SOCIOLOGIA - TEXTO - VIOLÊNCIA
A VIOLÊNCIA EM DEBATE
Não é tão simples definir a palavra ‘violência’, segundo sociólogos e pesquisadores deste tema. As conotações deste conceito variam conforme suas fontes. Por exemplo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), este termo significa impor um grau intenso de dor e sofrimento que não se pode evitar. Para os militantes dos direitos humanos, a ‘violência’ é entendida como a violação dos direitos civis. Mas os estudiosos crêem que seu significado é muito mais profundo.
A violência tem várias faces. Na verdade, a violência urbana é apenas uma delas, entre guerras, miséria, discriminações, e tantas mais. O ângulo aqui abordado é um dos mais discutidos e controvertido de nossos tempos. Os atos transgressores ocorridos no âmago das grandes cidades, de caráter estritamente agressivo, frutos da vida em sociedade na esfera urbana, caracterizam, em parte, este fenômeno social que se convencionou chamar de violência urbana.
Ela
se expressa através dos níveis cada vez mais elevados de criminalidade, da
sujeição freqüente ao domínio dos instintos selvagens e bárbaros, do crime
organizado, principalmente em torno do tráfico de drogas, dos atos despidos de
qualquer civilidade – aqui se compreendem também a constituição de gangues, as
pixações, a espoliação dos bens públicos, o caos do trânsito, os pontos
abandonados da cidade, sem nenhuma preservação ou manutenção, entre outros.
Infelizmente,
a cultura de massa e
um setor da mídia, irresponsável e sensacionalista, alimentam essas tendências
explosivas das metrópoles, incentivando a violência por meio de filmes,
músicas, novelas, um jornalismo policial preocupado apenas com uma audiência
crescente, entre outros.
A
violência está enraizada no próprio processo histórico brasileiro, desde os
primórdios da colonização. Milhares de índios foram exterminados, culturas
dizimadas, outros aborígenes escravizados, ao lado dos negros trazidos da
África. Esse contexto foi, ao longo do tempo, agravando-se ainda mais. Depois
da libertação dos escravos, da importação de mão-de-obra de outros países, os
imigrantes, o número de excluídos e marginalizados da nossa sociedade foi
crescendo significativamente.
À
medida que as cidades passaram a inchar de forma caótica, desordenada, sem
nenhum planejamento, absorvendo também os trabalhadores do campo, principalmente
após a mecanização rural, sua população foi dividindo os territórios – um
centro ocupado pela elite, alguns círculos habitados pela classe média, e uma
periferia crescente que cada vez mais se expande por todos os espaços
desocupados que restam nas metrópoles urbanas.
Tudo isso, somado a um sistema econômico que mais exclui do que inclui as pessoas, mecanismo cruel que, por um lado, explora os trabalhadores, aliena-os do produto de seu trabalho, e por outro estimula ao máximo o consumo, através dos canais disponibilizados pela mídia e pela cultura de massa. Assim, a maior parte dos jovens, excitados pelo apelo ao consumismo, sem perspectivas materiais e sociais, abandonados pelo Poder Público, que não investe o suficiente em políticas educacionais e culturais, vê abrir-se diante de seus olhos o universo do crime organizado, que eles acreditam lhes proporcionar tudo o que mais desejam. Este mundo, a princípio fascinante, ocupa o vácuo deixado pelo Estado, mas depois trai cada um de seus seguidores, oferecendo-lhes nada mais que uma vida perdida, sem dignidade, mergulhada nos vícios e em uma violência sem freios, que acaba ceifando suas próprias existências.
Assim,
em sociedades nas quais as instituições revelam-se fracas e corrompidas, na
qual a autoridade social encontra-se desacreditada, os valores morais
atravessam uma fase de decadência e descrença, na qual até mesmo a família tem
deixado de cumprir seu papel fundamental na esfera da educação e da concessão
de limites, vemos a violência urbana ultrapassar inclusive as barreiras
sociais, aliciando adeptos em todas as classes sociais, em qualquer faixa
étnica, independente até mesmo de sexo, idade ou religião.
A
própria vida perdeu seu sentido, daí presenciarmos linchamentos, justiça
realizada pelas próprias mãos, crimes passionais, assassinatos resultantes de
brigas no trânsito, em casas noturnas, shows, bares, entre pessoas
aparentemente honestas e até aquele momento completamente obedientes às normas
sociais e legais.
Hoje,
em nosso país, a violência se dissemina também pelas cidades do interior, pois
os grupos criminosos vão procurando novos territórios. Além disso, também essas
pequenas cidades absorvem atualmente os problemas antes típicos das grandes
metrópoles, principalmente a degradação moral. Torna-se urgente uma profunda
reforma político-social, aliada a um resgate intenso dos valores esquecidos,
perdidos pelo caminho. Esta ação depende do Estado, mas também de toda a
sociedade organizada.
]
e justiça
Sociedade, Direito e controle social
O direito não tem
existência por si só. Ele existe no meio social e em função da sociedade, não
sendo seu único instrumento de organização e harmonia, mas, merece lugar de
destaque, pois é o que possui maior pretensão de efetividade, manifestando-se
como um corolário inafastável.
Resumo
O homem é um ser social e político, vivendo
em grupos, em sociedades. É natural que no seio destes grupos haja conflitos,
desentendimentos e interesses divergentes. No entanto, o homem sente
necessidade de segurança e busca a harmonia social. Para que a sociedade
subsista é necessário que os conflitos sejam resolvidos e para tanto, o homem
dispôs de vários meios com o intuito de controlar as ações humanas e trazer um
equilíbrio à sociedade. São os instrumentos de controle social. O Direito,
criação humana, é um destes instrumentos, cujo principal objetivo é viabilizar
a existência em sociedade, trazendo paz, segurança.
1.A sociabilidade humana
O homem é um ser social e precisa estar em
contato com seus semelhantes e formar associações. Ele se completa no outro.
Somente da interação social é possível o desenvolvimento de suas
potencialidades e faculdades. Ele precisa buscar no outro as experiências ou
faculdades que não possui e, mais, há a necessidade de passar seu conhecimento
adiante. Dessa interação, há crescimento, desenvolvimento pessoal e social.
Conforme Battista Mondin (1986, p.154) o
homem é um ser sociável, pois tem a "propensão para viver junto com os
outros e comunicar-se com eles, torná-los participantes das próprias
experiências e dos próprios desejos, conviver com eles as mesmas emoções e os
mesmos bens." Segundo o mesmo autor, ele também é um ser político. A
politicidade é "o conjunto de relações que o indivíduo mantém com os outros,
enquanto faz parte de um grupo social."
Vários estudiosos tentam explicar o impulso
associativo do ser humano. Platão (428-348 a.C.) interpreta a dimensão social
do homem como um fenômeno contingente. Para ele o homem é um ser etéreo, é
essencialmente alma e se realiza em sua plenitude e perfeição, alcançando a
felicidade ao contemplar as ideias. Estas se localizam em um mundo denominado
"topos uranos", ou lugar celeste. Para esta atividade não necessita
de ninguém, cada alma se basta, existindo e se realizando por conta própria,
independentemente das outras. Mas, por causa de uma grande culpa, que não é
explicada em sua teoria, as almas perderam sua condição original de
espiritualidade absoluta e caíram na Terra, sendo obrigadas a assumir um corpo
físico para expurgar suas culpas e purificar-se. Esse corpo físico funcionaria
como um limitador de suas potencialidades e faculdades, impedindo-as de se
sentirem completas por si só. Desse modo, as almas corporificadas precisam se
associar para suprir suas carências e limitações. Segundo Platão, portanto, a
sociabilidade é uma consequência da corporeidade e dura apenas enquanto as
almas estiverem ligadas ao corpo físico, material.
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Aristóteles (384-322 a.C), de maneira oposta,
entende que a sociabilidade é uma propriedade essencial do homem. Na sua visão,
o homem é constituído de corpo e de alma, essencialmente. E, por esta
constituição, não pode se autorrealizar, sendo necessário criar vínculos
sociais para satisfazer suas próprias necessidades e vontades. É a natureza do
homem que o impulsiona a querer associar-se e interagir com os demais. Por este
motivo, considerava o homem fora da sociedade um ser superior ou inferior à
condição humana: "O homem é, por sua natureza, um animal político. Aquele
que, por natureza, não possui estado, é superior ou mesmo inferior ao homem,
quer dizer: ou é um deus ou mesmo um animal" (de sua obra: A política).
Santo Tomás de Aquino (1225-1274), como Aristóteles,
considerava o homem um ser naturalmente sociável: "O homem é, por
natureza, animal social e político, vivendo em multidão, ainda mais que todos
os outros animais, o que evidencia pela natural necessidade." (S.Th, I,
96, 4). Afirma ainda que a vida fora da sociedade é exceção, se enquadrando em
três hipóteses: a mala
fortuna, quando um indivíduo, acidentalmente, por um infortúnio
passa a viver em isolamento, como é o caso de um náufrago, por exemplo; a corruptio naturae, quando
por alienação mental ou anomalia, o homem é desprovido de razão e busca viver
distanciado dos demais; e a excellentia
naturae, que é a hipótese do homem isolar-se buscando a comunhão
com Deus e o seu aperfeiçoamento espiritual.
Durante a época moderna surgem os contratualistas,
destacando os nomes de Spinoza, Hobbes, Locke, Leibnitz, Vico e Rousseau.
Existe uma gama enorme e variada de teorias contratualistas que buscam
explicações para o impulso associativo do homem, com diferentes explicações e
teses. Há, no entanto, um ponto em comum entre eles. Todas negam o impulso
associativo natural, concluindo que somente a vontade humana justifica a
existência em sociedade. A sociedade, portanto, é uma criação humana e se tem
sua base firmada em um contrato, que pode ser alterado ou desfeito.
Hobbes, por exemplo, com suas ideias
apresentadas na obra "Leviatã", defendia que o homem é um ser mau e
antissocial por natureza, enxergando seus semelhantes como concorrentes a serem
dominados ou destruídos. O constante estado de guerra, de conflitos e
brutalidade teria levado os homens a firmarem um contrato entre si,
transferindo o poder de se autogovernar, seus direitos e liberdades ao Estado,
que deveria impor ordem e segurança a todos.
Rousseau, por sua vez, em "O contrato
social", afirma que o homem, ao revés do entendimento de Hobbes, é
essencialmente bom e livre. A sociedade e o aparecimento da propriedade privada
é que o corrompe, dando início aos inúmeros conflitos sociais. A solução
encontrada por ele para extirpar os conflitos seria a organização de um Estado
que só se guie pela vontade geral, e não pelos interesses particulares. O
instrumento pelo qual se perfaz essa sociedade é o contrato social, pelo qual
cada indivíduo transfere ao Estado a sua pessoa, todos os seus direitos e suas
coisas.
Ante o exposto, entendemos que a sociedade é
fruto da própria natureza humana, de uma necessidade natural de interação. O
homem tem necessidade material e espiritual de conviver com seus semelhantes,
de se desenvolver e de se completar. No entanto, essa interdependência
recíproca não exclui a participação da consciência ou da vontade humana.
Consciente de que necessita da vida social o indivíduo procura melhorá-la e
torná-la mais viável. A sociedade, em suma, seria o produto de um impulso
natural conjugado com a vontade e consciência humana.
2.Sociedade
e interação
O conceito de sociedade apresenta inúmeras
controvérsias devido ao seu amplo aspecto. O vocábulo pode ser utilizado de
diversas formas e com vários sentidos, tais como o de nação e o de grupo
social. Em termos gerais podemos definir sociedade como um grupo de pessoas que
interagem entre si.
Deste conceito podemos deduzir três
características da sociedade: a multiplicidade de pessoas, a interação entre
elas e a previsão de comportamento. Para a formação da sociedade não basta que
existam várias pessoas reunidas, uma aglomeração de indivíduos, mas que elas
interajam, que desenvolvam ações conjuntas, que tenham reações aos
comportamentos uns dos outros, que desenvolvam diálogos sociais. Ela se faz por
um amplo relacionamento humano. Dessa interação é possível prever
comportamentos, situações e condutas que poderão se manifestar no seio do
grupo, sejam elas lícitas ou ilícitas.
Conforme ensina Betioli (2008, p.7): "A
interação, por seu turno, pressupõe uma previsão de comportamento, ou de
reações ao comportamento dos outros.(...) Cada um age orientando-se pelo
provável comportamento do outro e também pela interpretação que faz das
expectativas do outro com relação a seu comportamento."
Segundo Paulo Nader, a interação social,
basicamente, vai se realizar de três formas: a cooperação, a competição e o
conflito. Vejamos:
"Na
cooperação, as pessoas estão movidas por um mesmo objetivo e valor e por isso
conjugam o seu esforço. Na competição há uma disputa, uma concorrência, em que
as partes procuram obter o que almejam, uma visando à exclusão da outra. (...)
O conflito se faz presente a partir do impasse, quando os interesses em jugo
não logram uma solução pelo diálogo e as partes recorrem à luta, moral ou
física, ou buscam a mediação da justiça." (2007, p.25)
Vivendo em um mesmo ambiente e possuindo os
mesmos instintos e necessidades, é natural que surjam diversos conflitos entre
as pessoas e que necessitam de uma solução. Para que a sociedade subsista é
imprescindível que se resolvam estes conflitos de interesses. As pessoas têm a
necessidade de buscar a segurança, a justiça e a realização do bem comum.
Diante disto surge a necessidade de criar instrumentos que controlem ou que
regulamentem a vida social.
3.Instrumentos
de controle social
Existem diversos meios que servem para
regular a condutas dos membros da sociedade visando à harmonia da vida social.
Entre eles podemos destacar a religião, a moral, as regras de trato social e,
obviamente, o Direito.
Paulo Nader (2007, p.31) afirma que "o
mundo primitivo não distinguiu as diversas espécies de ordenamentos sociais. O
Direito absorvia questões afetas ao plano da consciência, própria da moral e da
religião, e assuntos não pertinentes à disciplina e equilíbrio da sociedade,
identificados hoje por usos sociais".
No entanto, é certo que hoje não podemos
confundir as diferentes esferas normativas. Cada instrumento de controle social
possui uma faixa de atuação, um objetivo específico.
A faixa de atuação do Direito é regrar a
conduta social, visando à ordem e ao bem comum. Por este motivo, ele irá
disciplinar apenas os fatos sociais mais relevantes para o convívio social. Ele
irá disciplinar, principalmente, as relações de conflitos e, quanto às relações
de cooperação e competição, somente onde houver situação potencialmente
conflituosa.
Betioli ressalta que:
"O
direito não visa ao aperfeiçoamento interior do homem; essa meta pertence à
moral. Não pretende preparar o ser humano para uma vida supraterrena, ligada a
Deus, finalidade buscada pela religião. Nem se preocupa em incentivar a
cortesia, o cavalheirismo ou as normas de etiqueta, campo específico das regras
de trato social, que procuram aprimorar o nível das relações sociais."
(2008, p.8-9)
Há vários pontos de divergência entre direito
e religião. Legaz e Lacambra apontam duas diferenças estruturais: a alteridade
e a segurança. Segundo o autor (1961, p.419), "a alteridade, essencial ao
direito, não é necessária à religião". O próximo, o semelhante é um elemento
circunstancial e não um elemento essencial na ideia religiosa. O mais
importante é a prática do bem. A religião é uma relação entre o homem e Deus e
não entre o homem e os demais. Para o Direito, no entanto, o que importa é o
comportamento humano e social.
A segunda diferença estrutural diz respeito à
segurança. Para a religião a segurança é algo inatingível e espiritual,
porquanto que para o direito, se alcança a partir da certeza ordenadora.
Em relação às diferenças existentes entre o
direito e a moral, podemos apontar algumas das distinções feitas por Paulo
Nader (2007, p.40-44). Segundo o autor, "o direito se manifesta mediante
um conjunto de regras que definem a dimensão da conduta exigida, que
especificam a fórmula do agir". Ao contrário da moral que possui
diretrizes mais gerais.
As normas jurídicas possuem uma
"estrutura imperativo-atributiva, isto é, ao mesmo tempo em que impõem um
dever jurídico a alguém, atribuem um poder ou direito subjetivo a outrem".
A moral, por sua vez, com uma estrutura mais simples, impõe apenas deveres.
Enquanto a moral se preocupa com a vida
interior das pessoas, como a consciência, o direito cuida, em primeiro plano,
das ações humanas. O animus
do agente só será considerado quando necessário.
Além disso, a moral, bem como todas as demais
regras sociais, se distingue do direito, pois carece de coercibilidade e de
heteronomia. O direito, ao revés, é imposto independentemente de vontade de
sujeição e possui formas de garantir o respeito e obediência a seus preceitos.
4.O direito
como instrumento de controle social
Como vimos o direito não é o único
instrumento responsável pela organização e pela harmonia da sociedade, uma vez
que as demais normas de conduta também contribuem para o sucesso das relações
sociais. No entanto, merece lugar de destaque, pois é o que possui maior
pretensão de efetividade, manifestando-se como um corolário inafastável da
sociedade.
Émile Durkheim (1960, p.17) ressalta que
"a sociedade sem o direito não resistiria, seria anárquica, teria o seu
fim. O direito é a grande coluna que sustenta a sociedade. Criado pelo homem,
para corrigir a sua imperfeição, o direito representa um grande esforço para adaptar
o mundo exterior às suas necessidades de vida."
A necessidade de uma convivência ordenada
impõe-se como condição para a subsistência da sociedade. O direito corresponde
a essa exigência ordenando as relações sociais através de normas obrigatórias
de organização e comportamento humano.
Miguel Reale (2006, p.62) define o direito
como sendo "a ordenação das relações de convivência".
Telles jr. (2001, p.381), neste mesmo
sentido, conceitua-o como "a disciplina da convivência".
Por sua vez, Paulo Nader (2007, p. 76), em
sua brilhante definição, assim considera: "direito é um conjunto de normas
de conduta social, imposto coercitivamente pelo Estado, para a realização da
segurança, segundo os critérios de justiça".
Do conceito de Paulo Nader podemos perceber três
grandes distinções entre o direito e as demais regras de trato social. A
primeira diferença repousa no fato do direito ser a única norma que emana do
Estado. A segunda, pelo fato de ser impositivo, imperativo. Não há margem de
liberdade para escolher se irá ou não se adequar aos seus preceitos. Por
último, temos a coercitividade, que exerce intimidação sobre os destinatários
das normas jurídicas. Sendo assim, podemos depreender que o indivíduo que não
se adequa ou não realiza atos de acordo com o ordenamento jurídico vigente
poderá ser submetido a uma punição.
violência
urbana
Uma aluna me fez uma pergunta que
acredito não ter uma respostas conclusiva: o porquê de tanta violência urbana
no país?
Como o tempo para respondê-la era muito
curto, pedi que visitasse posteriormente meu blog para ler, não uma resposta,
alguns apontamentos necessários para a compreensão do problema. Outro motivo de
aqui postar tais apontamentos está no fato de possibilitar um debate aberto com
os leitores, especialmente com aqueles que constantemente têm deixado
registrado suas perspectivas sobre as questões colocadas por mim. Vamos aos
apontamentos:
Primeiramente julgo necessário
delimitar o fenômeno em pauta. Violência urbana é o conceito do fenômeno social
de comportamento deliberadamente agressivo e transgressor exercido por
indivíduos ou coletividades nos limites do espaço urbano, sendo ela determinada
localmente por valores sociais, culturais, econômicos, políticos e morais de
uma sociedade, podendo variar no tempo.
Existem diversos fatores para a
existência de tanta violência urbana. Podemos começar...
Citando a
influência da globalização que disseminou pelo mundo comportamentos violento,
como aqueles originários nos Estados Unidos (Gangues de rua, a pichação de
prédios). O mal funcionamento dos mecanismos de controle jurídicos colaboram
para a disseminação da violência de todas as espécies. A falha no exercício da
coerção é um dos fatores mais apontados como causadores de condições para o
exercício da violência.
Ao contrário do que comumente ouvimos
em conversas informais, a violência não tem sua causa na pobreza. Se fosse
correto essa afirmação, o continente africano seria o mais violento, assim como
seria aqui as Regiões Nordestes e Norte, perspectivamente as mais violentas. O
que constatamos é que a violência tem estado relacionada à desigualdade social
(veja os níveis de violência na América Latina, assim como na Região Sudeste).
A imposição do modelo de consumo capitalista não tem sido condizente com as
condições para obtê-lo. Muitos por não conseguirem ser alguém por meios legais,
acabam buscando outras vias (é claro que não é apenas um fator isolado o
motivador de tais práticas ilegais).
O Brasil possui características
propiciadoras de violência urbana, como a existência de instituições frágeis
(entre elas a família), profundas desigualdades sociais e uma tradição cultural
violenta. Outra questão importante é a aceitação de condutas ilegais, que
dependendo da gravidade é classificada pelos próprios indivíduos como “jeitinho
brasileiro”. O brasileiro aceita facilmente o rompimento com as normas
jurídicas, seja por parte do Estado (por exemplo, o uso de tortura ao pobre
como meio de punição de criminosos ou de investigação), como por parte da
sociedade civil (ocupação de espaços públicos por camelôs; infrações de
trânsito; desrespeito ao consumidor; empregador que não paga os direitos dos
empregados, etc.).
Somado a tais fatores soma-se a exclusão política e o baixo desempenho
do sistema educacional de nosso país. Em fim, realizo esses breves apontamentos
para reflexão. Não creio que seja uma resposta, mas um caminho para a reflexão
do fenômeno.
INTRODUÇÃO À SOCIOLOGIA
O que vem primeiro, o indivíduo ou a sociedade? Os indivíduos
moldam a sociedade ou a sociedade molda os indivíduos? Em poucas palavras,
podemos dizer que os indivíduos e sociedade fazem da mesma trama, tecida pelas
relações sociais. Portanto, não há separação entre eles.
Nós, seres humanos, nascemos e passamos nossa existência em
sociedade porque necessitamos uns dos outros para viver. O fato de precisarmos
uns dos outros significa que não temos autonomia? Até que ponto dispomos de
liberdade para decidir e agir? Até que ponto somos condicionados pela
sociedade? A sociedade nos obriga a ser o que não queremos? E nós, podemos
mudar a sociedade? Como as novas regras apresentadas no CEMTN vão interferir no
meu futuro? E se eu resolver não segui-las? Por que não posso usar boné nessa
escola e na outra podia? As câmeras espalhadas pela escola são instrumentos de
proteção ou controle?
Para estudar essas questões, os sociólogos desenvolveram alguns
conceitos, como socialização, sociabilidade, contatos sociais, interação,
convívio, isolamento, relação, processo social, gerando assim uma infinidade de
análises da vida em sociedade. Nessa apostila estudaremos uma série desses
conceitos e buscaremos compreender a relação que existe entre o conhecimento
sociológico nosso cotidiano.
SOCIOLOGIA –
VIVENDO ENTRE LOBOS
O “menino selvagem” Victor de Aveyron é um dos casos mais
conhecidos de seres humanos criados livres em ambiente selvagem. Provavelmente
abandonado numa floresta aos 4 ou 5 anos, foi objeto de curiosidade e provocou
discussões acaloradas principalmente na França, onde o caso ocorreu.
Sua história oficial começa em 1797, quando um menino inteiramente
nu, que fugia do contato com as pessoas, foi visto pela primeira vez na
floresta de Lacaune. Em 9 de janeiro de 1800 foi registrado seu aparecimento
num moinho em Saint-Sernein, distrito de Aveyron. Tinha a cabeça, os braços e
os pés nus; farrapos de uma velha camisa cobriam o resto do corpo. Era um
menino de cerca de 12 anos de idade, media 1,36 m, tinha a pele branca e fina,
rosto redondo, olhos negros e fundos, cabelos castanhos e nariz comprido e
aquilino. Sua fisionomia foi descrita como graciosa; sorria involuntariamente e
seu corpo apresentava a particularidade de estar coberto de cicatrizes.
ESTUDO SOCIOLÓGICO DO CASO
Alguns médicos, como os franceses Esquirol (1772-1840) e Pinel
(1745-1826), diagnosticaram o menino selvagem como idiota (nomenclatura que
hoje corresponde à deficiência mental grave). Talvez por essa razão tenha sido
abandonado pelos pais.
O médico psiquiatra Jean-Marie Gaspard Itard, diretor de um
instituto de surdos-mudos, não compartilhava da opinião dos colegas. Propôs uma
questão: Quais as consequências da privação do convívio social e da ausência
absoluta da educação social humana para a inteligência de um adolescente que
viveu assim, separado de indivíduos de sua espécie? Ele acreditava que a
situação concreta de abandono e afastamento da civilização explicava o
comportamento diferente do menino Victor, contrapondo-se ao diagnóstico de
deficiência mental para o caso.
Em seu livro A educação de um homem selvagem, publicado em
1801, Itard apresenta seu trabalho com o menino selvagem de Aveyron,
descrevendo as etapas de sua educação: ele já é capaz de sentar-se
convenientemente à mesa, tirar a água necessária para beber, levar ao seu
benfeitor as coisas de que necessita; diverte-se ao empurrar um pequeno
carrinho e começa também a ler. Cinco anos mais tarde já fabricava pequenos
objetos e podava as plantas da casa. A partir desses resultados Itard reforçou
sua tese de que os hábitos selvagens e a aparente deficiência mental iniciais
eram apenas e tão-somente resultados de uma vida afastada de seus semelhantes e
da civilização.
Acompanhando de perto e trabalhando vários anos com Victor para
educá-lo, Itard formula a hipótese de que a maior parte das deficiências
intelectuais e sociais não é inata, mas tem sua origem na ausência da
socialização, na falta de comunicação com os semelhantes principalmente pela
palavra. Aproximando-se da visão sociológica dos fatos sociais, o pesquisador
concluiu que o isolamento social prejudica a sociabilidade do indivíduo. E a
sociabilidade é a base da vida em sociedade.
Os estudos de Itard reforçam um dos fundamentos da Sociologia: os
fatos sociais, embora exteriores são introjetados pelo indivíduo e exercem
sobre ele um poder coercitivo, já que determinam seu comportamento.
OUTRO CASO DE CRIANÇAS CRIADAS POR LOBOS
Duas meninas, Amala e Kamala, foram descobertas em 1921, numa
caverna da Índia, vivendo entre lobos. Essas crianças, que na época tinham
quatro e oito anos de idade, foram confiadas a um asilo e passaram a ser
observadas por estudiosos. Amala, a mais jovem, não resistiu à nova vida e logo
morreu. A outra., porém, viveu cerca de oito anos.
Ambas apresentavam hábitos alimentares bem diferentes dos nossos.
Como fazem normalmente os animais, elas cheiravam a comida antes de tocá-la,
dilaceravam alimentos com os dentes e faziam pouco uso das mãos para beber e
comer. Possuíam aguda sensibilidade auditiva e o olfato desenvolvido.
Locomoviam-se de forma curvada, com as mãos apoiadas no chão, como o fazem os
quadrúpedes. Kamala levou seis anos para andar de forma ereta. Notou-se também
que a menina não ficava à vontade na companhia de pessoas, preferindo o
convívio com os animais, que não se assustavam com sua presença e pareciam até
entendê-la. (Adaptado de: A. Xavier Telles. Estudos Sociais. São Paulo,
Nacional, 1969. p. 115-6.)
SOCIABILIDADE E SOCIALIZAÇÃO
Assim como no caso do menino de Aveyron, a experiência das duas
crianças criadas entre lobos na Índia mostra que os indivíduos só adquirem
características realmente humanas quando convivem em sociedade com outros seres
humanos, estabelecendo com eles relações sociais. Assim, o ato de tornar-se
humano não ocorre naturalmente, ele ocorre durante os processos de
sociabilidade e socialização (processos distintos, mas complementares).
Aristóteles, que viveu entre 384 e 322 antes de Cristo, afirmava
que o homem é, por natureza, um animal social. Isso significa que a vida em
grupo é uma exigência da natureza humana. O homem necessita de seus semelhantes
para sobreviver, perpetuar a espécie e também para se realizar plenamente como
pessoa.
A sociabilidade - capacidade natural de espécie humana para viver
em sociedade - desenvolve-se pelo processo de socialização. Pela socialização o
indivíduo se integra ao grupo em que nasceu, assimilando o conjunto de hábitos
e costumes característicos daquele grupo.
Participando da vida em sociedade, aprendendo suas normas, seus
valores e costumes, o indivíduo está se socializando. Quanto mais adequada é a
socialização do indivíduo, mais sociável ele poderá se tornar.
CONTATOS SOCIAIS
O contato social é a base da vida social. É o passo inicial para
que ocorra qualquer associação humana. Ao dar uma aula o professor entra
em contato com seus alunos. Duas pessoas conversando estabelecem um contato
social. A convivência humana pressupõe uma série de diferentes contatos
sociais. Os contatos sociais podem ser:
* Primários – são os contatos pessoais,
diretos, face a face, e que têm uma base emocional, pois as pessoas neles
envolvidas compartilham suas experiências individuais. São exemplos característicos
de contatos sociais primários os que ocorrem na família entre pais e filhos.
* Secundários – são os contatos impessoais,
calculados, formais; são mais um meio para atingir um determinado fim. Por
exemplo, o contato do passageiro com o cobrador do ônibus, apenas para pagar a
passagem; ou o contato do cliente com o caixa do banco ao descontar um cheque.
São também considerados contatos secundários os contatos mantidos através de
carta, telefone, telegrama e internet.
REFLEXOS DOS CONTATOS SOCIAIS PRIMÁRIOS E SECUNDÁRIOS
É importante destacar que as pessoas que têm uma vida baseada mais
em contatos primários desenvolvem uma personalidade diferente daquelas que têm
uma vida com predominância de contatos secundários. Um lavrador, por exemplo,
apresenta uma personalidade bastante diversa da de um executivo.
Com a industrialização e a consequente urbanização diminuíram os
grupos de contatos primários, pois a cidade é a área em que há mais grupos nos
quais predominam os contatos secundários.
As relações humanas nas grandes cidades podem ser mais
fragmentadas e impessoais, caracterizando uma tendência aos contatos sociais
secundários e ao individualismo, pois aproximadamente física não significa
necessariamente proximidade afetiva. A vida nas metrópoles, por exemplo,
facilita os conflitos. Um exemplo de individualismo cultivado nas grandes
cidades são as brigas no transito, cada vez mais frequentes, muitas com
desfecho violento.
CONVÍVIO SOCIAL, ISOLAMENTO E ATITUDES
A história demonstra que o convívio social foi e continua a ser
decisivo para o desenvolvimento da humanidade. As descobertas feitas por um
grupo, quando comunicadas ás outras pessoas, tornam-se estimulo e ponto de
partida para aperfeiçoamentos e novas descobertas. Transmitidas de geração a
geração, esses conhecimentos compartilhados não perdem com a morte de seus
descobridores. No convívio social, o compartilhamento entre indivíduos se dá
pelos contatos sociais.
A ausência de contatos sociais caracteriza o isolamento social.
Existem mecanismos que reforçam o isolamento social. Entre eles estão as
atitudes de ordem social e as atitudes de ordem individual.
As atitudes de ordem social envolvem os vários tipos de
preconceitos (de cor, de religião, de sexo, etc.). Um exemplo histórico de preconceito
é o anti-semitismo, voltado contra os judeus. Tal atitude foi especialmente
violenta durante a Idade Média e também entre os anos de 1933 e 1945, nos
países dominados pela ideologia nazista. A África do Sul é outro exemplo de
país onde por várias décadas imperou uma legislação que afastava do convívio
social com os brancos a maior parte da população: era o apartheid, que minoria
branca impunha á maioria negra, relegando seus membros á condição de cidadãos
inferiores.
Uma atitude de ordem individual que reforça o isolamento social é
a timidez. O sociólogo Karl Mannheim considera que a timidez, o preconceito e a
desconfiança podem levar o indivíduo a um isolamento parcial semelhante ao
ocasionado de modo geral pelas deficiências físicas, quando os portadores são
segregados dentro de seu próprio grupo primário.
QUEBRANDO REGRAS
O ser humano se guia pela inteligência. Sobre a necessidade de
vida gregária (em grupo), edificamos o convívio social.
As formas de convívio social são diversificadas, pois cada
cultura, cada povo, tem suas regras particulares de convivência humana. As
condições de convivência podem se modificar de acordo com certas transformações
que ocorrem nas sociedades. Por exemplo, a situação da mulher de maneira geral
foi se modificando rapidamente ao longo das últimas décadas do século XX. Quem
imaginaria, nos anos de 1920, a mulher brasileira votando. Pois as brasileiras
obtiveram direito de voto apenas em 1933. Difícil também imaginar, há cinquenta
anos, mulheres ocupando cargos executivos em grandes empresas ou trabalhando em
fábricas de montagem lado a lado com os homens, ou dirigindo a economia e a
política de uma grande nação, como foi o caso de Margareth Thatcher, na Inglaterra,
nos anos de 1979 a 1990. No Brasil, a eleição de Dilma Rousseff comprova que as
mulheres vêm conquistando um espaço cada vez maior, tanto na política como em
outras diversas atividades sociais.
A IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇÃO
Há setecentos anos, Frederico II, imperador do Sacro Império
Romano-Germânico, efetuou uma experiência para determinar que língua as
crianças falariam quando crescessem, se jamais tivessem ouvido alguém falar
falariam hebraico (que então se julgava ser a língua mais antiga), grego, latim
ou a língua de seu país?
Deu instruções às amas e mães adotivas para que alimentassem as
crianças e lhes dessem banho, mas que sob hipótese nenhuma falassem com elas ou
perto delas, O experimento fracassou, porque todas as crianças morreram. (Paul
B. Horton e Chester L. Hunt. Sociologia. São Paulo, McGraw-Hill do Brasil,
1980. p. 77.)
Assim como a história de Victor de Aveyron, narrada no início de
nossa apostila, o fracassado experimento de Frederico lI mostra que a
comunicação é vital para a espécie humana e para o desenvolvimento da cultura.
O principal meio de comunicação do ser humano é a linguagem. Por
meio dela, os indivíduos atribuem significado aos sons articulados que emitem.
Graças à linguagem podemos transmitir pensamentos e sentimentos aos nossos
semelhantes, assim como nossas experiências e descobertas às gerações futuras,
fazendo com que os conhecimentos adquiridos não se percam.
Além da linguagem falada, o ser humano desenvolveu outras formas
de comunicação ao longo da História. Um grande avanço ocorreu com o surgimento
da escrita, na Mesopotâmia, por volta de 4000 a.C. A invenção dos tipos móveis
de impressão por Gutenberg, no século XV, foi outro passo importante. Nos
séculos XIX e XX assistimos à invenção do telégrafo, do telefone, do rádio, do
cinema, da televisão, do telex, da comunicação por satélite, da internet.
Atualmente, fatos, ideias, sentimentos, atitudes e opiniões são
compartilhados por milhões de pessoas na maior parte do planeta, graças a esses
meios de comunicação. Por essa razão, o especialista em comunicação Marshall
McLuhan afirmou que o mundo contemporâneo é uma autêntica “aldeia global”, pois
os meios de comunicação de massa moldam hoje as ideias e opiniões de grupos
cada vez maiores de indivíduos.
INTERAÇÃO SOCIAL
Quando dá uma aula, o professor está em contato social com seus
alunos e estabelece comunicação com eles. Os alunos aprendem coisas; seu
comportamento, portanto, sofre uma modificação. Também o comportamento do
professor sofre modificações: sua explicação é diferente de uma classe para
outra, ele detém-se num ponto mais difícil e pode até mudar de opinião depois
de uma discussão em classe. Portanto, o professor influencia os alunos e também
sofre influência deles. Dizemos então que existe entre eles uma interação
social.
O aspecto mais importante da interação social é que ela provoca
uma modificação de comportamento nos indivíduos envolvidos, como resultado do contato
e da comunicação que se estabelece entre eles. Desse modo, fica claro que o
simples contato físico não é suficiente para que haja uma interação social. Por
exemplo, se alguém se senta ao lado de outra pessoa num ônibus, mas ambos não
conversam, não está havendo interação social.
Os contatos sociais e a interação social constituem, portanto,
condições indispensáveis à associação humana. Os indivíduos se socializam
através dos contatos e da interação social.
A interação social pode ocorrer entre uma pessoa e outra, entre
uma pessoa e um grupo ou entre um grupo e outro:
pessoa
pessoa
pessoa
grupo
grupo
grupo
RELAÇÃO SOCIAL
A interação assume formas
diferentes. A forma que a interação social assume chama-se relação social. Um
professor dando aula tem um tipo de relação social com seus alunos - a relação
pedagógica. Da mesma forma, uma pessoa comprando e outra vendendo estabelecem
uma relação econômica. Além dessas, as relações sociais podem ser políticas,
religiosas, culturais, familiares etc.
A forma mais típica de interação social, como vimos, é aquela em que há uma influência recíproca entre os participantes. Mas alguns autores falam em interação social quando apenas um dos elementos influencia o outro. Isso acontece quando um dos pólos da interação está representados por um meio de comunicação apenas físico, como a televisão, o livro, uma gravação. Assim é que, quando um indivíduo assiste a um programa de televisão, ele pode ser influenciado pelo programa, mas não o influencia. Ocorre, nesse caso, uma interação não-recíproca. Neste tipo de interação, apenas um dos lados influencia o outro.
A forma mais típica de interação social, como vimos, é aquela em que há uma influência recíproca entre os participantes. Mas alguns autores falam em interação social quando apenas um dos elementos influencia o outro. Isso acontece quando um dos pólos da interação está representados por um meio de comunicação apenas físico, como a televisão, o livro, uma gravação. Assim é que, quando um indivíduo assiste a um programa de televisão, ele pode ser influenciado pelo programa, mas não o influencia. Ocorre, nesse caso, uma interação não-recíproca. Neste tipo de interação, apenas um dos lados influencia o outro.
PROCESSOS SOCIAIS
Os alunos de uma escola resolvem fazer uma limpeza geral no salão
de festas para o baile de formatura. Organizam-se, um ajuda o outro e logo o
trabalho está acabado. Esse resultado foi possível porque houve cooperação. A
cooperação é um tipo de processo social.
A palavra processo designa a contínua mudança de alguma coisa numa
direção definida. Processo social indica interação social, movimento, mudança.
Os processos sociais são as diversas maneiras pelas quais os indivíduos e os
grupos atuam uns com os outros, a forma pela quais os indivíduos se relacionam
e estabelecem relações sociais.
Qualquer mudança proveniente dos contatos sociais e da interação
social entre os membros de uma sociedade constitui, portanto, um processo
social.
TIPOS DE PROCESSOS SOCIAIS
No grupo social ou na sociedade como um todo, os indivíduos e os
grupos se reúnem e se separam, associam-se e dissociam-se. Assim, os
processos sociais podem ser associativos e dissociativos.
Os
processos associativos estabelecem I formas de cooperação, convivência e
consenso no grupo. Já os dissociativos estão relacionados a formas de
divergência, oposição e conflito, que podem se manifestar de modos diferentes.
Os principais processos sociais associativos são cooperação,
acomodação e assimilação.
Os principais processos sociais dissociativos são competição e
conflito.
A seguir, vamos estudar os processos associativos e dissociativos.
Você vai perceber que não seguimos a ordem apresentada no esquema anterior.
Isso se deve, em parte, à necessidade de se priorizarem certos processos, seja
para facilitar o entendimento de outro, seja porque a partir dele podem surgir
outros processos.
COOPERAÇÃO
A cooperação é a forma de interação social na qual diferentes
pessoas, grupos ou comunidades trabalham juntos para um mesmo fim. São exemplos
de cooperação: a reunião de vizinhos para limpar a rua, ou de pessoas para
fazer uma festa; mutirões de moradores para construir conjuntos habitacionais;
sociedades cooperativas etc.
A cooperação pode ser direta ou indireta.
Cooperação direta compreende as atividades que as pessoas realizam
juntas, como é o caso dos mutirões.
Cooperação indireta é aquela em que as pessoas, mesmo realizando
trabalhos diferentes, necessitam indiretamente umas das outras, por não serem
auto-suficientes. Tomemos o exemplo de um médico e de um lavrador: o médico não
pode viver sem o alimento produzido pelo lavrador, e este necessita de cuidados
médicos quando fica doente.
COMPETIÇÃO
"No uso recente, competição é a forma de interação que
implica luta por objetivos escassos; essa interação é regulada por normas, pode
ser direta ou indireta, pessoal ou impessoal, e tende a excluir o uso da força
e da violência" (Dicionário de Ciências Sociais. Rio de Janeiro, Editora
da Fundação Getúlio Vargas, 1987. p. 218).
A competição pode levar indivíduos a agir uns contra os outros em
busca de uma melhor situação. Ela nasce dos mais variados desejos humanos, como
ocupar uma posição social mais elevada, ter maior importância no grupo social,
conquistar riqueza e poder, vencer um torneio esportivo etc.
Ora, nem todos podem obter os melhores lugares nas esferas
sociais, pois os postos mais importantes são em número muito menor que seus
pretendentes, isto é, são escassos. Assim, os que pretendem alcançá-los entram
em competição com os demais concorrentes. Nessa disputa, as atenções de cada
competidor estão voltadas para a recompensa e não para os outros concorrentes.
Há sociedades que estimulam mais a competição que outras. Entre as
tribos indígenas, por exemplo, as relações não são tão acentuadamente
competitivas como na sociedade capitalista. Esta última estimula os indivíduos
a competirem em todas as suas atividades – na escola, no trabalho e até no
lazer -, exacerbando o individualismo em prejuízo da cooperação.
CONFLITO
Quando a competição assume características de elevada tensão
social, sobrevém o conflito.
Diariamente, vemos e ouvimos no noticiário dos jornais, do rádio e
da televisão relatos de conflitos em diversas partes do mundo: combate na
Colômbia entre tropas do governo e fazendas pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais
sem Terra (MST), no interior do Brasil, às vezes seguidas (ou precedidas) de
assassinatos de líderes sindicais a mando de grandes fazendeiros (veja o boxe
na página seguinte); motins e fugas de menores da Fundação Estadual do
Bem-Estar do Menor (Febem), em São Paulo, conflitos entre israelenses e
palestinos no Oriente Médio.
O conflito social é um processo social, pois provoca mudanças na
sociedade. Tomemos o exemplo dos negros norte-americanos. Depois de violentos
choques com a polícia durante os anos 1960, eles conseguiram ver reconhecidos
seus direitos civis. Passados mais de trinta anos, embora certas formas de
racismo e discriminação ainda persistam nos Estados Unidos, o negro
integrou-se, pelo menos em parte, à sociedade norte-americana, permitindo,
inclusive a primeira eleição de um presidente negro americano. Outro exemplo
mais recente foi a mudança do governo no Egito graças à pressão popular.
QUESTÕES PARA ESTUDO*
1-
Em que momento Marcinelo apresenta sua capacidade de socialização?
Explique.
2-
Cite exemplos de contatos sociais primários e secundários que
ocorreram na história dos Xulingos.
3-
O autor afirma que a falta de afetividade reforça o individualismo
e estimula os conflitos. Que relação essa ideia possui com a história dos
Xulingos?
4-
O isolamento social está relacionado a atitudes de ordem social e
individual. Há atitudes de isolamento social na história dos Xulingos?
Explique.
5-
Na apostila, o autor apresenta os seguintes conceitos: Interação
Social, Relação Social e Processo Social. Explique o significado de cada um
desses conceitos e exemplifique-os.
6-
Escreva um texto (mínimo de 25 linhas) sobre a importância dos
conhecimentos sociológicos na sua vida. No seu texto você necessita utilizar a
linguagem científica que estamos estudando em Sociologia, assim sua redação
precisa apresentar os seguintes conceitos obrigatórios – Sociabilidade e
Socialização, Contatos Sociais Primários e Secundários, Fatos Sociais, Grupos
Áulicos e Processos Sociais Associativos e Dissociativos.
*Essa
atividade deverá ser feita em sala de aula, após a leitura de uma história que
servirá como elemento de contextualização prática dos conceitos estudados.
O Bicho – Manuel Bandeira
Vi ontem um bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos.
Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.
O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato.
O bicho, meu Deus, era um homem.
--> As desigualdades entre os homens
Cada sociedade gera formas de desigualdade específicas, que
são o resultado de como essas sociedades se organizam; As desigualdades assumem
feições distintas porque são constituídos a partir de um conjunto de elementos
econômicos, políticos e culturais próprios de cada tipo de organização.
--> Interpretando as desigualdades
Transição do Feudalismo ao Capitalismo: questionamento sobre
os fundamentos das desigualdades entre os homens;
Thomas Hobbes (1588-1679)
• No estado de natureza, o homem se encontrava entregue às
suas próprias paixões (competição, vaidade, desconfiança, etc.);
• O que levava ao comportamento anti-social;
• Guerra de todos contra todos pelo poder;
• Necessidade de um poder soberano, superior a todos os
homens;
• Que não eliminaria a luta competitiva entre os indivíduos,
mas a colocaria sob o controle da lei e da ordem;
• Todos os homens eram naturalmente iguais, o que tornava
possível o estabelecimento de uma luta incansável entre eles;
• Contrato social: preservação da vida;
John Locke (1632-1704)
• Necessidade em se estabelecer uma sociedade política,
baseada num pacto entre homens livres e iguais;
• Concepção que justificava as desigualdades como inerentes
às próprias condições de existência social e política dos indivíduos;
• Para Locke, os homens eram livres e iguais na medida em
que tinham propriedades a zelar;
• Os proprietários somente de sua força de trabalho não eram
considerados aptos a pactuar, dadas as suas condições de existência;
• Noção de proprietário não se apresentava vinculada apenas
à posse material;
• Ser proprietário, na teoria individualista do século XVII,
significava ter antes de tudo a propriedade de si mesmo;
• Sociedade capitalista: exigia que o indivíduo se
apresentasse como proprietário, se não dos instrumentos de trabalho, pelo menos
de sua força de trabalho para negociar com o patrão em condições de igualdade;
• Estabelecimento de um conjunto de artifícios políticos
para a proteção de determinados interesses em nome dos interesses de todos os indivíduos;
• Surgem leis para regulamentar a relação contraditória e
desigual que florescia com o desenvolvimento do capitalismo;
--> Enquanto as desigualdades tornavam-se cada vez mais
visíveis no cotidiano da sociedade, principalmente nas cidades européias, a
ideia de igualdade estava ganhando nova dimensão, que teria sua máxima no
postulado do liberalismo do século XVIII de que todos são iguais perante a lei;
--> A problemática da desigualdade era o centro das
diversas reflexões na Europa do século XVIII. A discussão girava em torno da
relação entre propriedade, liberdade e desigualdade;
Edmund Burke (1729-1797)
• Expoente do liberalismo inglês, afirmava que a propriedade
garantia a liberdade, mas exigia a desigualdade;
Jean-Jacques Rousseau (1712-1778)
• A liberdade só tinha sentido se estivesse baseada na
igualdade;
• A igualdade é um princípio jurídico, pois a desigualdade
condena os homens à não-liberdade;
• Todos os homens deveriam ser iguais perante a lei;
• A condição social do homem leva à situação de
desigualdade, a qual não pode ser explicada por fatores naturais;
• Desigualdade como um fenômeno social, ou seja, gerado pela
própria sociedade;
• Contrato social: submissão de todos os indivíduos e dos
governantes à vontade geral da sociedade; Ideia de bem comum;
• A questão básica no pensamento de Rousseau referia-se à
igualdade moral e legítima, a qual estabelecia a possibilidade de uma sociedade
que tivesse como base a igualdade jurídica de todos os seus membros;
--> Desigualdade: a pobreza como fracasso
• O desenvolvimento da industrialização, a partir do século
XVIII, propiciou o crescimento econômico capitalista;
• Relações entre o capital e o trabalho: o capitalista (o
patrão) e o trabalhador assalariado (o operário) passaram a ser as personagens
principais dessa nova organização;
• Liberalismo (século XVIII): defesa da propriedade privada,
liberdade de comércio, igualdade perante a lei; Foi a justificativa encontrada
para o novo mundo e o novo homem que surgiram com o crescimento do capitalismo;
A concepção de sociedade e de homem que vigorava na sociedade medieval estava
sendo absolutamente transformada;
• Louvava-se o homem de negócios (o burguês) como a
expressão do sucesso, e sua conduta servia de modelo para a sociedade como um
todo;
• A riqueza era mostrada como fruto do trabalho e a todos
acessível por intermédio dele;
• A pobreza (indicador fundamental das desigualdades), em
contraposição, seria produto do fracasso pessoal, e a sociedade não era
responsável por sua existência;
• Os pobres, no entanto, tinham que colaborar para a
preservação dos bens dos ricos, uma vez que esse lhe dava trabalho;
• Divulga-se a idéia de que os pobres deviam preservar os
bens de seus patrões, tais como máquinas e ferramentas, e que Deus os vigiava
constantemente no seu trabalho. Portanto, perder tempo na execução de sua
tarefa era roubar o patrão que lhes estava pagando por uma jornada de trabalho;
• Ao pobre recomendava-se paciência, religiosidade e
seriedade como forma de aceitação das novas regras morais que se iam
estabelecendo. É interessante notar que não era mais pela ausência da graça
divina que se justificava a pobreza, como ocorria até o século XVII.
Combinava-se, agora, o fracasso e a ausência de graça;
Edmund Burke – ao discutir se o governo e os ricos deviam ou
não atender às necessidades dos pobres, argumentava que ninguém podia
ajudá-los, uma vez que a providência divina os havia abandonado;
Reforma protestante: papel primordial na justificativa do
conjunto de valores que embasaram a nova concepção de riqueza e de pobreza que
se desenvolveu no século XVIII; Também a igreja católica incumbiu-se de
inculcar nos indivíduos a idéia de que todos deviam trabalhar incessantemente,
pois essa era uma das formas de se alcançar a salvação eterna;
--> A pobreza era também apresentada como necessária, já
que sem ela não haveria riqueza;
Thomas Robert Malthus (1766-1834) – não resolveria pagar
salários maiores aos pobres, pois isso os levaria à bebedeira e a outros gastos
supérfluos, e que, além de não eliminar a pobreza, incentivaria a desordem e a
desobediência;
Voltaire (1694-1778) – para que o pobre trabalhasse
constantemente, devia ter os seus ganhos limitados, ou seja, nunca ter um
salário acima de suas necessidades básicas, pois, se isso ocorresse, ele não
mais se sujeitaria ao trabalho;
--> O surgimento dessa concepção de pobreza foi um dos
aspectos básicos da nova maneira de ver o mundo que se desenvolveu no século
XVIII, uma vez que a partir dessa visão se justificava também a riqueza. Os
defensores da ordem social capitalista procuravam formas de apresentar as
desigualdades sociais não como decorrentes do conjunto de atividades e
condições materiais vigentes, mas como decisão própria daqueles que não
aceitavam se submeter às condições do próprio trabalho;
--> As desigualdades como produto das relações sociais
No século XIX apareceram várias teorias que iam contra as
explicações que até então vinham sendo desenvolvidas. Inauguram-se, assim,
linhas de pensamento que indagavam sobre as condições de produção e reprodução
das diferenças sociais. A simples colocação da questão nesses termos já
significava a não-aceitação da desigualdade como um fato “natural” ou
“estabelecido por Deus”. Começava-se a investigar a origem das desigualdades.
Platão (427-347
a .C.) e Aristóteles (384-322 a .C.) – alguns nasciam
livres e outros escravos; a diferença era, então, produzida naturalmente;
Santo Agostinho (354-430) e São Thomas de Aquino (1225-1274)
– Deus ordenava as desigualdades;
Século XIX – floresceram correntes seguindo os escritos de
Rousseau, para quem a desigualdade entre os homens tinha de ser pensada a
partir das condições sociais vigentes;
Karl Marx (1818-1883) – Sua reflexão sobre a desigualdade
social não se restringe aos aspectos jurídicos. Ele a considera como um produto
de um conjunto de relações pautado na propriedade como um fato jurídico, mas
também político. Resumindo: a questão da dominação, que garante a manutenção e
a reprodução dessas condições desiguais, embasa suas reflexões;
As desigualdades sociais se manifestam num sistema de
organização social no qual uma classe produz e outra se apropria do produto
desse trabalho. Tornam-se, assim, evidentes as contradições entre as duas
classes fundamentais do modo de produção capitalista – a classe operária e a
classe capitalista – e garante-se a dominação política desta última sobre a
primeira.
A vida social produz e reproduz a todo instante e em todos
os níveis, não apenas econômicos, mas também políticos e culturais, uma
multiplicidade de relações contraditórias que, por sua vez, são responsáveis
pela manutenção das desigualdades sociais.
As dificuldades sociais são fabricadas pelas relações
econômicas, sociais, políticas e culturais. Dessa maneira, as desigualdades não
são apenas econômicas, mas também culturais, pois expressam concepções de mundo
diferentes, de acordo com cada classe social.
Participar de uma classe social significa, para o indivíduo,
partilhar de múltiplas e diversas atividades sociais, na escola, na família, no
trabalho, etc., que definem uma forma de pensar e de conceber a si próprio e
aos outros.
Sociologia
exercícios 10 questões
por sombrio em Sab 24 Jul 2010 - 1:38
.SOCIOLOGIA
01. Um dos
exemplos abaixo não condiz com um comportamento cidadão :
a) respeitar
o sinal vermelho ;
b) não jogar
lixo no chão ;
c) não
pichar placas de sinalização ;
d) não
destruir telefones públicos ;
e) não pagar
impostos .
cidadã , o
melhor exemplo dessa situação está na ( o ) :
a) compra de
caveirões ;
b) na
aquisição de novos fuzis ;
c) na
aquisição do caveirão voador ;
d) na
gratificação faroeste ;
e) na
instalação das UPPs .
03. No
Brasil a preocupação com a cidadania se revela em alguns dos elementos abaixo ,
com
exceção do (
a ) :
a) igualdade
de todos perante a lei ;
b) inclusão
dos deficientes na sociedade ;
c) estatuto
do idoso ;
d) estatuto
da criança e do adolescente ;
e) os fichas
– sujas poderem se candidatar as eleições .
04. O
conjunto de valores sociais e culturais praticados por um grupo social ,
instituição ou uma
sociedade
pode ser definido como :
a) ética ;
b) política
;
c) cidadania
;
d) anomia ;
e) apatia .
05. O
principio de condução de um grupo social , instituição ou sociedade baseado
numa
determinada
filosofia de governo e ou idéia pode ser definido como :
a) corrupção
;
b) nepotismo
;
c)
discriminação racial ;
d) política
;
e) anomia .
06. Empregar
parentes na administração publica , sem concurso , é uma pratica dos políticos
brasileiros
, que recebe o nome de :
a) ação
afirmativa ;
b) terceiro
setor ;
c) nepotismo
;
d)
prevaricação ;
e)
discriminação racial ;
07. Numa
sociedade democrática temos a esfera publica , onde se localiza o Estado e seus
poderes , no
Brasil o poder executivo federal é exercido :
a) pela
câmara de vereadores ;
b) pelo
governador do DF ;
c) pelo
senado federal ;
d) pelo STF
;
e) pelo
presidente da republica .
08. São
exemplos de organizações privada sem fins lucrativos que se estabelecem fora do
mercado de
trabalho e do governo , com exceção da ( o ) :
a) OAB ;
b) ABI ;
c) CNBB ;
d) UNE ;
e) GUARDA
MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO.
09. Os
grupos sociais tem por objetivo :
a)
substituir o papel da família ;
b)
complementar o papel da família ;
c) ocupar o
espaço da policia ;
d) ofertar
empregos públicos ;
e) destruir
as regras estabelecidas .
10. Qual dos
elementos abaixo não representa uma característica dos grupos sociais ?
a)
pluralidade de indivíduos ;
b)
organização ;
c) interação
social ;
d)
objetividade e exterioridade ;
e) conflito
.
GABARITO
01.E
02.E
03.E
04.A
05.D
07.E
08.E
09.B
10.E
.
Exercícios Resolvidos
1- A sociedade humana é caracterizada por:
I. Ter se formado com o aparecimento do Homem.
II. Relações sociais, sem ela a sociedade humana não
existiria.
III. Ser um conjunto de indivíduos que unem-se com a intenção
de se ajudarem, satisfazendo seus interesses e desejos e dando continuidade a
vida.
IV. Sobreviver sem o apoio e a solidariedade do grupo.
V. Não ter comunicabilidade humana.
Pode-se afirmar que:
a) apenas a alternativa V está correta.
b) apenas as alternativas I e II estão corretas.
c) apenas as alternativas I e III estão corretas.
d) apenas as alternativas I,II e III estão corretas.
e) apenas as alternativas II, III e IV estão corretas.
2- O conceito das Ciências Sociais é:
a) O estudo sistemático do comportamento social do homem.
b) O estudo sistemático do comportamento social do cachorro.
c) O estudo sistemático do comportamento social dos seres
vivos.
d) O estudo sistemático do comportamento dos seres vivos.
e) N.D.A.
3- Quais das alternativas são campos em que se dividem as
Ciências Sociais?
a) Sociologia, Economia, Antropologia, Humanidades.
b) Sociologia, Economia, Antropologia, Ciência Política.
c) Sociologia, Geografia, Antropologia, Humanidades.
d) Sociologia, Geografia, Biologia, Ciência Política.
e) Sociologia, Economia, Biologia, Ciência Política.
Exercícios – MÓD I Sociologia Organizacional – Tânia Pereira
PERGUNTAS DE UM TRABALHADOR QUE LÊ.
Bertold Brecht
Quem construiu a Tebas de sete portas?
Nos livros estão os nomes dos reis.
Arrastaram eles os blocos de pedras?
E a Babilônia várias vezes destruída –
Quem a reconstruiu tantas vezes? Em que casas
Da Lima dourada moravam os construtores?
Para onde foram os pedreiros na noite em que a
Muralha da China ficou pronta?
A grande Roma está cheia de arcos do triunfo.
Quem os ergueu? Sobre quem
Triunfaram os Césares? A decantada Bizâncio
Tinha somente palácios para os seus habitantes?
Mesmo na lendária Atlântida
Os que se afogavam gritaram por seus escravos
Na noite em que o mar a tragou.
Os que se afogavam gritaram por seus escravos
Na noite em que o mar a tragou.
O jovem Alexandre conquistou a Índia.
Sozinho?
César bateu os gauleses.
Não levava sequer um cozinheiro?
Filipe da Espanha chorou, quando sua
Armada.
Naufragou. Ninguém mais chorou?
Frederico II venceu a Guerra dos Sete Anos.
Quem venceu além dele?
Cada página, uma vitória.
Quem cozinhava o banquete?
A cada dez anos um grande homem.
Quem pagava a conta?
Tantas histórias.
Tantas questões.
1‐ Analise e destaque a idéia central do texto acima.
2‐ De acordo com o mesmo texto assinale a resposta correta.
A História da Humanidade é produto do talento de um único
homem.
b)A História da Humanidade é produto do homem em sociedade
c)A história da Humanidade é produto do talento do governante
somado a sociedade.
d)Todas as respostas estão corretas.
3‐ Pode‐se afirmar que o método é o elemento fundamental na
distinção entre o positivismo durkheimiano e o idealismo alemão?
a)Sim.
b)Não.
c)Ambos usam o mesmo método.
d)O principal elemento de distinção é o objeto de estudos.
4‐Para Émile Dürkheim o objeto de estudos da Sociologia é:
a) O fenômeno social.
b) O acontecimento social.
c) O “fato social”.
d) A sociedade.
5 – Para Max Weber o objeto de estudos da Sociologia é :
a) A “ação social”.
b) A“relação social”.
c) A “ação e a relação social”.
d) A“vida social”.
6 – Na teoria weberiana tipo ideal é:
a) Um modelo de análise.
b) Um modelo de análise que possibilita ao pesquisador
aproximar‐se da
realidade.
c) Um tipo de método.
d) Um tipo de objeto.
7 – O lema da bandeira brasileira “Ordem e Progresso”
inspiraram‐se:
a) Na Revolução Francesa.
b) Na filosofia positivista de Augusto Comte.
c) No marxismo.
d) No idealismo alemão.
8 – O conceito de mais‐valia é um conceito chave na teoria
marxista. Mais‐valia é:
a) O valor da mercadoria.
b) O número de horas a mais trabalhadas pelo trabalhador para
produzir o seu salário.
c) O valor do trabalho.
d) O valor do capital.
9 – O que Marx entende por alienação?
a) Perda da capacidade de pensar logicamente.
b) Separação entre o trabalhador e os meios de produção.
c)Trabalho mecânico.
d) Trabalho artesanal.
10 – Que classes sociais Karl Marx identifica ao longo da
história?
a) Nobreza e burguesia
b) Burguesia e clero
c) Nobreza, burguesia e clero.
d) Burguesia e proletariado
11 – Para Karl Marx a sociedade humana é fruto de um processo
constante de transformações sociais provocadas por um determinado fator:
a) As guerras.
b) A luta de classes.
c) As invenções científicas.
d) As disputas políticas.
13 – O ser humano busca no trabalho:
a) Status social
b).Ganhar dinheiro e enriquecer
c). Receber um salário que permita a sua sobrevivência
d) Receber um salário que garanta a sua sobrevivência e ainda
sentir que seu trabalho é útil à sua família e a sociedade em geral.
14.‐Considerando os versos sublinhados, assinale as repostas
que nos permitem relacionar a música de Gonzaguinha ao que estudamos sobre a
questão: homem/trabalho nas pesquisas de Elton Mayo?
Um Homem Também Chora (guerreiro Menino)
Gonzaguinha
Um homem também chora
Menina morena
Também deseja colo
Palavras amenas
Precisa de carinho
Precisa de ternura
Precisa de um abraço
Da própria candura
Guerreiros são pessoas
tão fortes, tão frágeis
Guerreiros são meninos
No fundo do peito
Precisam de um descanso
Precisam de um remanso
Precisam de um sono
Que os tornem refeitos
É triste ver meu homem
Guerreiro menino
Com a barra de seu tempo
Por sobre seus ombros
Eu vejo que ele berra
Eu vejo que ele sangra
A dor que tem no peito
Pois ama e ama
Um homem se humilha
Se castram seu sonho
Seu sonho é sua vida
E vida é trabalho
E sem o seu trabalho
Um homem não tem honra
E sem a sua honra
Se morre, se mata
Não dá pra ser feliz
Não dá pra ser feliz
Gabarito
1- d)
2- a)
3- b)
Espaço de socializações e
sociabilidades...
sábado, 23 de maio de 2009
Exercícios - Indivíduo,
Identidade e Socialização
01- (UEM – Inverno 2008) Em
termos sociológicos, assinale o que for correto sobre o conceito de classes
sociais.
01) Sua utilização visa explicar as formas pelas quais as desigualdades se estruturam e se reproduzem nas sociedades.
02) De acordo com Karl Marx, as relações entre as classes sociais transformam-se ao longo da história conforme a dinâmica dos modos de produção.
04) As classes sociais, para Marx, definem-se, sobretudo, pelas relações de cooperação que se desenvolvem entre os diversos grupos envolvidos no sistema produtivo.
08) A formação de uma classe social, como os proletários, só se realiza na sua relação com a classe opositora, no caso do exemplo, a burguesia.
16) A afirmação “a história da humanidade é a história das lutas de classes” expressa a idéia de que as transformações sociais estão profundamente associadas às contradições existentes entre as classes.
2- (UEM – Verão 2008) Leia o texto a seguir:
“Desde o início a criança desenvolve uma interação não apenas com o próprio corpo e o ambiente físico, mas também com outros seres humanos. A biografia do indivíduo, desde o nascimento, é a história de suas relações com outras pessoas. Além disso, os componentes não sociais das experiências da criança estão entremeados e são modificados por outros componentes, ou seja, pela experiência social.” (BERGER, Peter L. e BERGER, Brigitte. “Socialização: como ser um membro da sociedade”. In FORACCHI, Marialice M. e MARTINS, José de Souza. Sociologia e Sociedade. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 1977, p. 200).
Podemos concluir do texto que
01) os indivíduos, desde o nascimento, são influenciados pelos valores e pelos costumes que caracterizam sua sociedade.
02) a relação que a criança estabelece com o seu corpo não deveria ser do interesse das ciências biológicas, mas apenas da sociologia.
04) o fenômeno tratado pelo autor corresponde ao conceito de socialização, que designa o aprendizado, pelos indivíduos, das regras e dos valores sociais.
08) as experiências individuais, até mesmo aquelas que parecem mais relacionadas às nossas necessidades físicas, contêm dimensões sociais.
16) o desconforto físico que uma criança sente, como a fome, o frio e a dor, pode receber dos adultos distintas respostas de satisfação, dependendo da sociedade na qual eles estão inseridos.
3- (UEL- 2006) “Três grandes dimensões fundamentam o vínculo social. Primeiro, a complementaridade e a troca: a divisão do trabalho social cria diferenças com base na complementaridade, o que permite aumentar as trocas. Em segundo lugar, o sentimento de pertença à humanidade que nos leva a reforçar nossos vínculos com os outros seres humanos: força da linhagem, do vínculo sexual e familiar; afirmação de um destino comum da humanidade por grandes sistemas religiosos e metafísicos. Por fim, o fato de viver junto, de partilhar uma mesma cotidianeidade; a proximidade surge então como produtora do vínculo social e o camponês sedentário como o ser social por excelência.” (BOURDIN, Alain. A questão local. Rio de Janeiro: DP&A, 2001 p. 28.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, é correto afirmar:
a) A divisão do trabalho social na sociedade contemporânea desagrega os vínculos sociais.
b) Os sistemas religiosos e metafísicos são fatores de isolamento social, por resultarem de criações subjetivas dos indivíduos.
c) O cotidiano das pequenas cidades e do mundo campesino favorece a criação de vínculos sociais.
d) Pela ausência da cotidianeidade, as grandes metrópoles deixaram de ser lugares de complementaridade e de trocas.
e) O forte sentimento de pertencer à humanidade desmantela a noção de comunidade e minimiza o papel da afetividade nas relações sociais.
4- (UEL - 2003) Um jovem que havia ingressado recentemente na universidade foi convidado para uma festa de recepção de calouros. No convite distribuído pelos veteranos não havia informação sobre o traje apropriado para a festa. O calouro, imaginando que a festa seria formal, compareceu vestido com traje social. Ao entrar na festa, em que todos estavam trajando roupas esportivas, causou estranheza, provocando risos, cochichos com comentários maldosos, olhares de espanto e de admiração. O calouro não estava vestido de acordo com o grupo e sentiu as represálias sobre o seu comportamento. As regras que regem o comportamento e as maneiras de se conduzir em sociedade podem ser denominadas, segundo Émile Durkheim (1858-1917), como fato social.
Considere as afirmativas abaixo sobre as características do fato social para Émile Durkheim.
I. O fato social é todo fenômeno que ocorre ocasionalmente na sociedade.
II. O fato social caracteriza-se por exercer um poder de coerção sobre as consciências individuais.
III. O fato social é exterior ao indivíduo e apresenta-se generalizado na coletividade.
IV. O fato social expressa o predomínio do ser individual sobre o ser social.
Assinale a alternativa correta.
a) Apenas as afirmativas I e II são corretas.
b) Apenas as afirmativas I e IV são corretas.
c) Apenas as afirmativas II e III são corretas.
d) Apenas as afirmativas I, III e IV são corretas.
e) Apenas as afirmativas I, II e IV são corretas.
5- (UEL – 2004) O texto a seguir refere-se à situação dos apátridas na
2ª Guerra Mundial:
“O que era sem precedentes não era a perda do lar, mas a impossibilidade de encontrar um novo lar. De súbito revelou-se não existir lugar algum na terra aonde os emigrantes pudessem se dirigir sem as mais severas restrições, nenhum país ao qual pudessem ser assimilados, nenhum território em que pudessem fundar uma nova comunidade própria [...] A calamidade dos que não têm direitos não decorre do fato de terem sido privados da vida, da liberdade ou da procura da felicidade, nem da igualdade perante a lei ou da liberdade de opinião – fórmulas que se destinavam a resolver problemas dentro de certas comunidades – mas do fato de já não pertencerem a qualquer comunidade [...] A privação fundamental dos direitos humanos manifesta-se, primeiro e acima de tudo, na privação de um lugar no mundo que torne a opinião significativa e a ação eficaz. Algo mais fundamental do que a liberdade e a justiça, que são os direitos do cidadão, está em jogo quando deixa de ser natural que um homem pertença à comunidade em que nasceu.” (ARENDT, Hannah. Origens do totalitarismo: anti-semitismo, imperialismo, totalitarismo. São Paulo: Companhia das Letras, 1989. p. 227, 229, 230.)
Com base no texto, é correto afirmar:
a) Obter o reconhecimento por uma comunidade é condição básica para o gozo de direitos.
b) A condição em que se encontra o apátrida é igual à condição de escravo.
c) Ser privado da vida é menos importante que ser privado da liberdade.
d) Ao apátrida é garantida ressonância às suas opiniões mais significativas.
e) Ser um apátrida é ser reconhecido como um indivíduo com direitos fora de seu país de origem.
6- (UEL – 2005) Emile Durkheim observa que uma condição fundamental para que a sociedade possa existir é a presença de um consenso social. Pois sem consenso não há cooperação entre os indivíduos e, portanto, não há vida social. Este consenso é garantido pelo meio moral que compartilhamos, o qual, por sua vez, é produzido pela cooperação entre os indivíduos através de um processo de interação que Durkheim chamou de divisão do trabalho social. Desse modo, conforme o tipo de divisão do trabalho social que predomina na vida coletiva numa determinada época tem-se um tipo diferente de solidariedade entre os indivíduos. Durkheim destaca dois tipos de solidariedade: a mecânica e a orgânica. No Brasil, por exemplo, nota-se a influência das idéias positivistas em boa parte de sua legislação. (Adaptado de: RODRIGUES, Alberto T. Sociologia da Educação. Rio de Janeiro: DP&A, 2000. p.27-28.) Considere as afirmativas a seguir, que apresentam artigos e parágrafos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT- Edição de 1988) e da Constituição de 1988.
I. “[São condições para o funcionamento do Sindicato:] a proibição de qualquer propaganda de doutrinas incompatíveis com as instituições e os interesses da
Nação [...]”.
II. “[São prerrogativas dos Sindicatos:] colaborar com o Estado, como órgãos técnicos e consultivos, no estudo e solução dos problemas que se relacionam
com a respectiva categoria ou profissão liberal”.
III. “[Dos direitos e deveres individuais e coletivos:] a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de autorização, sendo
vedada a interferência estatal em seu funcionamento”.
IV. “[Da Organização Sindical:] A solidariedade de interesses econômicos dos que empreendem atividades idênticas, similares ou conexas constitui o vínculo social básico que se denomina aqui categoria econômica”.
Remetem ao conceito de solidariedade orgânica, apenas as afirmativas:
a) I e III.
b) I e IV.
c) II e III.
d) I, II e IV.
e) II, III e IV.
7- (UEL – 2005) “A despeito de se viver na era dos direitos, são significativos os homicídios no mundo inteiro, as condições sub-humanas a que são submetidas centenas de milhões de pessoas [...]. No Brasil, aí estão assassínios praticados por graúdos mandantes que se servem de pistoleiros profissionais, trabalho escravo, tráfico de mulheres, menores para prostituição, a deplorável guerra do tráfico de drogas e as chacinas em grandes cidades brasileiras, em pleno século XXI [...]. Pelo número de concepções, leis, tratados, etc., está-se na era dos direitos. No plano da efetivação dos direitos, para utilizar a expressão de Lipovetsky [...], não se estaria na era do vazio [de direitos]?” [Situações sociais desse tipo são analisadas por alguns sociólogos a partir da consideração de que nos encontramos em] “uma condição social em que as normas reguladoras do comportamento perderam a sua validade, [onde] a eficácia das normas está em perigo”. (Folha de São Paulo, São Paulo, 30 ago. 2004. p. A 3.)
Assinale a alternativa que indica o conceito utilizado por Emile Durkheim (1858-1917) para definir uma “condição social” do tipo descrito no texto.
a) Anomia.
b) Fato social.
c) Coerção social.
d) Consciência coletiva.
e) Conflito social.
8- (UEL – 2006) “Na raiz de nossos julgamentos existe um certo número de noções essenciais que dominam toda a vida intelectual; são aquelas que os filósofos chamam de categorias do entendimento: noções de tempo, de espaço, de gênero, de número, de causa, de substância, de personalidade etc. [...] Mas, se, como pensamos, as categorias são representações essencialmente coletivas, traduzem antes de tudo estados da coletividade: elas dependem da maneira pela qual esta é constituída e organizada, de sua morfologia, de suas instituições religiosas, morais, econômicas etc.” (DURKHEIM, Émile. Sociologia. São Paulo: Ática, 1981. p. 154-157.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, é correto afirmar que a noção de categorias do entendimento compreende:
a) Os estados emocionais fugazes dos indivíduos de distintas sociedades.
b) Aquelas representações cuja formação é exterior às instituições religiosas, morais e econômicas.
c) O modo como a sociedade vê a si mesma nos modos de agir e pensar coletivos.
d) A tradução de estados mentais dos indivíduos portadores de distintas visões de mundo.
e) As noções incomuns à vida intelectual de uma sociedade que deturpa os julgamentos dos sujeitos.
9- (UEL – 2004) O sociólogo francês Émile Durkheim (1858-1917) considera a “comunhão de valores morais” a condição fundamental e primeira para a construção da coesão social. Para ele, a moral (conjunto de valores e juízos direcionados à vida em comum) é o amálgama que une os indivíduos à vida
Indicam-se, a seguir, algumas possíveis propostas de ação para enfrentar esse problema. Assinale a alternativa que está em conformidade imediata com os pressupostos sociológicos mostrados no texto.
a) Priorizar o combate ao narcotráfico, ao crime organizado, aos esquadrões da morte e a unificação das polícias.
b) Estimular a produção econômica para a geração de empregos, enfatizando aqueles voltados à população de
c) Promover a instituição familiar; reforçar o papel socializador da escola com ênfase na educação para a paz e para a cidadania e melhorar o funcionamento do sistema legal.
d) Detectar antecipadamente os jovens portadores de personalidade irritável, impulsiva e impaciente e providenciar o tratamento terapêutico como política pública.
e) Investir no controle da natalidade, reduzindo o número de nascimentos a médias compatíveis com os índices de desenvolvimento econômico previstos
10- (UEL – 2006) Ao receber um convite para uma festa de aniversário, é comum que o convidado leve um presente. Reciprocamente, na festa de seu aniversário, este indivíduo espera receber presentes de seus convidados. Do mesmo modo, se o vizinho nos convida para o casamento de seu filho, temos certa obrigação em convidá-lo para o casamento do nosso filho. Nos aniversários, nos casamentos, nas festas de amigo-secreto e em muitas outras ocasiões, trocamos presentes. Segundo o sociólogo francês Marcel Mauss, a prática de “presentear” é algo fundamental a todas as sociedades: segundo ele, a relação da troca, esta obrigatoriedade de dar, de receber e de retribuir é mais importante que o bem trocado.
Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, considere as afirmativas a seguir.
I. O ato de presentear instaura e reforça as alianças e os vínculos sociais.
II. A troca de presentes cria e alimenta um circuito de comunicação nas sociedades.
III. O lucro obtido a partir dos bens trocados é o que fundamenta as relações de troca de presentes.
IV. O presentear como prática social originou-se quando da consolidação do modo capitalista de produção.
Estão corretas apenas as afirmativas:
a) I e II.
b) I e III.
c) III e IV.
d) I, II e IV.
e) II, III e IV.
11- (UEL - 2008) Leia os depoimentos a seguir:
• Sou um ser livre, penso apenas com minhas idéias, da minha cabeça, faço só o que desejo, sou único, independente, autônomo. Não sigo o que me obrigam e pronto! Acredito que com a força dos meus pensamentos poderei realizar todos os meus sonhos, e o meu esforço ajuda a sociedade a progredir. (Jovem estudante e trabalhadora em uma loja de shopping).
• Sou um ser social, o que penso veio da minha família, dos meus amigos e parentes, gostaria de fazer o que desejo, mas é difícil! Às vezes faço o que quero, mas na maioria das vezes sigo meu grupo, meus amigos, minha religião, minha família, a escola, sei lá... Sinto que dependo disso tudo e gostaria muito de ser livre, mas não sou! (Jovem estudante em uma escola pública que trabalha em empregos temporários).
• Sinto que às vezes consigo fazer as coisas que desejo, como ir a raves, mesmo que minha mãe não permita ou concorde. Em outros momentos faço o que me mandam e acho que deve ser assim mesmo. É legal a gente viver segundo as regras e ao mesmo tempo poder mudá-las. Nas raves existem regras, muita gente não percebe, mas há toda uma estrutura, seguranças, taxas, etc. Então, sinto que sou livre, posso escolher coisas, mas com alguns limites. (Jovem estudante e Office boy).
Assinale a alternativa que expressa, respectivamente, as explicações sociológicas sobre a relação entre indivíduo e sociedade presentes nas falas.
a) Solidariedade mecânica, fundada no funcionalismo de E. Durkheim; individualismo metodológico, fundado na teoria política liberal; teoria da consciência de classe, fundada em K. Marx.
b) Teoria da consciência de classe, fundada
c) Individualismo, fundado no liberalismo de vários autores dos séculos XVIII a XX; funcionalismo, fundado no conceito de consciência coletiva de E. Durkheim; sociologia compreensiva, fundada no conceito de ação social e suas
tipologias de M. Weber.
d) Sociologia compreensiva, fundada no conceito de ação social e suas tipologias de M. Weber; teoria da consciência de classe, fundada
e) Corporativismo positivista, fundado
A concepção fundamental de ciência, de Emile Durkheim (1858-1917), é realista, no sentido de defender o princípio segundo o qual nenhuma ciência é possível sem definição de um objeto próprio e independente. (FERNANDES, F. Fundamentos empíricos da explicação sociológica. Rio de Janeiro: Cia Editora Nacional, 1967. p. 73).
Assinale a alternativa que descreve o objeto próprio da Sociologia, segundo Emile Durkheim (1858-1917).
a) O conflito de classe, base da divisão social e transformação do modo de produção.
b) O fato social, exterior e coercitivo em relação à vontade dos indivíduos.
c) A ação social que define as inter-relações compartilhadas de sentido entre os indivíduos.
d) A sociedade, produto da vontade e da ação de indivíduos que agem independentes uns dos outros.
e) A cultura, resultado das relações de produção e da divisão social do trabalho.
13- (UEL - 2008) De acordo com Max Weber, a Sociologia significa: “uma ciência que pretende compreender interpretativamente a ação social e assim explicá-la casualmente em seu curso e em seus efeitos.” Por ação social entende-se as ações que: “quanto ao seu sentido visado pelo agente, se refere ao comportamento dos outros, orientando-se por este em seu curso.”
(WEBER, M. Economia e sociedade. Traduzido por Regis Barbosa e Karen Elsabe Barbosa. vol. I. Brasília: Editora UnB, 2000. p. 3)
Com base no texto, considere as afirmativas a seguir:
I. “Mesmo entre gente humilde, porém, funcionava o sistema de obrigações recíprocas. O nonagentário Nhô Samuel lembrava com saudade o dia em que o pai, sitiante perto de Tatuí, lhe disse que era tempo de irem buscar a novilha dada pelo padrinho... Diz que era costume, se o pai morria, o padrinho ajudar a comadre até ‘arranjar a vida’. Hoje, diz Nhô Roque, a gente paga o batismo e, quando o afilhado cresce, nem vem dar louvado (pedir a benção).”
(CANDIDO, A. Os Parceiros do Rio Bonito. São Paulo: Livraria Duas Cidades, 1982. p. 247.)
II. “O sertanejo é, antes de tudo, um forte. Não tem o raquitismo exaustivo dos mestiços neurastênicos do litoral. A sua aparência, entretanto, ao primeiro lance de vista, revela o contrário. Falta-lhe a plástica impecável, o desempeno, a estrutura corretíssima das organizações atléticas.”
(CUNHA, E. Os Sertões. São Paulo : Círculo do Livro, 1989. p. 95.)
III. “Não há assim por que considerar que as formas anacrônicas e remanescentes do escravismo, ainda presentes nas relações de trabalho rural brasileiro, [...], dando com isso origem a relações semi-feudais que implicariam uma situação de ‘latifúndios de tipo senhorial a explorarem camponeses ainda envolvidos em restrições da servidão da gleba’. Isso tudo não tem sentido na estrutura social brasileira.”
(PRADO Jr., C. A Revolução Brasileira. São Paulo : Brasiliense, 1987. p. 106.)
IV. “O coronel, antes de ser um líder político, é um líder econômico, não necessariamente, como se diz sempre, o fazendeiro que manda nos seus agregados, empregados ou dependentes. O vínculo não obedece a linhas tão simples, que se traduziriam no mero prolongamento do poder privado na ordem na ordem pública [...] Ocorre que o coronel não manda porque tem riqueza, mas manda porque se lhe reconhece esse poder, num pacto não escrito.”
(FAORO, R. Os donos do poder. v. 2. Porto Alegre: Editora Globo, 1973. p. 622.)
Correspondem ao conceito de ação social citado anteriormente somente as afirmativas
a) I e IV.
b) II e III.
c) II e IV.
d) I, II e III.
e) II, III e IV.
Respostas:
1 – Resposta: 27
Alternativa (s) correta (s): 01-02-08-16
2- Resposta: 29
Alternativa (s) correta (s): 01-04-08-16
3-C 4-C 5-A 6-D 7-A 8-C 9-C 10-A 11-C 12-B 13-C
Usando a
música na sala de aula de ESL
Music is the universal language of
mankind. A música é a
linguagem universal da humanidade.
Henry Wadsworth Longfellow Henry Wadsworth Longfellow
When students make a major breakthrough in learning,
it is music to a teacher's ears. Quando os alunos fazem um grande avanço na aprendizagem, é
música para os ouvidos de um professor. There is
nothing more rewarding for a teacher, than seeing their students smile and
laugh while they learn. Não
há nada mais gratificante para um professor, do que ver seus alunos sorrir e
rir ao mesmo tempo que aprendem. The same can be said for students. O
mesmo pode ser dito para os alunos. Students who are taught in a fun and
creative way, love coming to class. Alunos que são ensinados de uma forma divertida e criativa, o
amor que vem para a aula. Using music in the classroom is a
great way for teachers to achieve success with L2 learners. Usando a música em sala de aula é uma
ótima maneira para os professores para alcançar o sucesso com os alunos L2. Oliver
Wendall Holmes suggests taking a musical bath once a week, saying that music is
"to the soul what water is to the body." Oliver Wendell Holmes sugere tomar um
banho musical uma vez por semana, dizendo que a música é "a alma que é a
água para o corpo."
Benefits of using Music Benefícios do uso de música
Have you ever heard of anyone who doesn't like music? Você já ouviu falar de alguém que não
gosta de música? Some people may not like art, dancing, reading,
or movies, but almost everyone likes one kind of music or another. Algumas pessoas podem não gostar de
dança, arte, leitura, ou filmes, mas quase todo mundo gosta de um tipo de
música ou de outra. Most people like many different kinds of music. A
maioria das pessoas, como muitos tipos diferentes de música. Studies have shown
that music... Estudos
têm demonstrado que a música ...
•improves
concentration melhora a concentração
•improves
memory melhora a memória
•brings a
sense of community to a group traz um sentido de comunidade a um grupo
•motivates
learning motiva a aprendizagem
•relaxes
people who are overwhelmed or stressed relaxa as pessoas que estão
sobrecarregados ou estressado
•makes
learning fun torna o aprendizado divertido
•helps
people absorb material ajuda as pessoas absorvem o material
"Music stabilizes mental, physical and emotional
rhythms to attain a state of deep concentration and focus in which large
amounts of content information can be processed and learned." Chris Brewer, Music and Learning
"Music estabiliza mental, ritmos físico e emocional para atingir um estado
de profunda concentração e foco em que grandes quantidades de informações de
conteúdo podem ser processados e aprendido." Chris Brewer, Música e
Aprendizagem
Techniques
for Using Music with L2 Learners Técnicas para o uso de música com alunos L2
There are a variety of different ways to use music in
the classroom. Há uma
variedade de maneiras diferentes de usar a música em sala de aula. Some
teachers prefer to use background music and others use music lyrics as the
basis of a lesson. Alguns
professores preferem usar música de fundo e outros usam letras de música como a
base de uma lição. Music can be used to: A música pode ser usada para:
•introduce a
new theme or topic (Christmas/colours/feelings) introduzir um novo tema ou
tópico (Natal / cores / sentimentos)
•break the
ice in a class where students don't know each other or are having difficulty
communicating quebrar o gelo em uma classe onde os alunos não conhecem uns aos
outros ou estão tendo dificuldade para se comunicar
•change the
mood (liven things up or calm things down) mudar o humor (ou coisas animar as
coisas se acalmarem)
•teach and
build vocabulary and idioms ensinar e desenvolver o vocabulário e expressões
idiomáticas
•review
material (background music improves memory) materiais de revisão (música de
fundo melhora a memória)
•teach
pronunciation and intonation ensinar a pronúncia e entonação
•teach songs
and rhymes about difficult grammar and spelling rules that need to be memorized
("i before e", irregular verbs, phrasal verbs) ensinar canções e
rimas sobre a gramática difícil e regras de ortografia que precisam ser
memorizados ("i antes e", verbos irregulares, verbos frasais)
•teach
reading comprehension ensinar a compreensão da leitura
•inspire a
class discussion inspirar uma discussão em classe
•teach
listening for details and gist ensinar a ouvir para mais detalhes e essência
"Music is the universal language of
mankind." Henry
Wadsworth Longfellow "A música é a linguagem universal da humanidade."
Henry Wadsworth Longfellow
Suggested Activities Atividades sugeridas
Many teachers try using music once in the class, but
forget to do it again. Muitos
professores tentam usar a música uma vez na classe, mas se esquecem de fazê-lo
novamente. It might take a few times before you and your class
get used to hearing music while learning. Isso pode levar algumas vezes antes de você e sua turma se
acostumar a ouvir música enquanto aprendizagem. If you can
commit to using music once a week, you may soon see the benefits, and realize
that you want to do it more often and in a variety of ways. Se você pode cometer a usar a música
uma vez por semana, você pode ver em breve os benefícios, e perceber que você
quer fazer isso com mais freqüência e em uma variedade de maneiras. Here are 10
activities for you to try: Aqui estão 10 atividades para você experimentar:
1.Use
background music such as classical, Celtic music or natural sounds to inspire
creativity Use música de fundo, tais como clássica, a música celta ou sons
naturais para inspirar a criatividade
2.Teach your
national anthem Ensine seu hino nacional
3.Teach a
song that uses slang expressions ("I heard it through the Grape
Vine") Ensinar uma música que usa gírias ("ouvi-lo através da
Vinha")
4.Teach a
song that uses a new tense you have introduced Ensinar uma música que usa um
tempo novo que você introduziu
5.Add variety to your reading comprehension lesson. Adicionar a variedade a sua lição de compreensão
de leitura. Students can read lyrics and search for main idea,
theme, details. Os
alunos podem ler as letras e pesquise principal idéia, tema, detalhes.
6.Teach
Christmas vocabulary through traditional carols Ensinar o vocabulário de Natal
através de canções tradicionais
7.Write or
choose a classroom theme song Escrever ou escolher um tema em sala de aula
8.Create (or
use already prepared lessons) cloze exercises using popular song lyrics Criar
(ou usar as lições já preparadas) exercícios cloze usando letras de músicas
populares
9.Create
variations to familiar songs by making them personal for your class members or
your lesson Criar variações para músicas conhecidas, tornando-pessoais para os
membros de sua classe ou sua lição
10.Have "lyp sync" contests. Ter "sync
LYP" concursos. Allow students to choose their own songs. Permitir que os alunos escolham suas
próprias músicas. A little competition goes a long way in the classroom. Um
pouco de competição vai um longo caminho na sala de aula. Have
groups explain the lyrics of their song before or after they perform. Ter grupos de explicar a letra de sua
canção antes ou depois de executar.
"When the music changes so, so does the
dance." African
proverb. "Quando a música muda-lo, o mesmo acontece com a dança."
Provérbio Africano.
Teaching
Kids with Music Crianças de ensino com Música
Using music with ESL kids has all of the same benefits
mentioned above and more. Usando a música com crianças ESL tem todos os mesmos benefícios
mencionados acima e muito mais. Children are natural music lovers. As crianças
são os amantes da música natural. You don't have to convince
them that it will help them learn. Você não tem que convencê-los de que ele irá ajudá-los a
aprender. If you feel uncomfortable singing in front of the
class to teach a song, use a tape or CD player. Se você se sentir desconfortável cantando na frente da
classe para ensinar uma música, use um toca-fitas ou CD. (Don't
expect your students to sing if you don't. Remember, that they don't care about
the quality of your singing voice, just like you don't care about theirs.) Here
are some suggested activities to use with kids (If you are not familiar with
any of the songs mentioned, simply put the titles into an online search): (Não
espere que os seus alunos a cantar se você não. Lembre-se, que eles não se preocupam com a qualidade
de sua voz para cantar, assim como você não se importa com o deles.) Aqui estão
algumas atividades sugeridas para o uso com filhos (Se você não estiver
familiarizado com as músicas mencionadas, basta colocar os títulos em uma
pesquisa on-line):
•Transition songs: Teach simple songs that indicate
transitions from one activity to another, such as "clean up" songs
and "hello/goodbye" songs. Canções de transição: Ensine canções simples que indicam a
transição de uma atividade para outra, como "limpar" as músicas e
"Olá / adeus" canções.
•Energy boosters: Teach simple action songs that require
kids to stand up and move around. Impulsionadores da energia: Ensine canções ação simples que
requerem as crianças a se levantar e se mover. Think of
traditional birthday games that use songs, such as pass the parcel (use a
classroom mascot or other favourite item instead of a gift) or musical chairs. Pense em jogos de aniversário
tradicionais que usam canções, como passar o pacote (use um mascote da sala de
aula ou item de outro favorito ao invés de um presente) ou cadeiras.
•Animal songs: Children love learning about animals! Canções Animal: As crianças adoram
aprender sobre os animais! Teach animals and animal sounds using
repetitive songs like "Old McDonald had a Farm" and "There was
an Old Lady who swallowed a fly." Ensinar os animais e sons de animais usando canções
repetitivas como "Old McDonald tinha uma fazenda" e "Havia uma
velha senhora que engoliu uma mosca."
•Multi-culturalism: Teach about multi-cultural
instruments and learn how to create them in class. Multi-culturalismo: Ensinar sobre multi-cultural
instrumentos e aprender a criar -los em sala de aula.
•Remembering Names: Help students remember names of
their classmates (this helps teachers too) with songs like "Willoughby
Wallaby Woo." Lembrando
nomes: Ajude os alunos a se lembrar de nomes de seus colegas (o que ajuda os
professores também) com canções como "Willoughby Wallaby Woo."
•Alphabet songs: Use lots of different alphabet songs
(not just the traditional ABC) to help kids remember them in English. Chicka
Chicka Boom Boom by Bill Martin Jr and John Archambault is a catchy children's
book and song. Canções
alfabeto:. Lotes Uso de canções alfabeto diferente (não apenas os tradicionais
ABC) para ajudar as crianças a se lembrar deles em Inglês Chicka Boom
Boom Chicka por Bill Martin Jr e John Archambault é um livro infantil catchy e
música.
•Colours: Teach the colours with various colour songs
and rhythms, such as Louis Armstrong's "What a Wonderful World" or
Kermit the Frog's "It aint easy being green." Cores: ". Não é fácil ser
verde" Ensinar as cores com as músicas de cor e ritmos diversos, tais como
Louis Armstrong "What a Wonderful World" ou Caco, o Sapo
•Rewards: Reward hard working kids with "Music
Time". Recompensas:
Recompensa difícil trabalhar com crianças "Time Music". Let
them make requests for background music that they can listen to while they work
on their written exercises. Deixá-los fazer pedidos de música de fundo que possam ouvir enquanto eles
trabalham em seus exercícios escritos.
•Student teachers: Encourage the kids to teach each
other songs from their own language. Professores-alunos: Incentivar as crianças para ensinar uns
aos outras canções de sua própria língua. Turn this
into an English lesson by having students translate the meaning. Transformar isso em uma lição de
Inglês por ter alunos traduzir o significado.
"Musical nourishment which is rich in vitamins is
essential for children." Zolton Kodaly "Alimento Musical, que é rica em vitaminas é essencial
para as crianças." Zolton Kodaly
Tips for Using Music Effectively Dicas para usar
eficazmente Música
•When teaching students a song, it is a good idea to
introduce an instrumental version first (If an instrumental version is not
available, play the song softly in the background while they are working on
something or hum the melody before introducing the lyrics). Ao ensinar aos alunos uma canção, é
uma boa idéia para introduzir uma versão instrumental primeiro (Se uma versão
instrumental não está disponível, tocar a música suave ao fundo, enquanto eles
estão trabalhando em algo ou hum a melodia antes de introduzir as letras). If
students become familiar with the sound of the music first, they will be more
likely to understand the words. Se os estudantes se familiarizem com o som da primeira
música, eles serão mais propensos a entender as palavras.
•Make a vocabulary list ahead of time. Faça uma lista de vocabulário antes
do tempo. Go over the words once before you introduce the song. Passar por cima das palavras uma vez
antes de introduzir a música.
•Expose students to a certain song many days in a row.
Expor os alunos a uma
determinada canção muitos dias em uma fileira. Within a few
days, students will not be able to get the song out of their head! Dentro de alguns dias, os alunos não
serão capazes de obter a música para fora da sua cabeça!
•Choose interactive songs whenever possible. Escolha canções interativo sempre que
possível. Adding actions enhances language acquisition and memory. Adicionando
ações aumenta a aquisição da linguagem e da memória.
•Have soft or upbeat music playing before class to
encourage a positive atmosphere. Tem música suave ou upbeat jogar antes da aula para encorajar
uma atmosfera positiva. Turning the music off is a great way
to signal to a large class that it is time to begin. Transformando a música fora é uma
ótima maneira de sinal para uma grande classe que é hora de começar.
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