformam seus sonhos em realidade, e disciplina sem sonhos produz servos, pessoas que executam ordens, que fazem tudo automaticamente e sem pensar.
Bons alunos escondem certas intenções, mas alunos fascinantes são transparentes. Eles sabem que quem não é fiel à sua consciência tem uma dívida impagável consigo mesmo. Não querem, como alguns políticos, o sucesso a qualquer preço. Só querem o sucesso conquistado com suor, inteligência e transparência. Pois sabem que é melhor a verdade que dói do que a mentira que produz falso alívio..
A grandeza de um ser humano não está no quanto ele sabe, mas no quanto ele tem consciência que não sabe. O destino não é freqüentemente inevitável, mas uma questão de escolha. Quem faz escolha, escreve sua própria história, constrói seus próprios caminhos.
Os sonhos não determinam o lugar onde vocês vão chegar, mas produzem a força necessária para tirá-los do lugar em que vocês estão. Sonhem com as estrelas para que vocês possam pisar pelo menos na Lua. Sonhem com a Lua para que vocês possam pisar pelo menos nos altos montes. Sonhem com os altos montes para que vocês possam ter dignidade quando atravessarem os vales das perdas e das frustrações.
Bons alunos aprendem a matemática numérica, alunos fascinantes vão além, aprendem a matemática da emoção, que não tem conta exata e que rompe a regra da lógica. Nessa matemática, você só aprende a multiplicar quando aprende a dividir, só consegue ganhar quando aprende a perder, só consegue receber, quando aprende a se doar.
Uma pessoa inteligente aprende com os seus erros, uma pessoa sábia vai além, aprende com os erros dos outros, pois é uma grande observadora.
Procurem um grande amor na vida e cultivem-no. Pois, sem amor, a vida se torna um rio sem nascente, um mar sem ondas, uma história sem aventura! Mas, nunca esqueçam, em primeiro lugar tenham um caso de amor consigo mesmos.
Augusto Cury Bons filhos conhecem o prefácio da história dos seus pais. Filhos brilhantes vão muito mais longe, conhecem os capítulos mais importantes das suas vidas.
Bons jovens se preparam para o sucesso. Jovens brilhantes se preparam para as derrotas. Eles sabem que a vida é um contrato de risco e que não há caminhos sem acidentes.
Bons jovens têm sonhos ou disciplina. Jovens brilhantes têm sonhos e disciplina. Pois sonhos sem disciplina produzem pessoas frustradas, que nunca transformam seus sonhos em realidade, e disciplina sem sonhos produz servos, pessoas que executam ordens, que fazem tudo automaticamente e sem pensar.
Bons alunos escondem certas intenções, mas alunos fascinantes são transparentes. Eles sabem que quem não é fiel à sua consciência tem uma dívida impagável consigo mesmo. Não querem, como alguns políticos, o sucesso a qualquer preço. Só querem o sucesso conquistado com suor, inteligência e transparência. Pois sabem que é melhor a verdade que dói do que a mentira que produz falso alívio..
A grandeza de um ser humano não está no quanto ele sabe, mas no quanto ele tem consciência que não sabe. O destino não é freqüentemente inevitável, mas uma questão de escolha. Quem faz escolha, escreve sua própria história, constrói seus próprios caminhos.
Os sonhos não determinam o lugar onde vocês vão chegar, mas produzem a força necessária para tirá-los do lugar em que vocês estão. Sonhem com as estrelas para que vocês possam pisar pelo menos na Lua. Sonhem com a Lua para que vocês possam pisar pelo menos nos altos montes. Sonhem com os altos montes para que vocês possam ter dignidade quando atravessarem os vales das perdas e das frustrações.
Bons alunos aprendem a matemática numérica, alunos fascinantes vão além, aprendem a matemática da emoção, que não tem conta exata e que rompe a regra da lógica. Nessa matemática, você só aprende a multiplicar quando aprende a dividir, só consegue ganhar quando aprende a perder, só consegue receber, quando aprende a se doar.
Uma pessoa inteligente aprende com os seus erros, uma pessoa sábia vai além, aprende com os erros dos outros, pois é uma grande observadora.
Procurem um grande amor na vida e cultivem-no. Pois, sem amor, a vida se torna um rio sem nascente, um mar sem ondas, uma história sem aventura! Mas, nunca esqueçam, em primeiro lugar tenham um caso de amor consigo mesmos.
Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo. E que posso evitar que ela vá à falência.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma.
É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um “não”. É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.
Augusto Cury Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma.
É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um “não”. É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.
Texto extraído da Pediatria Radical
A Criança Pequena Negativa e Obstinada
DefiniçãoO negativismo é uma fase normal pela qual passam a maioria das crianças entre os 18 meses e 3 anos de idade. Começa quando as crianças descobrem que têm o poder de se negar a responder às solicitações de outras pessoas. Durante este tempo, as crianças respondem negativamente a muitos pedidos, mesmo que sejam agradáveis. Em geral, são mais obstinadas do que cooperativas. Elas se comprazem em recusar uma sugestão, não importa se para vestir-se ou despir-se, tomar um banho ou sair da banheira, deitar-se ou levantar-se da cama.Como tratar uma criança pequena negativa e obstinadaConsidere as seguintes recomendações que podem proporcionar ajuda a você e seu filho durante esta fase.1. Não se ofenda por esta fase normal.Quando seu filho diz "não" ele quer dizer "Tenho que fazer isto?" ou "Você está falando sério"? Esta resposta não deve ser confundida com falta de respeito. Esta fase é importante para a autodeterminação e identidade da criança. Veja-a com senso de humor .2. Não castigue seu filho por ele dizer "não".Castigue seu filho pelo que ele faz e não pelo que ele fala. Como você não pode eliminar o "Não", ignore-o. Se você discutir com seu filho por ele dizer "não", prolongará este comportamento.3. Dê a seu filho outras opções.Esta é a melhor maneira de fazer com que seu filho sinta que tem mais liberdade e controle, e isto por sua vez fará com que ele esteja mais disposto a cooperar. Alguns exemplos de opções são deixar que seu filho escolha entre um banho de chuveiro ou de banheira; qual livro ele quer ler; quais brinquedos levará para a banheira; que fruta comerá no lanche; que roupa ou sapatos vai colocar; que cereal comerá no desjejum; de que brincará, dentro ou fora de casa, no parque ou no quintal; e assim sucessivamente. Para as tarefas que não agradem a seu filho, deixe que ele tenha opinião a respeito, perguntando a ele "Quer fazer isso depressa ou devagar?" ou "Quer fazer isto, ou quer que eu faça?"
Procure médico para uma consulta de rotina se: Você ou o seu cônjuge não puderem aceitar a necessidade que seu filho tem de dizer "não".- Você ou seu cônjuge tiverem dificuldade para controlar suas irritações.- Seu filho tiver vários outros problemas de disciplina.- Estas orientações não produzirem uma melhora durante o primeiro mês.- Tiver outras perguntas ou preocupações.Escrito por B.D. Schmitt, M.D., autor de "Your Child's Health", Bantam Books.Copyright 1999 Clinical Reference Systems
Quanto mais rápido seu filho tiver a impressão de que é ele quem toma as decisões, mais rápido ele passará por esta fase.4. Não dê a seu filho uma opção quando não houver nenhuma opçãoAs regras de segurança, tais como sentar no assento de segurança do automóvel, não estão sujeitas a discussão, ainda que você possa explicar o motivo pelo qual se deve obedecer a esta regra. Deitar-se à noite ou ir à escola também não são negociáveis. Não faça uma pergunta quando só existe uma resposta aceitável, mas guie seu filho de forma tão amável quanto possível (por exemplo, "Sinto muito, mas agora é hora de dormir") As ordens como "Faça isto ou você vai ver" devem ser evitadas.5.Proporcione tempo de transição para a mudança de atividades.Se seu filho estiver se divertindo e deve mudar para outra atividade, provavelmente será necessário tempo de transição. Por exemplo, se seu filho está brincando com os carrinhos quando está quase na hora do jantar, avise-o 5 minutos antes. Algumas vezes, um relógio de cozinha é útil para que uma criança aceite a alteração.6.Elimine as regras excessivas.Quanto mais regras houverem, menos provável é que seu filho se conforme em obedecê-las. Elimine as expectativas desnecessárias e as discussões a respeito se ele colocará meias ou se comerá tudo o que tem em seu prato. Ajude seu filho a se sentir menos controlado tendo diariamente mais interações positivas do que contatos negativos.7.Evite responder aos pedidos de seu filho com um número excessivo de negativas.Seja um modelo de afabilidade para seu filho. Quando seu filho lhe pede algo e você não está segura quanto ao pedido, diga "Sim" ou adie a decisão dizendo "Vou pensar". Se vai conceder o pedido, faça-o imediatamente, antes que seu filho começe a resmungar ou suplicar. Quando for necessário dizer "não" diga a ele que lamenta e dê um motivo .
DefiniçãoO negativismo é uma fase normal pela qual passam a maioria das crianças entre os 18 meses e 3 anos de idade. Começa quando as crianças descobrem que têm o poder de se negar a responder às solicitações de outras pessoas. Durante este tempo, as crianças respondem negativamente a muitos pedidos, mesmo que sejam agradáveis. Em geral, são mais obstinadas do que cooperativas. Elas se comprazem em recusar uma sugestão, não importa se para vestir-se ou despir-se, tomar um banho ou sair da banheira, deitar-se ou levantar-se da cama.Como tratar uma criança pequena negativa e obstinadaConsidere as seguintes recomendações que podem proporcionar ajuda a você e seu filho durante esta fase.1. Não se ofenda por esta fase normal.Quando seu filho diz "não" ele quer dizer "Tenho que fazer isto?" ou "Você está falando sério"? Esta resposta não deve ser confundida com falta de respeito. Esta fase é importante para a autodeterminação e identidade da criança. Veja-a com senso de humor .2. Não castigue seu filho por ele dizer "não".Castigue seu filho pelo que ele faz e não pelo que ele fala. Como você não pode eliminar o "Não", ignore-o. Se você discutir com seu filho por ele dizer "não", prolongará este comportamento.3. Dê a seu filho outras opções.Esta é a melhor maneira de fazer com que seu filho sinta que tem mais liberdade e controle, e isto por sua vez fará com que ele esteja mais disposto a cooperar. Alguns exemplos de opções são deixar que seu filho escolha entre um banho de chuveiro ou de banheira; qual livro ele quer ler; quais brinquedos levará para a banheira; que fruta comerá no lanche; que roupa ou sapatos vai colocar; que cereal comerá no desjejum; de que brincará, dentro ou fora de casa, no parque ou no quintal; e assim sucessivamente. Para as tarefas que não agradem a seu filho, deixe que ele tenha opinião a respeito, perguntando a ele "Quer fazer isso depressa ou devagar?" ou "Quer fazer isto, ou quer que eu faça?"
Procure médico para uma consulta de rotina se: Você ou o seu cônjuge não puderem aceitar a necessidade que seu filho tem de dizer "não".- Você ou seu cônjuge tiverem dificuldade para controlar suas irritações.- Seu filho tiver vários outros problemas de disciplina.- Estas orientações não produzirem uma melhora durante o primeiro mês.- Tiver outras perguntas ou preocupações.Escrito por B.D. Schmitt, M.D., autor de "Your Child's Health", Bantam Books.Copyright 1999 Clinical Reference Systems
Quanto mais rápido seu filho tiver a impressão de que é ele quem toma as decisões, mais rápido ele passará por esta fase.4. Não dê a seu filho uma opção quando não houver nenhuma opçãoAs regras de segurança, tais como sentar no assento de segurança do automóvel, não estão sujeitas a discussão, ainda que você possa explicar o motivo pelo qual se deve obedecer a esta regra. Deitar-se à noite ou ir à escola também não são negociáveis. Não faça uma pergunta quando só existe uma resposta aceitável, mas guie seu filho de forma tão amável quanto possível (por exemplo, "Sinto muito, mas agora é hora de dormir") As ordens como "Faça isto ou você vai ver" devem ser evitadas.5.Proporcione tempo de transição para a mudança de atividades.Se seu filho estiver se divertindo e deve mudar para outra atividade, provavelmente será necessário tempo de transição. Por exemplo, se seu filho está brincando com os carrinhos quando está quase na hora do jantar, avise-o 5 minutos antes. Algumas vezes, um relógio de cozinha é útil para que uma criança aceite a alteração.6.Elimine as regras excessivas.Quanto mais regras houverem, menos provável é que seu filho se conforme em obedecê-las. Elimine as expectativas desnecessárias e as discussões a respeito se ele colocará meias ou se comerá tudo o que tem em seu prato. Ajude seu filho a se sentir menos controlado tendo diariamente mais interações positivas do que contatos negativos.7.Evite responder aos pedidos de seu filho com um número excessivo de negativas.Seja um modelo de afabilidade para seu filho. Quando seu filho lhe pede algo e você não está segura quanto ao pedido, diga "Sim" ou adie a decisão dizendo "Vou pensar". Se vai conceder o pedido, faça-o imediatamente, antes que seu filho começe a resmungar ou suplicar. Quando for necessário dizer "não" diga a ele que lamenta e dê um motivo .
Mas eu quero!
Tenho presenciado cenas e vivido situações, principalmente com crianças na faixa etária entre 5 e 9 anos, que acreditam que basta elas quererem para que devam ser atendidas. Tem-se a impressão de que a criança aprendeu que a simples simulação desta frase, "mas eu quero...", estabelece o motivo e a obrigatoriedade de serem atendidas, incondicionalmente, em seu desejo.
Ouço depoimentos de professores relatando histórias de alunos que se negam a fazer lições de casa ou a estudar determinado tema, ou a participar de um trabalho coletivo e, como justificativa, estas crianças dizem que não querem, que é chato. Quando os professores insistem, dando um limite claro, que é importante e necessário fazer determinada atividade escolar, elas replicam, revestidas de autoridade, que não querem fazer e que não vão fazer.
E agora? Como proceder? Estas crianças acreditam que só devem fazer o que lhes dá prazer, o que elas aceitem. Não aceitam submeter-se a um processo mais trabalhoso e mais elaborado. Não aceitam os procedimentos necessários à aprendizagem. Não querem, como se diz em linguagem popular, suar a camisa. Se estes professores recorrem aos pais, eles replicam, "Você viu só? Ela só faz o que ela quer..." ou ainda , "Ele é fogo...Não obedece mesmo!".
Um pai contou-me que seu filho negava-se a escovar os dentes e que não havia jeito de que o fizesse. Perguntou se ele deveria deixar e esperar que ele amadurecesse e entendesse a necessidade desta higiene ou se ele deveria insistir. E os dentes esperam uma pessoa amadurecer para serem escovados? Parece-me que não!
Ainda conheço um jovem que se nega a ir à primeira aula, pois acha muito cedo. Conheço outro menino que não aceita fazer exercícios; ele acha que basta ouvir o professor explicar. Sei de crianças que se negam a colocar o uniforme da escola por achá-lo feio. Sei de uma menina que não aceita a norma de não comer durante as aulas. Sei de pais que não conseguem que seu filho tome o remédio por ser ruim. Algumas crianças e jovens não vão à recuperação, outros não querem fazer terapia. E assim vai.
O insólito dos relatos não são os fatos em si; pois
Limites, como é difícil...
DESENVOLVENDO A PERSONALIDADE1º) Os filhos não precisam de pais gigantes, mas de pessoas que se comuniquem e lhes penetrem o coração, que lhes ajudem a SER pessoas saudáveis e responsáveis. (adaptado de A.Cury).a) Compartilhem com eles a sua vida - alegrias e medos, vitórias e derrotas etc. Isto ajuda e termos uma relação mais autêntica com eles. E faz com que eles tenham uma visão maior da realidade. E a nos ver como tão humanos quanto eles. Atente para isto, pois a infância passa rápido. A adolescência precisa de nossa direção. E em todas fases eles precisam de segurança e apoio. Obs: não devemos confundir sustento com apoio. b) Nutra suas personalidades - alimente o sentimento de moral e de justiça. Estimule a inteligência e o bom senso. Dê consciência de seus limites.c) Cuide de sua auto-estima. Fale de seus valores. Elogie seus atos positivos. Ofereça carinho verbal e físico. Entenda seus medos e ansiedades. Estimule-o. Dê a ele a oportunidade de fazer. Mostre que você acredita na capacidade dele. Deixe claro que o ama não pelos resultados mas por sua pessoa. d) Ensine-o a reflexão - sempre que possível fale do conteúdo das coisas e do real valor que devemos dar a elas. Por exemplo: vale-se pelo que se e e não pelo que se tem. Lembre-os que na vida há vitórias e fracassos; alegrias e tristezas.e) Ofereça-se a seu filho - se não passarmos tempo com eles quando criança, eles podem não querer nossa companhia quando crescerem. E na infância que somos capazes de influencia-los com convicções e valores, mas precisamos de tempo para isso. f) Ensine a ele a ter responsabilidade e respeito pelas pessoas. Estabeleça limites e conseqüências. (trechos de b a f - resumidos e/ou parafraseados, da primeira parte, do livro pais brilhantes professores fascinantes). ESTABELECENDO LIMITES Se os aspectos anteriores se referem a concessão de amor e estimulo a liberdade, LIMITE se a exercício do amor mas de contenção da liberdade. O limite ajuda a valorizar o outro e a gerar responsabilidade. Se os pais são hipersolícitos e não impõem limites e conseqüências, o filho irá aprender que todos estão a sua disposição e que ele não deve arcar com o ônus de seus atos. Logo, estabelecer limites e conseqüências não é provocar traumas mas participar do processo de lapidação de caráter do ser humano, e contribuir para a sociedade. E acima de tudo é obedecer a Palavra de Deus que determina: " ....." "Um dos fatores que mais geram insegurança na criança(filhos) é ela pensar que não existem limites para sua conduta ou que, se existem, pode ultrapassá-los" (Rob Parsons . Pai 60' - p.78). Como limite é um ato de contensão da liberdade temos que estar conscientes que: - provavelmente haverá conflito;- ele é necessário, pois desenvolve valores e responsabilidade;- a não imposição hoje, pode ser decepção, ou um conflito muito maior, amanhã;- Deve ser precedido da seguinte pergunta: Este conflito vale a pena? Este limite vai desenvolver o caráter?Exemplo: Por que devo ordenar que meu filho guarda suas coisas e arrume sua cama? Pode dizer, entre outras coisas, que ele precisa aprender que ele deve ser responsável por suas coisas. Ou que num grupo ( no caso família), todos devem cooperar pela ordem das coisas. "Quem cresce apenas dentro do principio do prazer não chega ao principio da ética e da responsabilidade" Içami Tiba - O executivo e sua família - p.60Dar limites é ensinar que os direitos são iguais para todos. É dizer SIM quando possível e NÃO quando necessário e se tam uma razão concreta. É ensinar a ver o mundo com uma conotação social e não psicológica( segundo meus desejos).É ensinar a tolerar frustrações no presente para que os problemas da vida possam ser superados com equilíbrio e maturidade.MAS COMO APLICAR ESTES LIMITES ?Alguns PRESSUPOSTOS: - Saiba discernir entre NECESSIDADES(ligadas ao desenvolvimento) e DESEJOS( ligados ao prazer). Necessidades devem ser atendidas, já desejos podem ser. Exemplos:
NECESSIDADES
DESEJOS
Comer quando com fome
Comer danoninho ao invés de almoçar
Ter roupas confortáveis e adequadas
Exigir roupas de marca
Dormir
Ficar dormindo e não ir a escola porque ficou acordado até muito tarde
- Seja exemplo, viva de acordo com seu discurso, de modo coerente aos limites que impõe.- Não seja autoritário, explique a causa do limite; ouça seu filho; mas se for imprescindível haja impositivamente. OBS: em regra os filhos entendem os limites, mas não aceitam. APLICAÇÃO 1) sempre deve ser aplicado com amor, coerência(adequação), constância( formar caráter requer tempo), e conseqüência ou correção (justiça);"a disciplina aplicada com amor fortalece o relacionamento e a personalidade, mas uma crítica ferina e injusta pode destruí-lo" Parsons Cuidado com a auto-estima. Ataque a conduta não a pessoa. 2) Deve haver regras claras e coerentes para sua aplicação;3) Devemos trabalhar o perdão. Fatos do passado podem ser usados se servirem para reforçar o desenvolvimento. Mas não devem ser usados como instrumentos de opressão ou humilhação.4) Tenha consciência da vulnerabilidade e trabalhe e humildade, pois nos também erramos. Não perca a oportunidade de pedir desculpas. 5) Seja coerente, o limite deve ter um motivo e deve ser aplicado no nível cognitivo/afetivo certo. Uma regra infantil não cabe para um adolescente. 6) Haja com constância e oportunidade. Desenvolver a personalidade leva tempo. A aplicação de um limite exige o tempo certo, para gerar consciência. 7) Seja justo e equilibrado. A regra foi infringida, aplique a conseqüência. A ação ou o problema e pequeno releve ou imponha uma sanção leve. Atitudes graves exigem ações firmes e fortes. 8) Premie ou elogie o bom comportamento. E faça-a assumir a conseqüência dos maus comportamentos. E lembre-o que elogios ou prêmios( não materiais) são melhores que conseqüências e sanções. Prêmios: elogios particulares e/ou na frente de outros, um bilhete afetuoso, sair para um lugar que ele gosta. 8) Prometeu execute! Quer uma recompensa quer uma sanção. Só é capaz de amar e impor limites quem tem autoridade. A FALTA OU EXCESSO DE LIMITESPara Içami Tiba (p.70), ao deixar de dar limites para não contrariar; para poupar ou para não aborrecer, você está desenvolvendo a irresponsabilidade e a falta de noção de realidade. Segundo a psicóloga Tânia Zagury a falta de limites pode levar as seguintes atitudes, conforme a evolução etária ou do comportamento: (p.37-- Descontrole emocional, histeria, ataques de raiva. ( em geral de 01 a 05 anos);- Dificuldade crescente de aceitação dos limites ( 06 a 08 anos);- Distúrbio de conduta; desrespeito aos pais, colegas e autoridades; incapacidade de concentração; dificuldades para concluir tarefas; excitabilidade; baixo rendimento. 09 anos ...) Segundo Zagury, são confundidos com crianças hiperativas. - Agressões físicas se contrariado; descontrole; e até problemas psiquiátricos nos casos de predisposição. Nestes casos a criança sem limites cresce com uma deformação na percepção da realidade e do valor de outra pessoa. Por outro lado o excesso de limites pode limitar a criança, gerar um baixa auto-estima; torna-la reprimida ou ansiosa. BIRRAS Os filhos mais novos (até 06 anos) fazem birra, os maiores expõem sua oposição eus hormônios. Não ceda as birras. Não permita o show, se necessário segure-o com firmeza, não permite que ele pense que está no controle. Assim que ele se acalmar explique que sua conduta está errada e que você não vai tolerar. Se necessário use o castigo ou corretivo.Birra é a oposição aos limites em busca do prazer pessoal. Por isso a necessidade de agir com firmeza dentro de um atitude com coerência, constância e conseqüência. Se possível explique, se não, apenas aplique o limite. Mais do que explicação a criança precisa de firmeza e segurança. Como sugestão, a fim de evitar birras, procure não sair me horários que as crianças estejam cansadas ou com sono. Não demore muito em lugares estressantes ou de nenhum interesse para criança. Se possível leve brinquedos ou a companhia de outras crianças. Todos gostamos de lugares agradáveis e de boa companhia. HORMÔNIOSJá os filhos adolescentes e jovens exigem um postura diferente, pois estão em profunda mudança intelectual, emocional e fisiológica. Conhecer suas principais características é essencial. O adolescente com testosterona (da força) fica impulsivo, irritado, agitado e mau- humorado. A adolescente com estrogênio ( da ligação) quer reuniões, falar muito, dividir experiências e compartilhar coisas. Ambos têm dificuldade para administra seus conflitos e estão em busca de sua identidade - por isso a importância da turma, pois precisam pertencer. Por outro lado sofrem de embriaguez relacional - fazem coisas em grupo que não fariam sozinhos ou com os pais.Estão em desenvolvimento da visão abstrata, que associada a sua busca de identidade, geram os questionamentos e oposições. Quando possível tolere um pouco o mau-humor; a cara feia, de resmungos etc ( é comum um pouco de depressão).Elogie as vitórias sociais, escolares, esportivas e espirituais. Estimule a independência. E busque sempre uma oportunidade de diálogo. E por causa da embreaguez relacional procure conhecer seus amigos, e discretamente direcione-o para certos grupos que você sabe podem ter bons comportamentos. E não se esqueça que o ser humano não é um "anjinho". Estudo - outro problema complexo de se tratar com adolescentes é ESTUDO. Primeiro devemos ter em mente que a visão e experiência dele não é a nossa. E que ele está numa fase de transformação, aprendizado e conflitos. Alem disso ate por volta do 17 anos seu cérebro é instável em sua função cognitiva e afetiva, por isto tantos altos e baixos. Temos que lembrar também que nosso adolescente é multidisciplinar, está acostumado com multimídia. Eis o porquê de ser comum encontrá-lo lendo ao mesmo tempo que houve um CD ou assiste a MTV e come um sanduíche com coca-cola. Dê atenção a ele, "peca-lhe para dar uma aula, adolescente gosta de se sentir poderoso (Içami Tiba p.71). Assim treinamos sua atenção e capacidade de comunicação. Procure escolas que se concentrem tanto no aspecto cognitivo quanto afetivo. Onde haja uma boa relação professor aluno e onde a aula seja dinâmica. Apóie seu filho nas áreas de educação de seu interesse (informática, esporte etc). Acompanhe suas atividades, valorize seu ensino não apenas pagando uma boa escola, mas demonstrando que você se importa com ele. Não cobre excessivamente os resultados, analise o desenvolvimento global dele.Drogas - os padrões dos adolescentes podem se modificar de acordo com a turma, é o que Içami Tiba chama de "embriaguez relacional". Por isso é importante saber ou orientar bem o adolescente quanto sua turma ou companhia. Se necessário você deve levá-lo aos suas saídas, para estar por dentro de seus relacionamentos. E deve estimulá-lo a se relacionar com determinado grupo, sempre respeitando-o. O convívio pode levar a mudança de opinião, daí a preocupação com as companhias. Devemos ter consciência também que nosso filho não é um anjinho. E que droga da sensação de prazer e força, coisas que o adolescente quer mais que preservação do corpo. Alem disso ele ainda não tem a exata noção dos riscos e conseqüências, seu cérebro e emoções estão em formação. Esteja aberto a conversas do cotidiano, só assim mantemos o canal aberto para diálogos. Entretanto saiba que seu filho não vai contar tudo para você, pois nos somos pais e não seus colegas, mesmo que tenhamos um ótimo relacionamento. Afinal amigo, em regra, não estabelece limites e aplica sanções. Achou droga, seja firme e busque ajuda, a familiarização leva ao descuido. Não aceite desculpas bobas, desconfie. Droga, em regra, é como traição conjugal, enquanto o traído acredita o infiel continua traição. Desconfie do choro e das frases "só experimentei"; "eu deixo quando quiser". Nestes estágios é imprescindível pedir ajudo, pois ele e você já estão emocionalmente comprometidos, e isto distorce a visão de realidade.Quer o álcool ou outro tipo de dependência, o vicio só adormece, esteja sempre atento ao agente despertador.No caso de drogas cuide e ame seu filho, mas lembre-se ele é um ser humano com liberdade, por isso não desista dele, mas estabeleça limites e opte pela família. CONCLUSÃO
Somos da geração da maquina de escrever, eles são da geração da multimídia. Logo, nossos filhos são super-estimulados e cheios de duvidas, pois recebem muita informação mas não são conduzidos a refletir. Somos da geração da afetividade (almoço com a vovó), eles são da geração da materialidade (almoço e passeio no shopping).Por isso, mais do que de limites, eles precisam de atenção e companhia. "nos afadigamos tanto para dar aos nossos filhos aquilo que não tivemos, que não temos tempo de dar-lhes o que tivemos" ( atenção, carinho, presença etc).Quando trocamos a afetividade pela materialidade enviamos a mensagem que não vale a pena trabalhar e estudar tanto. Por isso ama-se cada vez menos, e cada vez mais há jovens furtando tênis e celulares, ou se prostituindo para ter bens, sem se importar com relacionamentos ou conseqüências. Quem educa ama e estabelece limites, pois estes são os elementos essenciais para o desenvolvimento e formação da personalidade.
NECESSIDADES
DESEJOS
Comer quando com fome
Comer danoninho ao invés de almoçar
Ter roupas confortáveis e adequadas
Exigir roupas de marca
Dormir
Ficar dormindo e não ir a escola porque ficou acordado até muito tarde
- Seja exemplo, viva de acordo com seu discurso, de modo coerente aos limites que impõe.- Não seja autoritário, explique a causa do limite; ouça seu filho; mas se for imprescindível haja impositivamente. OBS: em regra os filhos entendem os limites, mas não aceitam. APLICAÇÃO 1) sempre deve ser aplicado com amor, coerência(adequação), constância( formar caráter requer tempo), e conseqüência ou correção (justiça);"a disciplina aplicada com amor fortalece o relacionamento e a personalidade, mas uma crítica ferina e injusta pode destruí-lo" Parsons Cuidado com a auto-estima. Ataque a conduta não a pessoa. 2) Deve haver regras claras e coerentes para sua aplicação;3) Devemos trabalhar o perdão. Fatos do passado podem ser usados se servirem para reforçar o desenvolvimento. Mas não devem ser usados como instrumentos de opressão ou humilhação.4) Tenha consciência da vulnerabilidade e trabalhe e humildade, pois nos também erramos. Não perca a oportunidade de pedir desculpas. 5) Seja coerente, o limite deve ter um motivo e deve ser aplicado no nível cognitivo/afetivo certo. Uma regra infantil não cabe para um adolescente. 6) Haja com constância e oportunidade. Desenvolver a personalidade leva tempo. A aplicação de um limite exige o tempo certo, para gerar consciência. 7) Seja justo e equilibrado. A regra foi infringida, aplique a conseqüência. A ação ou o problema e pequeno releve ou imponha uma sanção leve. Atitudes graves exigem ações firmes e fortes. 8) Premie ou elogie o bom comportamento. E faça-a assumir a conseqüência dos maus comportamentos. E lembre-o que elogios ou prêmios( não materiais) são melhores que conseqüências e sanções. Prêmios: elogios particulares e/ou na frente de outros, um bilhete afetuoso, sair para um lugar que ele gosta. 8) Prometeu execute! Quer uma recompensa quer uma sanção. Só é capaz de amar e impor limites quem tem autoridade. A FALTA OU EXCESSO DE LIMITESPara Içami Tiba (p.70), ao deixar de dar limites para não contrariar; para poupar ou para não aborrecer, você está desenvolvendo a irresponsabilidade e a falta de noção de realidade. Segundo a psicóloga Tânia Zagury a falta de limites pode levar as seguintes atitudes, conforme a evolução etária ou do comportamento: (p.37-- Descontrole emocional, histeria, ataques de raiva. ( em geral de 01 a 05 anos);- Dificuldade crescente de aceitação dos limites ( 06 a 08 anos);- Distúrbio de conduta; desrespeito aos pais, colegas e autoridades; incapacidade de concentração; dificuldades para concluir tarefas; excitabilidade; baixo rendimento. 09 anos ...) Segundo Zagury, são confundidos com crianças hiperativas. - Agressões físicas se contrariado; descontrole; e até problemas psiquiátricos nos casos de predisposição. Nestes casos a criança sem limites cresce com uma deformação na percepção da realidade e do valor de outra pessoa. Por outro lado o excesso de limites pode limitar a criança, gerar um baixa auto-estima; torna-la reprimida ou ansiosa. BIRRAS Os filhos mais novos (até 06 anos) fazem birra, os maiores expõem sua oposição eus hormônios. Não ceda as birras. Não permita o show, se necessário segure-o com firmeza, não permite que ele pense que está no controle. Assim que ele se acalmar explique que sua conduta está errada e que você não vai tolerar. Se necessário use o castigo ou corretivo.Birra é a oposição aos limites em busca do prazer pessoal. Por isso a necessidade de agir com firmeza dentro de um atitude com coerência, constância e conseqüência. Se possível explique, se não, apenas aplique o limite. Mais do que explicação a criança precisa de firmeza e segurança. Como sugestão, a fim de evitar birras, procure não sair me horários que as crianças estejam cansadas ou com sono. Não demore muito em lugares estressantes ou de nenhum interesse para criança. Se possível leve brinquedos ou a companhia de outras crianças. Todos gostamos de lugares agradáveis e de boa companhia. HORMÔNIOSJá os filhos adolescentes e jovens exigem um postura diferente, pois estão em profunda mudança intelectual, emocional e fisiológica. Conhecer suas principais características é essencial. O adolescente com testosterona (da força) fica impulsivo, irritado, agitado e mau- humorado. A adolescente com estrogênio ( da ligação) quer reuniões, falar muito, dividir experiências e compartilhar coisas. Ambos têm dificuldade para administra seus conflitos e estão em busca de sua identidade - por isso a importância da turma, pois precisam pertencer. Por outro lado sofrem de embriaguez relacional - fazem coisas em grupo que não fariam sozinhos ou com os pais.Estão em desenvolvimento da visão abstrata, que associada a sua busca de identidade, geram os questionamentos e oposições. Quando possível tolere um pouco o mau-humor; a cara feia, de resmungos etc ( é comum um pouco de depressão).Elogie as vitórias sociais, escolares, esportivas e espirituais. Estimule a independência. E busque sempre uma oportunidade de diálogo. E por causa da embreaguez relacional procure conhecer seus amigos, e discretamente direcione-o para certos grupos que você sabe podem ter bons comportamentos. E não se esqueça que o ser humano não é um "anjinho". Estudo - outro problema complexo de se tratar com adolescentes é ESTUDO. Primeiro devemos ter em mente que a visão e experiência dele não é a nossa. E que ele está numa fase de transformação, aprendizado e conflitos. Alem disso ate por volta do 17 anos seu cérebro é instável em sua função cognitiva e afetiva, por isto tantos altos e baixos. Temos que lembrar também que nosso adolescente é multidisciplinar, está acostumado com multimídia. Eis o porquê de ser comum encontrá-lo lendo ao mesmo tempo que houve um CD ou assiste a MTV e come um sanduíche com coca-cola. Dê atenção a ele, "peca-lhe para dar uma aula, adolescente gosta de se sentir poderoso (Içami Tiba p.71). Assim treinamos sua atenção e capacidade de comunicação. Procure escolas que se concentrem tanto no aspecto cognitivo quanto afetivo. Onde haja uma boa relação professor aluno e onde a aula seja dinâmica. Apóie seu filho nas áreas de educação de seu interesse (informática, esporte etc). Acompanhe suas atividades, valorize seu ensino não apenas pagando uma boa escola, mas demonstrando que você se importa com ele. Não cobre excessivamente os resultados, analise o desenvolvimento global dele.Drogas - os padrões dos adolescentes podem se modificar de acordo com a turma, é o que Içami Tiba chama de "embriaguez relacional". Por isso é importante saber ou orientar bem o adolescente quanto sua turma ou companhia. Se necessário você deve levá-lo aos suas saídas, para estar por dentro de seus relacionamentos. E deve estimulá-lo a se relacionar com determinado grupo, sempre respeitando-o. O convívio pode levar a mudança de opinião, daí a preocupação com as companhias. Devemos ter consciência também que nosso filho não é um anjinho. E que droga da sensação de prazer e força, coisas que o adolescente quer mais que preservação do corpo. Alem disso ele ainda não tem a exata noção dos riscos e conseqüências, seu cérebro e emoções estão em formação. Esteja aberto a conversas do cotidiano, só assim mantemos o canal aberto para diálogos. Entretanto saiba que seu filho não vai contar tudo para você, pois nos somos pais e não seus colegas, mesmo que tenhamos um ótimo relacionamento. Afinal amigo, em regra, não estabelece limites e aplica sanções. Achou droga, seja firme e busque ajuda, a familiarização leva ao descuido. Não aceite desculpas bobas, desconfie. Droga, em regra, é como traição conjugal, enquanto o traído acredita o infiel continua traição. Desconfie do choro e das frases "só experimentei"; "eu deixo quando quiser". Nestes estágios é imprescindível pedir ajudo, pois ele e você já estão emocionalmente comprometidos, e isto distorce a visão de realidade.Quer o álcool ou outro tipo de dependência, o vicio só adormece, esteja sempre atento ao agente despertador.No caso de drogas cuide e ame seu filho, mas lembre-se ele é um ser humano com liberdade, por isso não desista dele, mas estabeleça limites e opte pela família. CONCLUSÃO
Somos da geração da maquina de escrever, eles são da geração da multimídia. Logo, nossos filhos são super-estimulados e cheios de duvidas, pois recebem muita informação mas não são conduzidos a refletir. Somos da geração da afetividade (almoço com a vovó), eles são da geração da materialidade (almoço e passeio no shopping).Por isso, mais do que de limites, eles precisam de atenção e companhia. "nos afadigamos tanto para dar aos nossos filhos aquilo que não tivemos, que não temos tempo de dar-lhes o que tivemos" ( atenção, carinho, presença etc).Quando trocamos a afetividade pela materialidade enviamos a mensagem que não vale a pena trabalhar e estudar tanto. Por isso ama-se cada vez menos, e cada vez mais há jovens furtando tênis e celulares, ou se prostituindo para ter bens, sem se importar com relacionamentos ou conseqüências. Quem educa ama e estabelece limites, pois estes são os elementos essenciais para o desenvolvimento e formação da personalidade.
Desenho infantil
Muito além dos rabiscos
Há pais que guardam os desenhos dos filhos pequenos movidos por carinho. Outros olham para os rabiscos por um segundo e disparam o elogio automático: “Que bonito”. E há os que simplesmente não ligam para o que vêem – afinal... são apenas desenhos infantis! Embora muitos pais não estejam atentos para isso, as garatujas, formas e figuras que os filhos colocam habitualmente no papel, representam uma fonte de informações valiosa em sua tarefa de educá-los e formar sua personalidade. Os desenhos dizem muito sobre o temperamento, o perfil psicológico e o estado emocional das crianças. Refletem a forma como elas enxergam seu ambiente familiar e o mundo à sua volta. Constantemente, também revelam dificuldades pelas quais elas estão passando em casa, na escola ou nas relações sociais.
Decifrar corretamente os desenhos infantis – e descobrir o que está por trás dessas janelas do consciente e do inconsciente – nem sempre é fácil. Exige sensibilidade e alguma prática. Mas tampouco é um bicho-de-sete-cabeças. Para ajudar os pais nessa tarefa, acaba de chegar às livrarias uma obra bastante útil: Como interpretar os Desenhos das Crianças, da pedagoga canadense Nicole Bédard (Editora Isis, tradução de Maria Lucia de Carvalho Accacio, 114 páginas).
Centrado nas faixas de idade que vão de 18 meses a 6 anos (quando então a leitura e escrita começam a substituir o desenho na expressão infantil), o livro é um manual dividido em verbetes simples e diretos. Permite que os pais interpretem as criações artísticas de seus rebentos em questão de minutos – como se consultassem um dicionário. Começa por dissecar o significado da escolha do tipo de lápis e papel. A seguir, detém-se na simbologia das cores e, finalmente, no que representam os elementos mais comuns nos desenhos infantis – a casa, o sol, as árvores e plantas, as figuras humanas, etc. Ao final, a título de exercício, a autora reproduz 20 desenhos de crianças (infelizmente em preto-e-branco na edição brasileira), analisando e interpretando cada um deles. Tudo bem mastigado. “Não devemos esquecer que o que nos interessa é o simbolismo e as mensagens que o desenho transmite, e não sua perfeição estética”, adverte a autora.
Decifre seu filhoSegundo Nicole, se a criança escolhe uma folha de papel pequena, indica capacidade de concentração e certa tendência à introversão. Se nessa mesma folha ela aplicar traços menos definidos, superficiais ou feitos com pouca pressão do lápis, estará exteriorizando uma falta de confiança em si própria. A criança uma folha de formato médio.
Ainda quanto às escolhas iniciais para o desenho, é importante observar por onde a criança o começa: se for pelo lado esquerdo da folha, significa que seus pensamentos estão girando ao redor do passado; se for pelo lado direito, quer dizer que ela deposita fé e esperanças no futuro; o início no centro indica que ela está aberta a tudo à sua volta e no momento não vive ansiedades nem tensões de maior monta.
As cores, de acordo com Nicole Bédard, também fornecem pistas sobre o que vai pela cabeça dos pequenos desenhistas. A preferência pelo vermelho revela uma natureza enérgica, espírito esportivo e, por outro lado, pode sinalizar algum tipo de agressividade. Já o amarelo representa “o conhecimento, a curiosidade e a alegria de viver”. A criança que usa essa cor com freqüência é generosa, extrovertida, otimista e ambiciosa. O preto, avisa a autora, costuma ser uma cor mal interpretada pelos pais, associada a maus pensamentos ou tristeza. Não necessariamente é assim. O preto representa o que vai pelo inconsciente e mostra que a criança tem confiança em si mesma e no dia de amanhã, além de ser adaptável às circunstâncias. Quando o preto vem acompanhado do azul, no entanto, talvez revele um sentimento de depressão e derrota.
Os desenhos e a psicologiaMuitos leitores podem se perguntar se essas interpretações não são um pouco genéricas e um tanto simplistas. Em outras palavras: não é arriscado tomar como base a escolha de determinada folha de papel ou de certas cores para definir traços de personalidade ou o estado de espírito de uma criança? De modo geral, as colocações da autora encontram eco na psicologia, na pedagogia e em outras ciências. A cromoterapia – cujas origens remontam às antigas civilizações – é hoje uma prática terapêutica consagrada na qual cada cor do espectro está relacionada a um efeito sobre o meio ambiente ou a uma reação daqueles que o habitam. “Existe toda uma herança sociocultural por trás desses simbolismos; aquilo que o psiquiatra Carl Gustav Jung chamava de inconsciente coletivo”, observa o psicólogo Fabiano Murgia, pai de Carollina Carina, coordenador clínico do Centro de Vivência Evolução, entidade de São Paulo que trabalha com crianças com necessidades especiais. “Nos desenhos infantis, o sol, por exemplo, está quase sempre relacionado à figura paterna: ele está lá em cima, transmite calor, é o provedor”, diz Murgia. “E a ancestralidade também se estande às cores.”
A interpretação das figuras humanas e dos elementos da natureza nos desenhos infantis compõe a parte mais atraente do livro de Nicole Bédard.O mesmo sol a que o psicólogo se refere acima tem para ela significados um pouco mais complexos. Nicole afirma que o sol representa a energia masculina, mas sustenta que, quando desenhado à esquerda do papel, pode representar a influência de uma mãe de índole muito independente, e quanto mais fortes forem os raios, mais a mãe será controladora e do tipo que impõe sua vontade em todas as situações.
Já o sol situado à direita do papel revela a percepção que a criança tem a respeito do pai. Se for muito intenso, radiante, pode indicar um pai com tendências à violência verbal ou física. Quando o sol estiver no centro do papel, ele representa a própria criança: um auto-retrato. “Nesse caso”, escreve Nicole, “estamos diante de uma criança que acredita ter certa responsabilidade por sua mãe e por seu pai – talvez se trate de uma família desarticulada, mas ela possui o caráter e o potencial necessários para fazer frente à situação.”
A família no papelAs figuras humanas, tão freqüentes nos desenhos infantis, são excelentes pistas para se desvendar o que vai por dentro das pequenas cabeças. Na maioria das vezes, ao desenhá-las, as crianças estão retratando a si próprias ou as pessoas com quem elas convivem cotidianamente, principalmente os pais e parentes. Os traços mais importantes que se deve observar nas figuras humanas são o rosto, a posição dos braços e os pés.
À luz da pedagogia, o auto-retrato infantil pode ser analisado por outros ângulos. “Quando a criança desenha a si própria, está mostrando exatamente como ela está, como se sente”, aponta a educadora infantil Luciane Isabel de Freitas, filha de Eliza, professora do colégio São Luís, de São Paulo. “Quando ela se retrata num cantinho da folha de papel, não está tendo o reconhecimento corporal dela própria, ainda não percebeu seu corpo no espaço, e também por isso pode esquecer de desenhar os olhos ou os braços – isso é normal até os 7 anos”, completa.
Outro tema recorrente nos desenhos infantis, e que pode ser bastante esclarecedor para os pais, é a casa. Quem acha que as casinhas coloridas são todas parecidas, deve começar a prestar atenção nos detalhes. Se a proporção da casa no desenho é muito grande, a criança está vivendo uma fase mais emotiva do que racional. Se a casa é muito pequena, significa que ela é introspectiva, talvez com algumas perguntas girando na cabeça. Uma porta pequena na casa sinaliza uma criança que tem dificuldades em convidar as pessoas para visitá-la, é seletiva com os amigos e parentes, não gosta que lhe façam muitas perguntas e nem que a observem. Uma porta grande, em contrapartida, é sinal de boas-vindas para quem quiser fazer parte de seu cotidiano.
E – surpresa! – atenção também à maçaneta da porta. Quando a criança a desenha à esquerda, significa que seus pensamentos estão ligados ao passado – e dessa forma ela busca confiança para enfrentar o futuro. Essa criança não aprecia transformações bruscas e precisa de tempo para assimilar novas idéias. Maçaneta à direita é sinal de que a criança tem desejos constantes de mudanças, aprecia os imprevistos positivos, as aventuras, e arrisca-se a antecipar o futuro. Maçaneta no centro indica uma criança em busca de independência e autonomia, e também teimosia e tendência de impor as próprias vontades.
Nicole Bédard chama a atenção para o fato de que não se deve avaliar a personalidade, os pontos altos e baixos e as necessidades de uma criança com base em apenas dois ou três desenhos. O ideal é utilizar vários deles feitos num determinado espaço de tempo. “A cada nova informação que recebe, a criança reestrutura a sua forma de ver o mundo e, por isso, na análise do desenho, é preciso levar em consideração o momento que ela vive”, pondera a educadora Thereza Bordoni, mãe de Samuel e Humberto, diretora da ABC Pesquisa e Desenvolvimento em Educação, de Belo Horizonte, e que tem nos desenhos infantis uma de suas especialidades pedagógicas. “A criança costuma colocar perto de si, no papel, as pessoas com quem ela mantém os laços mais fortes, mas se a mãe dela, naquele dia, a proibiu de comer um chocolate, poder ser retratada de forma menos afetuosa, o que é eventual e não corresponde à realidade de seus sentimentos”, conclui Thereza.
Bom sensoPor fim, um conselho importante aos pais: jamais interfiram nos desenhos das crianças, alegando que não existem árvores com peixes nos galhos ou casas suspensas no céu. Por trás desses bem intencionados “conselhos”, dessa carinhosa objetividade, repousa o temor de que seu filho não se integre à realidade do mundo e, portanto, não vá em frente na vida. Engano. A criança provavelmente irá responder que sua árvore é diferente das outras porque vem de Marte e que a casa pertence a um super-herói capaz de voar. Dê um sorriso e tranqüilize-se: ela está sendo original e, portanto, desenvolvendo a capacidade de afirmar as próprias opiniões e de desbravar seus caminhos. Não é isso que todos queremos?CONSULTORIA
Há pais que guardam os desenhos dos filhos pequenos movidos por carinho. Outros olham para os rabiscos por um segundo e disparam o elogio automático: “Que bonito”. E há os que simplesmente não ligam para o que vêem – afinal... são apenas desenhos infantis! Embora muitos pais não estejam atentos para isso, as garatujas, formas e figuras que os filhos colocam habitualmente no papel, representam uma fonte de informações valiosa em sua tarefa de educá-los e formar sua personalidade. Os desenhos dizem muito sobre o temperamento, o perfil psicológico e o estado emocional das crianças. Refletem a forma como elas enxergam seu ambiente familiar e o mundo à sua volta. Constantemente, também revelam dificuldades pelas quais elas estão passando em casa, na escola ou nas relações sociais.
Decifrar corretamente os desenhos infantis – e descobrir o que está por trás dessas janelas do consciente e do inconsciente – nem sempre é fácil. Exige sensibilidade e alguma prática. Mas tampouco é um bicho-de-sete-cabeças. Para ajudar os pais nessa tarefa, acaba de chegar às livrarias uma obra bastante útil: Como interpretar os Desenhos das Crianças, da pedagoga canadense Nicole Bédard (Editora Isis, tradução de Maria Lucia de Carvalho Accacio, 114 páginas).
Centrado nas faixas de idade que vão de 18 meses a 6 anos (quando então a leitura e escrita começam a substituir o desenho na expressão infantil), o livro é um manual dividido em verbetes simples e diretos. Permite que os pais interpretem as criações artísticas de seus rebentos em questão de minutos – como se consultassem um dicionário. Começa por dissecar o significado da escolha do tipo de lápis e papel. A seguir, detém-se na simbologia das cores e, finalmente, no que representam os elementos mais comuns nos desenhos infantis – a casa, o sol, as árvores e plantas, as figuras humanas, etc. Ao final, a título de exercício, a autora reproduz 20 desenhos de crianças (infelizmente em preto-e-branco na edição brasileira), analisando e interpretando cada um deles. Tudo bem mastigado. “Não devemos esquecer que o que nos interessa é o simbolismo e as mensagens que o desenho transmite, e não sua perfeição estética”, adverte a autora.
Decifre seu filhoSegundo Nicole, se a criança escolhe uma folha de papel pequena, indica capacidade de concentração e certa tendência à introversão. Se nessa mesma folha ela aplicar traços menos definidos, superficiais ou feitos com pouca pressão do lápis, estará exteriorizando uma falta de confiança em si própria. A criança uma folha de formato médio.
Ainda quanto às escolhas iniciais para o desenho, é importante observar por onde a criança o começa: se for pelo lado esquerdo da folha, significa que seus pensamentos estão girando ao redor do passado; se for pelo lado direito, quer dizer que ela deposita fé e esperanças no futuro; o início no centro indica que ela está aberta a tudo à sua volta e no momento não vive ansiedades nem tensões de maior monta.
As cores, de acordo com Nicole Bédard, também fornecem pistas sobre o que vai pela cabeça dos pequenos desenhistas. A preferência pelo vermelho revela uma natureza enérgica, espírito esportivo e, por outro lado, pode sinalizar algum tipo de agressividade. Já o amarelo representa “o conhecimento, a curiosidade e a alegria de viver”. A criança que usa essa cor com freqüência é generosa, extrovertida, otimista e ambiciosa. O preto, avisa a autora, costuma ser uma cor mal interpretada pelos pais, associada a maus pensamentos ou tristeza. Não necessariamente é assim. O preto representa o que vai pelo inconsciente e mostra que a criança tem confiança em si mesma e no dia de amanhã, além de ser adaptável às circunstâncias. Quando o preto vem acompanhado do azul, no entanto, talvez revele um sentimento de depressão e derrota.
Os desenhos e a psicologiaMuitos leitores podem se perguntar se essas interpretações não são um pouco genéricas e um tanto simplistas. Em outras palavras: não é arriscado tomar como base a escolha de determinada folha de papel ou de certas cores para definir traços de personalidade ou o estado de espírito de uma criança? De modo geral, as colocações da autora encontram eco na psicologia, na pedagogia e em outras ciências. A cromoterapia – cujas origens remontam às antigas civilizações – é hoje uma prática terapêutica consagrada na qual cada cor do espectro está relacionada a um efeito sobre o meio ambiente ou a uma reação daqueles que o habitam. “Existe toda uma herança sociocultural por trás desses simbolismos; aquilo que o psiquiatra Carl Gustav Jung chamava de inconsciente coletivo”, observa o psicólogo Fabiano Murgia, pai de Carollina Carina, coordenador clínico do Centro de Vivência Evolução, entidade de São Paulo que trabalha com crianças com necessidades especiais. “Nos desenhos infantis, o sol, por exemplo, está quase sempre relacionado à figura paterna: ele está lá em cima, transmite calor, é o provedor”, diz Murgia. “E a ancestralidade também se estande às cores.”
A interpretação das figuras humanas e dos elementos da natureza nos desenhos infantis compõe a parte mais atraente do livro de Nicole Bédard.O mesmo sol a que o psicólogo se refere acima tem para ela significados um pouco mais complexos. Nicole afirma que o sol representa a energia masculina, mas sustenta que, quando desenhado à esquerda do papel, pode representar a influência de uma mãe de índole muito independente, e quanto mais fortes forem os raios, mais a mãe será controladora e do tipo que impõe sua vontade em todas as situações.
Já o sol situado à direita do papel revela a percepção que a criança tem a respeito do pai. Se for muito intenso, radiante, pode indicar um pai com tendências à violência verbal ou física. Quando o sol estiver no centro do papel, ele representa a própria criança: um auto-retrato. “Nesse caso”, escreve Nicole, “estamos diante de uma criança que acredita ter certa responsabilidade por sua mãe e por seu pai – talvez se trate de uma família desarticulada, mas ela possui o caráter e o potencial necessários para fazer frente à situação.”
A família no papelAs figuras humanas, tão freqüentes nos desenhos infantis, são excelentes pistas para se desvendar o que vai por dentro das pequenas cabeças. Na maioria das vezes, ao desenhá-las, as crianças estão retratando a si próprias ou as pessoas com quem elas convivem cotidianamente, principalmente os pais e parentes. Os traços mais importantes que se deve observar nas figuras humanas são o rosto, a posição dos braços e os pés.
À luz da pedagogia, o auto-retrato infantil pode ser analisado por outros ângulos. “Quando a criança desenha a si própria, está mostrando exatamente como ela está, como se sente”, aponta a educadora infantil Luciane Isabel de Freitas, filha de Eliza, professora do colégio São Luís, de São Paulo. “Quando ela se retrata num cantinho da folha de papel, não está tendo o reconhecimento corporal dela própria, ainda não percebeu seu corpo no espaço, e também por isso pode esquecer de desenhar os olhos ou os braços – isso é normal até os 7 anos”, completa.
Outro tema recorrente nos desenhos infantis, e que pode ser bastante esclarecedor para os pais, é a casa. Quem acha que as casinhas coloridas são todas parecidas, deve começar a prestar atenção nos detalhes. Se a proporção da casa no desenho é muito grande, a criança está vivendo uma fase mais emotiva do que racional. Se a casa é muito pequena, significa que ela é introspectiva, talvez com algumas perguntas girando na cabeça. Uma porta pequena na casa sinaliza uma criança que tem dificuldades em convidar as pessoas para visitá-la, é seletiva com os amigos e parentes, não gosta que lhe façam muitas perguntas e nem que a observem. Uma porta grande, em contrapartida, é sinal de boas-vindas para quem quiser fazer parte de seu cotidiano.
E – surpresa! – atenção também à maçaneta da porta. Quando a criança a desenha à esquerda, significa que seus pensamentos estão ligados ao passado – e dessa forma ela busca confiança para enfrentar o futuro. Essa criança não aprecia transformações bruscas e precisa de tempo para assimilar novas idéias. Maçaneta à direita é sinal de que a criança tem desejos constantes de mudanças, aprecia os imprevistos positivos, as aventuras, e arrisca-se a antecipar o futuro. Maçaneta no centro indica uma criança em busca de independência e autonomia, e também teimosia e tendência de impor as próprias vontades.
Nicole Bédard chama a atenção para o fato de que não se deve avaliar a personalidade, os pontos altos e baixos e as necessidades de uma criança com base em apenas dois ou três desenhos. O ideal é utilizar vários deles feitos num determinado espaço de tempo. “A cada nova informação que recebe, a criança reestrutura a sua forma de ver o mundo e, por isso, na análise do desenho, é preciso levar em consideração o momento que ela vive”, pondera a educadora Thereza Bordoni, mãe de Samuel e Humberto, diretora da ABC Pesquisa e Desenvolvimento em Educação, de Belo Horizonte, e que tem nos desenhos infantis uma de suas especialidades pedagógicas. “A criança costuma colocar perto de si, no papel, as pessoas com quem ela mantém os laços mais fortes, mas se a mãe dela, naquele dia, a proibiu de comer um chocolate, poder ser retratada de forma menos afetuosa, o que é eventual e não corresponde à realidade de seus sentimentos”, conclui Thereza.
Bom sensoPor fim, um conselho importante aos pais: jamais interfiram nos desenhos das crianças, alegando que não existem árvores com peixes nos galhos ou casas suspensas no céu. Por trás desses bem intencionados “conselhos”, dessa carinhosa objetividade, repousa o temor de que seu filho não se integre à realidade do mundo e, portanto, não vá em frente na vida. Engano. A criança provavelmente irá responder que sua árvore é diferente das outras porque vem de Marte e que a casa pertence a um super-herói capaz de voar. Dê um sorriso e tranqüilize-se: ela está sendo original e, portanto, desenvolvendo a capacidade de afirmar as próprias opiniões e de desbravar seus caminhos. Não é isso que todos queremos?CONSULTORIA
Responsabilidades...
NUNCA É MUITO CEDOPARA EDUCAR NARESPONSABILIDADE
Para que uma criança aprenda a ser responsável, os pais devem:
DESTACAR-LHE RESPONSABILIDADES: Se os pais fazem tudo pela criança e tomam todas as decisões, a criança nunca aprenderá a ser responsável.
COMEÇAR MUITO CEDO: Durante a infância. A seguir, na puberdade, a delegação de responsabilidades irá aumentando.
INFORMAR-LHE SOBRE A EFICÁCIA DE SUAS RESPOSTAS: A criança deve saber como se está desenvolvendo e há de aprender com seus erros.
DAR-LHES APROVAÇÃO E RECONHECIMENTO: Quando atuam de forma responsável. Isto lhes infundirá confiança e segurança em si próprios.
Os encargos ou responsabilidades familiares
É comum que em muitos lares os pais, e com freqüência apenas a mãe, carreguem sobre seus ombros todos os trabalhos:
As tarefas domésticas.
A sustentação do lar.
O cuidado da roupa de cada um.
As gestões relacionadas com seus estudos: matrículas, uniformes, livros ...
Entretanto, os pequenos encargos ou responsabilidades constituem uma forma maravilhosa de educar a responsabilidade. Além disso, contribuem para que todo o trabalho não recaia sempre nas mesmas pessoas. Ter um encargo concreto aos 4 ou 5 anos torna possível que aos 15 ou 16 anos seja lógico o colaborar no lar. Pelo contrário, se esperar que seu filho fique maior para exigir-lhe responsabilidade, isso vai ser difícil.
OS FILHOS DEVEM COLABORARNO BOM ANDAMENTO DO LAR
Do mesmo modo que desde muito pequeno acostumamos nossos filhos a que comam e se vistam sozinhos, devemos acostumar-lhe a ir fazendo por si próprios o que, razoavelmente, e de acordo com sua idade, são capazes de fazer.
Nunca é muito cedo para ensinar ao filho a ser responsável. Nos primeiros anos de vida pode fazê-lo como um jogo. Enquanto seu bebê começa a engatinhar pode estimular–lhe para que recolha seus jogos. Desde que seu filho tem 2 ou 3 anos pode assumir pequenas responsabilidades:
Ajudar colocar a mesa.
Tirar os guardanapos.
Regar as plantas.
Ajudar mamãe a fazer as camas nos dias que não há colégio.
Preparar sua roupa para o dia seguinte.
Apagar as luzes.
Recolher seus objetos pessoais.
Entre os 5 - 7 anos pode assumir responsabilidades maiores como, por exemplo:
Atender o telefone.
Tomar banho e vestir-se sozinho.
Cuidar de algum animal.
Tirar o lixo.
Limpar sistematicamente o banheiro, o lavabo ...
Comprar diariamente produtos como: o pão, o leite ...
Varrer o chão.
Passar o aspirador.
Limpar seus sapatos ...
Pouco a pouco, a criança terá que ir aprendendo a deixá-lo de fazer como um jogo (porque lhe diverte) a fazê-lo ainda que nesse momento não lhe resulte apetecível. Deverá aprender, que na vida, há coisas desagradáveis ou aborrecedoras e que não há mais remédio que aceitar se se quer crescer. Se a criança observa que seus pais e irmãos maiores realizam estas tarefas de forma regular compreenderá que há certas tarefas necessárias que deve fazer.
Para que um encargo desenvolva a responsabilidade, a criança deve ser consciente de que tem que responder ante alguém pelos trabalhos realizados. Os pais deverão, portanto, avaliar periodicamente seu cumprimento.
É importante que seu filho entenda bem em que consiste seu encargo, para que possa cumpri-lo. Além disso, deve entender o propósito da tarefa: isto é, por que é importante que o faça.
Na hora de distribuir os encargos convém respeitar as iniciativas de seu filho: bem no que diz respeito ao encargo escolhido, ou melhor quanto à forma de cumpri-lo. Se se pode escolher livremente estará exercitando sua responsabilidade. Deve-se procurar que cada filho tenha o encargo que possa cumprir bem. Desta forma poderão experimentar a satisfação do trabalho bem feito e verá reforçado seu próprio sentimento de auto-estima.
Para isso é importante que os pais recompensem periodicamente o comportamento responsável, já que é difícil que seu filho aumente sua capacidade para ser responsável se não consegue nenhuma recompensa ou elogio por seu comportamento. Pelo contrário se continuamente se lhe critica, ridiculariza ou tacha de irresponsável, seu filho acabará acreditando que o é e comportando-se como tal.
ELOGIE SEU FILHOQUANDO SE COMPORTADE FORMA RESPONSÁVEL
A medida que vão crescendo, os pais deveremos procurar que a motivação para cumprir com suas responsabilidades provenha deles mesmos. Para isso deveremos conversar muito com os filhos e fomentar sua capacidade de reflexão. Devemos ajudar-lhes a considerar as coisas e argumentar examinando as razões ou motivos que aconselham atuar de um modo ou outro; a prever as conseqüências de suas decisões livre e a atuar em conseqüência disso
Para que uma criança aprenda a ser responsável, os pais devem:
DESTACAR-LHE RESPONSABILIDADES: Se os pais fazem tudo pela criança e tomam todas as decisões, a criança nunca aprenderá a ser responsável.
COMEÇAR MUITO CEDO: Durante a infância. A seguir, na puberdade, a delegação de responsabilidades irá aumentando.
INFORMAR-LHE SOBRE A EFICÁCIA DE SUAS RESPOSTAS: A criança deve saber como se está desenvolvendo e há de aprender com seus erros.
DAR-LHES APROVAÇÃO E RECONHECIMENTO: Quando atuam de forma responsável. Isto lhes infundirá confiança e segurança em si próprios.
Os encargos ou responsabilidades familiares
É comum que em muitos lares os pais, e com freqüência apenas a mãe, carreguem sobre seus ombros todos os trabalhos:
As tarefas domésticas.
A sustentação do lar.
O cuidado da roupa de cada um.
As gestões relacionadas com seus estudos: matrículas, uniformes, livros ...
Entretanto, os pequenos encargos ou responsabilidades constituem uma forma maravilhosa de educar a responsabilidade. Além disso, contribuem para que todo o trabalho não recaia sempre nas mesmas pessoas. Ter um encargo concreto aos 4 ou 5 anos torna possível que aos 15 ou 16 anos seja lógico o colaborar no lar. Pelo contrário, se esperar que seu filho fique maior para exigir-lhe responsabilidade, isso vai ser difícil.
OS FILHOS DEVEM COLABORARNO BOM ANDAMENTO DO LAR
Do mesmo modo que desde muito pequeno acostumamos nossos filhos a que comam e se vistam sozinhos, devemos acostumar-lhe a ir fazendo por si próprios o que, razoavelmente, e de acordo com sua idade, são capazes de fazer.
Nunca é muito cedo para ensinar ao filho a ser responsável. Nos primeiros anos de vida pode fazê-lo como um jogo. Enquanto seu bebê começa a engatinhar pode estimular–lhe para que recolha seus jogos. Desde que seu filho tem 2 ou 3 anos pode assumir pequenas responsabilidades:
Ajudar colocar a mesa.
Tirar os guardanapos.
Regar as plantas.
Ajudar mamãe a fazer as camas nos dias que não há colégio.
Preparar sua roupa para o dia seguinte.
Apagar as luzes.
Recolher seus objetos pessoais.
Entre os 5 - 7 anos pode assumir responsabilidades maiores como, por exemplo:
Atender o telefone.
Tomar banho e vestir-se sozinho.
Cuidar de algum animal.
Tirar o lixo.
Limpar sistematicamente o banheiro, o lavabo ...
Comprar diariamente produtos como: o pão, o leite ...
Varrer o chão.
Passar o aspirador.
Limpar seus sapatos ...
Pouco a pouco, a criança terá que ir aprendendo a deixá-lo de fazer como um jogo (porque lhe diverte) a fazê-lo ainda que nesse momento não lhe resulte apetecível. Deverá aprender, que na vida, há coisas desagradáveis ou aborrecedoras e que não há mais remédio que aceitar se se quer crescer. Se a criança observa que seus pais e irmãos maiores realizam estas tarefas de forma regular compreenderá que há certas tarefas necessárias que deve fazer.
Para que um encargo desenvolva a responsabilidade, a criança deve ser consciente de que tem que responder ante alguém pelos trabalhos realizados. Os pais deverão, portanto, avaliar periodicamente seu cumprimento.
É importante que seu filho entenda bem em que consiste seu encargo, para que possa cumpri-lo. Além disso, deve entender o propósito da tarefa: isto é, por que é importante que o faça.
Na hora de distribuir os encargos convém respeitar as iniciativas de seu filho: bem no que diz respeito ao encargo escolhido, ou melhor quanto à forma de cumpri-lo. Se se pode escolher livremente estará exercitando sua responsabilidade. Deve-se procurar que cada filho tenha o encargo que possa cumprir bem. Desta forma poderão experimentar a satisfação do trabalho bem feito e verá reforçado seu próprio sentimento de auto-estima.
Para isso é importante que os pais recompensem periodicamente o comportamento responsável, já que é difícil que seu filho aumente sua capacidade para ser responsável se não consegue nenhuma recompensa ou elogio por seu comportamento. Pelo contrário se continuamente se lhe critica, ridiculariza ou tacha de irresponsável, seu filho acabará acreditando que o é e comportando-se como tal.
ELOGIE SEU FILHOQUANDO SE COMPORTADE FORMA RESPONSÁVEL
A medida que vão crescendo, os pais deveremos procurar que a motivação para cumprir com suas responsabilidades provenha deles mesmos. Para isso deveremos conversar muito com os filhos e fomentar sua capacidade de reflexão. Devemos ajudar-lhes a considerar as coisas e argumentar examinando as razões ou motivos que aconselham atuar de um modo ou outro; a prever as conseqüências de suas decisões livre e a atuar em conseqüência disso
Disciplina na escola
LIMITES E DISCIPLINA NA ESCOLA
O desafio dos professores
A disciplina escolar é um conjunto de regras que devem ser obedecidas tanto pelos professores quanto pelos alunos para que o aprendizado escolar tenha êxito. Portanto, é uma qualidade de relacionamento humano entre o corpo docente e os alunos em uma sala de aula e, conseqüentemente, na escola.
Como em qualquer relacionamento humano, na disciplina é preciso levar em consideração as características de cada um dos envolvidos no caso: professor e aluno, além das características do ambiente.
O professor e essencial para a socialização comunitária e tem, basicamente, quatro funções:
1. PROFESSOR PROPRIAMENTE DITO. Para poder ensinar, é necessário saber o que se ensina. Isso se aprende no círculo profissional. Saber como ensinar: o professor precisa conseguir transmitir o que sabe. Pode ser um comunicador nato ou vir a desenvolver essa qualidade por meio da própria experiência.
2. COORDENADOR DO GRUPO DE ALUNOS. Esta função não é habitualmente ensinada no currículo, pois exige um conhecimento mínimo de dinâmica de grupo, bem como noções básicas de psicologia para manter a autoridade de coordenador. Sala de aula não é consultório; escola não é clínica. Portanto, na função de coordenador de alunos, o professor tem que identificar as dificuldades existentes na classe para poder dar um bom andamento à aula.
3. MEMBRO DO CORPO DOCENTE. Um professor pode ouvir a reclamação de um aluno sobre outro professor e fazer com que chegue ao envolvido para que este possa tomar alguma providência no sentido de responder adequadamente à reclamação. Seria falta de lealdade ficar sabotando os colegas perante os alunos. Os professores devem ajudar-se mutuamente, como fazem os estudantes. Se muitos alunos queixam-se de um único professor, é sinal de que algo está errado. A única forma de solucionar um problema é identificar o erro. Como todo o ser humano, o professor também pode estar errado. O fato de ser professor não é garantia de estar sempre certo.
4. EMPREGADO DE UMA INSTITUIÇÃO. Como todo empregado, o professor tem direitos e obrigações. Eventuais insatisfações ou desavenças empregatícias devem ser resolvidas por meio dos canais competentes. Não podem ( nem devem!) ser descarregadas nos alunos, que não têm a ver com o problema. Os alunos correm o risco de ser manipulados pelo professor em virtude da própria posição de poder que ele exerce na classe.
A maior força do professor, ao representar a instituição escolar, está em seu desempenho na sala de aula. Portanto, ele não deve simplesmente fazer o que bem entender, sobretudo perante as indisciplinas dos alunos. Numa escola em que cada professor atua como bem entende, haverá, como toda a certeza, discórdias dentro do corpo docente e os alunos saberão aproveitar-se dessas desavenças, jogando um professor contra outro.
Por isso é importante que os professores adotem um padrão básico de atitudes perante as indisciplinas
Mais comuns, como se todos vestissem o mesmo uniforme comportamental. Esse uniforme protege a individualidade do professor. Quando um aluno ultrapassa os limites, não está simplesmente desrespeitando um professor em particular, mas as normas da escola. Sobre esse tema, a propósito, sugiro a leitura do meu livro Ensinar Aprendendo.
O aluno também é peça-chave para disciplina escolar e o sucesso do aprendizado. Atualmente, a maior dificuldade que encontra para estudar é a falta de motivação. Estudar para quê? Para passar de ano? Para ganhar presente? Para ter sabedoria? Pra os pais não “pegarem no pé”? Entretanto, quando estão interessados em algum assunto em particular (computação, música, esportes, coleções etc...), são as pessoas mais animadas, empreendedoras e... disciplinadas.
O ensino fundamental e médio tende a ser aprovativo, o que estimula (no passado mais ainda) o estudo suficiente apenas para passar de ano, com conhecimentos, muitas vezes, descartáveis após a prova. Já o vestibular para a faculdade é um sistema competitivo e depende da sabedoria; portanto, a motivação para estudar é acumular saber, bem diferente de atingir uma média 5 para não repetir de ano.
No vestibular, o fator sorte é mais decisivo quanto menor for o conhecimento. Trata-se de um fator imponderável, que pode fazer “cair na prova” o que o vestibulando mais estudou e “não cair” justamente o que estudou. Portanto, quanto mais estudar, isto é, quanto mais conhecimento tiver, menos ele dependerá da sorte, afinal, mais preparado estará.
Os melhores alunos são os que acabam aprendendo mais, e os piores, menos. Em termos de sabedoria, quanto mais se sabe, mais se quer aprender. Em termos de ignorância, quanto menos se sabe, mais se pensa que não é preciso saber mais...
O ambiente também interfere na disciplina. Classes muito barulhentas, nas quais ninguém ouve ninguém; salas muito quentes, escuras, alagadas ou sem condições de acomodar todos os estudantes são locais pouco prováveis de conseguir uma boa disciplina.
No entanto, a condição ambiental mais prejudicial é o estado psicológico do grupo. Uma escola em crise, que esteja passando por greves e os conseqüentes conflitos entre grevistas e fura-greves, bem como brigas entre classe e professor, e aulas ministradas durante grandes eventos populares são situações que dificultam o aprendizado.
Um professor que trabalha numa instituição que sempre protege o aluno, o cliente, independentemente do fato de este estar ou não com a razão, não tem o respaldo da instituição quando precisa. Quem pode trabalhar bem nessas condições?
CARACTERÍSTICAS DE UMA CLASSE DE ALUNOS
O agrupamento de estudantes numa sala de aula apresenta algumas características importantes, tais como:
* Apresenta alunos com idades cronológicas semelhantes, embora nem sempre o desenvolvimento emocional acompanhe a idade cronológica.
* Estudantes de sexos diferentes, da mesma idade cronológica, têm desenvolvimentos emocionais distintos.
* Cada aluno traz dentro de si sua própria dinâmica familiar, isto é, seus próprios valores (em relação a comportamento, disciplina, limites, autoridade etc.).
* Cada um tem suas características psicológicas pessoais.
* Alunos transferidos de outras escolas podem ter históricos escolares bem diferentes dos históricos de seus novos colegas.
* Para muitos estudantes, o lema é: “A escola é boa, o que atrapalha são as aulas”. Esse lema é válido principalmente para os alunos “problemáticos”.
* O professor é analisado por todos os alunos.
* O professor pode ser um canhão, mas cada aluno é um revólver...
*O que o professor faz em uma determinada classe rapidamente torna-se do conhecimento de todos os alunos, sobretudo por intermédio daqueles que desejam “fulminar” o tal professor.
* Os “maus” alunos especializam-se na arte de “assassinar aulas”, ou seja, tirar o professor de sua função de dar matérias que caem em provas. É um vale-tudo: suscitar debates políticos e econômicos dentro da sala, levantar problemas psicológicos ou da administração da escola, jogar um professor contra outro, brincar de brigar entre os colegas...
* Nem todos da classe são “inimigos” do professor. Os alunos saudáveis (chamemos assim), em geral, são a maioria. Só que estes não chamam a atenção exatamente por não dar trabalho aos professores. Entre esses bons alunos há sempre aqueles que têm um sentimento positivo em relação ao professor. Tais alunos podem funcionar como pontos de referência da aula. O relacionamento do professor com esses alunos funciona como fios invisíveis que sustentam um objetivo. Ás vezes acontece de o professor ser avisado, ao chegar à classe, por meio desses “fios invisíveis”, de que tem alguém passando mal ou aprontando alguma coisa. Não chega a se uma delação ou denúncia, mas um “recado entre amigos”.
Quanto maior for o número de “fios invisíveis” tecidos entre o professor e os alunos, maior será a integração dele com a classe. Não estou me referindo aos conhecidos “puxa-sacos”, aos bajuladores. Para estes, basta mudar o interesse que rapidamente trocam de “sacos a puxar”...
· Para “tecer” esses “fios invisíveis”, o professor pode valer-se de, basicamente, três fatores estimulantes: 1. aspectos pessoais (simpatia, higiene pessoal, elegância, educação, costumes etc.); 2. capacidade de comunicação; 3. conhecimento da matéria.
· Do lado dos alunos, os “fios invisíveis” podem ser “tecidos” com base no desejo de aprender, na facilidade de compreender e no fato de sentirem-se bem durante a aula.
APRENDER PARA QUÊ?
Para aprender, é preciso receber a informação e digeri-la em pedaços compreensíveis, a ser incorporados ao corpo do conhecimento já existente.
Aprender é alimentar a alma.
Interação é a palavra da moda. Ensinar é um dividir que soma, que enriquece professor e aluno. O abuso do poder pelo saber é medíocre, já que a ignorância pode ser transitória. A verdadeira sabedoria traz embutida em si a humildade. Ensinar passa a ser, assim, um gesto de amor.
PROFESSOR, O GRANDE COZINHEIRO
O PROFESSOR DEVE TER MUITA CRIATIVIDADE PARA TORNAR SUA AULA APETITOSA. Os temperos fundamentais são: alegria, bom humor, respeito humano e disciplina.
Haverá interesse do aluno pelo conteúdo do programa escolar sempre que houver uma correlação ente este e o dia-a-dia do estudante. O professor sábio estabelece tal correlação.
BOM HUMOR É IMPRESCINDÍVEL
O bom humor, o riso e a espontaneidade são ingredientes necessários à sensação de liberdade. O bom humor difere da ironia. Pessoas livres aprendem mais e melhor. O professor tem de entender que dentro da classe ele tem uma função específica; ele quase que interpreta um personagem.
A força da timidez está em considerá-la invencível. Na hora em que o tímido começa a quebrar uma de suas pontas, ela não resiste e começa a ruir. Basta o professor soltar-se um pouco e, quando menos esperar, já a terá superado.
O DOMÍNIO DA MOVIMENTAÇÃO CÊNICA
O professor precisa provocar captar a atenção dos alunos para o que ele está falando. O que a gente vê não esquece, o que nem sempre ocorre com o que lemos.
Os alunos aprendem muito mais por meio de imagens do que de símbolos.
O desafio dos professores
A disciplina escolar é um conjunto de regras que devem ser obedecidas tanto pelos professores quanto pelos alunos para que o aprendizado escolar tenha êxito. Portanto, é uma qualidade de relacionamento humano entre o corpo docente e os alunos em uma sala de aula e, conseqüentemente, na escola.
Como em qualquer relacionamento humano, na disciplina é preciso levar em consideração as características de cada um dos envolvidos no caso: professor e aluno, além das características do ambiente.
O professor e essencial para a socialização comunitária e tem, basicamente, quatro funções:
1. PROFESSOR PROPRIAMENTE DITO. Para poder ensinar, é necessário saber o que se ensina. Isso se aprende no círculo profissional. Saber como ensinar: o professor precisa conseguir transmitir o que sabe. Pode ser um comunicador nato ou vir a desenvolver essa qualidade por meio da própria experiência.
2. COORDENADOR DO GRUPO DE ALUNOS. Esta função não é habitualmente ensinada no currículo, pois exige um conhecimento mínimo de dinâmica de grupo, bem como noções básicas de psicologia para manter a autoridade de coordenador. Sala de aula não é consultório; escola não é clínica. Portanto, na função de coordenador de alunos, o professor tem que identificar as dificuldades existentes na classe para poder dar um bom andamento à aula.
3. MEMBRO DO CORPO DOCENTE. Um professor pode ouvir a reclamação de um aluno sobre outro professor e fazer com que chegue ao envolvido para que este possa tomar alguma providência no sentido de responder adequadamente à reclamação. Seria falta de lealdade ficar sabotando os colegas perante os alunos. Os professores devem ajudar-se mutuamente, como fazem os estudantes. Se muitos alunos queixam-se de um único professor, é sinal de que algo está errado. A única forma de solucionar um problema é identificar o erro. Como todo o ser humano, o professor também pode estar errado. O fato de ser professor não é garantia de estar sempre certo.
4. EMPREGADO DE UMA INSTITUIÇÃO. Como todo empregado, o professor tem direitos e obrigações. Eventuais insatisfações ou desavenças empregatícias devem ser resolvidas por meio dos canais competentes. Não podem ( nem devem!) ser descarregadas nos alunos, que não têm a ver com o problema. Os alunos correm o risco de ser manipulados pelo professor em virtude da própria posição de poder que ele exerce na classe.
A maior força do professor, ao representar a instituição escolar, está em seu desempenho na sala de aula. Portanto, ele não deve simplesmente fazer o que bem entender, sobretudo perante as indisciplinas dos alunos. Numa escola em que cada professor atua como bem entende, haverá, como toda a certeza, discórdias dentro do corpo docente e os alunos saberão aproveitar-se dessas desavenças, jogando um professor contra outro.
Por isso é importante que os professores adotem um padrão básico de atitudes perante as indisciplinas
Mais comuns, como se todos vestissem o mesmo uniforme comportamental. Esse uniforme protege a individualidade do professor. Quando um aluno ultrapassa os limites, não está simplesmente desrespeitando um professor em particular, mas as normas da escola. Sobre esse tema, a propósito, sugiro a leitura do meu livro Ensinar Aprendendo.
O aluno também é peça-chave para disciplina escolar e o sucesso do aprendizado. Atualmente, a maior dificuldade que encontra para estudar é a falta de motivação. Estudar para quê? Para passar de ano? Para ganhar presente? Para ter sabedoria? Pra os pais não “pegarem no pé”? Entretanto, quando estão interessados em algum assunto em particular (computação, música, esportes, coleções etc...), são as pessoas mais animadas, empreendedoras e... disciplinadas.
O ensino fundamental e médio tende a ser aprovativo, o que estimula (no passado mais ainda) o estudo suficiente apenas para passar de ano, com conhecimentos, muitas vezes, descartáveis após a prova. Já o vestibular para a faculdade é um sistema competitivo e depende da sabedoria; portanto, a motivação para estudar é acumular saber, bem diferente de atingir uma média 5 para não repetir de ano.
No vestibular, o fator sorte é mais decisivo quanto menor for o conhecimento. Trata-se de um fator imponderável, que pode fazer “cair na prova” o que o vestibulando mais estudou e “não cair” justamente o que estudou. Portanto, quanto mais estudar, isto é, quanto mais conhecimento tiver, menos ele dependerá da sorte, afinal, mais preparado estará.
Os melhores alunos são os que acabam aprendendo mais, e os piores, menos. Em termos de sabedoria, quanto mais se sabe, mais se quer aprender. Em termos de ignorância, quanto menos se sabe, mais se pensa que não é preciso saber mais...
O ambiente também interfere na disciplina. Classes muito barulhentas, nas quais ninguém ouve ninguém; salas muito quentes, escuras, alagadas ou sem condições de acomodar todos os estudantes são locais pouco prováveis de conseguir uma boa disciplina.
No entanto, a condição ambiental mais prejudicial é o estado psicológico do grupo. Uma escola em crise, que esteja passando por greves e os conseqüentes conflitos entre grevistas e fura-greves, bem como brigas entre classe e professor, e aulas ministradas durante grandes eventos populares são situações que dificultam o aprendizado.
Um professor que trabalha numa instituição que sempre protege o aluno, o cliente, independentemente do fato de este estar ou não com a razão, não tem o respaldo da instituição quando precisa. Quem pode trabalhar bem nessas condições?
CARACTERÍSTICAS DE UMA CLASSE DE ALUNOS
O agrupamento de estudantes numa sala de aula apresenta algumas características importantes, tais como:
* Apresenta alunos com idades cronológicas semelhantes, embora nem sempre o desenvolvimento emocional acompanhe a idade cronológica.
* Estudantes de sexos diferentes, da mesma idade cronológica, têm desenvolvimentos emocionais distintos.
* Cada aluno traz dentro de si sua própria dinâmica familiar, isto é, seus próprios valores (em relação a comportamento, disciplina, limites, autoridade etc.).
* Cada um tem suas características psicológicas pessoais.
* Alunos transferidos de outras escolas podem ter históricos escolares bem diferentes dos históricos de seus novos colegas.
* Para muitos estudantes, o lema é: “A escola é boa, o que atrapalha são as aulas”. Esse lema é válido principalmente para os alunos “problemáticos”.
* O professor é analisado por todos os alunos.
* O professor pode ser um canhão, mas cada aluno é um revólver...
*O que o professor faz em uma determinada classe rapidamente torna-se do conhecimento de todos os alunos, sobretudo por intermédio daqueles que desejam “fulminar” o tal professor.
* Os “maus” alunos especializam-se na arte de “assassinar aulas”, ou seja, tirar o professor de sua função de dar matérias que caem em provas. É um vale-tudo: suscitar debates políticos e econômicos dentro da sala, levantar problemas psicológicos ou da administração da escola, jogar um professor contra outro, brincar de brigar entre os colegas...
* Nem todos da classe são “inimigos” do professor. Os alunos saudáveis (chamemos assim), em geral, são a maioria. Só que estes não chamam a atenção exatamente por não dar trabalho aos professores. Entre esses bons alunos há sempre aqueles que têm um sentimento positivo em relação ao professor. Tais alunos podem funcionar como pontos de referência da aula. O relacionamento do professor com esses alunos funciona como fios invisíveis que sustentam um objetivo. Ás vezes acontece de o professor ser avisado, ao chegar à classe, por meio desses “fios invisíveis”, de que tem alguém passando mal ou aprontando alguma coisa. Não chega a se uma delação ou denúncia, mas um “recado entre amigos”.
Quanto maior for o número de “fios invisíveis” tecidos entre o professor e os alunos, maior será a integração dele com a classe. Não estou me referindo aos conhecidos “puxa-sacos”, aos bajuladores. Para estes, basta mudar o interesse que rapidamente trocam de “sacos a puxar”...
· Para “tecer” esses “fios invisíveis”, o professor pode valer-se de, basicamente, três fatores estimulantes: 1. aspectos pessoais (simpatia, higiene pessoal, elegância, educação, costumes etc.); 2. capacidade de comunicação; 3. conhecimento da matéria.
· Do lado dos alunos, os “fios invisíveis” podem ser “tecidos” com base no desejo de aprender, na facilidade de compreender e no fato de sentirem-se bem durante a aula.
APRENDER PARA QUÊ?
Para aprender, é preciso receber a informação e digeri-la em pedaços compreensíveis, a ser incorporados ao corpo do conhecimento já existente.
Aprender é alimentar a alma.
Interação é a palavra da moda. Ensinar é um dividir que soma, que enriquece professor e aluno. O abuso do poder pelo saber é medíocre, já que a ignorância pode ser transitória. A verdadeira sabedoria traz embutida em si a humildade. Ensinar passa a ser, assim, um gesto de amor.
PROFESSOR, O GRANDE COZINHEIRO
O PROFESSOR DEVE TER MUITA CRIATIVIDADE PARA TORNAR SUA AULA APETITOSA. Os temperos fundamentais são: alegria, bom humor, respeito humano e disciplina.
Haverá interesse do aluno pelo conteúdo do programa escolar sempre que houver uma correlação ente este e o dia-a-dia do estudante. O professor sábio estabelece tal correlação.
BOM HUMOR É IMPRESCINDÍVEL
O bom humor, o riso e a espontaneidade são ingredientes necessários à sensação de liberdade. O bom humor difere da ironia. Pessoas livres aprendem mais e melhor. O professor tem de entender que dentro da classe ele tem uma função específica; ele quase que interpreta um personagem.
A força da timidez está em considerá-la invencível. Na hora em que o tímido começa a quebrar uma de suas pontas, ela não resiste e começa a ruir. Basta o professor soltar-se um pouco e, quando menos esperar, já a terá superado.
O DOMÍNIO DA MOVIMENTAÇÃO CÊNICA
O professor precisa provocar captar a atenção dos alunos para o que ele está falando. O que a gente vê não esquece, o que nem sempre ocorre com o que lemos.
Os alunos aprendem muito mais por meio de imagens do que de símbolos.
Içami Tiba, um gênio...
Disciplina, limite na medida certa (IÇAMI TIBA)
Há uma história que sempre desperta o interesse de pais e educadores porque é ao mesmo tempo muito bem-humorada e realista:
Dois meninos de cinco anos estão numa espaçosa área de lazer. Não há brinquedos por perto. Um deles é magro e alto. O outro é gordo e baixo. Naturalmente, resolvem brincar.
O magro propõe:
“É pega-pega, e você é o pegador!”
E já sai em tal disparada que o gordo, com seus passos lentos e pesados, tem dificuldades de acompanhar. Quando este percebe a distância entre os dois aumentando cada vez mais, toma consciência de que não conseguirá alcançar o outro tão cedo. Então pára, estica o braço e, apontando com o indicador, grita:
“Aí não vale!”
O magro imediatamente pára, mesmo sabendo que não tinha sido combinado que ali não valeria.
Nesse momento da palestra, pergunto ao público:
“Por que o magro parou?”
Percebo que cada um busca dentro de si uma boa resposta. Para facilitar, eu mesmo respondo:
“Para continuar brincando! Se o magro continuar correndo, a brincadeira acaba, não é?”
O magro volta até o gordo com os ombros meio caídos, pois sabe que agora é a vez daquele propor outra brincadeira. O gordo, vendo o magro bem próximo, diz:
“É luta livre!”
E já avança no magro, dá-lhe uma “gravata”, derruba-o e aperta o pescoço do menino, que, à beira do desmaio, dá umas palmadinhas no braço do gordo em sinal de que está se rendendo.
Nesse momento, pergunto de novo ao público:
“Por que o gordo pára de enforcar o magro?”
“Para continuar a brincadeira!”, responde o público.
E eu arremato:
“E também porque com morto não se brinca!”
Após a gargalhada geral, volto ao tema: as crianças sabem, intuitivamente, que a brincadeira é um tipo de relacionamento em que um depende do outro. Para continuar a brincar é necessário que aceitem, nessa experiência de sociedade que elas mesmas criaram uma série de regras:
· Cada criança escolhe a brincadeira na qual tem melhor desempenho, pois sempre quer ganhar.
· Cada criança dá o máximo de si e, se alguém faz “corpo mole”, isso significa que não está levando a brincadeira a sério.
· Uma criança não pode exigir da outra mais que esta pode fazer; portanto, o limite é estabelecido por aquele que menos habilidades têm para determinada brincadeira.
· Quando uma criança diz que não agüenta mais, a outra é obrigada a parar, por mais que queira continuar brincando.
· Se um escolhe uma primeira brincadeira, o outro tem direito a escolher a segunda.
O que não aparece na história, mas pode acontecer, é que, quando uma criança desrespeita o limite da outra, esta geralmente solta um grunhido (“Ah, é assim?”) e parte para briga. Portanto, toda brincadeira pode rapidamente transformar-se em conflito, e os adultos terão muitas dificuldades para identificar quem começou a briga.
Se as crianças aceitam os limites intrínsecos à convivência em uma brincadeira, é porque sabem que não podem brincar fazendo tudo o que têm vontade. Precisam aceitar uma composição, uma sociedade com o outro.
As crianças aprendem a comportar-se em sociedade ao conviver com outras pessoas, principalmente com os próprios pais. A maioria dos comportamentos infantis é aprendida por meio de imitação, da experimentação e da invenção.
Quando os pais permitem que os filhos, por menores que sejam, façam tudo o que desejam, não estão lhes ensinando noções do que podem ou não podem fazer. Os pais usam diversos argumentos para isso: “eles não sabem o que estão fazendo”; “são muito pequenos para aprender”; “vamos ensinar quando forem maiores”; “sabemos que não devemos deixar... mas é tão engraçadinho” etc.
É preciso lembrar que uma criança, quando faz algo pela primeira vez, sempre olha em volta para ver se agradou alguém. Se agradou, repete o comportamento, pois entende que agrado é aprovação, e ela não tem condições de avaliar a adequação do seu gesto.
Portanto, cada vez que os pais aceitam uma contrariedade, um desrespeito, uma quebra de limites, estão fazendo com que seus filhos não compreendam, e rompam o limite natural para seu comportamento em família e em sociedade. Deixar que as situações transcorram sem uma intervenção clara é como se, na brincadeira entre o gordo e o magro, o filho, mesmo ouvindo “aí não vale!” , continuasse correndo; ou como se os pais pedissem para o filho parar, mas este continuasse a enforcá-los. Apesar de ser fisicamente mais fortes, os pais que não reagem à quebra de limites dos filhos acabam permitindo que estes, muito mais fracos, os maltratem, invertendo a ordem natural de que o mais fraco deve respeitar o mais forte.
A força dos pais está em transmitir aos filhos a diferença entre o que é aceitável ou não, adequado ou não, entre o que é essencial e supérfluo, e assim por diante. Pedir um brinquedo é aceitável, mas quebrar o brinquedo meia hora depois de ganha-lo e pedir outro é inaceitável. É importante estabelecer limites bem cedo e de maneira bastante clara porque, mais tarde, será preciso dizer ao adolescente de quinze anos que sair para dar uma volta com o carro do pai não é permitido, e ponto final.
O estudo é essencial; portanto, os filhos têm obrigação de estudar. Caso não o façam, terão sempre que arcar com as conseqüências de sua indisciplina, que deverão ser previamente estabelecidas pelos pais. Só poderão brincar depois de estudar, por exemplo. No que é essencial, os pais deverão dedicar mais tempo para acompanhar de perto se o combinado está sendo levado em consideração. Os filhos precisam entender que têm a responsabilidade de estudar e que seus pais os estão ajudando a cumprir um dever que faz parte da “brincadeira” da vida.
Hoje, os grandes responsáveis pela educação dos jovens – na família e na escola – não estão sabendo cumprir bem seu papel. É a falência da autoridade dos pais em casa, do professor em sala de aula, do orientador na escola. Discussões homéricas surgem nas famílias por causa de indisciplina, dificultando bastante a convivência entre as partes. Mães ficam mal-humoradas porque as crianças bagunçam o quarto e pais se exasperam porque os filhos os filhos se esquecem de apagar a luz. Porém o pior ocorre quando um filho responde mal. Isso lhes estraga o dia.
Muitos alunos também não respeitam seus professores, e essa indisciplina prejudica o ensino e a aprendizagem. Professores e orientadores têm dificuldade em estabelecer limites na sala de aula e não sabem até que ponto devem intervir em comportamentos inadequados que ocorrem nos pátios escolares.
Onde foi que os educadores se perderam? Antes de responder a qualquer pergunta, é preciso levar em conta que essa geração viveu a questão da disciplina de um modo peculiar e sofrido. Para facilitar a compreensão, seguirei a seqüência: primeira, a geração dos avós; segunda, a geração dos pais e professores; terceira, a geração dos jovens.
Pois bem, a primeira geração educou seus filhos de maneira patriarcal, com autoridade vertical – o pai no ápice e os filhos na base. Esta era obrigada a cumprir tudo o que o ápice determinava. Com isso, a segunda geração foi massacrada pelo autoritarismo dos pais, e decidiu refutar esse sistema educacional na educação dos próprios filhos. Na tentativa de proporcionar a eles o que nunca tiveram, os pais da segunda geração acabaram caindo no extremo oposto da primeira: a permissividade
Há uma história que sempre desperta o interesse de pais e educadores porque é ao mesmo tempo muito bem-humorada e realista:
Dois meninos de cinco anos estão numa espaçosa área de lazer. Não há brinquedos por perto. Um deles é magro e alto. O outro é gordo e baixo. Naturalmente, resolvem brincar.
O magro propõe:
“É pega-pega, e você é o pegador!”
E já sai em tal disparada que o gordo, com seus passos lentos e pesados, tem dificuldades de acompanhar. Quando este percebe a distância entre os dois aumentando cada vez mais, toma consciência de que não conseguirá alcançar o outro tão cedo. Então pára, estica o braço e, apontando com o indicador, grita:
“Aí não vale!”
O magro imediatamente pára, mesmo sabendo que não tinha sido combinado que ali não valeria.
Nesse momento da palestra, pergunto ao público:
“Por que o magro parou?”
Percebo que cada um busca dentro de si uma boa resposta. Para facilitar, eu mesmo respondo:
“Para continuar brincando! Se o magro continuar correndo, a brincadeira acaba, não é?”
O magro volta até o gordo com os ombros meio caídos, pois sabe que agora é a vez daquele propor outra brincadeira. O gordo, vendo o magro bem próximo, diz:
“É luta livre!”
E já avança no magro, dá-lhe uma “gravata”, derruba-o e aperta o pescoço do menino, que, à beira do desmaio, dá umas palmadinhas no braço do gordo em sinal de que está se rendendo.
Nesse momento, pergunto de novo ao público:
“Por que o gordo pára de enforcar o magro?”
“Para continuar a brincadeira!”, responde o público.
E eu arremato:
“E também porque com morto não se brinca!”
Após a gargalhada geral, volto ao tema: as crianças sabem, intuitivamente, que a brincadeira é um tipo de relacionamento em que um depende do outro. Para continuar a brincar é necessário que aceitem, nessa experiência de sociedade que elas mesmas criaram uma série de regras:
· Cada criança escolhe a brincadeira na qual tem melhor desempenho, pois sempre quer ganhar.
· Cada criança dá o máximo de si e, se alguém faz “corpo mole”, isso significa que não está levando a brincadeira a sério.
· Uma criança não pode exigir da outra mais que esta pode fazer; portanto, o limite é estabelecido por aquele que menos habilidades têm para determinada brincadeira.
· Quando uma criança diz que não agüenta mais, a outra é obrigada a parar, por mais que queira continuar brincando.
· Se um escolhe uma primeira brincadeira, o outro tem direito a escolher a segunda.
O que não aparece na história, mas pode acontecer, é que, quando uma criança desrespeita o limite da outra, esta geralmente solta um grunhido (“Ah, é assim?”) e parte para briga. Portanto, toda brincadeira pode rapidamente transformar-se em conflito, e os adultos terão muitas dificuldades para identificar quem começou a briga.
Se as crianças aceitam os limites intrínsecos à convivência em uma brincadeira, é porque sabem que não podem brincar fazendo tudo o que têm vontade. Precisam aceitar uma composição, uma sociedade com o outro.
As crianças aprendem a comportar-se em sociedade ao conviver com outras pessoas, principalmente com os próprios pais. A maioria dos comportamentos infantis é aprendida por meio de imitação, da experimentação e da invenção.
Quando os pais permitem que os filhos, por menores que sejam, façam tudo o que desejam, não estão lhes ensinando noções do que podem ou não podem fazer. Os pais usam diversos argumentos para isso: “eles não sabem o que estão fazendo”; “são muito pequenos para aprender”; “vamos ensinar quando forem maiores”; “sabemos que não devemos deixar... mas é tão engraçadinho” etc.
É preciso lembrar que uma criança, quando faz algo pela primeira vez, sempre olha em volta para ver se agradou alguém. Se agradou, repete o comportamento, pois entende que agrado é aprovação, e ela não tem condições de avaliar a adequação do seu gesto.
Portanto, cada vez que os pais aceitam uma contrariedade, um desrespeito, uma quebra de limites, estão fazendo com que seus filhos não compreendam, e rompam o limite natural para seu comportamento em família e em sociedade. Deixar que as situações transcorram sem uma intervenção clara é como se, na brincadeira entre o gordo e o magro, o filho, mesmo ouvindo “aí não vale!” , continuasse correndo; ou como se os pais pedissem para o filho parar, mas este continuasse a enforcá-los. Apesar de ser fisicamente mais fortes, os pais que não reagem à quebra de limites dos filhos acabam permitindo que estes, muito mais fracos, os maltratem, invertendo a ordem natural de que o mais fraco deve respeitar o mais forte.
A força dos pais está em transmitir aos filhos a diferença entre o que é aceitável ou não, adequado ou não, entre o que é essencial e supérfluo, e assim por diante. Pedir um brinquedo é aceitável, mas quebrar o brinquedo meia hora depois de ganha-lo e pedir outro é inaceitável. É importante estabelecer limites bem cedo e de maneira bastante clara porque, mais tarde, será preciso dizer ao adolescente de quinze anos que sair para dar uma volta com o carro do pai não é permitido, e ponto final.
O estudo é essencial; portanto, os filhos têm obrigação de estudar. Caso não o façam, terão sempre que arcar com as conseqüências de sua indisciplina, que deverão ser previamente estabelecidas pelos pais. Só poderão brincar depois de estudar, por exemplo. No que é essencial, os pais deverão dedicar mais tempo para acompanhar de perto se o combinado está sendo levado em consideração. Os filhos precisam entender que têm a responsabilidade de estudar e que seus pais os estão ajudando a cumprir um dever que faz parte da “brincadeira” da vida.
Hoje, os grandes responsáveis pela educação dos jovens – na família e na escola – não estão sabendo cumprir bem seu papel. É a falência da autoridade dos pais em casa, do professor em sala de aula, do orientador na escola. Discussões homéricas surgem nas famílias por causa de indisciplina, dificultando bastante a convivência entre as partes. Mães ficam mal-humoradas porque as crianças bagunçam o quarto e pais se exasperam porque os filhos os filhos se esquecem de apagar a luz. Porém o pior ocorre quando um filho responde mal. Isso lhes estraga o dia.
Muitos alunos também não respeitam seus professores, e essa indisciplina prejudica o ensino e a aprendizagem. Professores e orientadores têm dificuldade em estabelecer limites na sala de aula e não sabem até que ponto devem intervir em comportamentos inadequados que ocorrem nos pátios escolares.
Onde foi que os educadores se perderam? Antes de responder a qualquer pergunta, é preciso levar em conta que essa geração viveu a questão da disciplina de um modo peculiar e sofrido. Para facilitar a compreensão, seguirei a seqüência: primeira, a geração dos avós; segunda, a geração dos pais e professores; terceira, a geração dos jovens.
Pois bem, a primeira geração educou seus filhos de maneira patriarcal, com autoridade vertical – o pai no ápice e os filhos na base. Esta era obrigada a cumprir tudo o que o ápice determinava. Com isso, a segunda geração foi massacrada pelo autoritarismo dos pais, e decidiu refutar esse sistema educacional na educação dos próprios filhos. Na tentativa de proporcionar a eles o que nunca tiveram, os pais da segunda geração acabaram caindo no extremo oposto da primeira: a permissividade
Texto narrativo: Coração Conta Diferente - Leitura e interpretação - 5º ano
— Ai...
— O que é que você tem, Tiago?
Quem falou ai fui eu. Quem me perguntou o que é que eu tinha foi o Renato, que fica sentado do meu lado e pode vigiar tudo o que faço. Ele deve ter pensado que alguma coisa estava doendo. Mas esse ai não era de dor.
Então, suspirei de novo, mas agora sem falar nada. Esse suspiro saiu como um sopro, que balançou as folhas do meu caderno. E pra dentro, baixinho, pra ninguém escutar, eu gemi: Ai, Adriana...
É que ela levantou para ir ao quadro. Logo hoje que ela soltou o cabelo comprido daquele rabo-de-cavalo que ela costuma usar. O cabelo dela é tão lindo... Parece de seda e tem um brilho que eu ia dizer que parece o Sol. Mas a Adriana tem cabelos pretos e Sol moreno fica meio esquisito.
7x5 =45...
— Tá errado, tia! Tá errado! — gritou toda esganiçada a Catarina.
A tia então mandou a Adriana sentar. A Catarina correu e meteu o apagador em cima daqueles números tão bem desenhados, corrigindo com um 35 tão sem graça quanto a sua voz.
Adriana voltou pro lugar dela e eu nem pude ver se ela estava com a cara muito vermelha. Ela ficou com a cabeça abaixada um tempão. Eu senti que ela estava triste e fiquei muito triste também. Aí, arranquei a beiradinha da última página do meu caderno e escrevi:
Não liga, Adriana. O 45 que você escreve é tão lindo quanto o seu cabelo.
Dobrei meu bilhete. Fiz bem depressa uma bolinha com o bilhete dobrado, mirei e joguei. Ela caiu no colo da Adriana.
Meu coração bateu depressa. Ai, ai, ai, meu coração martelando tantos ais no peito. A Adriana foi desamassando o bilhete bem devagar. Ela leu, depois guardou dentro do estojo. Nem olhou pro meu lado. De repente me lembrei de uma coisa terrível: EU NÃO TINHA POSTO O MEU NOME NO PAPEL!
Nisso, a tia me chamou. Eu só pensava naquela confusão.
—Tá errado! Tá errado! Deixa eu fazer, tia?
Eu olhei pro quadro e entendi... 8 x 6 = 36... A tia me mandou sentar. Fui, morrendo de sem graça.
Cheguei na minha carteira e vi uma bolinha de papel bem em cima do meu caderno. Quando ninguém estava mais olhando, eu disfarcei e abri:
Eu também me amarro no seu 36.
No cantinho do papel estava assinado: Adriana
Coração conta diferente.Lino de Albergaria São Paulo: Scipione, 1992.
1- Analise o texto lido e use V (verdadeiro) ou F (falso):
( ) O texto é uma narrativa.
( ) O texto pode ser considerado um poema porque está escrito em versos.
( ) O autor transcreve as falas das personagens, por meio do discurso direto.
( ) O narrador é personagem porque participa das ações da história contada.
( ) O narrador é observador, porque não participa da história contada.
2- Faça a correspondência, de acordo com o texto:
(A) Tiago ( ) Tem lindos cabelos pretos.
(B) Renato ( ) Narra a história.
(C) Adriana ( ) Senta-se próximo ao narrador.
(D) Catarina ( ) Tem a voz esganiçada.
3- No 2º parágrafo o narrador explica que o “ai” que ele disse não era de dor. De acordo com o texto, o que significa esse “ai”?
4- Como a professora da turma é tratada no texto?
_______________________
5- O narrador ia comparar o brilho dos cabelos de Adriana com o Sol, mas desiste. Retire do texto a frase que indica porque a comparação não era boa.
6- Qual personagem do texto descobre o erro de Adriana e corrige os números no quadro?
___________________________________
7- Adriana descobriu quem tinha escrito o bilhete para ela? Escreva como você chegou
a essa conclusão?
8- Enumere as ações de acordo com o texto:
( ) Tiago escreve um bilhete e o joga para Adriana.
( ) Catarina grita que a reposta de Adriana está errada.
( ) Tiago observa Adriana escrevendo no quadro e suspira.
( ) Adriana erra a resposta.
( ) Tiago vai ao quadro e também erra a resposta.
( ) Adriana retorna para sua carteira e fica de cabeça baixa.
( ) Adriana responde Tiago escrevendo um bilhete para ele.
9- A gíria é uma forma de expressão oral ou escrita, usada por determinados grupos em situação de intimidade. Ela faz parte da linguagem coloquial.
As gírias devem ser evitadas em situações formais ou cerimoniosas porque nessas ocasiões deve-se utilizar a linguagem padrão que obedece às regras da Língua Portuguesa.
A partir das informações dadas acima, responda:
a)- Adriana usa uma gíria no bilhete que escreve para Tiago. Que expressão indica essa gíria?
___________________________________
b)- Por que foi possível o uso da linguagem coloquial no bilhete escrito por Adriana?
_____________________________________
c)- Reescreva o bilhete de Adriana substituindo a gíria por uma expressão da linguagem padrão, sem alterar o sentido da mensagem.
Trabalhando a Gramática
1- Leia a frase abaixo e marque a alternativa correta:
Então, suspirei de novo, mas agora sem falar nada. Esse suspiro saiu como um sopro, que balançou as folhas do meu caderno.
A palavra destacada é um:
A – pronome oblíquo.
B – pronome pessoal do caso reto.
C – pronome possessivo.
D – pronome demonstrativo.
2- Retire do texto:
a) do 3º parágrafo um pronome pessoal do caso reto: ___________________
b) do 16º parágrafo, um pronome possessivo:______________________
3- Classifique os pronomes destacados na estrofe do poema abaixo:
O rio passa...
Não passa sozinho.
Ele leva consigo
o que encontrar,
deslizando depressa
em busca do mar...
_________________________________
1- Analise o texto lido e use V (verdadeiro) ou F (falso):
( ) O texto é uma narrativa.
( ) O texto pode ser considerado um poema porque está escrito em versos.
( ) O autor transcreve as falas das personagens, por meio do discurso direto.
( ) O narrador é personagem porque participa das ações da história contada.
( ) O narrador é observador, porque não participa da história contada.
2- Faça a correspondência, de acordo com o texto:
(A) Tiago ( ) Tem lindos cabelos pretos.
(B) Renato ( ) Narra a história.
(C) Adriana ( ) Senta-se próximo ao narrador.
(D) Catarina ( ) Tem a voz esganiçada.
3- No 2º parágrafo o narrador explica que o “ai” que ele disse não era de dor. De acordo com o texto, o que significa esse “ai”?
4- Como a professora da turma é tratada no texto?
_________________________________________
5- O narrador ia comparar o brilho dos cabelos de Adriana com o Sol, mas desiste. Retire do texto a frase que indica porque a comparação não era boa.
6- Qual personagem do texto descobre o erro de Adriana e corrige os números no quadro?
________________________________
7- Adriana descobriu quem tinha escrito o bilhete para ela? Escreva como você chegou
a essa conclusão?
8- Enumere as ações de acordo com o texto:
( ) Tiago escreve um bilhete e o joga para Adriana.
( ) Catarina grita que a reposta de Adriana está errada.
( ) Tiago observa Adriana escrevendo no quadro e suspira.
( ) Adriana erra a resposta.
( ) Tiago vai ao quadro e também erra a resposta.
( ) Adriana retorna para sua carteira e fica de cabeça baixa.
( ) Adriana responde Tiago escrevendo um bilhete para ele.
PROCESSOS DE FORMAÇÃO DE PALAVRAS
PROCESSOS DE FORMAÇÃO DE PALAVRAS
Os processos de formação de palavras são as maneiras como os morfemas se organizam para formar as palavras. Os principais processosde formação são Derivação e Composição.
1. DERIVAÇÃO
Processo de formar palavras no qual a nova palavra é originada de outra chamada de primitiva. Os processos de derivação são:
* a) Derivação Prefixal
A derivação prefixal é um processo de formar palavras no qual um prefixo,ou mais de um, são acrescentados à palavra primitiva.
Ex.: desfazer, impaciente, recolocar, autocontrole, propor, infeliz, vice-reitor, contraveneno, iletrado, reanimar, antimilitar, sobrecapa, recompor (dois prefixos),
* b) Derivação Sufixal
A derivação sufixal é um processo de formar palavras no qual um sufixo, ou mais de um, são acrescentados à palavra primitiva.
Ex.: realmente, folhagem, lealdade, patinho, cantador, jornaleiro,saudável, benzedura, matadouro, seminarista, cristianismo
* c) Derivação Prefixal e Sufixal
A derivação prefixal e sufixal existe quando um prefixo e um sufixo são acrescentados à palavra primitiva de forma independente, ou seja, sem a presença de um dos afixos a palavra continua tendo significado.
Ex.: deslealmente ( des- prefixo e -mente sufixo ).
Pode-se observar que os dois elementos são independentes: existem as palavras desleal e lealmente.
Outros exemplos: infelizmente, inutilizar, desnivelar, incapacidade,ex-jogador
* d) Derivação Parassintética
A derivação parassintética ocorre quando um prefixo e um sufixo são acrescentados à palavra primitiva de forma dependente, ou seja, os dois afixos não podem se separar, devem ser usados ao mesmo tempo, pois, sem um deles, a palavra não se reveste de nenhum significado.
Ex.: anoitecer ( a- prefixo e -ecer sufixo),
Neste caso, não existem as palavras anoite e noitecer, pois os afixos não podem se separar.
Outros exemplos: pernoitar, descamisado, entristecer, desalmado,empobrecer, apavorar, esfarelar, atapetar, apoderar, enraizar,subtarrâneo
* e) Derivação Regressiva
A derivação regressiva existe quando morfemas da palavra primitivadesaparecem.
Ex.: mengo (flamengo), dança (dançar), portuga (português); moto (motocicleta), gel (gelatina), cine (cinema), fone (telefone), refri (refrigerante; boteco (botequim); micro (microcomputador); súper (supermercado); barraco (barracão); pneu (pneumático)
* f) Derivação Imprópria
A derivação imprópria ocorre quando uma palavra comumente usada como pertencente a uma classe é usada como fazendo parte de outra.
Ex.: coelho (substantivo comum) usado como substantivo próprio em Daniel Coelho da Silva; verde geralmente como adjetivo (Comprei uma camisa verde.) usado como substantivo (O verde do parque comoveu a todos.)
Outros exemplos: gilete, bom-bril, sanduíche, havana, Cruz, Pereira, Leite, Machado, Flores
2. COMPOSIÇÃO
Consiste na formação de palavras pela junção de duas ou mais palavras (ou radicais).A composição pode ser de dois tipos: por justaposição ou por aglutinação.
* a) Composição por justaposição
Composição por justaposição ocorre quando as duas (ou mais) palavras que se juntam não perdem nenhum fonema, mantendo, por isso, a pronúncia que apresentam antes da composição.
Ex.: passatempo (passa + tempo) couve-flor (couve + flor); girassol (gira + sol) pé-de-moleque (pé + de + moleque); água-de-colônia (água+de+colônia); pontapé (ponta + pé)
* b) Composição por aglutinação
Composição por aglutinação ocorre quando, pelo menos, uma das palavras que se unem perde um ou mais fonemas, sofrendo, assim, uma mudança em sua pronúncia.
Ex.: petróleo (pedra + de + óleo) planalto (plano + alto); fidalgo (filho + de + algo) penalta (perna + alta); aguardente (água + ardente) embora (em + boa + hora)
* Existem outros processos de formação de palavras, mas que não são tão frequentes como os anteriores::
HIBRIDISMO
O hibridismo consiste na formação de palavras pela junção de radicais de línguas diferentes.
Ex.: automóvel (grego + latim); biodança (grego + português); zincografia (alemão + grego); sociologia (latim + grego); alcoômetro (árabe + grego)
ONOMATOPEIA
A onomatopeia consiste na formação de palavras pela imitação de sons e ruídos.
Ex.: triiim, chuá, bué, ping-pong, miau, tic-tac, zunzum, bang-bang, fonfom
SIGLAÇÃO
Consiste na redução ou derivação de nomes ou expressões a partir de siglas e/ou abreviaturas.
Ex.: Ibama, Inpa, Embrapa, petista, pedetista, emedebista, inapiário
ESTRUTURA DAS PALAVRAS
ESTRUTURA DAS PALAVRAS
As palavras são compostas por unidades e podem ser decompostas emelementos menores, chamados de morfemas ou elementos mórficos. Cada elemento mórfico (ou morfema) recebe um nome especial e exerce uma função específica na estrutura da palavra.
1 RADICAL
Radical é o elemento responsável pelo significado básico das palavras. É um elemento que normalmente não se altera. Quando várias palavras possuem o mesmo radical, são chamadas de cognatas ou palavras damesma família etimológica.
Ex.: terra, terreno, terreiro, terrinha, enterrar, terrestre, desterro, soterrar, aterrado ...
dente, dentado, dentinho, dentadura, dentário, denticulado, dentifrício,dentista, dentuça, desdentado, dental, dentiforme ...
2 AFIXOS
Os afixos são as partículas que se anexam ao radical para formar outras palavras. Existem dois tipos de afixos:
* Prefixos: que são colocados antes do radical.
Ex.: desleal, autocontrole, rever, desumano, supermercado, propor, ilegal
* Sufixos: que são colocados depois do radical.
Ex.: folhagem, legalmente, goiabada, pedreiro, sofrível, casamento, modernismo
Os afixos são acrescentados às palavras a fim de:
* 1. mudar o significado da palavra:
Ex.: fazer – desfazer; feliz – infeliz; mortal – imortal
* 2. acrescentar uma idéia secundária à palavra:
Ex.: gordo – gorducho, livro – livreco, casa – casarão
* 3. alterar a classe gramatical da palavra:
Ex.: legal – legalizar, belo – beleza
3 VOGAL E CONSOANTE DE LIGAÇÃO
São vogais ou consoantes que entram na formação das palavras para facilitar a pronúncia. Existem, em algumas palavras, por necessidade fonética. Não são elementos significativos, ou seja, não interferem na significação da palavra.
Ex.: café t eira, capin z al, gas ô metro, chá l eira, alv i negro pont i agudo, rod o via, rei z inho, mortal i dade, refei t ório
4 VOGAL TEMÁTICA
A Vogal Temática junta-se ao radical para receber outros elementos. Fica entre dois morfemas. Existe vogal temática em verbos e em alguns nomes. Nos verbos, serve para indicar a conjugação a que eles pertencem (1ª , 2ª ou 3ª ). Nos nomes, apenas acompanham o radical.
Ex.: cant a r (verbo da 1ª conjugação); beb e r (verbo da 2ª conjugação); part i r (verbo de 3ª conjugação); ros a, sal a, banc o, pedr a, trist e, livr o .
5 TEMA
Dá-se o nome de Tema à união do radical com a vogal temática.
Ex.: canta r ; vende r; parti r
6 DESINÊNCIAS
Desinências são morfemas colocados no final das palavras para indicar flexões verbais ou nominais. As desinências podem ser:
* Nominais: quando indicam gênero e número de nomes (substantivos, adjetivos, pronomes, numerais ).
Ex.: casa - casas, gato – gata, filho – filha
* Verbais: quando indicam número, pessoa, tempo e modo dos verbos. Existem três tipos de desinências verbais:
a) desinência modo-temporal (DMT) : indica o modo e o tempo do verbo;
Ex. se nós corrêssemos; tu corrias; nós jogávamos
b) desinência número-pessoal (DNP): indica a pessoa e o número do verbo;
Ex.: nós corremos; se eles corressem; tu cantas
c) desinência verbo-nominal: indica as formas nominais dos verbos (infinitivo, gerúndio e particípio).
Ex.: beber, correndo, partido
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