MÚSICA:
CAMILA, CAMILA
Nenhum de Nós
Depois da última noite de festa
Chorando e esperando amanhecer, amanhecer
As coisas aconteciam com alguma explicação
Com alguma explicação
Depois da última noite de chuva
Chorando e esperando amanhecer, amanhecer
Às vezes peço a ele que vá embora
Que vá embora...oh...
Camila, Camila
Eu que tenho medo até de suas mãos
Mas o ódio cega e você não percebe
Mas o ódio cega
E eu que tenho medo até do seu olhar
Mas o ódio cega e você não percebe
Mas o ódio cega
A lembrança do silêncio daquelas tardes
Daquelas tardes
A vergonha do espelho naquelas marcas
Naquelas marcas
Havia algo de insano naqueles olhos,
Olhos insanos
Os olhos que passavam o dia a me vigiar, a me vigiar...oh...
Camila, Camila, Camila
Camila, Camila, Camila
E eu que tinha apenas 17 anos
Baixava a minha cabeça pra tudo
Era assim que as coisas aconteciam
Era assim que eu via tudo acontecer
E eu que tinha apenas 17 anos
Baixava minha cabeça pra tudo
Era assim que as coisas aconteciam
Era assim que eu via tudo acontecer
Camila, Camila, Camila
Camila, Camila, Camila
Questões:
As coisas aconteciam com alguma explicação
Com alguma explicação
Depois da última noite de chuva
Chorando e esperando amanhecer, amanhecer
Às vezes peço a ele que vá embora
Que vá embora...oh...
Camila, Camila
Eu que tenho medo até de suas mãos
Mas o ódio cega e você não percebe
Mas o ódio cega
E eu que tenho medo até do seu olhar
Mas o ódio cega e você não percebe
Mas o ódio cega
A lembrança do silêncio daquelas tardes
Daquelas tardes
A vergonha do espelho naquelas marcas
Naquelas marcas
Havia algo de insano naqueles olhos,
Olhos insanos
Os olhos que passavam o dia a me vigiar, a me vigiar...oh...
Camila, Camila, Camila
Camila, Camila, Camila
E eu que tinha apenas 17 anos
Baixava a minha cabeça pra tudo
Era assim que as coisas aconteciam
Era assim que eu via tudo acontecer
E eu que tinha apenas 17 anos
Baixava minha cabeça pra tudo
Era assim que as coisas aconteciam
Era assim que eu via tudo acontecer
Camila, Camila, Camila
Camila, Camila, Camila
Questões:
1 – Podemos afirmar da
música:
( ) Essa música
é um daqueles clássicos dos anos 2000, que normalmente se esquece. Camila,
Camila é uma forte crítica social contra os maus tratos sofridos por pessoas em
um relacionamento, a música intriga por seus elementos "soltos"
, o que da margem para várias outras interpretações, mas em minhas pesquisas
constatei que realmente se trata da violência contra aqueles que amam, foi
o que Thedy Corrêa, vocalista da banda, disse em entrevista para Dormindo com o
Amigo, reportagem da revista MTV que foi premiada na 1° edição do concurso Tim
Lopes para projetos de investigação jornalística , em 2002. (http://rebobinandomemoria.blogspot.com.br/2011/04/analisando-letra-musica-camilacamila.html
( ) Essa música
é um daqueles clássicos dos anos 90, da Banda “Nenhum de Nós”, que
normalmente não se esquece. Camila é uma forte crítica social contra os maus
tratos sofrido por mulheres, a música intriga por seus elementos
"soltos" , o que dá margem para várias outras interpretações, mas a
mais forte é a da agressão verbal contra a mulher, o assédio moral, foi o
que Thedy Corrêa, vocalista da banda, disse em entrevista para Dormindo com o
inimigo, reportagem da revista MTV que foi premiada na 1° edição do concurso
Tim Lopes para projetos de investigação jornalística , em 2002.(http://rebobinandomemoria.blogspot.com.br/2011/04/analisando-letra-musica-camilacamila.html)
( X ) Essa música é um
daqueles clássicos dos anos 80, da Banda “Nenhum de Nós”, que normalmente
não se esquece, nem sei como esqueci dela. Camila, Camila é uma forte
crítica social contra os maus tratos sofrido por mulheres, a música intriga
por seus elementos "soltos" , o que dá margem para várias outras
interpretações, mas em minhas pesquisas constatei que realmente se trata da
violência contra a mulher, foi o que Thedy Corrêa, vocalista da banda,
disse em entrevista para Dormindo com o inimigo, reportagem da revista MTV que
foi premiada na 1° edição do concurso Tim Lopes para projetos de investigação
jornalística , em 2002.(http://rebobinandomemoria.blogspot.com.br/2011/04/analisando-letra-musica-camilacamila.html)
2 – Qual é o foco
narrativo da música?
a.( X ) 1’Pessoa – Narrador Personagem
b.( ) 2’Pessoa –
Narrador Onisciente
c.( ) 3’Pessoa –
Narrador Observador
3 - Exceto no refrão
“Camila, Camila, Camila” (Bis), que está na:
a.( ) 1’Pessoa –
Narrador Personagem
b.( ) 2’Pessoa –
Narrador Onisciente
c.( X ) 3’Pessoa – Narrador Observador
4 – O que sugere o
trecho abaixo?
“A lembrança do silêncio daquelas tardes
Daquelas tardes
A vergonha do espelho naquelas marcas
Naquelas marcas.”
Daquelas tardes
A vergonha do espelho naquelas marcas
Naquelas marcas.”
Mostra um sofrimento calado, escondido,
muito comum em casos de violência em que a vítima prefere se calar ao contar
pra alguém o que se passa ou pedir ajuda.
Ela procurava sempre esconder, as marcas,
as cicatrizes da violência, e sofria danos psicológicos que causavam a vergonha
de se olhar no espelho.
5 – Explique:
“Eu que tenho medo até de suas mãos
Mas o ódio cega e você não percebe
Mas o ódio cega
E eu que tenho medo até do seu olhar.”
Mas o ódio cega e você não percebe
Mas o ódio cega
E eu que tenho medo até do seu olhar.”
Nestes versos, fica claro a mescla de
sentimentos de ódio e medo, de saber que um simples olhar pode trazer
consequências terríveis. E o ódio que por vezes pode ser interpretado como
vindo da vítima, ou do seu próprio agressor que sentindo tanto ódio,
independente do motivo, não vê o que faz e destrói aos poucos a vida de outra
pessoa.
6– Leia o trecho:
“E eu que tinha apenas 17 anos
Baixava a minha cabeça pra tudo
Era assim que as coisas aconteciam.”
Baixava a minha cabeça pra tudo
Era assim que as coisas aconteciam.”
O que sugere o trecho acima:
a( ) Que a
mulher, desde a mais tenra idade abaixa a cabeça para o domínio de homens
violentos, ou seja ela abaixa a cabeça na hora de apanhar.
b( X ) Que a mulher, desde a mais tenra
idade abaixa a cabeça para o domínio de homens violentos, ou seja ela consente
a agressão.
c( ) Que a
mulher, desde a mais tenra idade abaixa a cabeça para o domínio de homens
violentos, ou seja ela abaixa aceita resignada a agressão, pois não sabe dos
seus direitos.
d( ) Que a
mulher, desde a mais tenra idade abaixa a cabeça para o domínio de homens
violentos, ou seja ela abaixa a cabeça por não ter como se defender.
7 – “É triste constatar que de lá pra cá (da música
acima) o problema da violência doméstica ainda persiste nos lares não só contra
a mulher, contra os idosos, crianças, enfim. A violência é decorrente
principalmente na desigualdade, das relações de poder entre homens e mulheres e
a descriminação milenar contra a mulher.
A entrada em vigor da Lei nº 11.340, de 07 de agosto de 2006, também conhecida como “Lei Maria da Penha”, uma merecida homenagem a mulher que se tornou símbolo de resistência a sucessivas agressões de seu ex- esposo. Para proporcionar integral proteção às vítimas dessa violência de gênero. Era imprescindível a implementação de medidas com o fim de resgatar, em essência, a cidadania e a dignidade da mulher; marginalizada pela sociedade machista e patriarcal. Certamente se.
A lei fosse criada na década de 80 o companheiro da Camila estaria cumprindo pena de 03 meses a 06 anos de prisão, pois a violência doméstica passou a ser tipificada como crime. Todos unidos contra a violência doméstica Mulheres denunciem!!” (http://avidaebelavidebula.blogspot.com.br/2009/12/camila-camila-e-violencia-domestica.html)
A entrada em vigor da Lei nº 11.340, de 07 de agosto de 2006, também conhecida como “Lei Maria da Penha”, uma merecida homenagem a mulher que se tornou símbolo de resistência a sucessivas agressões de seu ex- esposo. Para proporcionar integral proteção às vítimas dessa violência de gênero. Era imprescindível a implementação de medidas com o fim de resgatar, em essência, a cidadania e a dignidade da mulher; marginalizada pela sociedade machista e patriarcal. Certamente se.
A lei fosse criada na década de 80 o companheiro da Camila estaria cumprindo pena de 03 meses a 06 anos de prisão, pois a violência doméstica passou a ser tipificada como crime. Todos unidos contra a violência doméstica Mulheres denunciem!!” (http://avidaebelavidebula.blogspot.com.br/2009/12/camila-camila-e-violencia-domestica.html)
Por que o companheiro de
Camila seria preso?
Porque a lei “Maria da Penha”, no Art.
2°, são asseguradas as oportunidades e facilidades para viver sem violência,
preservar sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual e
social.
8 - lei 11.340/06
de 7.08.2006 - Art. 2º. Toda mulher, independentemente de classe,
raça, etnia, orientação sexual, renda, cultura, nível educacional, idade e
religião, goza dos direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sendo-lhe
asseguradas as oportunidades e facilidades para viver sem violência, preservar
sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual e social.
Entendemos da lei que:
a( ) Qualquer mulher casada, que vive com o seu
marido, deve ter seus direitos preservados sob qualquer que seja o pretexto. O
agressor pego em flagrante será preso e responderá processo.
b( ) Qualquer mulher casada ou não, que vive
com o seu marido ou companheiro, deve ter seus direitos preservados sob
qualquer que seja o pretexto.
c( X ) Qualquer
mulher, independente de sua orientação sexual, raça, religião etc., que vive ou
não com o seu marido/companheiro/namorado ou mesmo que tiver contato esporádico
com alguém conhecido ou desconhecido, deve ter seus direitos preservados sob
qualquer que seja o pretexto da agressão.
d( ) Qualquer mulher casada ou viúva, que vive com
o seu marido deve ter seus direitos preservados sob qualquer que seja o
pretexto.
9 – O que é
retratado nestes versos?
“Às vezes
peço a ele que vá embora
Que vá
embora... Oh...”
Já aqui o
desespero é retratado com o pedido para que o agressor vá embora, mas creio que
retrate, não só o sofrimento, mas a tentativa de se dar fim aquela relação
conturbada.
10 – Neste verso, qual o porquê deste chamamento?
“Camila,
Camila”.
O clamor pelo nome da vítima pode ser interpretado como uma
tentativa de chamar a moça a acordar, a pedir ajuda, a se libertar.
Leia a História da Lei Maria da Penha:
A Lei 11.340/06, conhecida
como Lei Maria da Penha, ganhou este nome em homenagem à Maria da Penha Maia
Fernandes, que por vinte anos lutou para ver seu agressor preso.
Maria da Penha é biofarmacêutica cearense, e foi casada com o professor universitário Marco Antonio Herredia Viveros. Em 1983 ela sofreu a primeira tentativa de assassinato, quando levou um tiro nas costas enquanto dormia. Viveros foi encontrado na cozinha, gritando por socorro, alegando que tinham sido atacados por assaltantes. Desta primeira tentativa, Maria da Penha saiu paraplégica A segunda tentativa de homicídio aconteceu meses depois, quando Viveros empurrou Maria da Penha da cadeira de rodas e tentou eletrocutá-la no chuveiro.
Apesar da investigação ter começado em junho do mesmo ano, a denúncia só foi apresentada ao Ministério Público Estadual em setembro do ano seguinte e o primeiro julgamento só aconteceu 8 anos após os crimes. Em 1991, os advogados de Viveros conseguiram anular o julgamento. Já em 1996, Viveros foi julgado culpado e condenado há dez anos de reclusão mas conseguiu recorrer.
Mesmo após 15 anos de luta e pressões internacionais, a justiça brasileira ainda não havia dado decisão ao caso, nem justificativa para a demora. Com a ajuda de ONGs, Maria da Penha conseguiu enviar o caso para a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (OEA), que, pela primeira vez, acatou uma denúncia de violência doméstica. Viveiro só foi preso em 2002, para cumprir apenas dois anos de prisão.
O processo da OEA também condenou o Brasil por negligência e omissão em relação à violência doméstica. Uma das punições foi a recomendações para que fosse criada uma legislação adequada a esse tipo de violência. E esta foi a sementinha para a criação da lei. Um conjunto de entidades então reuniu-se para definir um anti-projeto de lei definindo formas de violência doméstica e familiar contra as mulheres e estabelecendo mecanismos para prevenir e reduzir este tipo de violência, como também prestar assistência às vítimas.
Em setembro de 2006 a lei 11.340/06 finalmente entra em vigor, fazendo com que a violência contra a mulher deixe de ser tratada com um crime de menos potencial ofensivo. A lei também acaba com as penas pagas em cestas básicas ou multas, além de englobar, além da violência física e sexual, também a violência psicológica, a violência patrimonial e o assédio moral. (http://www.observe.ufba.br/lei_mariadapenha) .
Maria da Penha é biofarmacêutica cearense, e foi casada com o professor universitário Marco Antonio Herredia Viveros. Em 1983 ela sofreu a primeira tentativa de assassinato, quando levou um tiro nas costas enquanto dormia. Viveros foi encontrado na cozinha, gritando por socorro, alegando que tinham sido atacados por assaltantes. Desta primeira tentativa, Maria da Penha saiu paraplégica A segunda tentativa de homicídio aconteceu meses depois, quando Viveros empurrou Maria da Penha da cadeira de rodas e tentou eletrocutá-la no chuveiro.
Apesar da investigação ter começado em junho do mesmo ano, a denúncia só foi apresentada ao Ministério Público Estadual em setembro do ano seguinte e o primeiro julgamento só aconteceu 8 anos após os crimes. Em 1991, os advogados de Viveros conseguiram anular o julgamento. Já em 1996, Viveros foi julgado culpado e condenado há dez anos de reclusão mas conseguiu recorrer.
Mesmo após 15 anos de luta e pressões internacionais, a justiça brasileira ainda não havia dado decisão ao caso, nem justificativa para a demora. Com a ajuda de ONGs, Maria da Penha conseguiu enviar o caso para a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (OEA), que, pela primeira vez, acatou uma denúncia de violência doméstica. Viveiro só foi preso em 2002, para cumprir apenas dois anos de prisão.
O processo da OEA também condenou o Brasil por negligência e omissão em relação à violência doméstica. Uma das punições foi a recomendações para que fosse criada uma legislação adequada a esse tipo de violência. E esta foi a sementinha para a criação da lei. Um conjunto de entidades então reuniu-se para definir um anti-projeto de lei definindo formas de violência doméstica e familiar contra as mulheres e estabelecendo mecanismos para prevenir e reduzir este tipo de violência, como também prestar assistência às vítimas.
Em setembro de 2006 a lei 11.340/06 finalmente entra em vigor, fazendo com que a violência contra a mulher deixe de ser tratada com um crime de menos potencial ofensivo. A lei também acaba com as penas pagas em cestas básicas ou multas, além de englobar, além da violência física e sexual, também a violência psicológica, a violência patrimonial e o assédio moral. (http://www.observe.ufba.br/lei_mariadapenha) .
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