O URSO E OS VIAJANTES - Fábula de Esopo recontada por Ana Maria Machado
Dois amigos iam viajando por uma estrada quando, de repente, apareceu um urso.
Antes que o animal os visse, um dos homens correu para uma árvore ao lado da estrada, pendurou-se num galho e conseguiu puxar o corpo para cima e ficar escondido entre as folhas. O outro não foi tão rápido e, como era muito pesado, não tinha forças para subir sozinho. Ficou um tempo pendurado e, ao perceber que seria impossível escapar daquela maneira, jogou-se no chão e fingiu que estava morto.
Quando o urso chegou bem perto, ficou andando em volta do homem cheirando-o por toda parte, o coitado prendeu bem a respiração e ficou imóvel, só com o coração batendo forte.
Dizem que ursos não atacam cadáveres e deve ser verdade, porque o bicho acabou desistindo, convencido de que o homem tinha mesmo morrido. Acabou indo embora.
Quando não havia mais perigo, o viajante que estava na árvore desceu. Curioso, perguntou ao outro o que é que tanto o urso lhe segredava no ouvido, quando encostara o focinho na sua orelha.
- Ah, ele estava me aconselhando a nunca mais viajar com um amigo que me deixa sozinho no primeiro sinal de perigo!
Antes que o animal os visse, um dos homens correu para uma árvore ao lado da estrada, pendurou-se num galho e conseguiu puxar o corpo para cima e ficar escondido entre as folhas. O outro não foi tão rápido e, como era muito pesado, não tinha forças para subir sozinho. Ficou um tempo pendurado e, ao perceber que seria impossível escapar daquela maneira, jogou-se no chão e fingiu que estava morto.
Quando o urso chegou bem perto, ficou andando em volta do homem cheirando-o por toda parte, o coitado prendeu bem a respiração e ficou imóvel, só com o coração batendo forte.
Dizem que ursos não atacam cadáveres e deve ser verdade, porque o bicho acabou desistindo, convencido de que o homem tinha mesmo morrido. Acabou indo embora.
Quando não havia mais perigo, o viajante que estava na árvore desceu. Curioso, perguntou ao outro o que é que tanto o urso lhe segredava no ouvido, quando encostara o focinho na sua orelha.
- Ah, ele estava me aconselhando a nunca mais viajar com um amigo que me deixa sozinho no primeiro sinal de perigo!
Nas horas difíceis é que conhecemos a sinceridade dos amigos.
MACHADO, Ana Maria. O tesouro das virtudes para crianças. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999.
1-A idéia principal do texto é: (D6)
(A) a falta de amizade de um dos viajantes.
(B) a facilidade de enganar o urso.
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2-De acordo com o texto, um dos homens desistiu de esconder-se na árvore porque
(D8)
(A) não estava mais com medo do urso.
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3-No texto, um dos homens fingiu que estava morto porque (D8)
(A) assim poderia escapar do urso.
(B) estava muito cansado.
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4-O urso foi embora depois de (D1)
(A) cansar de ficar andando em volta do homem.
(B) acabar de dar conselhos ao viajante.
(C )convencer-se de que o homem ao chão estava morto.
(D) desistir de procurar o outro viajante na árvore.
5-A história serve para mostrar que (D4)
(A) dois amigos podem se desentender durante uma viagem.
(B) as estradas podem ser perigosas em regiões onde há ursos.
(C) um homem pesado não consegue esconder-se numa árvore.(D) uma pessoa é amiga de verdade quando ajuda quem precisa dela.
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