domingo, 1 de maio de 2016

RUMO AO SOL - Tich Nhât Hanh - Atividades para o 7º ano
Rumo ao sol
Tich Nhât Hanh


T’ô para __________________. Ela sabe que começou ______________. Uma lágrima corre ao longo da face, contorna os lábios e penetra na boca: ______________________________________. A menina coloca _________________, levanta o canto de sua camisa bá-ba e enxuga as lágrimas. Ela sorri __________________________________.

Os bosques são ______________________. T’ô escuta ________________________. Sabe que se __________________________, teria apenas de erguer os olhos a fim de ver as folhas que tremulam e que acenam para ela. É primavera: ________________________________________________________________________, passando através delas, chega aos olhos de T’ô. Sabe também que, embora cega, o raio de sol suave e benfazejo de certo modo consegue atingir seus olhos. Entretanto, parece que ela realmente esqueceu como as folhas podem ser verdes desde que ficou cega, _____________________________. Ela pode também ter esquecido ___________________________________________ do rosto do pai, pois fazem agora dois anos que ele morreu.

T’ô só se lembra claramente dos _______________________, porque cada noite, antes de dormir, levanta ___________________________________. Ela passa a mão neste rosto como se quisesse descobrir e redescobrir seus traços, como se quisesse aprender ainda e sempre a mesma lição para nunca esquecer uma só linha do rosto daquela que lhe é a pessoa mais querida do mundo. Ela descobriu também que os traços do rosto da mãe se enrugavam à medida que passavam os dias.

T’ô mal tem _________________, mas toca flauta muito bem. Foi o Pai que lhe ensinou como tocar. Ele era _____________________________ da floresta. T’ô era uma menininha feliz. Ia à escola na Aldeia de Cima. Cada manhã, saía com o pai e se despediam no ponto onde a estrada da montanha se bifurcava no pé da colina. O pai de T’ô, com a machadinha no ombro, continuava a subir rumo à floresta mais densa, enquanto T’ô seguia uma senda familiar e atravessava duas outras colinas, antes de chegar finalmente à escola da Aldeia. Debaixo do braço, carregava uma pasta de madeira que continha _________________________________________________________________________ que ela mesma tinha feito, ajudada pelo pai. Ela segurava sua pasta com a mão direita; com a esquerda, um tinteiro fechado muito cuidadosamente com uma rolha balançava-se na extremidade de um barbante enrolado _________________________. A pasta de T’ô era muito leve, ____________________________________________ para fazê-la. Ele não utilizava pregos, mas cortava meticulosamente juntas e unia uma tábua com outra. Após algum tempo, a pasta de T’ô tornou-se ________________________. Havia algumas manchas de tinta preta feitas por T’ô. Sua flauta também tinha ficado muito brilhante. O pai tinha trazido um pedaço de bambu da floresta para fazer sua flauta. Ele tinha ensinado como esfregá-la com um pedaço de folha de bananeira para lhe dar um belo acabamento.

T’ô voltava da escola _______________________________. A mãe lhe servia o almoço. As quatro, o pai aparecia com _______________________________________. Após o jantar, ia com ela à margem do riacho ou à orla da floresta. Toda semana havia uma feira na Aldeia de Baixo. Seus pais e ela saíam _______________________________________ carregada de lenha e sempre que chegavam à Aldeia do Alto, T’ô estava exausta. O pai parava e fazia com que subisse e sentasse ________________________________________. Quando toda a lenha tinha sido vendida, a mãe de T’ô comprava arroz, outras compras e, é claro, um docinho especial para T’ô. A uma hora voltavam para casa. A mãe de T’ô cozinhava então __________________________, mas T’ô nunca estava com muita fome, pois tinha comido uns docinhos no caminho de volta. Por isso, pedia licença ____________________________. Muitas vezes ela ia até a orla da floresta.

A casa deles, pequena e de madeira, era construída no flanco da colina, abaixo da floresta. A cerca de trezentos metros corria um riacho _____________________________________. T’ô gostava muito de brincar à beira deste riacho. Algumas vezes colhia ____________________________________ das quais ignorava os nomes.

Foi então que o pai de T’ô morreu. Ele tinha sido obrigado _______________________. Esteve soldado durante menos de um ano antes de ser morto. Quando chegou a notícia, a _________________________________________________________ como nunca havia feito antes. T’ô só tinha sete anos e não sabia todo o significado da morte. Mas quando a viu rolar na cama soltando gritos desesperados, ela também sentiu a mesma dor, ajoelhou-se e abraçou a mãe. Mãe e filha amparavam-se mutuamente. Foi então, só então, que T’ô se deu conta de que o pai nunca mais voltaria. Ele estava morto. Tinha morrido como aquele passarinho que um dia ela tinha visto na margem do riacho. Ele não mexia mais: jazia inerte, não ouvindo e nem vendo mais nada. O passarinho tinha voltado a ser terra. Lembrando-se do passarinho, T’ô pensou que agora sabia o que tinha acontecido ao pai e ficou muito triste. E esta tristeza ___________________________________________________. Seu pai tinha morrido: tinha se decomposto para virar solo, terra. Nunca mais voltaria de tarde com a carga de lenha. Não iria mais brincar com ela na orla da floresta ou na margem do riacho. Nunca mais falaria com ela, não a levantaria mais nos braços, não a olharia mais nos olhos. T’ô estava muito triste. E quanto mais passavam os dias, mais profunda ficava sua tristeza.

Após a morte do pai, T’ô precisou ficar em casa, ao voltar da escola, para ajudar a mãe. Ela só sabia cozinhar arroz, __________________________________, cozinhar pratos dos mais simples. Mas no lugar do pai, a mãe tinha agora que ir no alto da montanha para trazer lenha. Como a mãe era menos ____________________________, os carregamentos de lenha que trazia eram menores e mais leves. Enquanto T’ô esperava pela mãe, preparava o jantar. Após o jantar, T’ô pedia licença para ir passear na orla da floresta que tanto amava. Sempre levava a flauta. Ela ia ao mesmo lugar: aquele onde ia quando o pai ainda era vivo. Sentava-se num grosso tronco e tocava _______________________________ que o pai lhe tinha ensinado.

E era enquanto tocava flauta que T’ô sentia ______________________________. Essa tristeza era como um caranguejo, com fortes pinças que se agarravam nela e a feriam. Após um momento, parava de tocar as músicas que o pai lhe tinha ensinado e inventava outras. Com o correr do tempo, inventava _______________________________________. Era reconfortante tocar novas melodias. Seu coração se libertava das garras do caranguejo. De fato, às vezes ela chorava quando estava só, mas as lágrimas a tornavam mais leve e a aliviavam. Ela imaginava que suas lágrimas descarregavam seu coração, pois quanto mais chorava, ________________________________ e menos dor ela sentia.

Tich Nhât Hanh. Flamboyant em chama. Petrópolis: Vozes, 1989.

1) Complete adequadamente as frases do texto, usando as expressões abaixo:
.
os traços e expressões exatas

escura e brilhante

o murmúrio das folhas

há seis anos

mãe de T’ô se desesperou e chorou

as musiquinhas

uma panela de arroz

espalhou-se no seu coração e no seu espírito

orte do que o pai

tão frescos de manhã

para ir brincar lá fora

lá pelas duas horas

para ela mesma

catar legumes e verduras

estranhas e belas flores do campo

de madrugada numa grande carroça

ela sente o gosto salgado desta lágrima

na pilha de lenha da carroça

lenhador e viviam na orla

não fosse cega

cada vez mais músicas

as folhas estão verdes e amarelas e o sol de abril

que saía da parte de baixo da colina

de tocar flauta

pois o pai tinha utilizado tábuas muito finas

traços da mãe

no dedo

a partir para a guerra

nove anos

um carregamento de lenha nas costas

uma profunda tristeza

a mão e toca seu rosto

a flauta no colo

a chorar

mais leve ele se tomava

seu caderno, sua caneta, lápis e borracha e uma flauta de bambu

2) No primeiro parágrafo do texto, que palavra foi utilizada para caracterizar o substantivo "gosto"?

3) Observe os seguintes trechos presentes no segundo parágrafo:
"T'ô escuta o murmúrio das folhas." 
"[...] teria apenas de erguer os olhos a fim de ver as folhas que tremulam e que acenam para ela."
a) Os termos destacados nas frases acima foram empregadas no sentido conotativo. Explique, com suas palavras, o que o narrador quis dizer com essas frases, e com o que ele associou esses termos, para empregá-los nesse contexto.

4) Na frase: "Sabe também que, embora cega, o raio de sol suave e benfazejo de certo modo consegue atingir seus olhos." (2º parágrafo), o termo destacado significa:
a) alegre.        b) benéfico.        c) forte.        d) prejudicial.          e) ultravioleta.

5) A locução adjetiva "de sol", na frase da questão anterior, pode ser substituída por qual adjetivo?

6) Com que idade T'ô ficou cega? E com que idade ela perdeu o pai?

7) Por que T'ô se lembra claramente dos traços da mãe? 

8) Há, no 4º parágrafo, 4 substantivos derivados. Transcreva-os indicando-lhes os primitivos.

9) Que outro substantivo foi usado, no 4º parágrafo, como sinônimo de "montanha"?

10) Observe o seguinte trecho: "[...] enquanto T’ô seguia uma senda familiar e atravessava duas outras colinas, [...]" (4º parágrafo). Procure no dicionário o sentido da palavra destacada e responda: por onde T'ô seguia?

11) Reescreva o trecho abaixo, substituindo o termo destacado por um sinônimo:
a) "[...] onde a estrada da montanha se bifurcava no pé da colina." (4º parágrafo)

12) Na 3ª frase do 5º parágrafo, foi omitida uma palavra mencionada anteriormente. Que palavra é essa?

13) O que a família de T'ô fazia na feira que era realizada na Aldeia de Baixo?

14) Releia o trecho: "A casa deles, pequena e de madeira, era construída no flanco da colina, abaixo da floresta." (6º parágrafo). Procure o significado da palavra destacada e responda: onde ficava a casa de T'ô?

15) Como o pai de T'ô morreu?

16) Ao que T'ô comparou a morte do pai, no sétimo parágrafo? 

17) Observe a frase: "Ele não mexia mais: jazia inerte, não ouvindo e nem vendo mais nada." (7º parágrafo). Reescreva a frase, substituindo os termos destacados por sinônimos. Faça as alterações necessárias.

18) Cite as mudanças que ocorreram na vida de T'ô, depois da morte do pai.

19) No último parágrafo, o narrador compara a tristeza de T'ô a quê?

20) Que palavra foi empregada, no último parágrafo, como sinônimo de "música"?

21) Transcreva, do último parágrafo do texto, as palavras empregadas para caracterizar os substantivos abaixo:
a) Tristeza:
b) Pinças:
c) Melodias:

22) O que T'ô fazia para amenizar a tristeza que sentia pela morte do pai?

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