terça-feira, 23 de junho de 2015



A Cerca


O menino Alexandre era muito bravo e mal-humorado, gritava com os outros, xingava e falava mal das pessoas. Seu pai deu-lhe então uma bolsa de pregos e disse que cada vez que gritasse com alguém, xingasse uma pessoa ou falasse mal de alguém, que martelasse um prego na cerca.
No primeiro dia, o menino pregou 37 pregos. No segundo, 30 e assim por diante, diminuindo o número a cada dia. Ele descobriu que era mais sensato controlar o seu temperamento explosivo do que ir até o fundo do quintal para martelar a cerca. Até que um dia ele não perdeu a razão nenhuma vez. Não maltratou, não brigou, não xingou, não falou mal de alguém. Enfim, foi um bom menino.
Quando disse que havia mudado de comportamento, seu pai então  disse a ele que a cada dia que pensasse em perder o controle, mas conseguisse segurar o controle e não fazer nada de errado, que ele fosse até a cerca e tirasse um dos pregos cravados na cerca. Até o dia em que ele não perdeu a razão nenhuma vez.
Os dias passaram e o Alexandre disse finalmente a seu pai que não havia mais pregos na cerca. Seu pai levou-o até lá e disse:
- “Muito bem, mas veja esses furinhos todos que ficaram aqui. A cerca nunca mais será a mesma. Quando magoamos uma pessoa, dizemos palavras que deixam cicatrizes. Por mais desculpas que peçamos, a cicatriz continuará lá. Não ofenda as pessoas, pois isto poderá deixar marcas para sempre...”


                                                                          Autor Desconhecido.

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