A Cerca
O
menino Alexandre era muito bravo e mal-humorado, gritava com os outros,
xingava e falava mal das pessoas. Seu pai deu-lhe então uma bolsa de
pregos e disse que cada vez que gritasse com alguém, xingasse uma pessoa
ou falasse mal de alguém, que martelasse um prego na cerca.
No
primeiro dia, o menino pregou 37 pregos. No segundo, 30 e assim por
diante, diminuindo o número a cada dia. Ele descobriu que era mais
sensato controlar o seu temperamento explosivo do que ir até o fundo do
quintal para martelar a cerca. Até que um dia ele não perdeu a razão
nenhuma vez. Não maltratou, não brigou, não xingou, não falou mal de
alguém. Enfim, foi um bom menino.
Quando disse que havia mudado de comportamento, seu pai então disse
a ele que a cada dia que pensasse em perder o controle, mas conseguisse
segurar o controle e não fazer nada de errado, que ele fosse até a
cerca e tirasse um dos pregos cravados na cerca. Até o dia em que ele
não perdeu a razão nenhuma vez.
Os dias passaram e o Alexandre disse finalmente a seu pai que não havia mais pregos na cerca. Seu pai levou-o até lá e disse:
-
“Muito bem, mas veja esses furinhos todos que ficaram aqui. A cerca
nunca mais será a mesma. Quando magoamos uma pessoa, dizemos palavras
que deixam cicatrizes. Por mais desculpas que peçamos, a cicatriz
continuará lá. Não ofenda as pessoas, pois isto poderá deixar marcas
para sempre...”
Autor Desconhecido.
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