Desenho infantil
Muito além dos rabiscos
Há pais que guardam os desenhos dos filhos pequenos movidos por carinho. Outros olham para os rabiscos por um segundo e disparam o elogio automático: “Que bonito”. E há os que simplesmente não ligam para o que vêem – afinal... são apenas desenhos infantis! Embora muitos pais não estejam atentos para isso, as garatujas, formas e figuras que os filhos colocam habitualmente no papel, representam uma fonte de informações valiosa em sua tarefa de educá-los e formar sua personalidade. Os desenhos dizem muito sobre o temperamento, o perfil psicológico e o estado emocional das crianças. Refletem a forma como elas enxergam seu ambiente familiar e o mundo à sua volta. Constantemente, também revelam dificuldades pelas quais elas estão passando em casa, na escola ou nas relações sociais.
Decifrar corretamente os desenhos infantis – e descobrir o que está por trás dessas janelas do consciente e do inconsciente – nem sempre é fácil. Exige sensibilidade e alguma prática. Mas tampouco é um bicho-de-sete-cabeças. Para ajudar os pais nessa tarefa, acaba de chegar às livrarias uma obra bastante útil: Como interpretar os Desenhos das Crianças, da pedagoga canadense Nicole Bédard (Editora Isis, tradução de Maria Lucia de Carvalho Accacio, 114 páginas).
Centrado nas faixas de idade que vão de 18 meses a 6 anos (quando então a leitura e escrita começam a substituir o desenho na expressão infantil), o livro é um manual dividido em verbetes simples e diretos. Permite que os pais interpretem as criações artísticas de seus rebentos em questão de minutos – como se consultassem um dicionário. Começa por dissecar o significado da escolha do tipo de lápis e papel. A seguir, detém-se na simbologia das cores e, finalmente, no que representam os elementos mais comuns nos desenhos infantis – a casa, o sol, as árvores e plantas, as figuras humanas, etc. Ao final, a título de exercício, a autora reproduz 20 desenhos de crianças (infelizmente em preto-e-branco na edição brasileira), analisando e interpretando cada um deles. Tudo bem mastigado. “Não devemos esquecer que o que nos interessa é o simbolismo e as mensagens que o desenho transmite, e não sua perfeição estética”, adverte a autora.
Decifre seu filhoSegundo Nicole, se a criança escolhe uma folha de papel pequena, indica capacidade de concentração e certa tendência à introversão. Se nessa mesma folha ela aplicar traços menos definidos, superficiais ou feitos com pouca pressão do lápis, estará exteriorizando uma falta de confiança em si própria. A criança uma folha de formato médio.
Ainda quanto às escolhas iniciais para o desenho, é importante observar por onde a criança o começa: se for pelo lado esquerdo da folha, significa que seus pensamentos estão girando ao redor do passado; se for pelo lado direito, quer dizer que ela deposita fé e esperanças no futuro; o início no centro indica que ela está aberta a tudo à sua volta e no momento não vive ansiedades nem tensões de maior monta.
As cores, de acordo com Nicole Bédard, também fornecem pistas sobre o que vai pela cabeça dos pequenos desenhistas. A preferência pelo vermelho revela uma natureza enérgica, espírito esportivo e, por outro lado, pode sinalizar algum tipo de agressividade. Já o amarelo representa “o conhecimento, a curiosidade e a alegria de viver”. A criança que usa essa cor com freqüência é generosa, extrovertida, otimista e ambiciosa. O preto, avisa a autora, costuma ser uma cor mal interpretada pelos pais, associada a maus pensamentos ou tristeza. Não necessariamente é assim. O preto representa o que vai pelo inconsciente e mostra que a criança tem confiança em si mesma e no dia de amanhã, além de ser adaptável às circunstâncias. Quando o preto vem acompanhado do azul, no entanto, talvez revele um sentimento de depressão e derrota.
Os desenhos e a psicologiaMuitos leitores podem se perguntar se essas interpretações não são um pouco genéricas e um tanto simplistas. Em outras palavras: não é arriscado tomar como base a escolha de determinada folha de papel ou de certas cores para definir traços de personalidade ou o estado de espírito de uma criança? De modo geral, as colocações da autora encontram eco na psicologia, na pedagogia e em outras ciências. A cromoterapia – cujas origens remontam às antigas civilizações – é hoje uma prática terapêutica consagrada na qual cada cor do espectro está relacionada a um efeito sobre o meio ambiente ou a uma reação daqueles que o habitam. “Existe toda uma herança sociocultural por trás desses simbolismos; aquilo que o psiquiatra Carl Gustav Jung chamava de inconsciente coletivo”, observa o psicólogo Fabiano Murgia, pai de Carollina Carina, coordenador clínico do Centro de Vivência Evolução, entidade de São Paulo que trabalha com crianças com necessidades especiais. “Nos desenhos infantis, o sol, por exemplo, está quase sempre relacionado à figura paterna: ele está lá em cima, transmite calor, é o provedor”, diz Murgia. “E a ancestralidade também se estande às cores.”
A interpretação das figuras humanas e dos elementos da natureza nos desenhos infantis compõe a parte mais atraente do livro de Nicole Bédard.O mesmo sol a que o psicólogo se refere acima tem para ela significados um pouco mais complexos. Nicole afirma que o sol representa a energia masculina, mas sustenta que, quando desenhado à esquerda do papel, pode representar a influência de uma mãe de índole muito independente, e quanto mais fortes forem os raios, mais a mãe será controladora e do tipo que impõe sua vontade em todas as situações.
Já o sol situado à direita do papel revela a percepção que a criança tem a respeito do pai. Se for muito intenso, radiante, pode indicar um pai com tendências à violência verbal ou física. Quando o sol estiver no centro do papel, ele representa a própria criança: um auto-retrato. “Nesse caso”, escreve Nicole, “estamos diante de uma criança que acredita ter certa responsabilidade por sua mãe e por seu pai – talvez se trate de uma família desarticulada, mas ela possui o caráter e o potencial necessários para fazer frente à situação.”
A família no papelAs figuras humanas, tão freqüentes nos desenhos infantis, são excelentes pistas para se desvendar o que vai por dentro das pequenas cabeças. Na maioria das vezes, ao desenhá-las, as crianças estão retratando a si próprias ou as pessoas com quem elas convivem cotidianamente, principalmente os pais e parentes. Os traços mais importantes que se deve observar nas figuras humanas são o rosto, a posição dos braços e os pés.
À luz da pedagogia, o auto-retrato infantil pode ser analisado por outros ângulos. “Quando a criança desenha a si própria, está mostrando exatamente como ela está, como se sente”, aponta a educadora infantil Luciane Isabel de Freitas, filha de Eliza, professora do colégio São Luís, de São Paulo. “Quando ela se retrata num cantinho da folha de papel, não está tendo o reconhecimento corporal dela própria, ainda não percebeu seu corpo no espaço, e também por isso pode esquecer de desenhar os olhos ou os braços – isso é normal até os 7 anos”, completa.
Outro tema recorrente nos desenhos infantis, e que pode ser bastante esclarecedor para os pais, é a casa. Quem acha que as casinhas coloridas são todas parecidas, deve começar a prestar atenção nos detalhes. Se a proporção da casa no desenho é muito grande, a criança está vivendo uma fase mais emotiva do que racional. Se a casa é muito pequena, significa que ela é introspectiva, talvez com algumas perguntas girando na cabeça. Uma porta pequena na casa sinaliza uma criança que tem dificuldades em convidar as pessoas para visitá-la, é seletiva com os amigos e parentes, não gosta que lhe façam muitas perguntas e nem que a observem. Uma porta grande, em contrapartida, é sinal de boas-vindas para quem quiser fazer parte de seu cotidiano.
E – surpresa! – atenção também à maçaneta da porta. Quando a criança a desenha à esquerda, significa que seus pensamentos estão ligados ao passado – e dessa forma ela busca confiança para enfrentar o futuro. Essa criança não aprecia transformações bruscas e precisa de tempo para assimilar novas idéias. Maçaneta à direita é sinal de que a criança tem desejos constantes de mudanças, aprecia os imprevistos positivos, as aventuras, e arrisca-se a antecipar o futuro. Maçaneta no centro indica uma criança em busca de independência e autonomia, e também teimosia e tendência de impor as próprias vontades.
Nicole Bédard chama a atenção para o fato de que não se deve avaliar a personalidade, os pontos altos e baixos e as necessidades de uma criança com base em apenas dois ou três desenhos. O ideal é utilizar vários deles feitos num determinado espaço de tempo. “A cada nova informação que recebe, a criança reestrutura a sua forma de ver o mundo e, por isso, na análise do desenho, é preciso levar em consideração o momento que ela vive”, pondera a educadora Thereza Bordoni, mãe de Samuel e Humberto, diretora da ABC Pesquisa e Desenvolvimento em Educação, de Belo Horizonte, e que tem nos desenhos infantis uma de suas especialidades pedagógicas. “A criança costuma colocar perto de si, no papel, as pessoas com quem ela mantém os laços mais fortes, mas se a mãe dela, naquele dia, a proibiu de comer um chocolate, poder ser retratada de forma menos afetuosa, o que é eventual e não corresponde à realidade de seus sentimentos”, conclui Thereza.
Bom sensoPor fim, um conselho importante aos pais: jamais interfiram nos desenhos das crianças, alegando que não existem árvores com peixes nos galhos ou casas suspensas no céu. Por trás desses bem intencionados “conselhos”, dessa carinhosa objetividade, repousa o temor de que seu filho não se integre à realidade do mundo e, portanto, não vá em frente na vida. Engano. A criança provavelmente irá responder que sua árvore é diferente das outras porque vem de Marte e que a casa pertence a um super-herói capaz de voar. Dê um sorriso e tranqüilize-se: ela está sendo original e, portanto, desenvolvendo a capacidade de afirmar as próprias opiniões e de desbravar seus caminhos. Não é isso que todos queremos?CONSULTORIA
Há pais que guardam os desenhos dos filhos pequenos movidos por carinho. Outros olham para os rabiscos por um segundo e disparam o elogio automático: “Que bonito”. E há os que simplesmente não ligam para o que vêem – afinal... são apenas desenhos infantis! Embora muitos pais não estejam atentos para isso, as garatujas, formas e figuras que os filhos colocam habitualmente no papel, representam uma fonte de informações valiosa em sua tarefa de educá-los e formar sua personalidade. Os desenhos dizem muito sobre o temperamento, o perfil psicológico e o estado emocional das crianças. Refletem a forma como elas enxergam seu ambiente familiar e o mundo à sua volta. Constantemente, também revelam dificuldades pelas quais elas estão passando em casa, na escola ou nas relações sociais.
Decifrar corretamente os desenhos infantis – e descobrir o que está por trás dessas janelas do consciente e do inconsciente – nem sempre é fácil. Exige sensibilidade e alguma prática. Mas tampouco é um bicho-de-sete-cabeças. Para ajudar os pais nessa tarefa, acaba de chegar às livrarias uma obra bastante útil: Como interpretar os Desenhos das Crianças, da pedagoga canadense Nicole Bédard (Editora Isis, tradução de Maria Lucia de Carvalho Accacio, 114 páginas).
Centrado nas faixas de idade que vão de 18 meses a 6 anos (quando então a leitura e escrita começam a substituir o desenho na expressão infantil), o livro é um manual dividido em verbetes simples e diretos. Permite que os pais interpretem as criações artísticas de seus rebentos em questão de minutos – como se consultassem um dicionário. Começa por dissecar o significado da escolha do tipo de lápis e papel. A seguir, detém-se na simbologia das cores e, finalmente, no que representam os elementos mais comuns nos desenhos infantis – a casa, o sol, as árvores e plantas, as figuras humanas, etc. Ao final, a título de exercício, a autora reproduz 20 desenhos de crianças (infelizmente em preto-e-branco na edição brasileira), analisando e interpretando cada um deles. Tudo bem mastigado. “Não devemos esquecer que o que nos interessa é o simbolismo e as mensagens que o desenho transmite, e não sua perfeição estética”, adverte a autora.
Decifre seu filhoSegundo Nicole, se a criança escolhe uma folha de papel pequena, indica capacidade de concentração e certa tendência à introversão. Se nessa mesma folha ela aplicar traços menos definidos, superficiais ou feitos com pouca pressão do lápis, estará exteriorizando uma falta de confiança em si própria. A criança uma folha de formato médio.
Ainda quanto às escolhas iniciais para o desenho, é importante observar por onde a criança o começa: se for pelo lado esquerdo da folha, significa que seus pensamentos estão girando ao redor do passado; se for pelo lado direito, quer dizer que ela deposita fé e esperanças no futuro; o início no centro indica que ela está aberta a tudo à sua volta e no momento não vive ansiedades nem tensões de maior monta.
As cores, de acordo com Nicole Bédard, também fornecem pistas sobre o que vai pela cabeça dos pequenos desenhistas. A preferência pelo vermelho revela uma natureza enérgica, espírito esportivo e, por outro lado, pode sinalizar algum tipo de agressividade. Já o amarelo representa “o conhecimento, a curiosidade e a alegria de viver”. A criança que usa essa cor com freqüência é generosa, extrovertida, otimista e ambiciosa. O preto, avisa a autora, costuma ser uma cor mal interpretada pelos pais, associada a maus pensamentos ou tristeza. Não necessariamente é assim. O preto representa o que vai pelo inconsciente e mostra que a criança tem confiança em si mesma e no dia de amanhã, além de ser adaptável às circunstâncias. Quando o preto vem acompanhado do azul, no entanto, talvez revele um sentimento de depressão e derrota.
Os desenhos e a psicologiaMuitos leitores podem se perguntar se essas interpretações não são um pouco genéricas e um tanto simplistas. Em outras palavras: não é arriscado tomar como base a escolha de determinada folha de papel ou de certas cores para definir traços de personalidade ou o estado de espírito de uma criança? De modo geral, as colocações da autora encontram eco na psicologia, na pedagogia e em outras ciências. A cromoterapia – cujas origens remontam às antigas civilizações – é hoje uma prática terapêutica consagrada na qual cada cor do espectro está relacionada a um efeito sobre o meio ambiente ou a uma reação daqueles que o habitam. “Existe toda uma herança sociocultural por trás desses simbolismos; aquilo que o psiquiatra Carl Gustav Jung chamava de inconsciente coletivo”, observa o psicólogo Fabiano Murgia, pai de Carollina Carina, coordenador clínico do Centro de Vivência Evolução, entidade de São Paulo que trabalha com crianças com necessidades especiais. “Nos desenhos infantis, o sol, por exemplo, está quase sempre relacionado à figura paterna: ele está lá em cima, transmite calor, é o provedor”, diz Murgia. “E a ancestralidade também se estande às cores.”
A interpretação das figuras humanas e dos elementos da natureza nos desenhos infantis compõe a parte mais atraente do livro de Nicole Bédard.O mesmo sol a que o psicólogo se refere acima tem para ela significados um pouco mais complexos. Nicole afirma que o sol representa a energia masculina, mas sustenta que, quando desenhado à esquerda do papel, pode representar a influência de uma mãe de índole muito independente, e quanto mais fortes forem os raios, mais a mãe será controladora e do tipo que impõe sua vontade em todas as situações.
Já o sol situado à direita do papel revela a percepção que a criança tem a respeito do pai. Se for muito intenso, radiante, pode indicar um pai com tendências à violência verbal ou física. Quando o sol estiver no centro do papel, ele representa a própria criança: um auto-retrato. “Nesse caso”, escreve Nicole, “estamos diante de uma criança que acredita ter certa responsabilidade por sua mãe e por seu pai – talvez se trate de uma família desarticulada, mas ela possui o caráter e o potencial necessários para fazer frente à situação.”
A família no papelAs figuras humanas, tão freqüentes nos desenhos infantis, são excelentes pistas para se desvendar o que vai por dentro das pequenas cabeças. Na maioria das vezes, ao desenhá-las, as crianças estão retratando a si próprias ou as pessoas com quem elas convivem cotidianamente, principalmente os pais e parentes. Os traços mais importantes que se deve observar nas figuras humanas são o rosto, a posição dos braços e os pés.
À luz da pedagogia, o auto-retrato infantil pode ser analisado por outros ângulos. “Quando a criança desenha a si própria, está mostrando exatamente como ela está, como se sente”, aponta a educadora infantil Luciane Isabel de Freitas, filha de Eliza, professora do colégio São Luís, de São Paulo. “Quando ela se retrata num cantinho da folha de papel, não está tendo o reconhecimento corporal dela própria, ainda não percebeu seu corpo no espaço, e também por isso pode esquecer de desenhar os olhos ou os braços – isso é normal até os 7 anos”, completa.
Outro tema recorrente nos desenhos infantis, e que pode ser bastante esclarecedor para os pais, é a casa. Quem acha que as casinhas coloridas são todas parecidas, deve começar a prestar atenção nos detalhes. Se a proporção da casa no desenho é muito grande, a criança está vivendo uma fase mais emotiva do que racional. Se a casa é muito pequena, significa que ela é introspectiva, talvez com algumas perguntas girando na cabeça. Uma porta pequena na casa sinaliza uma criança que tem dificuldades em convidar as pessoas para visitá-la, é seletiva com os amigos e parentes, não gosta que lhe façam muitas perguntas e nem que a observem. Uma porta grande, em contrapartida, é sinal de boas-vindas para quem quiser fazer parte de seu cotidiano.
E – surpresa! – atenção também à maçaneta da porta. Quando a criança a desenha à esquerda, significa que seus pensamentos estão ligados ao passado – e dessa forma ela busca confiança para enfrentar o futuro. Essa criança não aprecia transformações bruscas e precisa de tempo para assimilar novas idéias. Maçaneta à direita é sinal de que a criança tem desejos constantes de mudanças, aprecia os imprevistos positivos, as aventuras, e arrisca-se a antecipar o futuro. Maçaneta no centro indica uma criança em busca de independência e autonomia, e também teimosia e tendência de impor as próprias vontades.
Nicole Bédard chama a atenção para o fato de que não se deve avaliar a personalidade, os pontos altos e baixos e as necessidades de uma criança com base em apenas dois ou três desenhos. O ideal é utilizar vários deles feitos num determinado espaço de tempo. “A cada nova informação que recebe, a criança reestrutura a sua forma de ver o mundo e, por isso, na análise do desenho, é preciso levar em consideração o momento que ela vive”, pondera a educadora Thereza Bordoni, mãe de Samuel e Humberto, diretora da ABC Pesquisa e Desenvolvimento em Educação, de Belo Horizonte, e que tem nos desenhos infantis uma de suas especialidades pedagógicas. “A criança costuma colocar perto de si, no papel, as pessoas com quem ela mantém os laços mais fortes, mas se a mãe dela, naquele dia, a proibiu de comer um chocolate, poder ser retratada de forma menos afetuosa, o que é eventual e não corresponde à realidade de seus sentimentos”, conclui Thereza.
Bom sensoPor fim, um conselho importante aos pais: jamais interfiram nos desenhos das crianças, alegando que não existem árvores com peixes nos galhos ou casas suspensas no céu. Por trás desses bem intencionados “conselhos”, dessa carinhosa objetividade, repousa o temor de que seu filho não se integre à realidade do mundo e, portanto, não vá em frente na vida. Engano. A criança provavelmente irá responder que sua árvore é diferente das outras porque vem de Marte e que a casa pertence a um super-herói capaz de voar. Dê um sorriso e tranqüilize-se: ela está sendo original e, portanto, desenvolvendo a capacidade de afirmar as próprias opiniões e de desbravar seus caminhos. Não é isso que todos queremos?CONSULTORIA
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